Olliver narrando...
Ele deu um riso sarcástico: Olha se está falando por pena, por o que aconteceu com meu pai, por o momento difícil que estou passando agora, esquece!
Eu: Claro que não Victor, eu realmente estou sentindo algo por você, falo sério, quando passamos uns dias isolados do mundo conheci um lado seu que me encantou, de verdade! Foi ai que percebi realmente sentir algo mais por você. Acredite, eu realmente sinto algo!
Victor narrando...
Era tão fofo ver aquele homem forte, macho todo vermelho, enrolado tentando se declarar...
Eu: Você já se declarou antes?
Ele: Não, nunca!
Eu ri...
Ele: Ficou tão ruim assim?
Eu: Pelo contrário, foi lindo!
Passei as mãos em seu pescoço, Olli é enorme, bato em seu ombro, ele passou as mãos por minha cintura e nos beijamos, o beijo foi esquentando, ele é perfeito demais, tem pegada forte, me apertava, sentia seus músculos duros em mim, ele estava sem camisa, havia tirado quando chegamos, sempre fica a vontade pela casa...
Nos deitamos no sofá, ele apertava minha bunda, e eu lambia seu abdomen super definido, cada gominho...
Até que ele fez menção a querer tirar minha calça...
Eu: Olliver, espera, temos que conversar ok?
Ele sentou no sofá...
Eu: Olha, eu quero que as coisas caminhem devagar, quero que a gente se conheça primeiro, namore... Você é o primeiro que faço isso porque gosto de verdade de você, você olli é o primeiro cara por quem me apaixono de verdade!
Ele me abraçou. - Compreendo Vic, não vou te forçar a nada!
Eu o olhei sorrindo...
Ele: Que foi?
Eu: Você sempre me chama de Victor, gostei de ouvir você me chamando de Vic.
Ele sorriu...
Alguns dias se passaram, estávamos meio que namorando mesmo...
Ele: Vic é bom você ficar frequentando o curso.
Eu: Sim estava pensando nisso mesmo!
Ele me abraçou por trás.
Eu: Vou hoje.
Ele: Ótimo.
Me virei e o olhei nos olhos...
Ele: Estou lendo sua mente. Não se preocupe que a Nanda não vai fazer nada, não vou deixar.
Me arrumei, ele também, logo a gente foi...
Chegando lá vi meus amigos...
Ele: Vai.
Eu fui mas dessa vez não para a biblioteca, fiquei alí mesmo...
Eu: Oi gente?
Ana: Você está estranho!
Ro: Vejo um brilho em seus olhos.
Ana: Está mais feliz do que a outra vez que nos vimos!
Eu: Estou passando por um momento difícil, mas agora tenho uma pessoa junto a mim, me ajudando a vencer e superar.
Ro: Quem?
Ana: Conta agora esse babado!
Eu: O Olli.
Ana: Como?
Eu: Nós estamos juntos.
Contei tudo a eles...
Ana: Amigo isso é estranho!
Ro: A alguns dias ele pediu demissão por um beijo!
Ana: Mas tente, pode dar certo!
Eu: Tomara porque o amo!
De longe vi a Nanda ir falar com ele e fiquei observando, eles conversaram um pouco e ela saiu, passou por mim praticamente me fusilando...
De repente Lipe aparece, ele e o Ro estavam namorando bem sério...
Lipe: Gente este fim de semana é minha festa, não esqueçam de ir.
Era seu aniversário, Ro havia me dito.
Eu: Sinto gente, não vou. Não tenho pique.
Ana: Entendemos que você está triste por seu pai, mas tente Vic, é bom para você sair um pouco.
Ro: Vai ser divertido!
Lipe: Você vem e não se fala mais nisso!
Eu: Tá gente, eu vou!
Assistimos as aulas e eu ia saindo quando Nanda se mete na minha frente...
Eu: Quer me dar licença?
Nanda: Seu imbecil sempre melando meu relacionamento com o Olliver!
Eu: Se manca garota, você só o conheceu porque ele vinha me acompanhar! Você não sabe de nada, está completamente por fora da situação!
Nanda: Você é uma bicha vaca mesmo, pega todos que ver na sua frente, sempre foi assim, não podia ser diferente com ele, mas ele não te quer, está apenas com pena de você porque está com o papai juiz corrupto em coma!
Eu dei um tapa em sua cara. Não me importava se era mulher, homem, animal, ela insultou meu pai. - Não fale assim do meu pai nunca mais, ouviu bem?
Saí dalí...
Eu e Olli fomos em direção ao carro...
Eu: Olli você falou para a Nanda que está comigo?
Ele: Não.
Eu: Ela me procurou e falou horrores o que você disse?
Ele: Que não queria relacionamento com ninguém pois nesta fase da minha vida quero me dedicar único e exclusivamente a você!
Chegamos em casa, joguei a mochila no sofá e ia saindo, ele tirou a camisa como sempre e veio me abraçar, mas eu saí...
Ele: O que foi?
Eu: Me fale a verdade, você está comigo por pena? Só por o que aconteceu com o meu pai?
Ele: Não Vic, já disse que não.
Eu saí...
Aquilo me martelava a cabeça, ainda não me entreguei a ele por isso, foi muito repentino este sentimento dele por mim, e todos pensam como eu, até mesmo o Ro e a Ana!
Infelizmente a Nanda pode ter razão!
Passei o resto do dia trancado no quarto.
No dia seguinte saí, ele estava no sofá e veio falar comigo, mas passei direto...
Ele: Ainda com raiva?
Fiquei calado.
Ele: O que foi que eu fiz caralho, terminei tudo com ela do jeito que combinamos!
Eu: Não quero um relacionamento em que só eu sinta alguma coisa, um relacionamento de faixada por pena, quero algo real.
Ele: Eu já disse que não estou com você por pena! Que saco!
Saiu batendo a porta.
Naquele dia a noite seria a festa do Lipe, eu havia prometido ir...
O dia passou voando, eu e ele não estávamos nos falando depois da briga pela manhã.
Eu: Hoje eu vou sair. Vou me arrumar.
Me arrumei, saí do quarto e ele já estava pronto, só me aguardando... A gente foi.
Chegando lá, já havia um monte de gente, fui falar com Lipe e Ro.
Eu: Parabéns Lipe!
Ele: Obrigado!
Ro: Achei que não viria.
Eu: Pensei muito, mas resolvi vir!
De repente Ana aparece, começamos a dançar, a casa tava cheia, Olli havia ficado no sofá, mas olhei e ele não estava mais.
Olhei para a outra sala e ele estava dançando com a Nanda, ele olhava para mim com um olhar desafiador, fiz um sinal de negação com a cabeça, e uma cara de que ele não seria capaz, ele a beijou...
Me subiu um ódio, joguei a garrafa na parede e saí dalí...
Corri atrás de Ana: Me leva daqui.
Ana: Para onde?
Eu: Qualquer lugar só me leva!
Ana: Porque?
Eu: Não é hora, depois te falo, vamos antes que ele apareça!
Eu e Ana saímos correndo, ela pegou seu carro...
Ela: Vou te levar para minha casa, não tem outro lugar!
Eu: Ótimo!
Ela: Porque isso? Você não passou nem meia hora na festa!
Eu: Faz alguns dias que estamos mal... Quer dizer desde que esse relacionamento começou.
Ana: E porque?
Eu: Porque não sei se é real, se ele sente algo, ou só está comigo por pena!
Ana: Entendo. Vocês conversaram?
Eu: E dá para falar com ele? Ele é muito cabeça dura, só briga mesmo!
Ana: E porque você está fugindo?
Eu: A gente brigou hoje, estou dando um gelo nele, na festa ele pegou Nanda para dançar, me desafiou e a beijou.
Ana: Nossa!
Eu: Eu sei também achei que ele passou dos limites.
Ana: Não, como vocês são infantis.
Eu: Ana por favor ponha-se no meu lugar.
Ana: Não vou me meter nisso.
A gente entrou, naquela noite dormi lá, desliguei meu telefone pois ele não parava de me ligar...
No dia seguinte, acordei, me despedi da Aninha, chamei um táxi... Liguei meu telefone e tinha 32 chamadas dele.
Cheguei em casa e ele estava no sofá com os olhos inchados, mudou para cara de alívio e depois de ódio...
Ele: Você sabe a noite de cão que passei? Responde Victor!
Eu só fiquei calado olhando-o.
Ele continuou: Achei que algo tinha te acontecido, você fugiu, lembra a última vez que você fugiu o que aconteceu? Pensei: Ele deve estar no carro, fui e não te ví, surtei! Isso não é brincadeira, olha o seu pai como está, você está correndo perigo.
Eu: Fui para a casa da Ana, não estava por aí!
Ele: E você acha que estava protegido com ela? E se eles aparecessem? Quem os protegeria?
Eu: Só estou cansado, minha vida é uma merda, sempre acontece coisas ruins, nada de bom, e quando acontece uma coisa boa vem 10 ruins em seguida.
Ele: Pois tente não chamar mais coisas ruins, não seja burro!
Eu: Pois eu quero morrer logo de vez, se um deles aparecer eu me entrego porque já não aguento mais, não aguento mais fugir, não aguento mais ser sozinho, hoje a única pessoa que me ama está em uma cama de hospital, gostaria que fosse eu, queria de coração estar no lugar dele, tenho certeza que ninguém iria sentir falta e eu não estaria sofrendo tanto!
Ele: Não diga isso, você faria falta a muita gente, tem pessoas que te amam!
Eu: Quem? Cite uma. Hora Olliver, não tente me consolar, não faria falta a ninguém, se morrer hoje a única pessoa que sentiria está em coma!
Ele: Eu, eu sentiria Victor. Eu te amo, será que não ver? Não entende como é difícil para mim falar isso? Nunca falei isso para ninguém, mas parece que para você tudo tem que ser desenhado, ou dito com clareza, o tanto que já te disse em outras palavas que sentia alguma coisa por você...
Eu: Você?
Ele: Sim. Todas as vezes que você comete essas loucuras leva meu coração junto a você, eu fico como um louco esperando, torcendo que você entre pela porta! Na noite que te encontrei desacordado na boate meu coração parou, achei que ia morrer junto, rezei com todas as minhas forças para que nada acontecesse...
Eu: E você estava com a Nanda, será que não percebe que todas as vezes que cometo estas loucuras você está com ela?
Ele: Esquece a Nanda, para mim ela pouco importa, Nanda para mim é um grão de areia, insignificante, você Victor é tudo que me importa, é o meu mundo, será que não ver? Como pode ser tão cego? Se comparar a Nanda na minha vida, quem é Nanda? Quando voltei da fazenda com você nem lembrava que ela existia! Hoje beijei ela por raiva, por você não perceber meus verdadeiros sentimentos, mesmo estando na sua cara! Eu te amo seu idiota, babaca, tem alguém que te ama no mundo vivinho e bem aqui na sua frente e que não vai deixar nada te acontecer! Era isso que queria ouvir para acreditar? Então, agora acredita Victor? Agora sabe da verdade absoluta dos meus sentimentos, ainda acha mesmo ser pena? Pois digo que não seu burrinho.
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