Meu coração batia muito acelerado com tudo aquilo que estava acontecendo. Era um turbilhão de emoções: medo, prazer, paixão, felicidade, apreensão, desejo...
Chegando lá, qual era minha surpresa? Lilian já tinha se oferecido a Luiz Antônio para a apresentação do campus e da sua respectiva sala.
Aguentava aquela vadia, perdoe-me a expressão da palavra, a muitos anos. Estudávamos desde o colegial e quando soube que ela estudaria na mesma universidade que eu fiquei extremamente frustrado.
- Ok então, Luiz Antonio. Disse eu não perdendo a compostura e a educação que meus pais me deram: Sei que será muito bem guiado pela, vad..., ops! Pela querida colega de campus Lilian.
- Espero que sim César. Disse ele com aquele sorriso encantador e misterioso.
Peguei, olhei de cima a baixo para Lilian, fechei meu olhar, me virei, chamei Carla que aguardava ansiosa a resposta positiva de aceitação de Luiz Antonio, chamei-a e começamos a andar:
- Tarde de mais Carla! A víbora da Lilian conseguiu os olhares de Luiz Antonio para ela desta vez.
Estavamos caminhando para a nossa sala apressados pois já estávamos consideravelmente atrasados.
- Chegamos!!! Disse Carla.
Estavamos no 1º Ano de Engenharia Civil. Nossa sala era enorme, com dezenas de colegas.
Pedimos licença para entrarmos na sala, fomos aos nossos assentos, e quando dou por mim, Carla olhava para a porta estática e pasma.
- Largue-me Carla. O que foi? Parece que viu um fantasma hahaha. Disse eu com um sorriso meio confuso da situação que estava acontecendo.
- César. Disse ela: Você não vai acreditar no que vai acontecer daqui a dois segundos.
- Xiii!! Você pirou menina? O que esta acontecendo?. Disse eu virando instantaneamente para a porta da sala, local que ela e todos estavam olhando.
-Com Licença Professora, posso entrar na minha mais nova Sala?...
Caramba, não pode ser! Pensei. Quando completei o ciclo de virada, lá estava ele, Luiz Antonio, pedindo para entrar em minha sala, em minha turma, em minha vida.
- Claro meu jovem, entre! Disse nossa professora. E procure um lugar para se sentar o mais rápido possível, que vou dar continuidade na aula.
Eu estava sentado na segunda fileira, quarta cadeira. Estático, mais duro que uma Gárgula, com a respiração ofegante e apressada.
Vi Luiz passar por mim, me olhando e sorrindo. Quando sinto um incomodante e rápido cutucão em minha cintura.
- Quem diria que estudaria contigo, na sua sala. O que o destino esta nos reservando será? Disse ele sorrindo e sussurrando em meu ouvido de uma certa distancia.
Pronto. Desabei! Meu corpo sentiu uma sensação de prazer e desejo, como se tivesse tomado um choque de milhares de volts.
Passando um tempo da aula, novamente Luiz me cutuca e diz:
- César, você aceita ir almoçar na minha casa comigo?
Serio? É comigo? Isso esta acontecendo de verdade?... não podia acreditar no que estava acontecendo.
- Luiz, não será muito incômodo? A final você esta se mundando e precisa arrumar sua casa, suas coisas. Além do mais sua mãe não ficará incomodada? Pois sabemos como são as mulheres, gostam de tudo arrumado nos seus devidos lugares para assim poderem receber visitas. Disse à ele.
- Claro, que não César! Não seja bobo! Quando nos esbarramos hoje pela manhã já havia comentado com minha mãe de chamá-lo para almoçar. E quando nos encontramos na cantina agora a pouco, terminando nossa conversa, liguei para minha mãe e pedi que caprichasse no almoço pois iria levar um amigos, o primeiro, para almoçar conosco. Disse ele. E outra, mamãe, adorou a ideia e disse que será muito bom para mim, pois já estou me enturmando.
Eu todo constrangido, aceitei sem mais delongas. Subitamente peguei meu celular e enviei um “zap” para Carla dizendo tudo o que aconteceu. Estava apreensivo! Olhava a todo momento no relógio da parede para observar quantos minutos faltavam para acabar aquela aula, pois nunca havia passado tão devagar os ponteiros dos relógios naquele dia.
Enfim, acabou a aula. Saindo, sendo quase um dos últimos, Luiz Antonio e Carla ficaram para me acompanhar. Ele todo cavalheiro abriu a porta para Carla passar e consecutivamente me esperou passar.
- Luiz, vou ao banheiro, ok? Nos encontramos na cantina para irmos. Disse a ele.
- Claro César. Estarei lhe esperando ansioso lá. Ele retrucou.
Voltando do banheiro, lá estava ele. Agora diferente e mais bonito. Havia arrancado a camisa xadrez e estava somente com a branca. Usava agora um óculos de só, estilo aviador, que o deixava mais com cara de homem. Pensei comigo como poderia existir um homem tão lindo assim na face da terra.
Chegando até o local onde estava, nos dirigimos ao estacionamento, pois ele estava de carro. Luiz Antônio, era muito bem de vida pelo fato do pai ser bancário, e tinha um veloster preto lindo. Mas nem toda a riqueza do mundo era melhor do que estar com ele, ao lado dele, naquelas horas que se passariam.
Dirigindo-nos ao carro, ele para um instante, aproximasse de mim e....
Continua....