Boa tardeeee!
Gente hoje eu vim postar mais cedo (êÊêÊêÊêêêê ^^)...
Irish: Seja muito bem-vinda, minha linda! Que bom que você gostou, espero que acompanhe a partir de agora. Ah, e eu já dei uma olhadinha no Cap. 27, tá tudo certinho lá, dá uma olhadinha, ok? Abraço!
Talys: Sossega o facho, rapaz! Kkkk Brincadeira! Vem aqui em Macapá que eu te apresento ele. Kkkk Beijuuuu
Rafagyn: Seria um sonho se fosse só felicidade, Rafa! Infelizmente é vida real, e nem sempre vivemos de tempos felizes, não é? Beijo!
cintiacenteno: Aaaaah tá explicado o motivo de tantas artes maciais! Kkkk Quer dizer que quando te colocam pra correr da cozinha tu dá logo uma de Jackie Chan e sai quebrando tudo? Kkk Um mega beijo pra você também! Ah, e pode deixar, eu vou avisar a Jujuba! Kkk
M/A: Pode até ser, M/A, mas ele também não ficou no meu lugar. Mas enfim, acompanha a história aí que tu ainda vais te surpreender bastante. Beijooo
mille***: Agora esse elefante vai sair daí! Kkk Olha esse capítulo, é nele que eu começo a explicar algumas coisinhas. Ah, e não, eu não estou acompanhando nenhuma história no momento, ou eu escrevo ou eu leio, infelizmente. Meu tempo tá bem apertado, aí já viu, né? Mil beijos pra ti!
€$: Cara, foi muito engraçado mesmo! Ele se perde todo quando Maman fala em francês. Kkkk O ditado não seria: “após a tempestade vem a bonança”? kkkk Mas no meu caso foi o teu ditado mesmo: “após a tempestade, vem outra bem pior”! Quanto à Jujuba e ao Carlinhos, ainda vai demorar alguns capítulos para essa história se esclarecer, não vou dar nenhum spoiler! Hahahahahah Abraço!
Plutão: É mais ou menos por ai, Plutão! Ah, eu nem preciso mostrar, ele leu o teu comentário. Eu só comentei por que eu não ia comentar de todo mundo e te deixar no vácuo, pois ele ainda não havia comentado nada comigo. Kkkk Mas ele disse: “Às vezes nós precisamos chegar no fundo do poço para aprender coisas simples. Às vezes, nós temos tanto medo que acabamos cometendo erros que põem em risco a nossa felicidade”. Um abraço carinhoso em ti!.
Meus amores, bom domingo a todos! Até amanhã! Ah, amanhã eu posto somente à noite, ok? Vou postar lá pelas 22h. Amanhã já retorno ao trabalho, aí só poderei postar nesse horário.
Boa leitura!
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Quando eu acordei eu já estava no quarto.
- Amor, tu acordaste...
- Oi!
- Oi! – Ele disse me dando um beijo.
- Como foi a cirurgia?
- Um sucesso!
- Quer dizer que eu não estou mais doente?
- Bom, o doutor Bruno disse que tu terás que refazer os exames para ter 100% de certeza.
- Atah! Quando eu saio daqui?
- Tu não lembras? Ele disse que daqui a quatro dias.
- Ué, que dia é hoje?
- Hoje ainda é dia 16.
- Sério?
- Unrum.
- Que horas são?
- São 22h.
- Eu dormir o dia todo?
- Dormiu!
- Caramba!
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Os quatro dias passaram voando, quando eu percebi eu já estava voltando para a minha casa. Quando eu entrei na minha casa, eu senti uma paz tão grande. Senti-me renovado, recuperado, pronto para começar uma nova vida. Sim, nova vida! Eu com certeza não era mais o mesmo Antoine, nós nunca mais somos a mesma pessoa depois de passar por uma doença dessas.
Graças a Deus não tinha nenhuma festa me esperando. Eu só queria ficar um pouco na minha casa sem ninguém para me encher o saco. Não que eu não queria reencontrar meus amigos, mas eu precisava ficar em casa, sozinho.
Aquela noite foi maravilhosa, eu pude dormir na minha própria cama, sem medo do que poderia acontecer comigo. O Thi não tentou nada naquele dia, acho que ele percebeu que eu queria ficar na minha.
Os dias foram passando e quando eu dei por mim já havia passado quase uma semana depois do transplante, eu já estava praticamente 100% recuperado. Eu sempre ia no hospital com o Bruno, de médico nós evoluímos para grandes amigos. Pude descobrir que ele não tinha mais família em Macapá, ele era de Belém, veio para Macapá ainda pequeno com a família, mas esta se mudou assim que ele se casou com o Jean. Eles não aceitavam muito bem esse casamento.
Descobri também que o casamento dele estava por um fio, ele não quis entrar em detalhes, mas isso explicava o motivo do marido dele nunca estar presente quando ele ia lá em casa.
No Natal e no Ano Novo, o Bruno foi lá pra casa. Maman ficou muito feliz com a presença dele, como o marido dele tinha viajado para passar as festas de final de ano com a família, ele iria ficar sozinho, então nós arrastamos ele lá pra casa. O Thi morria de ciúmes dele, quase não falava com o Bruno. O Bruno, por sua vez, era sempre muito educado com ele, eu já nem me importava com as grosserias que ele fazia quando o Bruno estava presente, muito menos o Bruno.
- Feliz natal, Antoine! – O Bruno disse me abraçando.
- Feliz natal, Brunooo!!!
- Vem cá, eu quero te entregar o teu presente.
- Ah, Bruno, não precisava, cara!
- Claro que precisava! Vem cá! – Ele falou pegando um pacote relativamente grande e me puxando para a área da piscina.
- Isso aqui é pra ti ouvir. – Ele esperou eu abrir o pacote - Pelo o que tu me falaste nós temos o mesmo gosto musical, então eu comprei alguns CD’s pra ti.
Eu fiquei encantado com o que ele tinha me dado, acho que ali tinha uns 15 CD’s de vários gêneros, tinha de MPB a Rock.
- Eu quero que tu escutes uma música desse CD aqui. – Ele falou apontando para um CD do Lifehouse.
Eu já tinha aquele CD, mas resolvi não falar nada, não ia estragar o presente dele.
- Que música? – Eu perguntei.
- Essa aqui – Ele falou apontando para a música “Only One” – Essa é a minha música favorita.
Eu conhecia aquela música, eu só não entendia o motivo dele mandar eu ouvir aquela música.
- Essa música me faz lembrar de ti.
- Como assim?
- É que ela diz que a pessoa é única, que ninguém pode mudar, eu acho que tu és assim, um exemplo é que mesmo o Thiago não gostando da minha presença, e ele deixa isso bem claro, tu continuas sendo meu amigo. Nem uma doença como a Leucemia pode te mudar, tu continuas forte e de cabeça erguida. Eu acho isso muito bonito.
- Quem disse que eu não mudei? – Eu falei sorrindo. – Eu, hoje, vejo a vida de forma totalmente diferente.
- Tu não mudaste, tu só aprimoraste o teu “eu”.
- Bruno, acho que tu tinhas que ser filosofo.
Nós dois caímos na gargalhada, nós ficamos sentados conversando por bastante tempo, até que eu fiquei em silêncio.
- O que foi? Ficou em silêncio do nada.
- Ah, é que agora eu fiquei com vergonha, o presente que eu te dei foi tão bobo.
- Bobo nada! Eu gostei! Eu já estava precisando de uma mesmo.
- Pois é, foi por isso que eu comprei uma carteira nova, a tua já está toda rasgada.
- Eu sou meio desligado pra essas coisas.
- E o Jean? Ele não olha essas coisas, não? – Eu me arrependi assim que eu fiz a pergunta, pois ele mudou totalmente sua fisionomia, a tristeza estava estampada ali.
- Não, ele não olha!
- Desculpa, Bruno! Eu não devia ter feito essa pergunta.
- Não, tudo bem. Bom, vamos voltar lá pra dentro? As pessoas devem estar nos procurando.
- Vamos, sim!
Nós fomos em silêncio para a festa dentro de casa.
- Onde vocês estavam, amigo? - A Jujuba perguntou.
- Estávamos lá na piscina conversando.
- E o que é isso ai?
- Meu presente! – Eu disse com um sorriso de orelha a orelha.
- Mas tudo isso? Quem te deu?
- O Bruno.
- Ah... O BRUNO?
- É!
- Hum! E o Thi, cadê? Ele já sabe desses presentes?
- Não, ele sumiu! Não o vejo há bastante tempo.
- É, eu também não o vejo há um tempão.
- Espera aí, eu vou procurar por ele.
Eu andei por toda a casa, procurei em todos os lugares e não encontrei o Thi, o último lugar que faltava eu procurar era o jardim da frente de casa. Quando eu cheguei lá, ele estava sentado de costas pra mim olhando para o céu. Eu fui até ele e cobri os olhos dele com minhas mãos.
- Eu quero ficar sozinho? Posso?
Ele foi tão rude que eu tive vontade de dar um soco nele.
- Precisa ser tão grosseiro comigo? Eu te procurei pela casa toda, estava preocupado contigo.
- Ah, quer dizer que agora tu lembraste de mim? Pensava que tu estavas muito bem passando a noite pendurado naquele doutorzinho.
- Ah, qual é, Thi? Tu ainda vais ficar nessa? Será que tu não percebeste que Bruno e eu somos somente amigos? Eu já te disse, eu não vou deixar meus amigos de lado só por que tu queres.
- Um dia eu já fui mais importante pra ti, Antoine.
- Thi, tu estás maluco! Só pode! Tu sempre foste importante pra mim, a pessoa mais importante, para falar a verdade.
- Engraçado, não parece isso.
- Eu não te entendo, sabia? – Falei sentando ao lado dele – Era pra gente estar feliz hoje, afinal eu já estou recuperado e é Natal.
- Eu queria muito estar feliz hoje, mas não estou. Não posso ficar feliz com o meu namorado estando o tempo todo longe de mim.
- Thi, eu não fiquei nem 1h longe de ti, a gente passou a noite junto. Não faz drama, vai...
- Quer dizer que isso agora é drama pra ti?
- E não é?
- Me deixa sozinho, Antoine! Eu não quero conversar sobre isso agora.
- Bom, se é o que tu queres... Agora lembra de uma coisa, se depois tu vieres me pedir desculpas...
- Pode deixar, eu não vou te pedir desculpas, afinal não sou eu o errado.
- Quer dizer que tu achas que eu tenho que te pedir desculpas pelo fato de estar conversando com um amigo que me ajudou no momento mais difícil da minha vida?
- E EU? O QUE FOI QUE EU FIZ NESSE MOMENTO? NÃO TE AJUDEI, FOI ISSO? – Ele disse gritando.
- Tu estás colocando palavras na minha boca, Thiago. Tu sabes muito bem que sem te ter ao meu lado eu jamais teria me recuperado, mas espera... tu estás paranoico demais para entender isso, né? Presta atenção, Thiago, tu estás estragando tudo...
- Eu...
Eu não ouvi o que ele iria dizer, eu saí correndo dali. Eu realmente não estava acreditando que ele estava fazendo tudo isso, eu só estava conversando com o Bruno, o que tem demais nisso? O cara era casado e estava passando por uma fase péssima no casamento. Eu só queria ajuda-lo, assim como ele me ajudou. Por mais que ele não se abrisse comigo, e eu não soubesse o que estava acontecendo, eu estava preocupado com ele.
O Thi estava agindo de forma muito diferente nos últimos dias. Ele chegou a criar confusão com o Dudu, quando ele veio me visitar. Ele jurava que o Dudu estava dando em cima de mim só por que ele deitou ao meu lado na cama. Agora ninguém podia se aproximar de mim, qualquer pessoa que se aproximasse de mim era motivo de briga. Uma vez ele fez a maior confusão só por que a Anne me apresentou para um “amiguinho” dela. O Thi achava que a Anne estava fazendo a ponte entre o amigo dela e eu.
Eu estava me sentindo sufocado, já não estava mais aguentando toda essa pressão em cima de mim. Como eu já disse, eu sou sagitariano e como tal a liberdade é fundamental para mim, e a única coisa que o Thi não estava me dando era liberdade.
- O que foi que aconteceu, Antoine? Por que tu estas chorando aqui? – Me perguntou o Bruno.
Eu estava sentando na borda da piscina com as pernas dentro da água. Enquanto eu pensava, eu nem tinha me dado conta de que eu estava chorando.
- Eu.. eu..
- Já sei! Foi o Thiago, né?
- Foi! – Disse limpando algumas lágrimas.
- O que ele fez?
- Não foi o que ele fez, e sim o que ele está fazendo. Ele está me sufocando, todo mundo que chega perto de mim ele já pensa que a pessoa está interessada em mim. Eu já não aguento mais isso!
- Calma! Vai dar tudo certo! Isso é só uma fase. Vocês já tentaram conversar?
- Já! Bem umas mil vezes, a gente conversa, ele diz que não vai mais fazer, mas basta ele encontrar alguém do meu lado que ele se transforma.
Enquanto eu falava o Bruno tirou os sapatos, subiu as pernas da calça e sentou da mesma forma que eu estava. Ele sentou ao meu lado, mas havia uma certa distância entre nós.
- Eu estou esperando um conselho sábio, doutor Bruno.
- Desculpa, meu amigo, mas dessa vez eu não tenho nenhum. Em questão de amor, digamos que eu esteja com alguns probleminhas também.
- Tu nunca me falas o que está acontecendo entre tu e o Jean.
- É que eu não gosto muito de falar sobre isso.
- Às vezes nos faz bem falar. Eu percebo que tu estás sempre triste.
- Pois é...
Ficamos novamente em silêncio por um bom tempo.
- Tu não vais me falar mesmo?
- Eu não quero te incomodar com os meus problemas, Antoine.
- Tu não vais me incomodar, Bruno. Amigo serve para essas coisas, tu sempre me escutas e me aconselha, eu acho que eu poderia fazer o mesmo por ti.
- Tu queres mesmo saber?
- Quero!
- Bom, então é o seguinte – Ele disse olhando para a água da piscina - Jean e eu começamos a ter alguns probleminhas, no período em que tu começaste a fazer o segundo tratamento. Enquanto o Thiago se preocupa demais contigo, o Jean se preocupava de menos comigo. Ele já não se importava se eu estava ou não em casa, não se importava se eu estava bem ou não. Pra ele eu estando ou não seria a mesma coisa que nada. Eu tentava conversar com ele, mas ele nunca me dava atenção. Uns dias antes do teu transplante, ele estava no banheiro tomando banho e eu vi chegar uma mensagem no celular dele. Como eu sabia a senha, pois isso nunca foi problema para nós, eu peguei o celular e fui verificar de quem era a mensagem. Quando eu li aquela mensagem meu mundo caiu. Estava escrito tanta pornografia nela que eu não me controlei e liguei no mesmo momento para aquele número. Não chegou a chamar nem duas vezes, a pessoa logo atendeu. Era a voz de um homem, ele não esperou nem eu falar nada, ele já saiu falando tanta pornografia que eu fiquei assustado. Ele falava que ele queria, desculpe-me as palavras, comer o Jean de quatro, que ele queria arregaçar o cú do Jean, que ele queria repetir a noite de ontem, pois ele nunca conseguiu enfiar o pau todo no cu de ninguém. Eu fiquei com tanta raiva, mas com tanta raiva que eu entrei no banheiro para tirar satisfações com o Jean, ele me confessou tudo na maior cara de pau. Ele disse que ele iria conversar comigo, ele já tinha arrumado um apartamento e que ele iria se mudar. Ele não veio hoje pelo fato de nós estarmos nos separando e não por ele ter ido visitar a família dele.
- Nossa, Bruno! Desculpa, mas o teu marido é um filho de uma puta! Como ele pôde fazer tudo isso contigo? Logo contigo que é sempre tão gente fina com todo mundo?
- Eu me perguntei isso por muito tempo, cheguei a pensar que a culpa de tudo era minha, pensei que talvez eu não estaria dando tudo o que ele desejasse, mas depois de um tempo eu percebi que a culpa não era minha, eu sempre estava presente na vida dele quando ele precisava de mim, eu sempre amei demais o Jean, mas pelo visto a reciproca não era verdadeira.
- Poxa, Bruno, por que tu nunca me falaste nada? Ficou esse tempo todo sofrendo sozinho? – Eu cheguei mais perto dele e o abracei.
Ele colocou a cabeça no meu ombro e chorou, mas chorou demais. Acho que ele chorou tudo o que estava reprimido dentro dele.
- ENTÃO É ISSO? EU ESTOU LEVANDO CHIFRE DEBAIXO DO MEU NARIZ? – O Thi gritava vindo em nossa direção.
Ele se aproximou e jogou o Bruno na piscina, ele pulou e foi pra cima do Bruno com tudo. Quando ele ia dar um soco no Bruno eu gritei.
- THIAGO, SE TU FIZERES ISSO PODE ESQUECER QUE UM DIA EXISTIU ALGO ENTRE NÓS!
- COMO É QUE É? TU VAIS DEFENDER TEU DOUTORZINHO DE MERDA?
- NÃO, THIAGO! EU NÃO ESTOU DEFENDENDO O BRUNO, EU SÓ ESTOU CANSADO DAS TUAS IDIOTICES!
- Que gritaria é essa, meninos? – Disse a Jujuba e a Loh vindo correndo.
- TEU AMIGO, JUJUBA, ELE ESTAVA AQUI ABRAÇADINHO COM ESSE MERDA.
- Isso é verdade, Antoine? – Me perguntou a Jujuba
- Não!... Quer dizer é, mas eu só estava consolando o Bruno, pelo fato dele estar com alguns problemas na família dele. – Eu menti, pois se eu falasse que era por que ele tinha se separado ai a coisa ia feder.
- CONSOLANDO? VOCÊS ESTAVAM SE PEGANDO ISSO SIM! ME TRAINDO! TU PROMETESTE NUNCA ME TRAIR, ANTOINE! – Ele disse soltando o Bruno e saindo da piscina.
- EU NUNCA TE TRAÍ, SEU IMBECÍL!
- COMO NÃO? O QUE TU ESTAVAS FAZENDO COM ELE ALI NA PISCINA, ENTÃO?
- EU JÁ TE FALEI, SEU IDIOTA! – Eu estava explodindo de tanta raiva – EU ESTAV CONSOLANDO O BRUNO, ELE ESTÁ COM PROBLEMAS NA FAMILIA DELE.
- QUER SABER DE UMA COISA, FAZ BOM PROVEITO, PRA MIM CHEGA.
- É ISSO MESMO, THIAGO? TU ESTÁS ACABANDO COMIGO?
- ESTOU! ACABOU TUDO! – Ele disse indo em direção a casa.
- BELEZA, MAS SE TU ESTÁS PENSANDO QUE AMANHÃ EU VOU TE PERDOAR, TU ESTÁS MUITO ENGANADO.
- Antoine, mil desculpas! A culpa é toda minha! Eu não devia nem estar aqui. – Ele disse saindo da piscina e tentando secar um pouco as roupas.
- Não, Bruno! A culpa não é tua, e tu deverias SIM estar aqui.
- Amigo, tu estás bem? – Me perguntou a Loh
- Tô, Loh! Vamos voltar para a festa?
- Desculpa, Antoine, mas eu já vou indo. Não quero causar mais nenhuma confusão.
- Bruno, não foste tu que causaste confusão nenhuma. Tu não precisas ir.
- Não, mas mesmo assim eu já vou. Acho que por hoje já deu o que tinha que dar. Depois nos falamos. – Ele disse me dando um abraço – Obrigado por me ouvir! – Ele disse no meu ouvido.
- De nada! Qualquer coisa estou aqui, é só me telefonar ou ir lá em casa.
- Tudo bem! Boa noite, gente!
- Antoine, me conta essa história direito, eu sei que essa história de problema na família dele não é verdade. – Falou a Jujuba
- E lá vem a Mãe!
- Desembucha! E para de fazer gracinha, eu sei muito bem que aqui dentro – ela falou colocando a mão no meu coração – está tudo bagunçado.
- Tu me conheces mesmo, né?
- Melhor do que qualquer outra pessoa! Agora, desembucha!
- Vamos lá para o meu quarto?
- Vamos! – Me responderam as duas.
Nós fomos em direção a casa, quando nós chegamos na sala todos estavam conversando e nem perceberam a gente passar.
- E aí? O que foi que aconteceu? – Me perguntou a Jujuba quando a gente entrou no meu quarto.
- Bom, tu lembras que eu fui procurar o Thi naquela hora, né?
- Unrum.
- Pois é, eu encontrei ele lá nos jardins da frente e nós acabamos discutindo. Ele me tratou super mal e disse que eu tinha passado a noite pendurado no Bruno.
- Mas tu passaste quase a noite toda com o Thi. – Disse a Loh.
- Pois é, foi o que eu falei para ele. Eu fiquei muito puto com tudo o que ele me disse naquele jardim, eu fui para a piscina e fiquei sentado lá pensando, depois de um tempo o Bruno chega lá e nós começamos a conversar. Papo vai, papo vem, ele me conta que ele se separou e que o marido dele foi um baita de um filho da puta com ele, eu o abracei e ele começou a chorar no meu ombro, o Thi chegou lá e começou a gritar feito um maluco.
- Nossa, amigo! Mas o Thi está bem transtornado esses dias, né?
- Nem me fale, Loh! Ele já ficou com ciúmes até do Dudu quando ele foi lá em casa me visitar, ele deitou na minha cama junto comigo e o Thi já pensou mil e uma besteiras.
- E agora? O que vocês vão fazer? – Me perguntou a Jujuba
- Nada, Ju! – Falei começando a chorar – Tu não ouviste ele falar que não existe mais nada entre nós?
- E tu vais acreditar nisso? Ele só falou por que ele estava com raiva.
- Mas eu não sei se EU quero que ainda tenhamos alguma coisa.
- Como assim, Antoine?
- Ele está me sufocando, Ju. Eu já não posso mais falar com ninguém, ele tem ciúmes de homem e de mulher, não importa quem seja, estando ao meu lado já é motivo para ciúmes. Eu já não aguento mais essa situação. Eu pensava que depois dessa doença tudo estaria perfeito, mas pelo visto...
- Calma, amigo, amanhã vocês conversam e tudo vai se resolver.
- Não sei, Ju!
- Vai, sim!
- Vocês podiam dormir aqui, né?
- E tu achas que a gente vai dormir onde? Não tenho carro para ir pra casa e também não sei voar, querido!
- Só tu pra me fazer rir, Jujuba! Eu estou falando dormir aqui comigo.
- Deus me livre! E correr o risco de ser morta? Não, obrigada! Nós vamos dormir lá com a Anne, né Loh?
- Deixem de ser besta, durmam aqui, vai?
- E se o Thi chegar? – Me perguntou a Loh.
- Ele vai procurar outro lugar para ele dormir.
- Isso ainda vai dar confusão.
- Acho que a cota de confusão dele está esgotada por pelo menos 10 anos.
Acabou que elas “dormiram” aquela noite lá comigo, nós conversamos até o dia raiar. Quando a gente já não estava aguentando de tanto sono nós apagamos.
Quando eu acordei no outro dia a Jujuba ainda estava dormindo e a Loh estava no banheiro. Eu cutuquei a Jujuba até ela acordar.
- Ai, o que é desgraça? Deixa eu dormir!
- Jujuba já são 14h!
- O QUE? – Ela disse dando um pulo da cama toda descabelada.
- O que foi, mulher?
- Caramba! Eu tinha que encontrar o Carlinhos às 15h!
- Hum... O Carlinhos? Vocês estão se pegando! Eu tenho certeza!
- Pois tu estás muito enganado!
- Jujuba, conta outra! Tu sempre sais com ele, vocês sempre ficam de conversinha, se vocês não estão se pegando o que vocês estão fazendo?
- Só tô dando uma força pra ele. Só isso!
- Eu sei muito bem a força que tu DÁS pra ele.
- Deixa de ser besta, Antoine! Loh, sai logo daí! – Ela disse batendo na porta do banheiro.
- Já vou!
Cada um tomou seu banho e se vestiu. Nós descemos para almoçar. Quando nós chegamos lá embaixo a primeira coisa que a tia Joana me perguntou foi:
- Cadê o Thi, meu amor?
- Não sei, tia!
- Como assim não sabe? Ele não dormiu contigo?
- Não, nós brigamos ontem e eu não o vejo desde ontem à noite.
- E onde esse menino se meteu?
- Não sei!