Renan X Paulo - 1

Um conto erótico de Nan1
Categoria: Homossexual
Contém 1489 palavras
Data: 06/02/2015 23:01:02
Última revisão: 07/02/2015 06:52:36

Não eu não conheço você e não tenho a mínima intenção de te conhecer.

Se eu quisesse amigos, eu ia atrás de alguém da minha classe e não de um pobretão como você.

O quê você quer?

O som daquelas palavras ecoaram por meus ouvidos, entraram na minha mente, me enfureci naquele mesmo instante, minha vontade foi de derrubar aquele riquinho com um murro, mas minha mãe não me criou dessa maneira".

Olá a todos os leitores e escritores que por aqui passam por aqui todos os dias e deixam um pouquinho de sua essência.

Meu conto é simples, mas é feito com amor, escrito com carinho.

Começou exatamente quando eu terminei o colegial e ingressei na faculdade.

Meu nome é Renan hoje com vinte e quatro anos e como todo menino pobre que mora na favela, eu tive duas opções.

Viver no mundo do crime ou correr atrás de algo melhor pra mim e meus pais.

Vamos dar um role e voltar uns anos atrás, exatamente seis anos atrás no ano de 2009.

Tenho 1,80 de altura, 75 kg, cabelos lisos e negros, olhos verdes e no rosto uma cicatriz que ganhei quando eu era criança.

Numa brincadeira de pique esconde, fui correr no escuro e não vi que tinha uma ripa de madeira na minha frente, pasdou raspando meus olhos.

Assim como meus pais Odair quarenta anos e Maria trinta e oito anos eu era catador de papelões e reciclados.

Moravamos num barraco de três comodos e o banheiro que ficava do lado de fora.

Nao! Eu não morova no alto do morro e sim no pé bem no inicio (rs) da entrada da favela.

Desde que me conheço por gente eu faço essa vida, estudo a noite e trabalho das seis da manhã até as três da tarde.

Juntando nossos três salários conseguiamos nos manter, meu pai comprou um terreno pequeno e nosso desejo era daqui a poucos anos conseguirmos construir nossa casa de verdade (nossa).

Meu sonho sempre foi o de administrar a minha própria ou uma empresa, onde eu pudesse dar as minhas ordens e as pessoas obedecessem.

Eu não tinha grana, não tinha condições de pagar uma faculdade, mas apesar de nossa pobreza eu era estudioso, atencioso e isso me proporcionou algumas boas vantagens na hora de fazer o vestibular.

Passei em segundo lugar numa faculdade renomada e muito conhecida, ganhando uma bolsa integral.

Faculdade essa constituida por garotos e garotas soberbos, arrogantes e cheios de si, gente que não pensa duas vezes para pisar no seu ego e afundar a sua auto estimá no mais escuro dos precipícios.

Não tinha roupas de marcas, não tinha celular moderno e muito menos dinheiro para barzinhos ou lanches cheios de frescuras nos cafés da avenida da faculdade.

Eu não tinha nada dessas coisas, mas também nunca escondi de ninguém a minha origem, vim de onde eu vim e isso me transformou no homem que sou.

Abusado?

Isso, eu era abusado, oferecido e gostava de bater papo com todos, vida de catador é assim, todos os dias novas histórias eram despejadas das caçambas dos caminhões.

Não tenho nada de marca, mas como todo bom brasileiro humilde de periferia eu uso as genéricas, as marcas baratas que são imitações muito bem feitas.

Nunca fui tímido e muito menos calado, gosto de falar, cantar e de zuar, não importa quem esteja na minha frente o importante é o papo ser legal rs.

Toda vez que chegava em casa depois do trampo, eu tomava um banhão, colocava minha pedrinha na orelha, minha corrente de prata e corria na rua pra jogar bola com os outros moleques.

Tenho dois amigos, velhos amigos, desde os sete ou oito anos nós nos conhecemos.

Zeca - moreno magrelo, cabelão duro, todo no estilo Bob Marley, também dezoito anos, é motoboy.

Cacá - moreno, atleta, se acha o jogador de futebol profissional, tem dezessete anos e ainda está no ensino médio, trabalha na padaria.

Aos finais de semana funk come solto e as vezes um samba também, pra dar uma quebrada na rotina.

Essa era a minha vida até eu começar a frequentar a faculdade.

Naquela terça feira eu tomei um banho, dei uma raspada nos pentelhos, vai que rola alguma coisa? Nunca se sabe rs.

Coloquei meu brinco com aquela pedrinha brilhante e minha corrente de São Jorge, meu protetor, passei uma coloninha importada rs (paraguaia).

Peguei o busão, desci no terminal e mais um busão, até chegar no meu primeiro dia de aula na facul.

As sete da noite eu estava na frente do portão, do lugar que me prepararia para enfrentar algumas aventuras intrigantes e interessantes ao meu futuro.

Como é do meu costume, eu sentei no fundão com umas meninas, um garoto nerd e dois caras mais ou menos.

Não consigo ficar quieto e logo fui puchando assunto com as minas.

E ae beleza?

Me chamo Renan e qual a graça de vocês?

Sou a Monique e essa é a Valéria.

E você carinha?

Você de óculos, qual o seu nome?

Vitor, me chamo Vitor, prazer.

Eu sou o Israel e esse é o Pedro.

Pronto, eu já tinha feito novos amigos, o Vitor era meio misterioso e assustado.

Os outros caras eram meio que parecidos, boysinhos e as minas lindas, estilo panicat.

Já fui falando de onde eu era e do que eu fazia no trabalho, o pessoal ficou espantado, fizeram perguntas do tipo:

Poxa você já achou grana?

Já achou corpo de gente morta?

Já achou Bebezinhos?

Eu: Não gente, nunca fui agraciado com grana alguma e graças a Deus nunca achei bebê ou corpo de gente rs.

No intervalo a gente já tinha feito a nossa roda e o papo estava a todo vapor.

A Valéria era filha de pais separados, o pai trabalhava no banco e a mãe era gerente de banco, ela coça a pepeka o dia todo rs.

A Monique é filha de um encarregado de indústria e a mãe trabalha numa escola de idiomas como teacher, e ela trabalha numa loja de roupas no shopping.

O Vitor é filho de um comerciante e a mãe é cabelereira.

Israel é filho de um executivo, sua mãe foi embora e o deixou com o pai.

Pedro é independente, tem grana que ganhou dos avós, mas trabalha numa empresa automobilística, ele já tem uma formação melhor que os demais.

Fui comprar uns chicletes pra mascar pra não dormir e sem quer esbarrei num mauricinho sem noção e todo nariz empinado.

A batida foi forte que eu derrubei o cara no chão.

Pedi desculpas tudo e levei a mão para tentar ajudá lo a se levantar.

Ele me olhou dos pés a cabeça e com a cara mais enojada possível me disse:

Agora essa escola prática boa ação doando bolsa pra gentalha?

Eu: ei cara desculpa ae, não fiz por maldade não, foi malz.

Vem, vou te ajudar a levantar.

Ele: sai dá minha frente seu imbecil, eu não preciso de ajuda, posso me levantar sozinho, você ainda pode me transmitir algum vírus, saí fora!

Eu mesmo sendo ofendido por aquela moleque mimado, o levantei e continuei me desculpando.

Ele: sai da minha frente seu monte de nada, ou eu chamo alguém para te botar pra fora.

Eu me virei e fui até o barzinho comprar os chicletes.

Na volta eu o vi me olhando, com olhar de raiva e nojo.

Na sala que eu fui perceber que ele era da nossa turma.

Alguém aí tem alguma história legal para nos contar?

Perguntou o professor!

O Renan tem fesso!

Quem é o Renan?

E meu nome é João, você não está mais no quinto ano, pra me chamar de fesso.

O Renan é esse cara aqui, desculpa ae fe.... João hehe.

João então: vamos lá Renan, nos conte a sua história?

Eu me levantei, me apresentei e contei a todos sobre mim, sobre meus sonhos e objetivos.

Me lembro que o carinha nem olhava dos lados, ele apenas ouvia o que eu estava falando.

Passada aquela aula eu me despedi dos caras e das minas e fui até o ponto esperar o busão, no caminho me encontrei com o carinha chato novamente.

Puxei papo tentando quebrar aquele gelo e a má impressão que ele tinha ficado a meu respeito, mas o cara é muito acefalado, sem nossão e muito grosso.

Pow cara me desculpa mesmo pelo esbarrão, não foi intencional.

Agora você já me conhece e eu gosto de fazer amizades.

Ele respondeu quase que gritando:

Não eu não conheço você e não tenho a mínima intenção de te conhecer.

Se eu quisesse amigos, eu ia atrás de alguém da minha classe e não de um pobretão como você.

O quê você quer?

O som daquelas palavras ecoaram por meus ouvidos e mente, me enfureci naquele mesmo instante, minha vontade foi de derrubar aquele riquinho com um murro, mas minha mãe não me criou dessa maneira.

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Comentários

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Mas q moleque nojento... Ai... Se fosse eu tinha dado uma resposta no ato!

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Amando! Mas vc parou na melhor parte, espero q continue em breve e não nos decepicione nos deixando no vacuo...aguardando ansiosa pelo proximo. 10 com louvor querido!

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