Olli narrando...
Desde o dia que descobri que o Vic é gay passei a perceber atitudes nele que não percebia antes...
Estava na boate com ele quando de repente o mesmo beijou um garoto que estuda com ele, para mim foi uma surpresa, ele não é afeminado e não havia percebido.
O jeito que ele me olha, o jeito que fala comigo, são certas atitudes que me fizeram suspeitar que ele me via de maneira diferente.
Ele olhava meu corpo, cobiçava e eu percebia.
Enquanto tudo acontecia as coisas em relação ao trabalho só pioravam, Roberto me ligou alarmado...
Eu: O que foi Roberto?
Ele: Invadiram minha casa, não nos viram lá mas pixaram uma parede. Vou te mandar a foto!
Fiquei chocado, a tinta ara vermelha e falava: VOCÊ VAI PAGAR, VAMOS ENCONTRAR SEU FILHO!
Eu: Gostaria de saber porque eles não procuram a mim e o deixam em paz!
Eu: Eles querem se vingar pegando quem você mais ama.
Ele: Não fale ao Vic, ok? Não quero alarma-lo.
Eu: Ok.
Fiquei mais preocupado e não o deixava só um minuto. Ao mesmo tempo tinha a situação dele estar sentindo algo por mim, isso começou a me deixar meio que perturbado, não me imaginava em uma situação parecida, mas tudo foi piorando quando percebi seus ciúmes... Nanda, uma garota da faculdade dele passou a dar encima de mim, ela era loira, corpo lindo e eu realmente estava precisando de algo assim para dar uma balançada...
Depois que ela surgiu na minha vida, Victor ficou arrasado, eu percebia, ele ficava trancado direto no quarto, peguei ele se abrindo para Ana, amiga sua...
O que poderia fazer? Não iria largar a Nanda por sua causa, ela estava dando sopa e ia aproveitar, mas aí aconteceu.
Certa noite estava na sala, dormindo no sofá quando ouvi um barulho em seu quarto, peguei a arma, fui até lá, abri a porta que o mesmo sempre deixada aberta por ordem minha, e vi que foi apenas um galho de uma árvore na janela, vou até ela, olho para fora e vejo a rua vasia, o olho na cama... Victor estava debruçado, dormindo só de cueca, seu sono era profundo, seu cabelo encaracolado estava bagunçado, sua pele branca linda, estava usando uma cueca preta que apertava sua bunda, cheguei mais perto, seu corpo era delicado, sua bunda enorme...
Oh meu Deus, o que estava acontecendo comigo? Saí sem fazer barulho. Sou hetero, policial, reparar em um homem? Nunca havia me acontecido. Passei a ignorar que aquilo aconteceu.
Roberto a cada dia que me ligava estava mais louco porque sempre vinham ameaças de forma diferente ao Victor, a última foi falando que sabiam onde ele estuda!
Eu estava cada vez mais intimo da Nanda também, ainda não havia rolado algo tão sério, certo dia o Victor bebeu demais, creio que por eu estar com Nanda e ele ter visto, o levei para casa, enquanto tirava seus sapatos ele se aproximou e me beijou, com sua boca doce e quente.
Apartir deste dia tudo mudou, a forma de vê-lo se transformou, passei a repara-lo mais e mais e aquilo me dava nos nervos! Ficava reparando-o, encarando-o nos lugares, ele não percebia, pois eu sempre o observava vigiando-o, mas amava vê-lo dançar...
Vic quando ia para a boate, dançava lindamente, fechava os olhos e sentia a música enquanto pulava e eu o observava!
Aquilo estava me frustrando, passei a me excitar pensando em seu rosto, sua boca, seu corpo, sua bunda...
A noite ia em seu quarto vê-lo dormir, nossa como era lindo... Mas me frustava sentir aquilo, eu mesmo me proibia me masturbar por ele, me masturbar por um homem!
Fiquei muito nervoso com a situação na qual me encontrava, ia sempre para a faculdade com Victor, claro, principalmente depois de falarem saber onde ele estuda, na verdade iria para onde ele fosse, as coisas estavam sérias, e lá encontrava a Nanda, até que resolvi concluir logo tudo, quem sabe com ela eu esquecia essa loucura? Victor me apronta, quando abro os olhos cadê acriatura? O procurei em todos os lugares, meu coração quase sai pela boca, o vejo lá fora ao lado do carro!
Dei uma baita bronca, foi sorte não terem pego ele alí mesmo.
Pronto, comecei a ficar me encontrando com ela e Victor cada vez mais triste, eu sabia que era por minha causa, mas fingia não saber. Sou um policial, sou macho, me recuso a sentir algo por outro homem.
Depois do meu primeiro encontro com ela fui contar para ele, mas ele fez o que eu não queria, se declarou, eu não iria aguentar ficar ali com ele tendo se declarado, resolvi pedir demissão, fingi indignação, dei uns dias para Roberto encontrar outra pessoa.
Enquanto estes dias não chegavam continuei me encontrando com Nanda.
Saía todos os dias para me encontrar com ela e ele ficava em casa, certo dia estava em mais uma das noites com ela, estava me divertindo, quando o vejo...
Eu: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? PIROU? SAIR SOZINHO SEM MIM?
Ele: Resolvi sair de casa quando você já havia saído!
Eu: VICTOR JÁ NÃO AGUENTO MAIS, VOCÊ É A PESSOA MAIS COMPLICADA QUE JÁ CUIDEI, DESDE O INICIO SÓ ME DÁ DOR DE CABEÇA!
Bem ele resolveu ir embora...
Eu: Me espera!
Nanda ficou se despedindo de mim, me beijando, meu cel toca...
Eu: Oi?
Roberto: Olliver pelo amor de Deus, alguém me ligou em número privado, me falaram que descobriram a boate em que o Victor sai a noite!
Senti meus pés fora do chão, estava de costas, virei mas não o vi, desliguei o telefone, saí correndo, vi os amigos dele de longe mas ele não estava lá, saí olhando para todos os lugares até lá fora, de longe o vejo com uns caras, um está armado e dá uma coronhada em sua cabeça por trás...
Parti para cima dos caras eu estava cego, dei um chute na mão do cara armado, e o empurrei para cima do carro, ele bateu a cabeça forte e caiu no chão, outro queria pegar a arma mas pisei na sua mão, bati a porta do carro na caveça de um e dei um chute na barriga do outro que caiu sentado, dei um chute na sua cabeça que caiu desacordado, peguei a arma e coloquei na cintura....
Foi tudo muito rápido, nem deu tempo deles tentarem nada, eram ruins de luta, para minha sorte!
Pego meu telefone e ligo para o delegado...
Ele: Mas Olliver me conte detalhes!
Eu: Sinto mas o garoto foi ferido, preciso desligar, só posso dizer agora que são dois!
Ele: Ok, mando a viatura.
Minha preocupação era o Victor, minha cabeça estava a mil. Chamei uma ambulância mas estava demorando demais...
A viatura chegou antes.
Paulo, um colega: Esse caso está dando trabalho hein?
Mauro, outro: Conte-nos detalhes.
Eu: Sinto, mas não dá!
Entreguei a arma a eles...
Peguei Victor no braço, levei para o carro e me mandei para o hospital. Ele sangrava e isso me assustava.
Chegando lá entrei com ele nos braços, falei que ele sofreu um golpe na cabeça.
O levaram.
O que me deixava em pânico era ter de ligar para o seu pai, estava com mil coisas na cabeça e principalmente que isso aconteceu por minha culpa, era para mim estar com ele, mas ao invés disso estava agarrado com a Nanda!
Minha camisa azul estava suja com seu sangue e comecei a chorar desesperado, sentei em um banco e fiquei procurando forças para ligar...
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