Sangue Quente: Viagem Pelo País

Um conto erótico de V.
Categoria: Homossexual
Contém 2898 palavras
Data: 17/02/2015 22:10:55
Última revisão: 17/02/2015 22:14:21

- Pronto! - Falei fechando minha mochila.

- Tem certeza que está tudo ai? - Disse Akira atrás de mim. Confirmei com a cabeça e dei um sorriso para ele. O menino retribuiu com o seu agradável humor.

Hoje sera o dia em que eu iria viajar o país atras de Thomas. Ele estaria em meus braços, depois de meses. Eu podia até sentir ele me abraçando e seu perfume inundando meu ser. Balancei a cabeça e me concentrei.

O resto da bagagem estava já na Ferrari de Caius. Só faltava aquela mochila com alguns itens que os Cortazar me deram. Entre elas uma lamina pequena para uma espada mas grande demais para uma adaga. Era dourada e me persuadiram a aceitar com o argumento de combinar com meu estilo de luta. Eu aceitei.

Fui me despedir da família.

Akemi foi a primeira que veio até mim. Correndo com um vestido simples e azul. Tinha em suas mãozinhas um pequeno ursinho branco. A menina estava chorando pela minha partida. Eu a abracei e levantei . Ela me lembrava Rebekah quando era mais nova. Akemi depois de alguns minutos ficou mais tranquila e me entregou o pequeno ursinho, falando que ele ia me proteger.

Depois veio a Sra. Cortazar me abraçar e agradecer pelo que eu fiz, por ter mantido seu filho a salvo. Afirmou que eu era um menino muito corajoso e que ia ser um grande homem um dia. Em seguida veio o Sr. Cortazar, ele deu um aperto de mãos e ficou grato pelo que eu fiz por ele e pela cidade de Nova Iorque. Os caçadores estavam a procura de Duque a anos, mas nunca souberam da sua toca. Eles nunca pensaram no obvio, o esconderijo embaixo de uma boate.

Por fim veio Akira. O menino me deu um abraço apertado. Ele era o irmão que eu nunca tive. Eu pude entender que nós caçadores tínhamos por lei divina talvez se gostar como irmãos. Até onde eu sei, somos descendentes de anjos e arcanjos, onde todos eram irmãos. Talvez daí venha essa amizade fácil e esse vinculo forte que é feito por cada um.

- Fica vivo, hyeongje - Falou o garoto e me deu mais um abraço. Ele estava com lagrimas nos olhos, mas limpou o máximo possível, não queria demonstrar a sua tristeza. Não com minha grande alegria estampada. - Ainda vamos nos ver... Tenha certeza disso. - Apenas afirmei com a cabeça e me virei.

No carro, me encontrava atrás sozinho. Caius dirigia o seu carro e Samantha estava no carona. Era um silencio horrível, enquanto tocava uma musica na rádio. Era um rock bem conhecido.

- Melhor dormir um pouco Nick - disse Samantha. - Nós vamos demorar um pouco na estrada. Ainda tem muitas horas e melhor estarmos preparados quando chegarmos a Califórnia.

- Ela tem razão Nicco. - Concluiu Caius.

Então deixei me envolver pela musica da banda.

'' Agora eu vou lhe dizer o que fiz por você, 50 mil lágrimas eu chorei..."

A musica era envolvente. Minhas pálpebras começaram a ficar pesadas. O sol estava se pondo na nossa frente. O laranja magnifico nas nuvens, era um espetáculo perfeito ... Minhas pálpebras fecharam, contudo permaneci acordado, ouvindo as próximas estrofes da canção.

''Estou caindo para sempre / Tenho que me libertar /Estou afundando''

Então veio os meus pesadelos...

Eu estava de volta a gruta, Thomas se encontrava a alguns metro de mim. Porém não conseguia me mexer e ele estava fraco de mais para me salvar ou a si mesmo. O menino apenas conseguia gritar para eu me afastar e tentar sair de lá vivo. Ele estava tão fraco, parecia uma caveira. Suas roupas eram tão folgadas. Lagrimas vieram aos meus olhos.

Uma risada feminina veio de longe. Eu senti o quão era perigosa aquela risada. Estremeci e tentei ir até Thomas mas não conseguia processar muito as coisas. Eu estava preso a areia nos meus tornozelos. Caia algumas gotas do teto. Eu estava afundando vagarosamente.

Meu sonho mudou. Agora me encontrava em uma floresta sombria. Eu estava sozinho. Era tão frio, tão opressor... Um corvo pousou no galho a minha frente. Me olhou com certo entretenimento e depois grasnou. Tentei me virar mas apareceu outro. E mais um. Quando dei por mim, eles haviam me cercado. Eu tive a ideia de correr, porém os bichos vieram atrás de mim, grasnando e tentando me bicar. Quando virei na próxima arvore, tive que me conter para não entrar na pequena campina. Lá se encontravam lobos. Lobos gigantescos, do tamanho de cavalos. Pelos negros e olhos vermelhos. Seu hálito saia branco com a temperatura do ar caindo. Seus pelos estavam eriçados.

Eles uivaram e voltaram para me olhar. A alcateia veio correndo para minha direção. Me virei e adentrei a floresta de novo. Galhos eram quebrados na minha corrida. Meu rosto sangrava com os pequenos cortes, que agora eram muitos. O cão era coberto de musgo e plantas que prendiam os meus pés. Eu tentei correr o mais rápido que eu pude, mas infelizmente eu caí. As criaturas me alcançaram. Vieram para cima de mim. Eu morri...

- Nicco! - Disse Caius. - Acorda... Você está gritando. - Tocando no meu braço.

- Caius? - Falei, atordoado. - Onde nós estamos? - Tentei sair do carro, mas fui impedido.

- Em um posto de gasolina. - O rapaz olhou para trás e voltou a me encarar. - Está tudo bem?

- Sim, eu acho... - Olhei para minhas mãos e depois voltei a encarar o menino. - Eu só...

Caius abriu a porta do carona e entrou, sentou perto de mim. O cheiro do couro do seu casaco misturado com o seu cheiro de limão invadiu minhas narinas.

- Fale...

- Eu só quero o Thomas de volta. - Coloquei minha testa em seu ombro e segurei minhas lagrimas. - Eu sinto tanto a falta dele.

- Eu também... - Disse o menino, afagando minha cabeça. - Eu também...

Cai no sono de novo. Contudo, não tive sonhos ou pesadelos. Apenas a adorável escuridão. Quando eu acordei, Caius ainda estava do meu lado e Samantha era quem dirigia. A menina tinha um pequeno saco na boca. Continha nele um liquido espesso e vermelho escuro. Não demorei muito para entender o que era e sentir enojado. Era sangue. O rapaz também bebia, porém era em um pequeno copo de café. O sol já estava alto no céu e eu me afastei dele o máximo possível.

- Bom dia Nicco. - Disse a garota entusiasmada. - Quer um golinho?

- De... Quem... É... Esse... Sangue? - Contendo toda a minha raiva. Caius me olhou com uma cara de surpresa e Samantha me olhou pelo espelho.

- Não se preocupe Nick. - Falou Caius. - Não matamos ninguém para conseguir. - Ele olhou para mim ansioso, tentando decifrar como eu recebia cada palavra. - É sangue hospitalar. Eu tenho na mala do carro para algum imprevisto, e já que vamos enfrentar sabe se lá o que, é melhor estarmos fortes para isso.

Fiquei em silencio. A tensão ainda pairava no ar, a garota estava tensa, pude perceber pelo modo como segurava o volante. Caius tentou não parecer nem um pouco receoso, mas ficou obvio quando eu balancei a cabeça concordando. Seus ombros relaxaram e a menina soltou um pouco o volante.

Até que eles tinham um pouco de razão no seu raciocínio, contudo, aquilo ainda me enojava. Era sangue. Sangue é a única coisa mais poderosa no mundo. Eu tremi pensando no assunto, porém fiquei quieto vendo a paisagem mudar. Eu não fazia ideia de qual era nossa localização no país. Poderíamos estar bem perto da Califórnia, ou mal tínhamos saído de Nova Iorque.

Cada minuto era agoniante. O carro estava muito quieto. O rádio estava desligado e meu dedos não parava de batucar no meu joelho. Cada minuto podia ser a vida de Thomas se esvaziando. Mas a cada minuto eu estava mais perto, e isso me alegrava um pouco.

- Nossa, que silencio mais chato. - Proferiu Samantha. - Então meninos, qual vai ser a nossa estratégia? - Ela olhou de Caius para mim. O menino não parecia ter bolado nada. Nisso eu estava totalmente por fora, eu não havia planejado aquela parte do esquema.

- Eu não faço a menor ideia. - Disse por fim.

- Bem, isso eu já sabia, querido. - Samantha a cada segundo estava mais árida e irritante. Não parecia nem um pouco com a garota que conheci em St. Loius. O mais irritante era seu colar de rubi que brilhava. - Caius.. Você tem alguma? - Ela agora estava olhando para o menino. Ele balançou a cabeça na negativa. - Homens... Melhor que quando chegarmos lá, tenham alguma ideia.

Meu estomago começou a roncar quando passamos pela entrada de Indiana. Caius me olhou com um sorriso entretido e avistou uma pequena lanchonete no caminho. Pediu para a sua irmã estacionar. Ele havia percebido minha fome.

- Desculpa, esqueci que você é o único aqui que come. - Ela colocou um pirulito de morando na boca e óculos escuros. - Eu odeio o sol!

- Não só você irmã. - Caius também havia colocado óculos escuros.

Entramos na lanchonete e todos os olhares foram para em nós. Não seria possível não chamar a atenção. Três pessoas entrando em uma lanchonete pequena e suja, seria de se estranhar. Principalmente se essas pessoas são uma garota esbelta, vestindo uma saia escura, junto com uma camisa branca e botas, ao lado de dois garotos com calças jeans pretas, camisas de grife e um deles usando uma jaqueta de couro . Sem contar que duas delas tinham uma beleza estonteante, parecendo astros de filmes ou até mesmo Deuses caídos. Samantha foi para uma mesa mais afastada do local. Eu sentei na janela, de frente para a menina e seu irmão sentou do meu lado.

- Bom dia, aqui está o MENU, quando quiserem algo, só me chamar. Meu nome é Becky. - A menina não parava de olhar para Caius ou para mim. Ela era bonita. Tinha cabelos claros e sardas no rosto. Mascava chiclete sem parar. Devia ter uns dezoito anos.

- Claro. - Falei e pisquei para a menina. Ela se afastou de nós com um sorriso de orelha a orelha. - Então, quanto tempo vai demorar para chegarmos a Califórnia?

- Vai demorar um pouco. - Disse Caius. - Ainda estamos em Indiana. Não pensei que íamos demorar tanto.

- Nós tínhamos que fazer uma parada para conseguir aquele sangue. - Samantha não parava de mexer na unha impecavelmente negra. - Além do mais, tivemos que parar para ele comer. - Falou apontando para mim.

- Olha aqui, Samantha! - Eu já estava ficando esgotado com ela. - Eu não pedi para você vir. Você veio, que bom. Mas se quiser ir embora para voltar as suas butiques, pode ir com todo prazer. Eu não ligo nem um pouco. - Eu levantei a mão, chamando Becky.

- Você está muito mal educado, para um cavalheiro, Nicco. - Samantha semicerrou os olhos. A garçonete chegou e eu fiz o meu pedido e Caius fez o dele. Samantha não iria comer nada.

Depois de ter feito uma refeição rápida, voltamos para a estrada. Caius agora dirigia e Samantha tinha em suas mãos um mapa. Decidimos seguir direto. Eu já estava começando a pensar em um plano quando chegássemos na Califórnia.

No fim de uma semana inteira, chegamos a Nevada. Eu já estava exausto de passar as noites agarrado a Caius, que percebeu que eu não gritava quando ele estava perto de mim. Samantha ficava insuportável a cada dia, sendo até Caius a brigar com ela. Contudo eu sentia que a cada dia os dois ficavam mais fortes. No fim daquele por do sol, encontramos uma pensão para eu poder descansar de verdade.

- Amanhã vamos encontrar Thomas. - Disse Caius entrando no quarto. Ele ia dormir no mesmo quarto que eu e Samantha iria ficar com outro. A pensão só tinha mais dois quartos disponíveis no momento que chegamos.

- Sim! -Falei entusiasmado. - Eu sinto tanta falta dele.

- Eu sei... - O rapaz olhou para o chão e depois para os meus olhos. Ele tinha uma sobrancelha levantada e um sorriso sarcástico no rosto. - E nós? Como ficamos?

- Nós? - Disse assustado. - Não existe nós, Caius. Eu nunca menti para você. Eu amo Thomas. Eu pertenço a ele.

- Eu acredito. - Ele se aproximava a cada minuto e eu dava um passo para trás.- Mas eu também sei que eu mexo com você... - Eu fiquei apavorado com suas palavras. Não podia deixar aquilo acontecer de novo. Eu não podia ceder aquela noite. Eu ia balançar a cabeça. - Sem mentiras Nicco.

- Caius, eu... - Ele havia envolvido meus lábios com os dele. Eu tentei recusar e me afastar, mas ele conseguiu me empresar na parede do comodo. Não possuía escapatória. Eu juro que tentei protestar ao máximo, entretanto, eu cedi. Eu estava cedendo a ele.

Ele tinha razão, meu coração pertencia a Thomas, não havia dúvidas. Porém Caius mexia comigo de uma forma que só Thomas conseguia. A cada beijo que Caius me dava, minhas proteções contra ele tinham uma ruptura.

Eu podia pertencer a Thomas, e ele a mim, mas Caius, ele estava jogando a chave da sua alma para mim.

Apaixonado pelos dois irmãos? Não! Eu não podia deixar isso acontecer. Empurrei Caius que foi parar do outro lado do quarto, arfando.

- Não se aproxima de mim de novo! - Gritei apontando um dedo a ele. - Não é certo com Thomas, e eu não sou assim.

- Você vai me amar Nicco. Pode ter certeza. - Proferiu Caius e saiu do quarto.

Eu tinha ido me deitar. Ainda estava fervendo de raiva e... Tesão? Não! Não ia deixar esses tipos de pensamentos me inundar. Não! Eu pertencia a Thomas e somente a ele. Não abriria mão disso. Quando percebi, estava entrando em mais um dos meus pesadelos.

Um castelo. Eu estava em um castelo. Tinha paredes cobertas por tapetes com desenhos quase perfeitos, retratando uma historia. Um menino lutando, uma sombra ao lado dele, um anjo as suas costas e sua morte... Era tão perfeito e rico de detalhes que eu poderia jurar que o menino era eu! Me afastei daquilo como se estivesse envenenado ou corresse uma carga elétrica altamente mortífera. Continuei a andar pelo corredor que deu para um grande salão com um majestoso trono no meio. Não chegava nem perto da toca de Duque com toda essa riqueza que tinha aqui.

De trás do trono sai duas formas humanas com capas. Uma capa era vermelha como sangue a outra negra como o breu de uma caverna. Os seus capuzes caíram e mostravam que era o seu portador. Era Thomas e Caius. Os dois me olharam e se entre olharam. Caius deu um de seus sorriso. Os dois estenderam a mão para mim, entretanto não conseguia me mexer. Eu tentei gritar, mas não saia nenhum som. Os dois pareciam confusos.

Depois de eu quase me esgoelar, uma outra forma sai de trás do trono. Tinha uma pequena capa negra, o resto era coberto pelo grande vestido preto com roxo escuro. A menina tirou o capuz e mostrou uma imagem horrenda.

Era Rebekah. Não a minha Rebekah, mas uma garota diferente. Animalesca. A minha pequena irmã mais nova era... Era uma vampira.

- Acorda Nick! - Sacudiu Samantha. - Caius já está no carro. Come alguma coisa o mais rápido possível e vamos sair daqui. Chegamos no endereço em três horas no máximo segundo meu irmão.

Eu apenas balancei a cabeça concordando e comecei a me arrumar.

Saímos de lá em menos de 20 minutos. Eu ainda mastigava o sanduíche que eu havia devorado, como Samantha havia pedido. Sentei no banco do carona, Samantha atrás e um Caius quieto do meu lado.

A viagem inteira o carro passou em silencio. Todos estavam apreensivos com o que iria acontecer daqui para frente. Eu estava quase histérico com a chegada do local misterioso. Caius dirigia o mais rápido possível. A paisagem era um grande borrão para mim.

Então aconteceu algo nada esperado. Depois de três horas na estrada, acabamos que estávamos no meio do deserto entre a Califórnia e Nevada. Só conseguia ver areia, para todos os lados.

- Mas que merda é essa? - Falou o Caius batendo a porta do carro andando de um lado para o outro. - Tem certeza que é aqui mesmo?

- Sim, absoluta certeza! - disse Samantha olhando de um lado para outro.

- Calma, vamos pensar. - Tentei acalmar os outros e a mim mesmo. Sai do carro e peguei a minha lâmina.

- Aé? me diz como? - Gritou Caius. - Pelo que eu sei, não da pra se esconder alguém em um deserto!

Eu andei de um lado para o outro daquelas areias e não percebi nada. Fomos enganados! Duque fez de mim um palhaço. Foi tudo uma piada de mau gosto. Esses era os pensamentos que ficavam martelando no meu cérebro. Mas quando menos eu esperava, afundei.

Eu simplesmente havia passado por um buraco na areia e caído em uma espécie de caverna. Os outros dois ficaram gritando por mim. Desesperados. Eu gritei de volta e em menos de um minuto Caius e Samantha desceram no mesmo local que eu. Ficamos nos entreolhando e começamos a andar pelo único corredor.

A única luz que vinha era da joia de Samantha. Era um brilho vermelho vivo. Depois de uns minutos chegamos a uma pequena gruta, e mais adiante uma outra caverna seguia.

Então eu escuto.

Era Thomas. Ele estava gritando!Gostaram mais de um capitulo??? As coisas estão ficando quentes na série. Coisas ainda estão por vir e uma grande surpresa no final!! Além de no ultimo capitulo eu contar uma outra coisinha que estou planejando. Espero que tenham gostado. Quem gostou comenta e quem não gostou também comenta.

Bj Bj do V.

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Comentários

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Ihhhhhhhhhhhhhhhhh acharam. Mas será que é o Thomas mesmo? Curioso pra saber como ele está fisica e mentalmente. Será que ainda se lembra do Nicco? Rs. E pelo que entendi esse arco da história já está acabando?. Mudando de assunto: Evanescence? Você gosta de rock gótico? (mesmo que não goste, é uma história de vampiros, então combina perfeitamente).

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