Calor... tédio... nenhum ataque ou informação. O grupo de novos heróis seguia até Kanopla, mas até o momento não havia um plano ou estratégia. Apenas chegar e resgatar os pais. Clarissa tentava controlar seus poderes, conseguia levitar por algum tempo, mas caia.
Bartolomeu: - Acho que o mais legal aqui ficou com as meninas. Levitação e magia.
Julius: - Prefiro ter força. Viu como a gente deu uma surra naquelas caveiras?! (abrindo os braços e acertando Romeu) – Desculpa.
Romeu: - A gente se acostumada.
Bartolomeu: - Precisava ver nas nossas férias Romeu. Ele era um acidente ambulante.
Caterine: (rindo) – Bartolomeu... lembra do tio Eron? (parando e rindo bastante)
Clarissa: - Nossa... o que o Julius fez de tão terrível?
Julius: - Foi culpa dele. Ok.
Príncipe Mitty: (suando e impaciente com a conversa)
Romeu: - O que ele fez?!
Bartolomeu: - O tio Eron chegou com uma bandeja de champanhe para nos receber e o Julius o derrubou. Ele caiu da escada e a gente é proibido de ir lá.
Romeu: - Só porque o Julius derrubou ele?
Caterine: - Nada. (rindo) – O titio tinha uma coleção de vasos de vários lugares do mundo. O Julius foi tentar levantar ele e escorregou. (rindo)
Bartolomeu: - Ele derrubou a coleção inteira... eram 700 peças.
Clarissa: - Meu Deus.
Julius: - Nem foi tanto. Ok. (andando mais na frente)
Romeu: - Ei desastradinho. (alcançando Julius) – Vou precisar tomar cuidado também?
Julius: - Hum. (fechando a cara)
Príncipe Mitty: - Querem parar de rir?!!
Bartolomeu: - Calma aí realeza.
Caterine: - Nossa? Tá tudo bem?
Príncipe Mitty: - Temos uma missão. Precisamos ter foco. Maldição.
Romeu: - Não vou nem lá. Ele tá esquisito.
Julius: - Melhor evitar. Vamos mais rápido.
A caminhada continuou até que o grupo encontrou mais um vilarejo. Dessa vez tudo aparentava estar normal. O povo recebeu os jovens bem e até ofereceram um local para eles dormirem.
Clarissa: - Que bom. Cen ainda não aprontou por aqui.
Príncipe Mitty: - Aquela cobra venenosa.
Caterine: - Gente. Vou dormir.
Clarissa: - Eu também.
Gerfo: - Olá? Tá tudo bem?
Bartolomeu: - Sim. Obrigado por nos ajudar.
Gerfo: - Claro precisando. Vou trancar a porta, pois, de madrugada essa vila fica um gelo. (saindo, trancando a casa na chave e sorrindo) – Aproveitem a noite.
Bartolomeu: - Mitty? Tá tudo bem?
Príncipe Mitty: (com cara de paranoico) – Estou... porque?
Bartolomeu: - Calma. Fica frio.
Príncipe Mitty: - Deve ser a tensão da viagem. Sabe Deus o que está acontecendo em Framon?! Já faz quatro dias. Estou preocupado.
Bartolomeu: - Não fique. Vamos dar um jeito. Vou para o meu quarto. Até.
Todos se acomodaram em seus aposentos. Romeu fugiu do seu para dormir com Julius. O que eles não imaginavam era que aquele era mais um plano maligno de Cen. Clarissa repousava, por algum motivo, a jovem não conseguia dormir. Ela começa a ouvir uns ruídos vindo da parede.
Clarissa: - Olá? (levantando da cama)
O barulho ia ficando mais alto. Do nada várias aranhas foram saindo de tudo que é lugar. Clarissa entrou em desespero e correu para a porta que estava trancada. A jovem levitou e começou a gritar por socorro. No resto da casa o silêncio reinava.
No outro quarto, Bartolomeu dormia igual a uma pedra. Ele acordou após um grande estrondo.
Bartolomeu: (levantando, com a espada na mão) – Céus. Que barulho foi esse?! Isso é fogo!!! Fogo!!!! (correndo para a porta) – Deus. Socorro. Julius... Caterine... a casa está pegando fogo!!!! Abram.
Caterine sonhava com o Príncipe Mitty, era a coisa que ela mais fazia nos últimos dias. Ela sentiu cócegas nos seus pés e começou a rir. E acordou assustada.
Caterine: - O que é isso? (tirando o cobertor) – Aí. (apontando para uma vela e acendendo-a)
Príncipe Mitty: - Sou eu.
Caterine: - Nossa Mitty. Que susto.
Príncipe Mitty: - Não conseguia dormir. Preciso te contar uma coisa.
Caterine: - O que?
Príncipe Mitty: - Estou apaixonado pelo Julius.
Caterine: - Como?!!!
Príncipe Mitty: - Ele me pediu uma prova de amor. E... (pegando uma faca)
Caterine: - Mitty. O que significa isso?! (ficando em pé)
Príncipe Mitty: (mudando de rosto, ficando parecido com o lagarto) – Estava esperando por você,
Caterine: - AAAHHHH!!! A gente matou você!!!
Príncipe Mitty não conseguia dormir, ele começou a ouvir vozes. Assustado ele levantou e decidiu descer para pegar ar puro. Ao chegar na porta principal a surpresa.
Príncipe Mitty: - Mas... (indo até a janela) – Quem colocou madeira na janela?! (subindo as escadas)
O príncipe foi até o quarto de Bartolomeu, bateu na porta e ninguém respondeu. Ele fez o mesmo nos quartos de Clarissa e Caterine. Romeu e Julius conversavam sobre vários assuntos e aproveitavam para namorar mais. Até que ouviram Mitty bater na porta.
Julius: - Se esconde. De baixo da cama.
Romeu: - Tudo bem.
Julius: - Oi? (antes de abrir a porta)
Príncipe Mitty: - Sou eu.
Julius: (abrindo a porta) – Oi?
Príncipe Mitty: - Oi. (esperando alguns segundos)
Voz: (no ouvido de Mitty) – Aproveita. Mata ele.
Príncipe Mitty: (balançando a cabeça) – Tem algo de errado. A casa está toda trancada e ninguém abre a porta dos quartos.
Julius: - (correndo até o quarto de Bartolomeu) – Irmão?! (batendo na porta) – Você está aí? (forçando a porta) – Romeu?!
Romeu: (saindo do quarto de Julius) – O que foi?
Príncipe Mitty: (desviando o olhar)
Voz: (no ouvido de Mitty) - Mata eles Mitty. Aproveita. Você não quer essa raça dominando o mundo. Pensa nos teus filhos!!!!
Julius: - Tem alguma coisa errada. Ninguém tá abrindo a porta e a casa tá toda trancada.
Príncipe Mitty: - Cala a boca!!!!
Romeu e Julius: - (olhando para Mitty)
Príncipe Mitty: - Tem alguma coisa de errado com essa casa. Abram a porta logo. (com um olhar paranoico)
Romeu: - Vamos empurrar a porta. Juntos. (olhando para Julius)
Julius: - Ok. No três.
Romeu e Julius conseguiram abrir a porta depois de muito esforço. Eles encontraram Bartolomeu dormindo em sua cama, mas não conseguiram acorda-lo. Eles fizeram o mesmo processo com Caterine e Clarissa, ninguém acordava.
Romeu: - Deve ser algum tipo de feitiço.
Julius: - Precisamos encontrar um jeito de sair dessa casa.
Príncipe Mitty: - Pode ser perigoso.
Voz: (no ouvido de Mitty) - Mate-os. Mate-os.
Eles se separaram para encontrar uma saída, mas tudo estava bloqueado. Eles se encontraram na sala e começaram a discutir sobre uma rota de fuga.
Julius: - Já sei. A chaminé.
Príncipe Mitty: - Ela é muito pequena.
Romeu: - Julius é perigoso.
Julius: - Precisamos investigar os moradores da vila. (tirando um dos casacos e amarrando a espada nele) – Vou levar. Pode ser útil.
Romeu: - Mitty vai dar uma olhada no pessoal... por favor...
Principe Mitty: (subindo a escada)
Voz: - Maldito. Você teve a oportunidade perfeita.
Príncipe Mitty: (ficando de joelho e ofegante) – Me deixa. (pegando nos ouvidos)
Romeu: - É arriscado. Não vai.
Julius: - Tem alguma coisa de errado com esse lugar. Precisamos descobrir. (beijando Romeu)
Romeu: - Ok. Por favor... por favor... cuidado.
Julius: - (respirando fundo e subindo a chaminé) – Cadê o Papai Noel quando precisamos dele.
Julius não teve dificuldades para sair pela chaminé, apesar de ficar todo sujo com a fuligem. Silenciosamente, ele começou a investigar o vilarejo. Porém tudo estava vazio, casas e até o comercio local. Ele ouviu um ruído vindo de uma grande construção e decidiu averiguar. Ele encontrou várias pessoas dormindo no porão do local.
Nepto: - Gostou do meu pequeno trabalho?
Julius: - Quem é você? (levantando a espada)
Nepto: - Sou o seu maior pesadelo.
Julius: - Mais uma criatura horrenda de Cen. E que eu vou matar.
Nepto: - Eu tomaria mais cuidado se eu fosse você. (levantando as mãos e mostrando para Julius seus irmãos e Clarissa numa pequena tela)
Clarissa: - Nããããooooo!!! Aranhas!!! Saiam!!!
Bartolomeu: - Socorroooo!!! Tá quente aqui!!!!
Caterine: - Por favor. (chorando) - Não faça isso!!! (sendo ameaçada com uma faca)
Nepto: - Se algo acontecer comigo. Os teus amiguinhos ficarão presos nesse sonho para todo o sempre!!! (sumindo)
Julius: - Droga. Deve haver um jeito.
Klaudo: - E tem. (saindo do escuro)
Julius: - Fique longe! Quem... quem é você?!
Klaudo: - Klaudo. Me escute. Temos pouco tempo. Existe uma maneira de quebrar os sonhos de Nepto. Precisa quebrar o colar que está no pescoço dele. Ele prende as pessoas lá. (desaparecendo no escuro)
Julius: - Espere!! Ok. Quebrar o colar. Entendi.
Quando Julius saiu da casa tomou um susto. Várias caveiras estavam a sua espera. Sem opção, o filho mais novo de Celdo lutou contra os monstros. Um a um, eles iam perecendo. A espada do jovem parecia mais afiada que nunca.
Depois de derrotar as caveiras, Julius correu e conseguiu abrir a porta da casa onde estavam seus amigos. Ele contou a novidade para Romeu e Mitty.
Príncipe Mitty: - Eu meto uma flecha na cara desse monstro.
Julius: - Não é tão fácil assim. Precisamos de um plano melhor.
Príncipe Mitty: - Eu já disse. (se levantando de forma agressiva)
Voz: (no ouvido de Mitty) – Agora. Acabe com eles!!!
Romeu: (segurando firme no braço de Mitty) – Escuta só. Sabemos que você tem um problema com a nossa relação, mas o que está em jogo aqui é a vida dos nossos amigos. Pessoas que todos amamos. (senta o príncipe com força na cadeira) – Ajude a gente ou fique quieto.
Julius: (assustado com a reação de Romeu) – Bem... eu... precisamos.... ehhh
No castelo de Cen, Celdo ficava mais desesperado a cada segundo. Ele temia pela vida dos filhos e da população de Framon.
Celdo: - É tudo minha culpa.
Malody: - Meu amor. Não existe culpado nessa história.
Celdo: - Ele se apaixonou por mim Malody. Por mim. Se eu moresse...
Malody: - Não fale uma bobagem dessa. (beijando o esposo) – Nunca mais.
Rei Nilo: - O motivo não é esse. Antes de toda confusão acontecer, o Cen já era mal, apenas não sabia. O que aconteceu com ele veio apenas mostrar o seu verdadeiro caminho.
Celdo: - Tenho medo que isso possa acontecer com o Julius.
Rei Nilo: - O seu filho pode ser muita coisa. (pegando no ombro de Celdo) – Menos uma pessoa de coração ruim. Ele sempre está disposto a ajudar, lutar pelas coisas que acredita.
Celdo: (chorando) – Me perdoa meu Rei. Não deves me ver nessa situação.
Rei Nilo: - Isso só mostra meu caro... que você é humano... tem falhas.
Cen: (entrando na masmorra) – Que papinho chato. E sabia que eu não me interesso mais por você. (fazendo Celdo levitar até o teto)
Malody: - Você está machucando ele. (tentando usar seus poderes, sem sucesso)
Cen: - O sofrimento de vocês está apenas começando. (balançando as mãos e fazendo três bolas de cristal aparecerem)
Os três viram o sofrimento de Bartolomeu, Caterine e Clarissa. Malody começou a chorar copiosamente. Celdo não acreditava na cena. Para eles o sofrimento dos filhos era pior do que a morte.
Celdo: - Cadê o Julius?
Cen: - Vai morrer. Envenenei o filho do Rei Nilo. Ele mesmo fará o trabalho para mim.
Rei Nilo: - Mitty nunca seria capaz de tal atrocidade. Seu monstro!!! (segurando nas barras da prisão)
Cen: (rindo alto) – Ele vai matar o Julius, Celdo. E não vai ser rápido. Pedi para ele cortar pedaço... por pedado... dele. Assim como fizeram comigo. (jogando Celdo contra a parede)
Celdo: (levantando) – Para com isso. Me mate. Acabe com a minha vida. (ficando de joelhos)
Cen: (colocando o dedo afiado próximo da garganta de Celdo) – Mas... qual seria a graça. (fazendo um pequeno corte) – Quero te ver sangrar. (sumindo numa nuvem de fumaça)
Malody: - Nossos filhos vão sair dessa. Eu tenho fé. O Julius e o Romeu não caíram na armadilha. Eles vão conseguir.
Julius explicou o plano para Romeu e Mitty, ou pelo menos tentava. O gênio dos três rapidamente colidiam.
Julius: (pegando um copo) – Esse sou eu. (pegando uma xícara e colocando ao lado do copo) – Esse é o Romeu. (pegando um pedaço de frango e colocando ao lado dos outros dois objetos) – Esse é você.
Príncipe Mitty: - Eu sou o pedaço de frango comido?
Julius: - Presta atenção no plano.
Príncipe Mitty: - O Romeu ou você não podem ser o pedaço de frango?
Julius: - Tá. O Romeu é o pedaço de frango.
Romeu: - Ei...
Julius: - (jogando o pedaço de frango longe e pegando uma colher) – Tá. Eu sou a colher. Romeu é o copo. Mitty é a xícara. Satisfeitos? Posso continuar o plano?!!
Príncipe Mitty: (pegando a flecha e apontando para Julius) – Tarde de mais. (lançando a flecha)