Eu fiquei parado olhando aquela cena. Eu não queria acreditar no que os meus olhos estavam vendo. O Thi estava deitado na cama, sem camisa, aos beijos com o Pedro. Eu fiquei parado naquela porta não sei por quanto tempo. Quando ele me viu, ele ficou branco e jogou o Pedro para o lado.
- Não, Antoine, não... – Ele levantou e veio em minha direção.
Quando ele se aproximou de mim eu não sei o que me deu, eu estava sentindo ódio, nojo, decepção e tristeza tudo ao mesmo tempo. O ódio subiu tanto que eu não me controlei e dei um soco na cara dele, foi tão forte que ele caiu no chão com a mão na boca.
- NUNCA MAIS OLHA NA MINHA CARA SEU FILHO DA PUTA!
Ele levantou e veio até mim.
- Não, Antoine, não faz isso?
- MAS TU ÉS MUITO ESCROTO MESMO THIAGO POR ACREDITAR QUE SOU EU QUEM ESTÁ FAZENDO ALGO, ENTÃO ERA POR ISSO QUE TU NÃO FALAVAS COM O TEU “IRMÃO”? ERA POR ISSO QUE TU TINHAS CIUMES DE TODOS?
- Não, Amor! Me escuta, por favor! – Ele falava chorando – Deixa eu te explicar.
- AMOR O CARALHO! EU TE AVISEI, EU TE AVISEI QUE EU NÃO TE PERDOARIA NA PRÓXIMA BURRADA. E ISSO... ISSO É DEMAIS PRA MIM.
- Amor? – Perguntou o filho da puta do Pedro. – Como assim Thiago?
- É! AMOR! NÓS ÉRAMOS NAMORADOS E NÃO IRMÃOS!
- Éramos? – Perguntou o Thi.
- VAI TE FODER, THIAGO! ESQUECE QUE EU EXISTO! – Eu disse virando de costas pra ele e indo embora.
- Não, espera! – Ele disse segurando meu braço.
- ME LARGA!
- NÃO, TU VAIS ME ESCUTAR.
- EU NÃO VOU TE ESCUTAR PORRA NENHUMA! ME SOLTA, AGORA!
- NÃO! – Ele falava aos prantos.
- O que está acontecendo aqui? – Perguntou tia Joana aparecendo no alto da escada – Por que tu estás gritando, Antoine? E por que tu estas chorando, Thi?
- Pergunte para o escroto do seu filho. – Eu disse empurrando o Thiago, que bateu com tudo na parede, e descendo as escadas.
Eu passei pelo salão em prantos, acho que ninguém percebeu que eu estava chorando. Fui em direção ao rio. Chegando lá eu fiquei sentando na beira do rio. Como ele pôde fazer isso comigo? O que foi que eu fiz pra ele? Será que isso tudo era culpa minha? Será que eu não estava dando atenção pra ele? Será que eu era tão ruim assim de cama pra ele procurar sexo com outro cara? Será que ele... que ele não me amava mais?
- O que foi que aconteceu? – Disse o Bruno sentando ao meu lado – Por que tu estás chorando?
- Ele me traiu, Bruno! Ele me traiu! Ele me prometeu que nunca faria algo assim. Eu sou um idiota! – Eu falava chorando
- Não, Antoine! Tu não és um idiota!
- Como não? Eu deixei tudo acontecer debaixo do meu nariz. Ele dormiu ontem lá com eles, Bruno. Eles devem ter transado a noite toda. E eu aqui bancando o namoradinho moderno que compreendia as ações estranhas que ele estava tendo.
- Não tiras conclusões precipitadas, Antoine. Escuta primeiro o que ele tem pra te dizer.
- Dessa vez não tem nada a ser dito, Bruno. Eu vi ele se beijando com o Pedro. Eles estavam na cama, se eu não tivesse chegado com certeza eles teriam transado. Há quanto tempo será que ele está me traindo? Tudo o que ele viveu comigo foi uma farsa?
- Não diz isso, Antoine! Vocês se amam, todo mundo pode ver isso!
- Não, ele não me ama! Tu mesmo falaste que quando a pessoa ama, ela não faz isso!
- Não liga para o que eu disse!
- Não adianta tentar me proteger, Bruno! Eu não sou mais doente e eu vi tudo.
Nós ficamos em silêncio, ele me abraçou e eu chorei no ombro dele. Depois de um tempo eu disse.
- Me tira daqui, Bruno?
- Vem, eu estou com o meu carro aqui.
Nós fomos pegar o carro dele, ninguém nos viu, todo mundo estava entretido com a festa. Nós saímos de lá e voltamos para Macapá. No caminho não falamos nada, eu só chorava. A ficha ainda não tinha caído que ele tinha me traído. Eu pedi para o Bruno me levar para a minha casa. Assim que chegamos em Macapá, ele pegou o caminho da minha casa. Lá, eu peguei todas as coisas do Thiago e coloquei em várias sacolas. Eu peguei tudo, tudo mesmo, eu não queria nada dele na minha casa, não queria nenhuma lembrança.
O Bruno me ajudava sem falar nenhuma palavra. Quando nós terminamos de arrumar tudo eu pedi para eu ficar na casa dele, pois eu sabia que o Thiago viria me procurar aqui. Ele prontamente aceitou.
- Pode entrar, Antoine! Pode se sentir em casa! – Ele disse assim que entramos no apartamento dele.
- Obrigado, Bruno!
- Tu queres alguma coisa?
- Tu tens tequila aí? Se tiver me passa a garrafa que eu quero beber!
- Muito engraçado, Antoine! Muito engraçado!
- O que foi? – Eu disse olhando nos olhos dele.
- Tu ainda não podes beber, e mesmo se pudesse eu não te daria tequila alguma, não nesse estado.
- E o que eu faço para tirar isso do meu peito, Bruno? O que eu faço para tirar essas imagens que insistem em ficar passando na minha cabeça?
- Antoine – ele disse me puxando para sentar no sofá -, eu não vou mentir pra ti, isso vai demorar para passar, mas em um belo dia tu vais acordar e perceber que tudo não passou de um sonho idealizado por ti, e aí tu vais querer aproveitar tudo o que a vida quiser te oferecer.
- Foi assim que aconteceu contigo? – Eu disse colocando minha cabeça no ombro dele.
- Foi!
- Será que foi tudo um sonho mesmo? Será que nada do que vivemos foi real?
- Isso só quem pode responder és tu.
- Eu não sei o que pensar, Bruno.
- Calma, não pensa nada agora. Vem, tu vais tomar um banho e vais dormir um pouco.
Ele me levou para o quarto dele e mandou eu ir para o banheiro. Tomei meu banho e vesti uma roupa para dormir. Eu ainda não acreditava que ele tinha feito aquilo comigo. Eu saí do banheiro e vi o Bruno sentado na cama.
- Melhor?
- Impossível!
- Vem, deita aqui. Tu precisas dormir.
- É o jeito, né?
- Eu liguei para a tua mãe, tá?
- Por que tu fizeste isso?
- Por que ela estava preocupada, pois tu fugiste lá da chácara. Eu disse pra ela que tu estavas aqui em casa e eu pedi para ela não falar pra ninguém.
- Menos mal! – Eu disse sentando do lado dele.
- Eu vou te deixar sozinho, eu acho que tu precisas pensar um pouco, né? – Ele disse pegando um travesseiro e o cobertor.
- Pra onde tu vais?
- Eu vou dormir lá na sala, esse é o único quarto da casa.
- Não, Bruno! Eu não vou te tirar da tua cama. Deixa que eu vou dormir lá na sala. – Eu disse me levantando.
- De jeito nenhum! Tu ficas aqui, eu vou pra lá.
- Se tu fores pra lá eu também vou, eu não vou te deixar passar a noite naquele sofá.
- Que noite, Antoine? Já está amanhecendo. – Ele disse sorrindo.
- Do mesmo jeito. Já sei! Vamos ficar os dois aqui na cama.
- Mas, Antoine...
- Ou somos nós dois aqui ou somos nós dois lá na sala. Eu não vou te tirar da tua cama e te deixar dormir no sofá.
- Mas, tu não tens problema com isso?
- Por que eu teria? Eu estou solteiro mesmo! – Eu disse segurando o choro.
- Não fala assim, vocês vão se entender, tu vais ver.
- O problema, Bruno, é que eu não quero me entender com ele. Pra mim, traição é o fim de um relacionamento. Eu não volto atrás. Eu vou sofrer, eu sei que vou, eu já estou sofrendo, mas eu vou dar a volta por cima. Eu superei uma leucemia, eu vou superar isso também.
- Bom, já que é assim, vamos dormir?
- Vamos!
Nós deitamos de barriga pra cima, um do lado do outro, e ficamos olhando para o teto, o Bruno nem se mexia na cama.
- Bruno, tu já podes respirar.
- Eu estou respirando.
- Tu podes te mexer também, tu estás ai duro feito um defunto.
- Eu não quero te incomodar.
- Tu não vais me incomodar, quem está incomodando aqui sou eu.
- Tu nunca me incomodas, Antoine.
- E tu também nunca me incomodas. Portanto, pode te mexer na TUA cama.
Ele se mexeu e ficou deitado de lado de frente pra mim. Eu também virei de frente pra ele e lembrei de quando eu fazia isso com o Thi toda vez que nós brigávamos. Eu não queria pensar nele, mas era inevitável.
- Não, chora! – O Bruno disse me abraçando.
- Por que, Bruno? Por que? O que eu fiz de errado?
- Tu não fizeste nada de errado, Antoine. Talvez quem tenha feito algo errado tenha sido o Thiago, mas tu só vais saber quando vocês conversarem.
- Eu não vou conversar com ele! Eu já me decidi!
- Não faz isso, Antoine! Deixa de ser cabeça dura!
- Eu avisei pra ele, Bruno, eu disse que seria o fim da próxima vez que ele fizesse isso.
- Ele já tinha te traído antes?
- Não tenho certeza, mas acho que sim. Lembra daquele dia que ele veio aqui te pedir desculpas?
- Lembro!
- Pois é, naquele dia ele me disse que quando o taxista estava no meio do caminho ele pediu para ele deixa-lo em um bar. Ele me disse que quando ele chegou lá ele passou mal por que misturou bebida com o remédio que tu tinhas dado pra ele.
- Mas eu não dei remédio nenhum pra ele naquele dia.
- Então, isso quer dizer que ele já vem me traindo há bastante tempo.
- Como assim?
- No bar ele passou mal no banheiro e um cara se ofereceu para ajudá-lo, ele levou o Thiago para casa e cuidou dele lá. Mas o Thiago me disse que assim que ele chegou na casa do cara, ele apagou no sofá.
- Desculpa, eu não devia ter falado nada, né?
- Não, tudo bem! Tu não tens culpa de nada.
Acabou que nós não dormimos nada. Quando deu 8h meu celular começou a tocar sem cessar. Era o Thiago me ligando.
- É ele? – Me perguntou o Bruno.
- É!
- Atende, Antoine! Escuta o que ele tem pra te dizer.
- Não, Bruno!
- Me passa aqui esse celular, então, deixa eu dar um jeito nisso.
- O que tu vais fazer?
- Vou pedir para ele parar de ligar que agora tu não queres falar com ele.
Eu passei o celular para ele.
****************
- Oi, Thiago!
- Não, sou eu, Bruno!
- É, ele está aqui!
- Não, não vem pra cá!
- Tá, espera eu vou passar pra ele.
****************************
- Não, Bruno! Eu não quero!
- Ou é isso ou ele vem aqui agora. – Ele disse cobrindo o celular com a mão.
- Tá, me passa essa porcaria.
- O que é? – Falei da forma mais fria possível.
- Não fala assim comigo, amor?
- Amor o caralho! Nunca mais fala assim comigo.
- Não faz isso com a gente, Antoine.
- Eu não quero falar contigo, Thiago. Passa na minha casa pega tuas coisas que eu já deixei tudo arrumado e some da minha vida.
- Não, eu não vou fazer isso. E a casa é nossa!
- Não, idiota, aquela casa é minha. Se quando eu chegar lá e eu encontrar aquelas sacolas lá eu vou tacar fogo em tudo.
- Eu estou indo aí.
- Se tu quiseres levar mais alguns socos pode vir, mas se quiseres prezar pelos teus dentes te mantem bem longe de mim.
- Eu te amo!
- Thiago, vai pra puta que pariu com esse teu amor falso.
- Não duvidas do que eu sinto por ti. Eu te amo e tu sabes disso!
- Não, Thiago! Tu não amas, se tu amasses tu não estarias quase transando com aquele filho da puta.
- Aquilo foi um erro, Antoine! Me perdoa!
- NÃO! UM ERRO FOI A GENTE! EU FUI UM IDIOTA! SOME DA MINHA VIDA, THIAGO! – Eu disse desligando o telefone na cara dele.
Eu comecei a chorar novamente. Eu amava aquele idiota, mas uma traição na casa onde a gente transou pela primeira vez foi demais pra mim. Como ele poderia ter sido tão filho da puta comigo?
O Bruno não falou nada, ele só me abraçou. Nós ficamos bastante tempo abraçados no meio do quarto dele. Eu só me separei dele, por que meu celular começou a tocar novamente.
- Oi, Ju!
- Como tu estás amigo?
- Destruído, Ju!
- Onde tu estás?
- Eu tô na casa do Bruno.
- Onde fica? Loh e eu estamos indo aí.
- Não, Ju. Vai lá para a casa dos meus pais, daqui a pouco eu já estou indo.
- Tá, já estamos indo para lá.
- Tu já vais? – O Bruno me perguntou assim que eu encerrei a ligação.
- Eu tenho que ir, eu não posso ficar aqui te dando trabalho.
- Tu nunca me dás trabalho, Antoine. Mas já que tu queres ir, eu te deixo lá.
- Não, Bruno! Não precisa, eu pego um taxi.
- Nem pensar, eu vou te deixar lá. Vamos?
- Já que é assim... vamos!
**********************
- Chéri, como tu estás? – Maman disse quando eu cheguei em casa.
- Tô bem, maman! Mas acho que eu estraguei o ano novo de todo mundo, né?
- Tem certeza? Não é isso que eu estou vendo. E tu não estragaste nada!
- Eu estou bem, maman. Não se preocupe.
- As meninas estão lá no teu quarto te esperando.
- Ata! Eu já vou lá com elas. Onde estão Papa e os meninos?
- Ficaram lá, eles vem só a tarde.
- Ata! Bruno, muito obrigado por tudo! – eu disse abraçando meu amigo – obrigado mesmo!
- De nada! Já sabe, né? Precisando é só me ligar que eu venho aqui contigo.
- Ok! Obrigado!
Eu fui para o meu quarto e o Bruno ainda continuou lá com Maman. Quando eu cheguei no meu quarto as meninas estavam conversando, quando eu as vi cai no choro de novo.
- Ooo amigo, vem cá! – Disse a Jujuba.
- Ju, por que ele fez isso? Por que ele fez isso comigo? – Eu falava em prantos.
- Eu não sei, meu amor!
- Será que eu era tão ruim pra ele que ele teve que me trair para procurar felicidade?
- Antoine, nunca mais fala uma coisa dessas. A culpa não é tua! E ele não encontrou felicidade nenhuma, ele está sofrendo pra caramba.
- É mesmo, Antoine! Agora ele está super arrependido.
- Acho que é um pouco tarde pra ele se sentir assim, Loh.
- Ei, cabeça pra cima, tu vais sair dessa!
- É o que eu mais quero, Ju! Sabe, eu não consigo entender o porquê dele ter feito isso na noite de réveillon debaixo do meu nariz. Como ele pôde ter me tratado daquele jeito, Ju? Ele me apresentou como “irmão” dele lá para o cara. Agora eu entendo o motivo.
- Antoine, não fica pensando nessas coisas. – Disse a Loh.
- Mas é inevitável, Loh. Eu não controlo.
As meninas ficaram um tempão comigo. Mas elas tiveram que ir embora. Eu fiquei sozinho no meu quarto e foi impossível não relembrar tudo o que nós tínhamos vivido naquele quarto. Era impossível não lembrar dele a cada um minuto. Eu estava me sentindo sufocado, eu não sabia o que fazer para tirar essa dor de dentro de mim.
- Chéri, je peux entrer ? (Posso entrar)
- Oui, maman !
- Meu amor, ele está lá embaixo e ele quer conversar contigo.
- Eu não quero conversar com ele, maman. Mande ele ir embora.
- Mas, Antoine...
- Maman, eu não quero falar com ele agora.
- Tudo bem, eu vou falar pra ele.
Eu coloquei meus fones de ouvido e fechei meus olhos. Eu queria sumir por algum tempo, queria esquecer que tudo isso aconteceu. Eu queria esquecê-lo. Eu estava tão longe em meus pensamentos que eu não senti quando alguém sentou na minha cama. Eu tirei meus fones e abri os olhos. Eu não acreditava que ele era tão cara de pau assim.
- O que é que tu queres aqui? Será que é tão difícil entender que eu não quero mais falar contigo?
- Antoine me escuta, por favor!
- Eu não quero escutar, Thiago! Eu não quero ouvir mais mentiras.
- Eu nunca menti pra ti, Antoine.
- Ah, não? E aquela história de o Bruno ter te dado remédio, tu teres bebido e teres passado mal? E o cara que te levou pra tua casa? Não vai me dizer agora que vocês não fizeram nada, só conversaram.
- Eu.. eu...
- Não quero saber de nada, Thiago! Eu já te disse, pega as tuas coisas da minha casa e some da minha vida.
- Eu não vou desisti de ti, Antoine.
- Tu desististe quando tu ficaste com aqueles caras, Thiago. Faz um favor para nós dois, me deixa em paz, cara. Vai curtir tuas aventuras com aqueles caras, pelo o que eu percebi é isso que tu queres. – Eu falava chorando.
- NÃO! NÃO É ISSO QUE EU QUERO! EU TE QUERO!
- Acho que é um pouco tarde pra isso, Thiago. Eu não acredito em mais nada do que tu me falas.
- Tu não entendes, Antoine!
- Exatamente, eu não entendo e não quero entender! Por favor, vai embora!
- Eu não vou desistir de ti, Antoine! Escreve o que eu tô te falando, nós ainda vamos ficar juntos.
- Sinto muito, mas isso acabou quando eu te peguei beijando outro cara. Sai daqui, Thiago!
- É isso o que tu queres?
- THIAGO, CARALHO, SAI DA PORRA DA MINHA CASA!
- Não, isso não é o que tu queres. – Ele disse se aproximando de mim – Tu queres isso. – Ele disse tentando me beijar.
Eu desviei do rosto dele e acertei um soco na cara dele.
-TU NUNCA, NUNCA, NUNCA MAIS OUSA ME BEIJAR.
- Meu filho o que está acontecendo aqui?
- Maman, tira esse escroto, imbecil, filho da puta... essa... essa... essa escória de dentro do meu quarto e não deixa ele mais sequer pisar aqui.
- Antoine, eu te amo! Eu não vou desistir de ti. – Ele falava enquanto Maman o arrastava para fora do quarto.
