Passei de carro em frente à obra, a reforma de um velho ponto comercial que abrigava uma antiga padaria do bairro, mas andava fechada há tempos. Chamou minha atenção não só pela movimentação, mas principalmente por conta dos operários envolvidos.
Eram três, à primeira vista. Em dois deles não reparei muito, mas o terceiro, justamente o que estava virado para a rua, não dava para deixar de notar. Era o único que estava sem camisa. Que me perdoem os fãs dos depilados (que eu até gosto também), mas gamei de cara naquele peitoral todo definido e coberto de pelos. Descendo pela barriga uma leve penugem, contornando o umbigo perfeito, aliás, como todo o abdômen sarado, sem um grama de gordura. E deixando de ser visto no limite da calça jeans surrada e suja. O caminho para o paraíso.
Deu água na boca de cara... Não consegui, simplesmente, não fantasiar com a continuação daquela pelagem, provavelmente terminando em pelos pubianos bem aparados, emoldurando um belo e comprido cacete. Arrepiou de uma extremidade a outra de meu corpo.
Estava bem perto de casa e pensei em apenas voltar, tomar um banho e me punhetar com aquela imagem mental e dois dedinhos enfiados no rabo. Mas era pouco. O que eu tinha a perder, afinal? Parei o carro e voltei a pé o curto espaço pela avenida. Logo estava em frente à obra e perto dos três trabalhadores braçais. Os outros dois realmente eram tipos comuns, sem grandes atrativos físicos. Mas o que chamara a minha atenção realmente justificou a pequena loucura de parar e voltar. Era mesmo um deus grego.
Não vinha nada à cabeça sobre o que dizer, como abordar o sujeito. Aí, parti para a tática mais óbvia. Perguntei se alguém sabia onde era a rua tal. Correndo o risco de encontrar alguém conhecido, já que eu mesmo morava a pouco mais de um quilômetro dali. Num primeiro instante, ficaram todos em silêncio, como se estivessem pensando. Logo um deles, que não era o meu alvo do dia, foi quem respondeu, dando instruções bem imprecisas, que dificilmente me levariam onde eu havia perguntado. O outro permaneceu calado e trabalhando, como se não tivesse dado muita atenção ao estranho.
Pensei em desistir, mas vi que ele era o que estava mais perto da parte interna da obra. E resolvi tentar mais uma cartada. Outro lugar-comum: pedi um copo d'água, tentando ser o mais simpático possível e brincando com o calor infernal dos últimos dias. E eu, naquele momento, sentia ainda mais. Meu coração batia a mil por minuto.
Depois de hesitar por um instante, ele murmurou baixinho um "entra aí". Não fiz cerimônia. Quando entrei na velha padaria com aquele gato delicioso, minha cabeça girava e meu cuzinho começava a piscar.
Entramos num pequeno cômodo e ele me serviu um copo descartável de uma garrafa que tirou da caixa de isopor. Bebi de um gole só, agradeci e pedi outro. O calor, afinal, estava demais, não era? Ele riu e concordou. Primeiros passos dados.
O segundo copo, beberiquei devagar, como se estivesse tomando vodka num bar. E os olhos, por cima do copo, não escondiam a direção. O dorso nu e peludo do rapagão. Observando bem, era pouco mais que um garoto. Se tinha vinte e um anos, era muito. Cheio de fogo e disposição, daqueles capazes de nos satisfazer totalmente por horas.
"Vai continuar sendo padaria?", perguntei, sem terminar de beber a água gelada. Ele respondeu que sim, mostrando um sorriso de dentes perfeitos. Eu estava cada vez mais encantado. Mas será que conseguia transmitir o recado, do tipo ME FODE AGORA MESMO?
Agradeci novamente ao devolver o copo. E mirei o olhar diretamente para o volume à frente da calça jeans toda empoeirada. Ele percebeu e ficou visivelmente encabulado. Os outros dois rapazes já começavam a estranhar a demora e botaram a cabeça na porta para ver o que estava rolando.
Mas ficou claro que ele, além de envergonhado, também estava interessado no mesmo que eu. Ou teria refutado minha iniciativa e simplesmente ido embora. Ficara ali, entretanto, parado feito um dois de paus, sem saber bem como reagir. Será que notei algo se mexendo discretamente à frente daquela calça?
Já tinha me arriscado bastante para voltar atrás. Dei um passo adiante, pousei delicadamente minha mão direita sobre seu ombro esquerdo e fui deslizando vagarosamente pelo peitoral, sentindo cada músculo, cada pelo, a textura suave daquela pele castigada pelo sol, mas ainda jovem e tenra. Ele não se moveu, não recuou, só pareceu se contorcer de excitação, mista com surpresa. Ao chegar ao abdômen, a mão ganhou companhia da outra. Apalpei com gosto o tanquinho perfeito. Deslizei o dedo pelo caminho da penugem, rodeei o umbigo. Quando desci para além do limite da calça jeans, confirmei a impressão inicial. O volume dela estava ligeiramente maior.
"Você quer?" - perguntei no tom mais safado que consegui encontrar. Ele mal conseguiu responder, só sussurrou um "aqui?", seguido de um "onde?". Se a obra tivesse um banheiro, como era de se esperar que tivesse, a farra estava garantida. Não me importava que fossem quatro da tarde e dois peões estivessem do lado de fora trabalhando.
Entramos no banheiro, apertadíssimo, como costumam ser os do tipo. Mas suficiente para dois, um em pé e outro agachado. Agachado e abrindo lentamente o zíper, mostrando uma cueca boxer preta e, coberta por ela, o meu objeto do desejo. E que objeto!
Como todo o restante de seu corpo, o mastro também era uma verdadeira obra de arte. Os pelos acima dele eram bem parecidos com o meu flash mental, antes de parar o carro. Agora, na minha mão, eu tinha um pacote perfeito de quase vinte centímetros de comprimento e um diâmetro condizente. Uma cabeça rosada e linda, parecia o mais saboroso dos morangos. Antes de abocanhar, fiz questão de me deleitar com o aroma, inconfundível e inebriante. Cheiro de macho, o mais gostoso que há.
Fiz a glande de batom, como se quisesse me pintar todo com ela. Prendi-a entre os lábios. Senti o sabor, a textura, a temperatura (altíssima). Bebi a primeira gotinha lubrificante que escorreu. Ele não dizia uma palavra. Só gemia. Os outros dois, para minha surpresa, não apareceram para ver qual era a do transeunte. Pareciam saber bem do que se tratava.
Ainda maior, mais grossa e intumescida, aquela pica era do tamanho do meu apetite. Engoli-a com gosto. Não cabia, claro, inteira em minha boca. Mas ia se alojar lá no fundo da garganta a cada movimento de cabeça em vaivém. De repente, parei e quem continuou foi ele, remexendo o quadril e a pelve contra o meu rosto. Fodendo minha boca como se fosse a mais gostosa das pepecas. E bem mais meladinha.
Eu mamava, eu babava, eu beijava, eu lambia, eu chupava tudinho... E a coisa foi ganhando uma proporção que não tinha mais volta. Não ia ser comido naquela tarde. Mas, em compensação, ia arrancar dele cada gota de sua seiva. Não demorou muito a acontecer. As bombadas foram ficando cada vez mais rápidas, combinadas com a minha própria movimentação. Era uma foda perfeita. Que acabou num gozo farto, grosso e abundante. Que encheu a minha boca e quase me fez engasgar. Deixei escorrer um pouquinho pelo canto da boca, porque adoro fazer cara de putinha e exibir para meu macho o seu próprio leitinho. Mas bebi todo o resto. Uma delícia, um néctar.
Ele se vestiu e deixamos rapidinho o banheiro. Não sei quanto tempo levamos, podem ter sido alguns minutos ou uma eternidade. Ao sair, um dos camaradas ainda brincou, perguntando "tomou água".
- Tudinho - respondi, sorrindo e ainda com um restinho de porra no canto da boca.
Amanhã eu volto naquela obra. E tenho impressão de que vai rolar muito mais brincadeira da boa.