P.S. Antes de começar esse capítulo, quero aproveitar para agradecer a todas as mensagens que venho recebendo nessa série. Fico muito feliz com o reconhecimento de vocês, amigos. Gostaria também de pedir desculpas pelo atraso, mas tive problemas de internet semana passada e só regularizou nesse final de semana. Vamos lá, então.
(Juliana respirou fundo quando a deixei na cozinha, apoiando-se na pia para recobrar o controle do estado de puro tesão com que a deixei. Meus carinhos, meus toques e o livro que a emprestei estavam fazendo miséria com ela. Extremamente excitada, resolveu voltar para o quarto e, na passagem pelo meu, ouviu gemidos e sussurros lá dentro. A porta estava só encostada e ela, dando um empurrãozinho, pôde me ver transando com Raquel. Imediatamente, sua boceta se encheu de tesão, ficando muito melada e seus seios endureceram. Ali mesmo, encostada na parte e sem parar de olhar para a nossa transa, Juliana colocou sua mão por baixo do vestido e da anágua, começando uma masturbação silenciosa. Seus dedinhos se movimentavam com velocidade no clitóris enquanto mordia e chupava os dedos da outra mão. Não demorou e ela teve um orgasmo delicioso, escorregando pela parede até o chão. Sua boca seca, sua xana ensopada, seu coração batendo acelerado e uma vontade maluca de entrar no quarto. Se levantou e pegou na maçaneta para entrar, mas algo a impediu. Ainda restava um pouco da educação que recebera do avô e a guerra interna travada entre essa educação e o desejo despudorado de se entregar aos prazeres da carne a fez começar a chorar copiosamente. Largou a maçaneta e foi correndo para o quarto, se jogando na cama. - Meu Deus, me ajuda. Por que tenho de sofrer tanto assim? Por que sentir prazer é pecado aos Teus olhos? E sofrer dessa forma não o é? Isso é muito injusto. Se não posso sentir prazer, por que fizeste nossos corpos serem capazes de senti-lo?).
O dia amanheceu e Juliana se levantou ainda sentindo os efeitos da noite anterior. Tomou seu banho, perfumou-se, vestiu-se e saiu para o café da manhã sem ter percebido que, inconscientemente, havia escolhido um vestida bem decotado, que deixava seus belos seios ainda mais voluptuosos. A primeira a notar foi Raquel, ao cruzarem no corredor que dava acesso à cozinha. A negrinha encheu os olhos para aqueles seios que ela já havia saboreado e sorriu de leve, percebendo que Juliana começava a se soltar. À mesa, fui o segundo o perceber a mudança no vestuário de minha hóspede. Meu corpo reagiu de imediato, com meu pênis endurecendo e minha boca enchendo d'água. Fizemos nossa refeição em um clima bastante agradável e descontraído. Juliana e eu trocávamos olhares incessantes e libidinosos e, por baixo da mesa, senti seu joelho se encostar de leve no meu. Proposital ou não, tratei de corresponder ao gesto, a fazendo sorrir timidamente. Após o café, fui ao escritório e, logo em seguida, ela adentrou com o livro de Fanny Hill às mãos. - Aqui está seu livro, senhor Barão. Muito obrigada - disse, me estendendo a obra. - Por nada, minha querida. Espero que tenha gostado - me levantei para recebê-lo e recolocá-lo à estante. - Gostei muito, sim senhor. Jamais li nada semelhante, tão provocativo, tão instigante - respondeu. - Provocativo, instigante? Interessante escolha de palavras. O que exatamente ele instigou você a fazer? - provoquei, me aproximando dela. - A fazer, ainda nada. Mas, certamente, me fez pensar em coisas que jamais considerei. Só espero que Deus nosso Senhor não me castigue por esses pensamentos - falou a garota, sem conseguir conter o constrangimento. - Castigar você? Se Ele fizer tal coisa, Juliana, Ele será merecedor de punição. Uma garota tão meiga, linda e luminosa como você não veio à Terra para ser punida ou castigada, mas sim louvada, amada e receber todos os tipos de carinho e prazer. Não pense, nem por um segundo, o contrário - disse, olhando-a profundamente nos olhos e tocando carinhosamente em seu rosto. O coração da menina disparou e ela abriu timidamente os lábios, talvez esperando por um beijo... que não veio, pois optei por continuar minha arriscada estratégia de provocá-la.
O dia transcorreu normalmente, porém o trabalho me manteve afastado dela. Havia dado ordens expressas ao meu feitor para manter Bernardo ocupado por todo o dia e em constante vigilância, afinal não seria ele a saborear as maravilhas do corpinho cada vez mais excitado de Juliana. Também não seria Raquel, pois ela compartilhava de minha estratégia, apesar de, sempre que possível, provocá-la mais um pouco, atiçá-la. Como no diálogo que se seguiu em um dos passeios das duas pela fazenda. - Raquel, você e o barão se divertiram bastante ontem à noite, hein? Você gemia e gritava de um jeito que parecia estar no paraíso - disse ela. - E tava mesmo, Juju. Eu vou pro paraíso sempre que tô nos braço do meu sinhozinho. Quando ele me beija, me chupa, quando sinto o cheiro dele, quando ele entra em eu. Eu num aguento e grito mesmo, é a melhor coisa do mundo - respondeu Raquel. - Eu espero poder ter um homem que me faça sentir assim também. Eu invejo você. Por que não se casaram ainda? - perguntou. - Nós é casado, Juliana, nós mora junto, nós dorme junto. Mas, meu sinhozinho quer ser o tal de deputado e ele precisa se casar com uma branca. Mas, tem de ser alguém que aceite dividir ele com eu, dormi com eu e ele tudo junto na cama - disse a negrinha, rindo. A ideia fez Juliana tremer nas bases e se encher de tesão. Como seria dormir com os dois ao mesmo tempo? A ideia ficou na sua cabeça pelo resto do dia.
Após o jantar, enquanto eu conversava com o feito, as garotas foram ao meu quarto com Alexandre. O garoto estava inquieto e Raquel saiu com ele por alguns minutos para ir buscar algum brinquedo, deixando Juliana sozinha no quarto. A garota se lembrou da noite passada e se deitou na cama, abraçando os travesseiros e tentando sentir o aroma de sexo e dos nossos corpos. Começou a fantasiar que eu e Raquel estávamos lá também, beijando os almofadas como se fôssemos nós e se esfregando no colchão como se fora um corpo que lhe daria prazer. Com um travesseiro entre as pernas, Juliana simulava o coito e gemia alto, totalmente despreocupada de Raquel voltar e pegá-la em flagrante. Chupava seus dedos, apertava seus seios e se esfregava com força e rapidez no travesseiro até chegar a um orgasmo delicioso, que ela perseguira durante todo o dia. De bruços, esbaforida e suada, não percebeu que Raquel entrara no quarto com Alexandre no colo. A negrinha esperta, percebendo o que ocorrera ali, se deitou por cima dela e sussurrou baixinho: - esse travesseiro no meio da tuas pernas é eu ou meu sinhozinho? - Juliana deu um pulo da cama com o susto e, toda atabalhoada, tentou se explicar e se desculpar. Raquel começou a rir do nervosismo da amiga e disse que estava tudo bem, que ela não precisava se desculpar. Porém, Juliana resolveu voltar para seu quarto. Alguns minutos depois, quando Juliana já estava deitada, Raquel entrou no quarto de mansinho e lhe entregou o travesseiro. - Você esqueceu seu amante lá na minha cama - deu um beijo carinhoso nos lábios da amiga e saiu. Juliana dormiu agarrada ao travesseiro.
O dia seguinte seria o último de Juliana na fazenda. Como seu avô voltaria no final da tarde, ela deveria retornar a sua casa após o almoço. Mandei Tonho preparar o carro para levá-la. A manhã final foi um misto de tristeza, saudade e o mesmo clima de sedução que se criara nos dias anteriores. Mais uma vez, me mantive afastado dela, percebendo suas insistentes tentativas de se aproximar. Raquel evitava esses avanços, sempre inventando brincadeiras com Alexandre ou a chamando para passear. Próximo ao almoço, Juliana foi arrumar sua mala e, sem que ela percebesse, Raquel colocou o travesseiro dentro dela. Almoçamos e, na hora da saída, a surpreendi quando disse que eu mesmo a levaria. A menina não conteve o sorriso de felicidade. Começamos o caminho de volta, bem lentamente, calados no início. Após cruzar a porteira da fazenda, começamos a conversar sobre os dias que ela passou em minha casa e na saudade que ficaria. Parei o carro embaixo de uma árvore grande e frondosa, fazendo-a se assustar e perguntar por que paramos. - Porque eu quero que você saiba que eu também adorei os dias que você ficou na fazenda. Confirmei algo que já sabia, que você é uma garota muito especial, encantadora, cativante. Você conquistou a mim, Raquel e Alexandre. Isso significa que não pretendo deixar você longe de nós por muito tempo. Quero você na fazenda mais vezes - acariciei seu rosto e continuei: - parei aqui também porque quero te dar um presente - e lhe entreguei um embrulho, o livro A Filosofia na Alcova, do Marquês de Sade. Os olhos de Juliana brilharam. - É seu. Quando o ler, pense em mim e saiba que estarei pensando em você - e a beijei. Juliana se derreteu em meus braços e se entregou a um beijo quente e apaixonado.