Perdendo o medo de ousar

Um conto erótico de Normando
Categoria: Homossexual
Contém 1272 palavras
Data: 24/02/2015 16:47:03

Eu não esperava que ele fosse ser tão ousado. Ou melhor... eu não esperava que EU fosse ser tão ousado.

Era sábado a tarde, no vestiário do clube. Eu acabara de sair da academia e ele parece ter acabado de sair do jogo de futebol. Como estava vazio, pude perceber tudo perfeitamente: do nada um entra um cara de shorts amarelo, sem camisa, todo suado. Eu estava sentado no banco começando a tirar a minha roupa para entrar no banho... até então, mais uma cena comum em qualquer vestiário... quando levanto, só de cueca, para colocar as coisas no armário vejo ele me encarando.... caramba! o cara é lindo! Alto, branco, peitos largos, pelos semi-aparados, corpo definido e uma barriguinha sarada, formando aquele "v" perto da virilha.... ai... também fui pego de surpresa e dei logo essa conferida básica nele.

O interesse foi mútuo. Aquele olhar direto, sacana, penetrante foi de encontro ao meu, que fiz uma cara de bem entendido.

Esperto, ele foi logo dando a senha: deu uma apalpada no pau e eu não tive como não reparar o volume marcando o shorts. Nesse momento, entrou outra pessoa no vestiário. Continuei guardando minhas coisas no armário e ele veio na minha direção. Gelei. Pensei que ele fosse fazer algo ou falar algo ali, com outra pessoa por perto. Mas ele veio e abriu o armário ao lado do meu e começou a mexer.

Olhei para ele, esperando alguma reação, mas ele continuou guardando suas coisas. Tirou o shorts e ficou só de cueca. Assim que o cara que estava a nossa frente foi para o box do chuveiro, sinto a mão dele apalpando minha bunda....

Fiquei sem ação pois não imaginei que ele seria tão ousado, tão direto. Deixei.

Ele apertou forte a minha bunda, alisou, bulinou. Eu estava de costas, de frente para o armário, meio que fingindo que não estava acontecendo nada. Olhei pra baixo e vi o bichão dentro da cueca, quase pulando pra fora. Quando eu ia estender a mão para toca-lo, outros dois caras entram conversando. Eram conhecido deles. Eu peguei minha toalha e fui para o box.... estava muito excitado... com a situação inusitada e mais ainda com o cara, que era muito gostoso! Do jeito que eu tava, eu seria capaz de dar pra ele ali dentro mesmo. Os box são separados uns dos outros, mas não têm portas. Comecei a tomar banho, esperando ansioso pra ele passar. Passou um tempo e ele passa. Pra minha sorte, o box da frente estava livre e ele foi justamente pra lá.

Quando me viu, ele riu pra mim e piscou, com um olhar sacana... eu, pra retribuir, virei de costas, me ensaboando... sem pensar, comecei a ensaboar minha bunda, exibindo pra ele... quase tive um treco quando olhei pra trás e o vi pelado e o pau dele ereto... que homem! Aquele tipo de cara que eu acho que não pegaria nunca, que só existem nas fotos da internet.

Mas logo os outros dois caras vieram para os boxes. Conversando sobre o jogo, combinando o próximo jogo com eles. Ele respondia pra eles, mas olhando pra mim... ensaiou uma punheta, quando ele exibiu aquele pau, eu fiquei paralisado, não conseguia parar de olhar... desejei aquele homem loucamente. Terminei e saí. Logo ele vem, enrolado numa toalha. Minha vontade era falar com ele e acho que ele também, mas não dava... os caras ouviriam. Como eles demoraram pra vir, eu ousei e peguei no pau dele por cima da toalha. Ele abriu e eu o toquei por alguns segundos. Fui nas nuvens. Peguei de leve, fiz um carinho apenas.

Ele fala sussurrando:

- gostou?

- muito!

- quero você.

- Eu também quero.

Como vi que logo chegaria mais gente e como explicar dois caras excitados perto um do outro? Nem pensar. Pus o resto da roupa, arrumei a bolsa. Nisso, os amigos dele voltaram. Não sabia como fazer para não dar bandeira... mas não podia perder aquele cara por nada. Até que fingi falar no celular com outra pessoa e quando ouviu o que eu falei ele logo percebeu:

Eu falei:

- Oi... deixa eu te passar meu novo número... é mudei ontem. Anota aí e me manda whasapp.

Nisso ele pegou o telefone dele dentro da bolsa e quando eu falei o numero ele salvou.

Saí meio bobo, sem acreditar no que tinha feito.

Isso porque toda vez que fico com alguém tem aquele ritual da paquera, do flerte, da conversa, do ficar e depois rolar ou não o sexo. Nunca tinha sido abordado assim antes e também nunca fui tão direito com um cara, mostrando que queria dar pra ele.

Parei no café do clube, pois tinha alguns amigos lá. Depois de alguns minutos vejo ele se aproximar com os outros dois caras. Ele não era gay, pelo menos não parecia... e quando vi sua mão... uma aliança. Ele era casado. Casado e safado! Quase não consegui disfarçar quando o vi com o cabelo molhando, vestindo uma bermuda e uma camiseta branca! Caramba! Sortuda era a mulher dele. Ele passou, me viu, mas não fez nenhum gesto. Acabei me convencendo de que foi só tesão passageiro.

Fiquei até meio bolado por ter dado meu número para o cara, um desconhecido... não gostei de bancar o papel de "bichinha oferecida".

Fui pra casa e quando lembrei da situação fiquei excitado de novo... e tive que me consolar na punheta.

Depois de quatro dias, numa quarta-feira, recebo um mensagem no whatsapp assim:

- oi! Você estava no clube pinheiros no último sábado?

Logo vi que era ele.

- Respondi...

- Sim, estava sim. Por que?

- Ufa! Que bom que é você. Anotei teu número errado... já enviei umas oito mensagens para outros números... já tinha até desistido.

- caramba!

- Ah.. desculpa cara. Meu nome é Marcos. Aquele dia lá no vestiário nem deu pra gente conversar... eu tentei falar com você no mesmo dia.

- sério mesmo?

- sério. Posso te ligar agora?

- Putz cara... tô no trabalho e não dá para as pessoas ouvirem minha conversa... só dá para teclar por enquanto.

- ah desculpe te atrapalhar cara. Foi mal.... não quero te atrapalhar.

- não, quê isso cara!.. gostei que você respondeu.

- gostou mesmo? vc ficou esperando eu te ligar.

- humm... fiquei... fiquei.

- bom saber. cara, vou direto ao ponto, pra não te atrapalhar: se ainda tá afim?

- claro que tô... tô muito afim.

- ual! perfeito! só que tô a fim de verdade...

- como assim?

- cara... tô doido pra pegar você... tô a fim de sacanagem na real, entende? cê topa?

- sim claro que topo.

- só que tem que ser um negocio discreto tá?

- vc é casado né?

- tem problema pra você?

- não... pra mim não... pelo contrário...

- tô afinzasso de você cara... pode ser hoje?

- eu também tô muito afim cara... mas como a gente faz? onde?

- cê tá onde? que região?

- zona norte.

- hum... eu tô no centro. Conhece por aqui?

- mais ou menos...

- tem um hotel aqui, perto do marco zero. É um hotel antigo, mas bem discreto...

- eu vou. Me fala o endereço e o horário.

- ual! Gostei de ver.

Depois que falei com ele não consegui mais trabalhar.

Caramba... já fazia uns três meses desde a última vez que transei... e nem foi bom... aliás, foi horrível.

Ao mesmo tempo que estava animado, vinha uma sensação grande de medo: e se for perigoso? e se o cara for desses loucos? Fiquei com muita dúvida, mas a sensação do perigo,do escondido, do depravado me excitava. Eu pensava comigo: sempre faço tudo certinho... por que não experimentar isso?

Como tenho que voltar a trabalhar, depois escrevo onde foi parar essa ousadia repentina.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive normando a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Gostei muito de teus três relatos. Se ainda acessas o site, por favor conta-nos o resultado da "ousadia repentina", por favor. Um abraço carinhoso,

Plutão

0 0