Você e Essa Sua Indecisão [1x02]

Um conto erótico de Dan
Categoria: Homossexual
Contém 2210 palavras
Data: 28/02/2015 17:59:25

Claro que seria estranho stalkear o garoto, logo assim, de cara, na primeira semana de aula, mas eu me importava? Não.

A lista chegou em mim, e eu fui logo analisando cada nome e número que estava ali e vi o único nome que estava de vermelho. Seu nome era Juan Machado. Na lista tinha whatsapp e o link do facebook.

- Bom, vou anotar só o link do facebook, o whatsapp eu pego mais tarde no grupo da faculdade – Pensei alto.

Vi uma menina baixinha me encarando, será que ela ouviu o que eu disse? – Corei.

Assinei meu nome a passei a lista a diante. Mais tarde iria fuçar o facebook do dito cujo.

Acabou a aula e eu já tinha um trabalho para fazer, sorte que ainda era individual e eu não sabia onde ficava nada nessa faculdade, tinha que buscar um livro de TGE para fazer um fichamento, mas como era para ser entregue daqui a um mês, vou deixar pra lá, vou descobrir em qualquer outro dia.

Andando até a saída da faculdade, eu encontro o Guilherme novamente e como ele é bonito, sua barba ajudava a formar aquela cara de menino malvado, com ele tinha um menino um pouco mais baixo e bem “peludinho” como dizem, e era bem desajeitado (me identifiquei, inclusive). Era branquinho, tinha uma barba completamente fechada, ao contrario do Guilherme, era um pouco gordinho, nada exagerado e usava um óculos redondo, não era o meu tipo, mas eu estava desconfiado de algo... quer saber? Deixa pra lá.

Guilherme me viu e sorriu, acenei e sorri também, só que sem graça, afinal eu não tinha conversado com ele no whatsapp e nem iria, sei lá, eu não teria assunto com ele, poderia até dá em cima do coitado sem querer, preferia evitar, mas aquela cara de menino malvado me deixava louco.

Voltando para casa, eu recebo uma mensagem do Leonardo, um menino de 16 anos que eu conheci por meio de uma colega. Ele tinha me confidenciado que tinha vontade de beijar um garoto e hoje seria esse dia – risos.

- Lu? – Disse Leo.

- Oi Leo, tudo bem?

- Tudo sim, você tem algum lugar em mente para hoje?

- Bem, vamos nos encontrar perto daquele shopping, que fica próximo daqui de casa, na verdade vamos para casa daquela nossa colega, aqui em casa não rola.

- Tudo bem, te espero no shopping – Disse se despedindo.

Cheguei em casa e fui tomar meu banho, meus pais trabalham o dia todo e um irmão estava no quarto, mexendo no celular como de costume.

Terminei de almoçar e passei na casa de Lisa, a tal colega que me apresentou ao Leo.

- Lisa – Gritei.

- O que foi? – Disse sonolenta.

- Eu não acredito que você estava dormindo, eu te disse que traria o Leo para cá. – Bufei.

- Então vai buscá-lo enquanto eu tomo banho e arrumo o meu quarto. – Disse entrando e me deixando só.

- Eu mereço... – Fui a caminho do tal shopping

Chegando lá o Leo estava sentado na praça de alimentação, me esperando. Nunca tinha o visto pessoalmente, apenas por foto. Ele é negro que nem eu, mais alto e um pouco forte (juro que queria entender como um menino de 16 anos, poderia ser mais alto que eu, que já sou alto rs), ele tinha 1.90, usava aparelho, tinha lábios finos e bem desenhado, tinha uma barbixa e mãos enormes e dedos grossos e grandes.

- Oi Leo? – Disse envergonhado.

- Oi Lu – Fitou-me.

- Vamos?

- Claro

Enquanto andávamos, ele me perguntava infinitas vezes se estávamos chegando e eu sempre dizia que sim, falávamos do que ele queria pro futuro dele, afinal ele tinha 16 anos e contava dos meus primeiros dias na faculdade.

- Pronto, chegamos! – Suspirei.

- Lisa, abre aqui, por favor.

- Está aberto, pode entrar – Gritou.

- Oi Leo, quanto tempo – falou Lisa, dando dois beijos no garoto.

- Hey Lisa – Sorriu. Como você está?

- Estou ótima, vamos, fiquem aqui no meu quarto, vou ajeitar a cozinha, aceita um copo d’água? – Perguntou.

- Não precisa, estou bem – Disse Leo com um sorriso.

- Vem Leo, vamos pro quarto – Ri comigo mesmo.

- Então... você ta nervoso? – Perguntei.

- Sim, nunca beijei um garoto antes.

- Calma, dará tudo certo, eu esperarei. – Disse entrelaçando nossos dedos.

Ele usava óculos como eu, ele era um pouco parecido comigo. Era legal ter essa sensação de que você pode beijar uma cópia sua – Pensei.

Fui chegando perto e toquei meus lábios com os lábios de Leo, era um beijo desajeitado, ele realmente não tinha experiência com tudo isso.

Parei e voltei a beijá-lo, agora era um beijo calmo, nada selvagem, era só o primeiro beijo gay do garoto. Pensei em passar a mão pelo volume dele, mas desisti, vai que o menino surta com tudo isso?

Então ele parou de me beijar e ficou respirando ofegante, fui ao encontro dos lábios dele novamente, mas ele pediu calma, que queria um tempo.

- Mereço. – Respirei fundo com os meus pensamentos.

Depois disso não rolou mais nada, o garoto era bem parado e de parado já bastava eu e confesso que eu fiquei surpreso com a minha atitude de partir pra cima do dito cujo, geralmente, era o menino que eu ficava que tomava as rédeas da situação.

Levei o menino para o mesmo ponto de encontro, ele ficou apertando minha mão por um longo tempo, juro que eu fiquei sem entender. Fui para casa, estava ficando tarde. Em uma outra hora eu contaria pra Lisa o que tinha acontecido, sai da casa dela sem me despedir.

Chegando em casa eu recebi uma mensagem do garoto.

- Hey Lu, gostei muito de hoje, vamos repetir algum dia desses? – Disse Leonardo.

- Claro – Disse friamente. Vamos marcar.

Não gostei de ter ficado com ele, quer dizer, ele era inexperiente e tal, mas faltava algo, ele era do meu tipo físico preferido, mas era muito novo, imaturo e na maioria das vezes bem frio nas nossas conversas, então é melhor evitar.

Eu ficava pensando mesmo no Guilherme com aquela cara de mal e aquela boca rosada, acompanhada de uma barba. Por um instante eu tinha me esquecido de pesquisar o facebook do tal garoto de óculos azuis. Até que eu chego em casa, falo com os meus pais e vou para o banho. Depois de sair de lá, vou até a minha mochila abro meu caderno, vi que tinha uma anotação lá.

- É mesmo, o facebook do Juan. – Bati a minha mão com força na testa. – Ai! – Reclamei.

Sentei no computador, loguei o facebook e fui buscar pelo perfil do rapaz, por sorte eu acabei achando, ele mais do que nunca me atraia, de tal forma que meu pau já estava duro entre minhas pernas. Guilherme me atraia, mas não como ele. A foto do perfil era ele com aquele óculos azuis, sentado em um banco, talvez em uma praça, com um fundo verde e sorrindo. Como eu consigo ficar excitado com uma foto tão simples dessa?

- Coisa de virgem – Resmunguei.

Abri o whatsapp e vi que o Gustavo tinha criado o grupo da turma. Finalmente!

Depois de jogar conversa fora com o povo da faculdade, meio que aleatoriamente. Eu chamei o Juan no privado.

- Ei – Eu disse.

- Oi?

- Err... tudo bem?

- Tudo sim e por ai?

- Estou bem. Bom... Eu queria te pedir um favor.

- Se eu puder ajudar.

- Você sabe onde fica a biblioteca, o laboratório e a lanchonete da faculdade? – Usei um emoji que indicava vergonha. Não sei onde fica nada lá.

- Claro amanhã você senta comigo e uma colega, vamos te ajudar.

- Obrigado, até amanhã então.

- Até.

- Que menino legal – Sorri.

Amanhã era Sexta feira, tinha aula de Intro. Ao Direito, estava ansioso, pois essa matéria era a mais próxima do curso em si. Conversei com Matheus novamente e ele tinha me contado de um homem mais velho do qual ele tinha transado. Ele perdeu a virgindade com 16 anos, nunca ligou para isso, sempre fazia sexo casual com homens que encontrava na internet. Eu sempre dou conselhos, não é bom fazer sexo com desconhecidos, uma hora pode dá merda.

Eu sou virgem opção, sim, por opção, quero fazer sexo com a pessoa certa, não é coisa de contos de fadas, vou esperar um príncipe com um cavalo branco e blá blá blá... Não tem nada haver com isso, acredito que sexo, é algo muito importante para se fazer assim, do nada, sem ter algum compromisso. Foi com esse pensamento que eu adormeci.

O despertador tocou, acordei ao som de No Angel - Beyoncé, calma... Isso não quer dizer nada hein rs. Só que eu adoro os vocais da Bey nesta música. Enfim, fiz toda aquela higiene matinal, me arrumei e fui para Faculdade. Ônibus lotado, gente indo trabalhar, outros indo para as faculdades que ficavam pela região e o resultado já sabe né? Calor, suor, gritaria, empurrões...

Finalmente cheguei no meu ponto de parada e era incrível que eu sempre encontrava o Guilherme em todo canto que eu ia. Ele estava lá com seus cabelos penteados e sempre com a mesma cara de homem malvado e com a boca fechada, levemente umedecida pela sua saliva. Ele veio em minha direção.

- Olá – Disse o menino barbado,

- Oi Guilherme.

- Então, como está se saindo por aqui? Não me chamou no whatsapp, deve ta se virando bem.

- É, pois é, estou me virando – Menti.

- Então, vamos conversar mais tarde tudo bem?

- Ok, agora eu tenho que ir para sala. – Disse me despedindo.

- Ele não está afim, apenas quer ser útil. – Pensei decepcionado.

O dia seguiu normal, o Juan tinha faltado e eu fiquei sozinho. Não me importava tanto, segunda nós sentaríamos juntos.

Passou a ultima aula e fui direto para o ponto de ônibus. E como sempre ele estava lotado, tinha um homem com um jeito mal encarado me encoxando, eu fiquei morrendo de vergonha, eu sentia todo o seu membro na minha bunda, eu fiquei enojado e mudei de posição e ele continuava me encoxando, seu membro era grosso e estava claramente desenhado na sua calça jeans.

Fui para frente do automóvel a todo custo, consegui me livrar daquele ser. Como alguém pode ser tão estúpido?

Desci no meu ponto e fui em direção a minha casa. Chegando na rua onde eu morava, eu encontrei Jean. E como sempre falava mal de mim pros seus amigos.

[HÁ 6 ANOS]

- Corre que o Luizinho foi buscar a garrafa – Disse a Roberta

- CORRE, CORRE – Gritaram todos.

Brincávamos todos de esconde-esconde, eu tinha 12 anos na época, éramos 10. Dividimos-nos pela rua e eu fui para uma casa antiga, quer dizer, para um buraco que tinha debaixo de uma escada que ficava nessa tal casa. Entrei e estava escuro, na verdade, eram umas 19:00hrs, a melhor hora para poder brincarmos. Fui para de trás de um muro, e lá estava Jean. Apesar de ter apenas 12 anos como eu, a voz dele variava, às vezes ficava fina, outras grossa demais. Quando eu me levanto parar me posicionar, és que ele me agarra e me beija, foi estranho, porque eu nunca tinha beijado antes, ele era o meu primeiro. Eu sempre soube que gostava de meninos, sempre olhava pros bíceps dos meus tipos (por curiosidade, claro) e sempre adorei ficar no colo de um amigo da minha mãe, era alto, forte e tinha uma barba rala, ele era o meu herói na época.

Voltando ao Jean, ele me beijava, era um beijo mais que desajeitado, ele babou toda minha boca, eu fiquei nervoso, me tremia inclusive, mas ele continuava me beijando e roçando seu pequeno pênis em mim. Agora parece tão engraçado e bobo, mas na época significou tanto para mim.

Depois que o Luizinho entrou naquele esconderijo, nós conseguimos escapar, eu ainda tava em estado de choque, não sei até hoje como explicar.

Começamos a nos esconder juntos com bastante freqüência, eu sempre terminava minhas atividades escolares rapidamente, porque que eu queria beijá-lo novamente.

E dessa vez nos escondemos debaixo de um caminhão, sim, um caminhão, eu fiquei deitado no chão e ele por cima me beijando. Quando do nada ele olhou nos meus olhos e falou.

- Lucas? – Disse Jean ofegante.

- Oi? – Respondi sem jeito.

- Vamos nos casar? Quero ter diversos filhos com você, você é meu, sempre será. – Falou Jean firme.

Não respondi nada, porque a Roberta que estava contando, estava vindo na nossa direção e eu só tinha apenas 12 anos, jamais levaria isso a serio.

Atualmente nós não nos falamos, quer dizer, não vamos um com a cara do outro, ele sempre fala mal de mim, vive me chamando de gay, viadinho e outros adjetivos carinhosos, eu não ligo, Lisa me falou que talvez seja frustração, ou ele ainda deve gostar de mim. Bom, eu gostei dele até os meus 15 anos. Depois eu percebi o quanto que ele era ignorante, machista, homofóbico e enrustido e eu não tenho paciência pra quem ta começando.

Depois do mesmo episódio de sempre, me dirigi até a minha casa, como sempre ignorando o individuo que hoje está com, 18 anos, deve ter mais ou menos, 1.78 de altura, ta com aquela leve barriga de cerveja e uma barba mal feita, super desengonçado e ainda engravidou uma mulher mais velha. Confesso que a voz dele me dá arrepios é muito grossa, risos.

Continua no próximo capitulo.

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Comentários

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humm o primeiro amor sempre marca.espero que voce consiga se aproxima do juan .espero que voce não demore a postar. beijo seu lindo .

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