Capítulo bem curto meu povo, mas um pouco forte. Beijos, abraços e boa leitura.
CONTINUANDO:::
-Fiquei vários dias lutando contra na manifestação.... *Dizia Bruno, mas Davi só pensava em uma pessoa naquele momento, Miguel. Gostaria de ser uma mosquinha para ver o encontro do filho com o tal Carlos. Sabia que aquele sentimento de ciúmes não era normal, mas insistiu com ele mesmo que só era ciúmes de pai mesmo. "A quem você está enganando Davi?" dizia sua lógica, mas os sentimentos, como o amor, confundem a lógica em tudo. E o resultado que Davi teve foi ficar sem o filho, nem na amizade. Gostaria tanto de poder abraça-lo novamente, beijar sua testa e confortá-lo. Mas estava distante demais para ter qualquer contato, ficou vários anos sem ver o filho e quando o reencontra o afasta, isso o deixou frustrado.
-...e no fim os universitários se deram bem. *Disse Bruno animado, nem ao menos percebeu que Davi não estava ali, apena de corpo presente.
-Hum, intendi. Bruno vou ter que resolver algumas coisas hoje, desculpa não ter tempo para você, espero que entenda.
*Disse ainda distraído.
-Tudo bem, acho que vou sair mais tarde também. *Disse normal mas viu que Davi estava distante.
Davi subiu e tomou um banho gelado, mas mesmo assim continuou pensando no filho. Se arrumou e passou bastante perfume e pegou uma mochila que estava no guarda roupa e depositou uma sunga, short, camiseta, óculos, protetor solar, toalha e chinelos. Estava com outros planos para o dia, quem sabe aquilo não tiraria os pensamentos da cabeça.
Descendo as escadas viu que Bruno assistia ao jornal na sala, assim que Davi chegou ao seu ponto de vista ele o observou da cabeça aos pés e notou que ele estava com uma mochila nos ombros, e cheia, notara o volume. Por mais que a curiosidade fosse grande resistiu em não perguntar.
-Vou indo, tchau. *Disse num tanto apressado.
-Tchau. *Disse de volta, e ficou desapontado, nenhum beijo, abraço ou mesmo afeto Davi tinha demonstrado por ele.
Aquilo o machucou, e questionou se a noite anterior não teve alguma importância na vida de Davi.
Davi saiu em seu carro em direção a uma casa da praia que tinha ali perto na cidade vizinha. Decidiu que aquela tarde seria necessária para pensar a respeito de tudo.
Na praça...
-Achei que não viria mais. *Disse Miguel abrindo um largo sorriso ao ver Carlos ali, estava todo arrumado e cheiroso, o que fez Miguel pensar duas vezes.
-Pois achou errado. Amigo serve pra isso. *Disse retribuindo o sorriso.
-Quem bom que tenho um então, pois os outros estão muito longe e falar por telefone nunca foi minha praia.
-Pode contar comigo. Então sr. Miguel? O que anda incomodando sua vida? *Disse num tom sarcásticos mas também sério.
Eles caminhavam pela praça que era quase toda coberta de grama, e árvores espalhadas por todo canto, havia tipo uma passarela que era coberta por árvores também e deixava tudo mais fresco.
-Então, estou em um relacionamento complicado agora, ele as vezes está afim outras não.
-Confuso em relação a sexualidade? *Disse num olhar de dúvida.
-Pode ser, mas também tem algo que não posso te contar, é meio complicado e nem todos aceitam isso.
-Tudo bem, não precisa contar, só quando você se sentir à-vontade. Mas vem cá, pra min isso é tudo falta de pensar um pouco, afinal ele está perdendo um cara tão bacana como você.
-Ah que isso, não é assim também. *Disse corando.
-É sim, você é um cara tão bonito, inteligente e simpático. Como alguém poderia não aproveitar que você está disponível?
Bom isso conclui que alguma coisa o prende. *Disse jogando cantadas em Miguel, que estava todo derretido já.
Carlos estendeu a mão para eles sentarem em um banco, estava tudo bem deserto naquele lado da praça.
-Que bom que alguém acha isso de min. Mas sinceramente espero que ele n... *Enquanto Miguel falava no tal cara que
estava apaixonado Carlos só olhava para seus lábios e via em câmera lenta, aquele rosto perfeito em forma de anjo, seu
cabelo, ele já estava quase louco, então decidiu pegar na mão de Miguel.
-Olha Miguel, eu sinceramente espero que esse tal misterioso se declare logo, pois acho que vou entrar na fila também.
E nisso Miguel o beijou, um beijo profundo e de tirar o folego de qualquer um, aquelas ultimas palavras confirmavam a suspeita de que Carlos estava interessado nele, e para esquecer o pai decidiu investir no que havia no momento. O beijo durou alguns segundos.
-Primeiro desejo realizado com sucesso. *Disse Carlos se afastando da boca de Miguel e mordendo seus lábios.
-Desculpa mas do primeiro desejo não passará. *Disse sorrindo.
-Tenho minhas dúvidas. *Disse sorrindo.
-Bom eu acho que é melhor eu ir andando antes que passamos para o segundo nível. *Disse se afastando e andando de
costa e ao mesmo tempo mordendo os lábios em um sorriso safado. Mas não percebeu que uma mulher vinha de bicicleta em sua direção, ela tentou desviar mas já era tarde demais, o atropelou jogando ele no chão, e a mulher caiu pro outro lado.
-Miguel? Vai ficar tudo bem, vou te levar pra casa? *Disse Carlos vindo em sua direção, mas não via muita coisa, as imagens se transformaram em borrões e ele acaba desmaiando. Ao cair no chão sua cabeça bate em um tronco de árvore que está jogado no canto da passarela.
CONTINUA:::
P.S. Prometo não matar Miguel ta? Você que está desesperado ai.
