CORAÇÃO DE VIDRO - 7

Um conto erótico de Homero
Categoria: Homossexual
Contém 2101 palavras
Data: 02/02/2015 18:08:09
Assuntos: Homossexual, Gay, Romance

*Queria agradecer a todos pelos comentários e votos e me desculpar pela demora. Meu tempo anda bem apertado, então eu estipulo um conto novo a cada três dias no máximo, o.k.?

Vou tentar encaminhar a história pra um final.

CeF: Obrigado pelo seu incentivo e apoio desde o começo! Você é um fofo! Beijos!

Docinho21: Eu acho que me saí bem ao criar um personagem como o Daniel... é trágico e divertido dar vida a ele. Obrigado pelos votos e comentários!

Edu19>Edu15: Obrigado, Dudu, pelos votos e comentários! Homero protege o que é dele! Kkk. Beijos, fofo!

Tay Chris: Que perversão! KKKK! Todos temos raiva do pai do Dani! Ele vai receber o que merece! Beijos!

M/A: Eu adoro criar um suspense básico! Rsrs. Beijos!

negamalandra: O Dani é muito fofo, não é?! Obrigado por gostar! Beijos!

_H.E.N.R.I.Q.U.E_: Como disse, eu adoro um suspense! Haha! Beijos, fofo! Obrigado pelos comentários e pelo apoio!

chacon bebe: Sempre sorrio com os seus comentários! Muito obrigado pelo carinho e pelo o apoio! Postar vinte capítulos por dia? Você quer me matar, né? Haha! Brincadeira! Eu até postaria, mas o tempo tá bem corrido pra mim. Beijos!

C. T. Akino: Obrigado pelo comentário e pelo voto! "Intenso" não seria a palavra certa, cara! Hehe! Abraço!

David Ross: Obrigado, fofo! Kkk! Que bom que você gosta da história! Esse velho realmente não agrada ninguém! Ele vai ter o que merece! Beijos!

Atheno: O Dani é um fofo, mesmo!

Geomateus: Obrigado!

Lucas M.: Dez, pra você também!

ale.blm: Isso! Tem que surrar esse velho mesmo! KKKK! Beijos!

Marcos Costa: Cara, felizmente não! Ele sofrerá! Abraço!

Alê8: É uma honra saber que minha história está nos favoritos de alguém! Muito obrigado! Fico feliz! Abraço!

E a você que lê e não comenta, espero que esteja gostando da história! Obrigado por ler!*

·

Eu iria deixar claro que nunca mais ele iria encostar no Dani! Nunca mais! O Dani era meu! Meu e eu protegia o que era meu!

Meu rosto deveria estar vermelho pela raiva que subia lenta e mortalmente até minha cabeça.

Os momentos que se seguiram pareciam passar em câmera lenta e eu não tive controle nenhum sobre meu corpo. Eu parecia possuído por um demônio maligno e vingativo.

Aquele velho asquerozo avançava para cima de nós em uma rápida velocidade. Eu sabia que seu alvo era o Dani... o MEU Dani! E ele não alcançaria seu alvo! Teria que passar por cima de mim para encostar no meu amor.

Seus passos ecoavam pela garagem do shopping e os meus começaram a ecoar assim que eu avancei na direção dele.

Que velho nojento! Pançudo, banguela, careca, bêbado e fedorento! Eu sentia o odor repulsivo mesmo de longe.

-Sai da minha frente, cara! -a voz dele era parecida com a de um suíno. Um porco! E era isso que ele era!

O que ele queria mesmo? Que eu saísse?! Quis rir... e uma risada maligna e terrível me escapou. Eu não era eu naqueles instantes.

Eu até iria respondê-lo verbalmente, mas deixei meus atos falarem por mim.

Um pouco antes de haver meio metro entre nós, meu soco atingiu em cheio o nariz dele. O som do osso quebrando encheu meu âmago de felicidade. Meu punho ardeu e eu puxei-o de novo e dei mais um soco no mesmo lugar.

Um grunhido de dor saiu daquele repugnante. Deixei-o cair no chão e colocou a mão no nariz pra estancar o sangue. Eu teria piedade dele, mas ele não teve piedade nenhuma do Dani... o guri mais perfeito que existia nessa humanidade.

Meu pé atingiu a barriga dele e eu visualizei aquele velho abusando do que era meu... chutei com raiva e ódio! Sentia meu tênis quase atravessando aquela pança, mas não parei de chutar! Cada chute minha força era duplicada e só parei quando ele vomitou uma quantidade considerável de sangue.

Ele parecia inconsciente no chão, mas eu não estava satisfeito. Eu fervilhava de raiva por dentro, enquanto as cenas do meu amor sendo maltrado por aquele velho explodiam na minha mente.

Pisei com força na perna dele e soube que havia quebrado. Ele despertou com olhos arregalados em horror e sua boca asqueroza formou um "O" mudo.

-Escuta, seu filho de uma puta! -berrei e não reconheci minha voz. Ela estava poderosa, rouca ao extremo, indomável.

Ele me olhou e vi que estava com medo. Ótimo! Era pra temer.

-Está vendo aquele menino? -apontei pro Dani, sem desviar daquele velho asquerozo.

Ele acentiu tremendo-se todo. Eu sabia que os machucados estavam incomodando-o e ele logo desmaiaria.

-Esse guri é meu! Meu! Você nunca mais vai meramente olhar pra ele, se não eu te mato! Entendeu?!

Ele fechou os olhos querendo desmaiar.

-Entendeu?! -gritei e ele despertou.

Acentiu e sussurou um "por favor".

Meu punho acertou novamente a face dele e ele caiu inconsciente no chao. Limpei com nojo na minha calça o sangue daquele imundo que imprignava minhas mãos.

Eu até ligaria pra ambulância, mas ele não merecia nada. Nem hospital... minha raiva não havia passado... eu queria matá-lo. Matá-lo!

Fiquei satisfeito de não haver câmeras naquela parte do estacionamento, então ninguém tinha visto o embate nem tinha provas visuais do acontecido. Eu era advogado! Resolveria sem problemas qualquer coisa envolvendo a lei!

Senti uma mão no meu ombro e pensei instantaneamente que seria algum segurança, mas ao me virar vi que era o Dani me puxando para longe do seu pai.

-Dani, você está bem? -perguntei só por precaução. Óbvio que ele não estava! Eu dei uma surra no pai dele.

Sentia sua mãos no meu braço, guiando-me. Ele era tão lindo... via seus cabelos balançando ao seu caminhar, suas costas largas e suas cochas torneadas trabalhando. Tão lindo! Era abominável pensar que ele fora machucado da maneira que realmente fora!

Ele continuou me puxando até o carro e ali nós entramos. Só ali notei que havia lágrimas nos seus olhos.

-Dani...

-O senhor podia nos levar pra casa? -sua voz estava embargada e fraca. Não a reconheci. Sempre houve espontanedade nele e ele parecia cansado, esgotado ao máximo.

-Claro, meu anjo. -acenti.

Rapidamente liguei o carro e saí do shopping.

Dirigi até em casa em silêncio. Ouvia, às vezes, alguns soluços baixinhos do Dani que cortavam meu coração. Não queria vê-lo chorar!

Abri a garagem e estacionei o carro ali. Esperei o Dani sair e fui atrás dele.

Ele caminhou até a cozinha e ali ficou alguns instantes olhando para o nada. Como se estivesse em transe.

-Meu anjo. -chamei.

Ele olhou-me com seus incríveis e grandes olhos esverdeados, brilhantes pelo choro.

-Será que eu posso ir pro seu quarto? -sua voz não passava de um sussurro alto.

-Claro, Dani! Não precisa pedir. Meu quarto é o seu quarto também.

Só queria saber o que diabos ele estava pensando! Aquela situação estava me assustando! O Dani nunca havia agido assim, como um zumbi.

O segui enquanto subia as escadas e assim que ele entrou no meu quarto, o vi sentar na cama. Sentei atrás dele e o puxei pro meu colo. O abracei, enterrando meu rosto no pescoço dele o cheirando.

Ele não correspondeu... então senti um medo enorme dele me negar depois que eu bati no pai dele. Será que ele me negaria?

Arregalei os olhos e tremi por dentro. Porra! O Dani com certeza não tinha aprovado minha atitude! Merda! Eu nem havia perguntado pra ele o que seria melhor fazer... só fui lá e fiz.

-Quando eu tinha onze anos minha professora fez uma brincadeira onde tínhamos que dizer nosso maior sonho. -ele começou a contar. Sua voz continuava fraca, embargada... cansada.

Fiquei em silêncio com medo que o mais simples ruído o fizesse se calar para sempre.

-Eu ouvia meus colegas falando que queriam viagens, brinquedos, tecnologias... -ele levantou-se do meu colo e caminhou até a janela. Olhou para fora, onde um dia nublado começava a aparecer e baixou a cabeça. -Eu só queria que meu pai me amasse.

Senti um soco no estômago pela voz ferida dele. Eu parecia sentir a sua dor.

Ele riu baixinho, sem humor algum, o que pareceu mais um gemido doloroso pra mim.

-A direção da escola o chamou na secretaria e contou sobre a aula e sobre o que eu havia dito... cheguei em casa e ele me bateu. -havia um humor negro em sua voz. -Me bateu e depois me fodeu, com força, que eu não consegui sentar por vários dias. Ele disse que aquele seria o máximo de amor que eu receberia dele e que se eu reclamasse, ele faria pior.

O Dani saiu de perto da janela e caminhou devagar pelo quarto. Um sorriso triste não abandonou seu rosto.

-Fiz um desenho dele me dando um abraço, no dia do aniversário dele. Mostrei a ele. Queria dar um presente, por menor que fosse, porque eu não tinha dinheiro pra comprar algo... disse "papai, olha nos dois aqui! Feliz aniversário!" E então ele me deu um tapa no rosto e rasgou o desenho. Disse que não queria saber de eu fazendo essas coisas de viado, que já era desgosto demais eu ter nascido.

Ele limpou com as costas da mão uma lágrima que escorreu pela sua face.

Eu queria levantar e abraçá-lo! Consolá-lo de alguma forma, mas não consegui. Fiquei ali sentado, olhando-o com olhos arregalados enquanto ele parecia contar aquelas coisas para si mesmo. Minha garganta ardia enquanto eu o ouvia.

-Meus primos e tios abusam de mim porque ele me oferece... meu corpo é dele, como ele diversas vezes falou. -Dani continuou falando. -Uma vez ele me levou até um parque de diversões. Eu chorei de emoção, pensendo que ele queria passar um tempo comigo. Brincamos naqueles brinquedos e eu me diverti como nunca me diverti na vida... mas ele estava mesmo era me exibindo pra um homem que mais tarde pagou para fazer sexo comigo. E meu pai permitiu. Ele sempre permitiu... nunca cuidou de mim.

Dani foi até o meu lado e sentou. Pude sentir a tristeza irradiar dele como calor. Toquei sua mão e ele se retesou todo. Tratei de não tocá-lo. Não queria assustá-lo.

-Eu sempre cuidei mim mesmo. Sempre. Às vezes, quando eu estava doente, ele me trancava no quarto e dizia que eu só iria sair depois que melhorasse.

Senti minhas próprias lágrimas cairem depois de ouvir isso. Senti vontade de voltar àquele shopping e acabar com aquele velho maldito! Matá-lo de vez para que ele nunca mais fizesse isso com alguém, mas não podia deixar o Dani só.

-Mas nada disso importa mais. -Dani falou e sua expressão se suavizou. -Meu pai não é mais um problema pra mim... eu sei disso.

-Dani... -chamei por ele.

Ele me olhou surpreso, como se tivesse despertado de um devaneio.

-Sim, senhor Lopes?

-Você está bravo comigo? Ou magoado? Ou decepcionado?

-Não. -ele balançou a cabeça, com os olhos esverdeados recuperando aos poucos aquele brilho alegre e inocente que eu amava.

Suspirei e quase gemi de felicidade com aquilo. O abracei e ele me abraçou, enterrando o rosto no meu pescoço e fungando o meu cheiro.

Gemi baixinho com o arrepio que se alastrou pelo meu corpo.

-Acho que eu sou um ser humano muito ruim por ficar feliz ao ver meu pai todo quebrado. -Dani murmurou em tom pensativo.

Ri baixinho e beijei seu pescoço.

-Ele mereceu! -afirmei. -Merecia até mais e você não deve se sentir culpado!

-Ele realmente mereceu. -ele falou baixinho. -Me sinto protegido do seu lado, senhor Lopes... me sinto no topo do mundo, aonde ninguém pode me ferir.

-E é assim que quero que se sinta, Dani! Assim que será! Você jamais vai ficar desamparado novamente porque eu estou do seu lado!

Ele sorriu e eu sorri também.

-Só tenho medo dele mandar prender o senhor ou mandar alguém fazer o que o senhor fez nele.

-Não se preocupe. Eu sei me virar perante a lei. E quanto a surra que eu dei nele, pode deixar que eu sei me defender.

Voltei a abraçá-lo e ficamos assim por vários minutos.

Eu estava muito aliviado por tudo! Por ter vingado o meu anjo e por livrá-lo de mais dias de sofrimento... abraçá-lo e ver seu corpo tão relaxado e tranquilo provava que ele estava em paz.

Eu sabia que no outro dia ele tinha aula e eu tinha que trabalhar...

-Dani, arrume suas coisas... nós vamos pra praia.

Mas foda-se! Passar um tempo isolado do mundo com o Dani seria perfeito! Muito sexo, carinho e só nos dois!

Merecíamos isso!

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Comentários

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Bem feito, esse monstro 👾 covarde mereceu a surra que levou, fiquei super feliz ☺, ponto para o Homero!!!! 👏👏👏✊👊✌🙌

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Depois da calmaria vem a tempestade ...

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Cara! Eu adoro a tua estória e sinceramente acho que tu tem muito assunto ainda pra escrever.

Tu pode falar como foi quando o Dan se tornou pessoa física (18), quando foi a primeira vez que o Sr. H sentiu ciúmes e etc....eu adoraria poder ler por mais tempo essa viagem.

P.S. É porque tenho a impressão que está acabando!

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Coitado do Dani, sofreu muito na mão desse monstro.

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Lindo demais! Escreve só mais um capitulo

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Sabe o que eu não gosto? Não poder dar vários 10, que o que você merece. Tá muito bom, continua!

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Emocionado, essa e a palavra certa para demostrar oque eu estou sintindo, realmente surpriendente sua capacidade de me surpriender rsrs seu jeito de escrever, me alegra e me emociona ao mesmo tempo, cara vc merece mais que um simples 10, vc merece muito mais, olha o capitulo foi muitoooooo emocionante, adoro o jeito que nosso protagonista e, tão forte e ao mesmo tempo inocente, nota 10

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Homero,essa é a história mais lindo que já, você não sabe o quanto isso me toca, sem drama da minha parte, mas algo muito bom de saber que o mundo é justoncom quem é bom! Obrigado!

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Seu conto é um dos melhores que já li. E olhe que são muitos.

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Como diria New York Times. "Lindo e Trágico, mas é incrivelmente lindo." eu me emocionei (obrigado por responder), isso deixou de ser um conto para ser um história, uma história de amor... Se escrevece um livro seria o primeiro a comprar!!! Fico triste por não ter tido tempo, essa história é linda e você faz personagens incríveis, não aqueles chatinhos que são "santos" para sempre!!! Não pare agora, demore mas não pare please *-*

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