Bartolomeu: - Mitty. Podemos conversar?
Príncipe Mitty: (bebendo água do rio) – Claro amigo. Sente-se.
Bartolomeu: - É o seguinte. Sei que você não concorda muito com a situação do Romeu e do meu irmão, mas peço que pelo bem da equipe tente se controlar ao fazer seus comentários. Eles estão dando um duro danado também.
Príncipe Mitty: - Olha. Eu realmente não concordo e deixo a minha posição bem clara. Não se preocupe, eles não ficando no meu caminho.
Bartolomeu: - Vamos lá. Sei que você é uma pessoa do bem...
Príncipe Mitty: - Ser do bem não quer dizer que eu tenha que fechar meus olhos. Eles podem viver em Costa Estrela. Tem muitas pessoas iguais a eles lá.
Bartolomeu: - É isso que eles vão fazer. Salvar o teu pai e se exilar em Costa Estrela. Vou chamar o pessoal para continuarmos a viagem.
Príncipe Mitty: - Tudo bem. Vá.
Mitty não era a pessoa mais fácil para convencer. Ele até poderia ter um pensamento mais evoluído, mas a sociedade o fazia ver de outra forma. Cen é lógico se aproveitou dessa fraqueza.
Cen: - Quer dizer que tem uma ovelha negra no grupo de amigos? Bom saber até quando essa paz vai reinar! (rindo alto)
Klaudo: - O que pretende fazer?
Cen: - Eu não preciso destruir os super amigos. Eles mesmos farão isso por mim. Só preciso dessa poção. (segurando um pote com lama negra) – E esperar eles se destruírem.
Caterine acordou com os chamados de Bartolomeu. Ele havia tomado a liderança e ninguém reclamava a respeito. A irmã de Julius sentiu algo pesado em sua bolsa.
Caterine: - Gente.
Julius e Romeu: - O que foi?
Clarissa: - Aconteceu algo?
Caterine: - Olha o que apareceu na minha bolsa. (pegando o livro)
Julius: - Nossa. Abra.
Caterine: (olhando para Bartolomeu)
Bartolomeu: - Com cuidado.
Caterine abriu o livro e encontrou vários feitiços e encantamentos. Ela sorriu e sabia que aquilo era presente de sua avó, a mãe natureza. Ela pediu mais alguns minutos para ler um pouco do material. Romeu e Julius aproveitaram para se refrescar no lago. Clarissa decidiu praticar mais seu poder. Bartolomeu resolveu dormir e o Príncipe Mitty deitou-se próximo a uma árvore.
Príncipe Mitty: - Agora sou obrigado a aguentar esses imorais. Espero que eles fujam para bem longe mesmo. Mariquinhas. (fechando os olhos)
Cen: (se aproximando de Mitty)
Príncipe Mitty: (dormindo)
Cen: (pegando a lama negra e colocando no cantil de Mitty) - Espero que isso ajude você. (sumindo)
Julius: - Nossa que água gostosa.
Romeu: - Melhor de tudo é repartir esses momentos com você. (beijando Julius)
Julius: - Nossa. Estamos indo contra tantas coisas. A minha família. A tua. E agora esse feiticeiro. Parece um sonho.
Romeu: - Ainda bem que você não disse pesadelo. (dando outro beijo em Julius)
Julius: - O que é isso me cutucando? Romeu?!! (saindo de perto)
Romeu: (sorrindo) – Desculpa. Não posso evitar. Você faz isso comigo.
Julius: - Ainda não estou preparado. Calma.
Romeu: - Tudo bem. Relaxa. Eu não estou pedindo nada.
Julius: - Nossa. Que susto.
Romeu: - Você pode pegar nele se quiser?
Julius: (tacando água na cara de Romeu e acaba formando uma onda grande) – Nossa!!! Romeu?! Romeu?
Romeu: (em cima de uma árvore) – Aqui. Que demais. Faz de novo.
Julius: - Caramba. Estou tão forte assim?
Romeu: - Ei, Julius. Vou tentar uma coisa. (ficando em pé no galho da árvore e pulando até Julius)
Julius: - Uau. Estão ficando mais forte.
Romeu: - (emergindo) – O que?
Julius: - Nossos poderes estão ficando mais fortes. Você pulou o que? Sete metros?!
Romeu: - Quase isso. Eu quero te dar um beijo. (beijando Julius)
Julius: - Olha. (beijando Romeu) – Posso te mandar pra cima de uma árvore novamente. (beijando Romeu)
(explosão)
Romeu: - Veio da cabana. (olhando para Julius assustado)
Romeu e Julius: - Caterine. (saindo correndo da água)
Bartolomeu: (entrando na cabana) – O que foi? (tossindo) – O que houve?
Clarissa: - Caterine? (tentando enxergar Caterine)
Príncipe Mitty: - Que explosão foi essa?
Julius: - O que houve?
Romeu: - (tossindo)
A fumaça dissipou-se e Caterine surgiu no meio da sala com o rosto completamente preta.
Caterine: - (Choramingando algumas palavras)
Julius: (se aproximando) – Querida. O que aconteceu aqui? (pegando no ombro da irmã)
Caterine: - Eu estava tentando destruir a chaleira.
Bartolomeu: (rindo) – E porque você iria destruir a chaleira?
Caterine: - Vi um feitiço de explosão.
Clarissa: - Vamos tomar um banho. (pegando Caterine e levando-a para o lago) – Até depois rapazes.
Julius: - Bartolomeu. Você não vai acreditar no que aconteceu?
Bartolomeu: - Irmão. (pegando no ombro de Julius) – Se você me dissesse isso na segunda-feira... eu não acreditaria, mas vá lá. Conte.
Julius: - Nossos poderes estão aumentando. Hoje fui jogar água no Romeu e ele voou até o galho de uma árvore. Depois ele pulou de sete mestros... sete metros e não se machucou.
Bartolomeu: (olhando para Romeu) – É verdade?
Romeu: - Sim. É uma sensação incrível.
Príncipe Mitty: (batendo no rosto) – Maldita mosca.
Bartolomeu: - Que mosca?
Príncipe Mitty: - Essaaaaa.... (se concentrando e pegando a masca com a mãe.
Julius: - Que velocidade.
Romeu: - Foi realmente rápido.
Príncipe Mitty: - Estou com a visão estranha também. Acho que os nossos poderes estão se tornando parte de nós.
Bartolomeu: - Fico feliz. Assim não precisamos nos preocupar com Cen.
Príncipe Mitty: (bebendo água do cantil) – Não me surpreendo que meus poderes crescem rápido.
Na masmorra de Cen, Klaudo servia o ‘almoço’ para os convidados do feiticeiro. Ele apesar de feio, trabalhava com cuidado e destreza. Malody ficou impressionada com o desempenho do pequeno ser.
Klaudo: - Aproveitem. (saindo)
Caldo: - Como se fosse possível comer essa comida.
Malody: (comendo)
Celdo: - O que está fazendo mulher?
Malody: - Me alimentando oras. Se tiver uma chance de escapar não quero estar fraca.
Rei Nilo: - Tens uma mulher muito esperta Celdo. (comendo também)
Celdo: - Meu rei, querida. Essa comida pode estar envenenada.
Malody: - Esqueceu que eu sou uma ninfa... e sei quando as pessoas estão mentindo. O Klaudo pode trabalhar para Cen, mas sinto algo bom vindo dele.
Celdo: - Bobagem. Esse é apenas mais um monstro de Cen. Deve ser exterminado como os outros.
Malody: - Você está impossível. Acredite que nossos filhos vão nos livrar daqui.
Os jovens continuaram sua caminhada para Kinopla. Depois de várias horas de caminhada eles se deram conta que não estavam cansados.
Bartolomeu: - Gente... nem com sedo estou.
Julius: - Estranho. Devemos parar de qualquer jeito?
Romeu: - Ainda falta muito para o sol se pôr. Devemos aproveitar.
Bartolomeu: - É verdade. (olhando para trás) – Caterine. Achou algo de útil nesse livro? Além de servir para explodir utensílios de cozinha?
Caterine: (beliscando Bartolomeu com a mente)
Bartolomeu: - Bruxa. (coçando o ombro)
Clarissa: - Aquilo é fumaça? (apontando para frente)
Príncipe Mitty: - Onde? (tossindo)
Clarissa: (fechando os olhos e levitando)
Romeu: - O que você está vendo?
Clarissa: - Estou vendo uma cidadezinha. Tem muita fumaça.
Julius: - Cen?
Caterine: - Ele quer deixar um rastro para nós?
Príncipe Mitty: - Vamos descobrir chegando lá. (andando na frente dos outros)
Julius: - Eu juro que eu....
Romeu: - Calma. Respira.
O sexteto chegou depois de algum tempo de caminhada. O lugar parecia completamente destruído. Algumas pessoas saíram de suas casas.
Bartolomeu: - Senhor? O que houve aqui?
Virgilio: - Um exército de mortos-vivos destruíram toda a nossa comunidade. Não sobrou nada.
Romeu: - Céus. E estão todos bem?
Virgilio: - Graças a Deus conseguimos nos esconder.
(de repente as caveiras aparecem, mas dessa vez com um monstro lagarto)
Clarissa: - Que horror.
Lagarto: - O que foi crianças? Não querem brincar?
Julius: - (olhando para os amigos) – Vocês estão ouvindo essa coisa falar né?
Príncipe Mitty: - Auto e claro.
Julius: - Ah tá. Só para garantir.
Lagarto: - Ataquem e matem todos da cidade.
Virgilio: - Essa não. As crianças.
Caterine: - Senhor. Vá e se esconda. (pegando na mão do homem)
Virgilio: - E vocês?
Caterine: - Senhor. Estamos aqui para ajudar vocês. Agora vá. Por favor.
Virgilio: (correndo)
Romeu: - Agora é a gente e vocês.
Bartolomeu: - Não machuquem essas pessoas. Vão embora e enquanto vocês tem chance.
Lagarto: - É mesmo? (correndo e atacando Bartolomeu que voou longe) – Pensei que encontraria alguém mais forte que eu.
Romeu: (olhando para Julius)
Julius: (piscando para Romeu) – Boa sorte meu amor. (correndo em direção ao lagarto e desferindo vários golpes)
Lagarto: - Rapaz forte, mas não o suficiente. (batendo com a calda em Julius)
As caveiras começaram a atacar os jovens, Bartolomeu, Julius e Romeu lutavam contra o grande lagarto que apesar de grande aparentava ser bem forte.
Clarissa: (voando e derrubando vários esqueletos) – Esses são leves. Eu consigo derrubar todos. Mitty, Caterine... ajudem os outros.
Mitty e Caterine: - Ok.
Mitty: (segurando o arco e flecha) – Vamos ver se é tão durão quanto parece. Caterine... um pouco de fogo nessa flecha.
Caterine: - (falando em latim)
Mitty: - Obrigado. (piscando para Caterine) – Vamos comer lagarto frito hoje.
A flecha de Mitty acertou em cheio o ombro do largato que uivou de dor. Bartolomeu, Julius e Romeu aproveitaram a oportunidade e os três cravaram a espada no bicho que sumiu em uma nuvem de poeira.
Julius: - Conseguimos. (abraçando Romeu e Bartolomeu) – A gente acabou com ele. Nossa. Ele me jogou pra longe e eu nem senti. Ele fez buuuum. (abrindo os braços e derrubando Mitty que caiu no chão) – Desculpa. (tentando ajudar o príncipe)
Mitty: (levantando Julius pela camisa) – Qual é a tua? (os olhos de Mitty ficaram negros)
Bartolomeu: - Ele pediu desculpa. (apertando forte o braço de Mitty que voltou a si)
Mitty: (jogando Julius no chão) – E o pessoal da cidade? Estão bem?
Clarissa: - Vocês foram demais.
Caterine: - E você tomou conta de todas as caveiras sozinha. Incrível.
Virgilio apareceu com mais algumas pessoas e todos aplaudiram o grupo. Os jovens ganharam comida e um lugar para passar a noite. Cada um ficou em um quarto, claro, que Romeu fugiu de madrugada para dormir com Julius.
Romeu: - Ei. Não liga para o que o Mitty fala. Ele é um cretino.
Julius: - Mas... hoje... eu vi algo estranho nos olhos dele.
Romeu: - Raiva... intolerância. Ele é um pobre de alma.
Julius: - Vamos dormir? Amanhã o dia vai ser cheio.
Cen visitou a masmorra naquela noite. Ele parecia calmo e ficou observando os prisioneiros por alguns minutos.
Cen: - O Klaudo está cuidando bem de vocês?
Celdo: - Você é patético.
Cen: - Queria apenas atualizar vocês. O filho de vocês destruíram um monstro meu hoje. Eles estão fortes. (rindo)
Rei Nilo: - E porque você está nos contando isso.
Cen: - Não quero ser um anfitrião ruim. Tenho planos para os seus filhos. Percebi que a sua mãe, Malody, deu para eles os talismãs da luz.
Malody: - E com esse poder eles vão te derrotar.
Cen: (rindo alto) – Idiotas. Eles vão me deixar mais forte. A cada instante eles ficam mais forte e o poder concentrado nos talismãs. Quando eles chegarem aqui... mato eles... principalmente o casal... Romeu e Julius... e fico com o poder todo para mim.
Celdo: - (tentando alcançar Cen através da grade) – Fica longe do meu filho!!! Desgraçado... eu acabo com você...
Cen: (sufocando Celdo) – Você vai assistir de camarote eu matar seu filho maricas! Se eu não tirar a virgindade dele na sua frente.
Malody: (chorando)
Cen: - Lembra o que eu fiz com o teu irmão Malody?
Malody: - Monstro. Assassino. Vai pagar novamente. Eu juro. (chorando de joelhos no chão)
Rei Nilo: - Calma. Não caia na chantagem emocional desse ser desprezível.
Cen: - Boa noite. (saindo) (trovões)
Celdo: (de joelho no chão) – Malody. Eu disse ao Julius que o odiava. Que ele era uma vergonha. Se algo acontecer com ele.
Rei Nilo: - O Julius é muito especial. Sempre te disse. E não importa o que ele escolha para a vida dele. Ele sabe que você o ama.
Celdo: - Queria que fosse mais simples Nilo. Disse palavras duras e fiz ele se sentir mal por amar o Romeu.
Rei Nilo: - Você casou com uma ninfa. E é feliz. Não existe amor errado Celdo. Infelizmente as pessoas ainda pensam de forma errada. E eu me considero culpado. Framon poderia ser igual Costa Estrela.
Celdo: - Não adianta. Ele vai matar as nossas crianças. Ele vai matar nossos filhos. (batendo na parede)