Eu nem comi nada, tomei apenas um copo de suco e sai em direção a orla da praia, acho uma pilantragem a July já ir dando pro cara, ela nem o conhece e outra eu já o vi primeiro, caralho!
Coloquei os fones no ouvido e aumentei o volume do som ao máximo, andando sem rumo e sem olhar para os rostos dos que passavam por mim, fui imaginando e tirando minhas próprias conclusões sobre toda aquela palhaçada.
Até que sinto uma mão segurar no meu braço.
Eu: caralho Marcinho quer me matar de susto nego?
Ele: cacete Thiago eu estou gritando, te chamando e você nem pra se virar pow.
Eu: o que foi?
Marcinho: não Thiago, eu quem pergunto o que foi?
Já tem um tempo que eu percebi que você e o Rodrigo estão se estranhando, qual é a de vocês?
Eu: sei lá cara, é ele que ficou chato assim derepente e outra eu não tenho que ficar dando satisfação das coisas que faço para ele, já sou adulto.
Ele: adulto?
Você e o Rodrigo quase saíram no braço por causa da July e do rapagão lá, não sei se você se recorda, mas o cara só subiu com ela, ele também está hospedado no mesmo hotel que nós.
E isso não quer dizer que foram trepar, cada um pode ter ido para seu quarto ou não?
Ele me falando aquelas coisas, me deixou menos preocupado e mais confiante.
Thiago! Aquele cara é hetero, ele gosta de pepeka e não de espada, acho que você está alimentando algo atoa (só acho).
Continuamos andando e conversando sobre muitas coisas, acho que eu nunca tinha olhado o Marcinho como um amigo leal e de confiança.
Tipo ele sempre me colocando de volta a realidade, sempre me esclarecendo sobre todas as idiotices que eu invento de fazer.
Resolvi que aquele seria o momento de me abrir com ele.
Marcio?
Oi Thi!
Eu tenho algo para te contar, mas é algo importante e quero que você guarde esse segredo com você pode ser?
Ele: ual, deve ser algo estrondoso rs.
Eu: bem, é algo que marcou minha vida, exatamente a alguns anos atrás.
Thiago! Você vai me contar um segredo de algo que aconteceu anos atrás?
Eu: sim!
Nossa Thiago eu achei que confiasse em mim!
Eu: justamente por isso que vou te contar Marcio, por eu confiar muito em você, pois esse segredo afeta outras pessoas!
Me conte então!
Eu: você se lembra que uma vez, aquele ano que você quebrou o braço caindo da mesa?
Ele: lembro, lembro muito bem!
Então! E você se lembra que era para irmos a praia com a família do Digo?
Eu me lembro Thi, mas o que isso tem a ver?
Marcinho, você não pode ir e eu fui com eles, nos divertimos muito aquele final de semana.
Mas na ultima noite eu fui com o Rodrigo procurar alguma balada pra nos divertimos, a mãe dele nos deixou usar o carro e na volta da balada, eu estava bêbado e ele também, acabou que naquela noite nós transamos.
Ele: hã? Como assim?
Você e o Rodrigo fizeram?
Tipo você deu pra ele?
Ou você comeu?
Nossa, puta que o pariu, agora eu já sei o porque estão assim, se estranhando a todo tempo!
Ele está com ciúmes de você, é isso!
Eu: sim, eu dei pra ele e não, não tem nada a ver uma coisa com a outra!
O Rodrigo está estressado é só isso, se fosse pra ele ter ciumes de mim, teria que ter sido a anos atrás e não agora!
Eu já sai com vários caras e ele nunca ligou e nem falou nada.
É Thiago, mas você tem que concordar comigo que já tem um tempão que o Digo não sai com nenhuma garota, porque isso agora?
Eu: ah vou lá saber e prefiro nem tentar entender aquele louco lá.
Tomamos uma cerveja enquanto conversavamos e logo depois eu resolvi entrar na água.
O Marcinho não quis apenas ficou sentado na areia me observando enquanto eu me deliciava no mar.
Vi que alguém tinha chego lá com ele, mas a luz dos quiosques me impediam de decifrar o semblante daquela pessoa.
Continuei olhando até que ele se levantou tirou a camisa e veio andando em direção a mim.
Ta boa a água?
É você Rodrigo!
Ué, e você achou que seria quem?
Eu: ah Digo sai fora cara, eu to de boa e não quero ficar trocando ofensas com você!
Ele: me desculpa Thiago, eu não sei porque reagi daquela maneira com você, mas eu só vim aqui pra dar um mijão, agora eu vou sair!
Eu: tá calma ae que eu vou também!
Nós saímos do mar e fomos andando até o Marcinho, no caminho ele me empurra e sai correndo, eu corri atrás e pulei em suas costas.
Assim que eu gosto de ver vocês dois, como dois amigos e não brigando daquela maneira!
Agora vamos porque a Paula já ligou umas dez vezes, elas estão com fome e querem ir em algum restaurante pra jantar e depois sair beber um pouco.
Disse o Márcio.
Voltamos para o hotel e no caminho encontramos com o Ricardo e mais dois rapazes, ele nos cumprimentou apenas com acenar de cabeça.
É um ogro mesmo (disse alto).
Ele voltou e me chamou.
Thiago né?
Faça o favor um minutinho?
Eu esperei e os meninos continuaram andando me deixaram sozinho.
Ele então:
Thiago, eu já agradeci por sua ajuda hoje mais cedo, mas isso não quer dizer que iremos ficar grandes amigos ou coisa parecida.
Então eu te pergunto: qual é a sua cara?
Respondi: olha não precisamos ser amigos, eu nem quero mesmo sua amizade, mas você esta vendo essa mão aqui?
Ele: hum sei!
Eu: segure a minha mão.
Ele pegou minha mão e a apertou suavemente (quase gozei).
Então Ricardo, essa é uma das melhores formas de se cumprimentar, se o aperto e forte assim como esse seu, indica que a pessoa e segura e verdadeira.
Por isso eu não preciso ser seu amigo, mas podemos nos dar as mão apenas em sinal de respeito e de educação.
Ele ficou me olhando rindo e segurando a minha mão.
Você é gay Thiago?
Eu sou sim Ricardo, obrigado por perguntar!
Ele continuou: ahhh agora eu estou entendendo, você está afim de mim não é?
Eu: caralho cara, você é ignorante, sem educação e ainda por cima se acha o bam bam bam!
Dito aquilo eu soltei minha mão a dele e sai andando.
Claro que qualquer lesado iria perceber que eu demostrei minha fraqueza naquele momento, que eu respondi a pergunta dele assim que o ofendi e sai andando.
Eu estava sim a fim daquele cara, mas ele não era alguém para mim.
Já era tarde demais e eu estava construindo um desejo enorme por aquele rapaz.
Quando cheguei perto dos meninos eles estava quietos e não me falaram nada.
Continuamos mudos até o Hotel!
As meninas já inquietas nos esperando e assim que terminei meu banho e me arrumei, nós saímos para jantar.
Fomos num restaurante mineiro, comidinha gostosa direto do fogão a lenha, comi muito, muito mesmo que me deu uma leve dor de barriga.
Tive que me retirar do local e corri para meu quarto, a noite já tinha acabado para mim.
Eu tomei outro banho, coloquei um short largo sem cueca e deitei na cama, liguei a TV e peguei no sono.
Acordei assustado com batidas na minha porta.
Quem é?
As batidas continuaram, mas sem palavra ou apresentação alguma!
Oi, quem é?
Quem está aí?
A pessoa não respondeu.
Olhei no relógio e já eram uma da madrugada.
Imaginei que seria um dos meninos ou as meninas que queriam me contar alguma coisa que não pudesse esperar até o outro dia rs.
Abri a porta e tomo o susto;
Ricardo?
O que você esta fazendo aqui?
Seu quarto é aquele!
Eu apontei para o quarto dele, mas percebi que ele estava muito bêbado e quase não parava em pé.
Eu sai o agarrei e tentei leva lo ao quarto dele, mas mesmo com dificuldades ele me disse:
Eu per, eeh, eu ped, eu perdi a chaves.
Era tarde para ficar pedindo chaves reserva, fora que ele estava dormindo em pé e não iria conseguir sair daquele ponto rs.
O arrastei para meu quarto, ajudei ele a se sentar na minha cama, ele levantou os braços esperando que eu arrancasse sua camiseta.
Quando o fiz, quase ajoelhei no chão para admirar aquele peitoral, musculoso e todo coberto de pêlos.
Minha mão deslizou por aquele extremo macio e muito cheiroso, aí meu Deus que homem gostoso.
Tirei seu tênis e o deixei apenas de cueca, tentei leva lo para uma ducha gelada, mas era muito pesado, apenas o empurrei para o canto da cama e o cobri, deitei do outro lado e cai no sono.
Eu estava zuado e não poderia fazer nada, só dar uma conferidinha básica na ferramenta e dormir.
Ele jogou a perna por cima de mim e me segurou pela cintura: meu pai estou no céu (pensava comigo mesmo).
Assim eu dormi, ou pelo menos tentei dormi com aquele Deus grego deitado, encoxado em mim rs.