Gente eu me emocionei com os comentários de cada um de vocês, achei lindo o carinho e a admiração que demonstraram por mim e por minha família.
Tenham certeza, que a opinião de cada um de vocês conta e me ajuda em todos os sentidos.
Vocês são pessaos maravilhosas e desejo que Deus tenha reservado muitas coisas especiais a todos.
Um enorme beijo em cada um de vocês.
É difícil você ouvir seus filhos a todo tempo perguntando.
Cadê?
Que horas ele volta?
Por que ele ainda não chegou?
Onde ele está?
Uma noite dessas o Igor acordou assustado no meio da noite, ferrou no choro e não parava mais, deu o que ver pra eu e minha mãe conseguirmos acalmar ele, tive que chamar o William na CAM e pedir que conversasse com nosso pequeno, até cantar para o Igor ele cantou.
O pequeno colou a palma da mão na tela do pc, pra tentar segurar o queixo do william, enquanto ouvia a canção.
Eu sentado na cadeira o segurando em meu colo com o olho todo molhadinho de lagrimas enquanto o magrelo cantava para ele, em pouco tempo dormiu todo torno em meus braços.
Senti-me mal por aquilo, eu vi nos olhos do William a frustração dele de estar tão longe e não poder carregar e abraçar o nosso filho.
William: Baixinho eu vou voltar, e se ele ficar doente por causa da minha ausência?
Não vai dar certo, e eu não posso deixar ele nessa maneira, coitadinho.
Eu: William, ele não vai ficar doente, eu não quero que você volte por uma preocupação boba, você precisa disso, tem que crescer e se aperfeiçoar.
Você é maravilhoso magrelo, e eu quero me orgulhar ainda mais de você.
Conversamos até quase quatro horas da manhã, o Igor dormindo no meu colo e o William me contando das coisas incríveis que ele conhecerá.
A Laurinha já sabe, já entende melhor o que está acontecendo, às vezes eu escuto ela rir ao telefone, sei que ele está falando com ela.
Faz duas semanas que ele viajou, eu estou arrancando os fios de cabelo da minha cabeça, nos falamos todos os dias e eu vejo a empolgação no olhar e na maneira dele, quando ele me fala das novas experiências que ele está vivendo.
Ele me diz a todo o tempo que me ama, que esta sentindo minha falta e que não sabe se vai aguentar tanto tempo assim longe de mim e das crianças.
Nessas horas fico mais aliviado e me dou um minuto para respirar sem medo pois estou com os pensamentos rodando a mil. (medo, insegurança, ciúmes).
Ele está feliz, encantado e está aprendendo muito com tudo isso.
Eu só posso agradecer a grandiosidade desse nosso Deus, que me deu a oportunidade de viver, aprender e conviver com esse homem, que faz de um tudo para nos dar motivos para o amarmos ainda mais.
Vez ou outra me bate uma angústia e me pego em lágrimas.
Eu não posso chorar perto da Dona Nita, das crianças e dos meus amigos, eu não quero ver o olhar de pena estampado no rosto de ninguém.
Todas as vezes que minha mãe me pega chorando, faz uma cara de tanta pena e de tanto sofrimento, que eu acabo ficando irritado, e na mesma hora paro, engulo o choro e saio pra outro canto.
Chorei pouquíssimas vezes na frente dela.
Minha mãe também crou um vínculo muito forte com o William e por isso eu sei do sofrimento dela, minha mãe que deu amor materno ao William, e eles criaram uma espécie de laço de mãe e filho, a Laura aprendeu com os dois, ela conseguiu enxergar a grandeza do filho, depois que começou a conviver conosco.
Me lembro que quando conheci a Laura ela nem olhava direito nos olhos do filho, ele foi fruto de um relacionamento ruim, mas não tinha culpa do pai ser um tranqueira.
Em casa eu não sabia mais o que inventar, até essa terça feira que recebemos visita do Gustavo, veio passar os últimos dias de férias dele aqui conosco, pra alegria de todos.
Ele se diverte com os pequenos e me empresta o ombro, me dá lição de moral e sempre tenta tirar todas as preocupações da minha cabeça. O Rick e o Jorge estão em uma feira de malhas e por isso não apareceram em casa ainda, mas o Rick está a todo tempo me ligando, as vezes eu acho que é um pouco exagerada essa preocupação de todos.
Eu penso da seguinte maneira:
Você está a muitos anos em companhia de uma pessoa que dorme e acorda ao seu lado, briga e ri com você, que te abraça a todo momento, te azucrina, te irrita, mas que cuida, não te deixa só, não vai pra cama sem antes lhe dar um beijo, não sai pro trabalho sem que você aprove oque esta vestindo.
Eu estou acostumado a sempre ter ele aqui comigo na compra do supermercado, na caminhada do final de tarde, de passear no parque nos domingos, de chamar a atenção dos pequenos quando estão brigando.
Ele faz parte fundamental aqui em casa e não ter ele por perto me deixa inseguro e amedrontado, sem chão e sem rumo, mas eu não posso deixar isso transparecer aos meu filhos ou a todos que me cercam.
Eu, apaixonado, com planos de casar, ficar com ele e ele recebe uma proposta da empresa para fazer uma viagem para aprimorar seus conhecimentos, tudo a ser pago pela empresa.
Quando ele veio me contar eu desabei... não tinha como demovê-lo da ideia, e eu nem poderia fazê lo, já que tudo isso é para o crescimento profissional dele.
Eu seria muito egoísta se tentasse de alguma forma fazer com que ele mudasse de ideia.
Fiquei mal mesmo, não porque eu não queria que ele fosse, mas sim por todos os perrengues que eu vivi no passado, me senti impotente naquele momento.
E se ele conhece alguém, se apaixona, me trai, me deixa e vai morar com essa pessoa?
Não, eu sei que ele não faria isso, nós já estamos maduros o suficiente.
Quanto ao William?
Depois desses cinco meses ele voltará, eu sei quanto essa viagem significa a ele e terá muitos frutos para nós, essa conquista respingara em mim, e sei que tudo sairá muito bem.