AS CRÔNICAS DE MONA - XIV
Aquele não estava sendo um dia bom para Mona. Pela manhã, havia deixado de ganhar uma causa que seria impossível alguém com sua experiência profissional pudesse perder. Todos os seus argumentos de defesa foram derrubados por uma advogada novata, de voz grossa igual a um homem, mas de corpo escultural e rosto muito bonito. Parecia que o juiz havia sido fisgado pela beleza da dita cuja, e passara a agir como se quisesse que a gostosa ganhasse o caso de qualquer jeito. Chegou a ser escandalosa a forma como o tal juiz conduziu o julgamento em prol da sua adversária. À noite, convidara o namorado a ir a um clube que de vez em quando freqüentavam, e passaram a noite inteira brigando. Ele acusava-a de negligenciar o relacionamento, pois ultimamente ela vinha sempre inventando desculpas para não ter sexo, demonstrando pouco interesse por ele. Chegara, inclusive, a trocar o nome do namorado na hora de fazer amor. O pior é que Mona sabia que ele tinha razão...
De uns tempos para cá parecia estar satisfeita apenas com as suas fantasias. Muitas vezes gozava tantas vezes ao dia que, à noite, quando encontrava com o namorado, estava exausta. E claro que ele notava isso. Tanto que resolvera descarregar sobre ela todas as suas frustrações sobre o relacionamento, naquela noite. E antes que a briga ficasse mais feia, ele levantou-se e a abandonou no clube. Foi embora, deixando-a sem condução, pois viera no carro dele. Mona então resolveu encher a cara, para só depois pegar um táxi e ir embora. Já estava na quarta dose de Campari com gelo e refrigerante de laranja, quando viu aquela figura imponente entrar no clube, assediada por quase todos os olhares masculinos. Era alta, talvez mais de um metro e oitenta, cabelos longos e loiros, rosto bonito, belas pernas longas e grossas à mostra por uma minissaia de tecido leve, mas folgada. Claro que arrancava suspiros de inveja da parte feminina que estava no clube...
Sentou-se elegantemente numa mesa bem próxima a Mona, e procurou um garçom com o olhar. Esse olhar passeou por todo o salão, até concentrar-se na figura ainda sóbria de Mona. Deu um sorriso encantador para ela. Mona arqueou as sobrancelhas, estranhando aquele sorriso para si, depois de certificar-se de que a loira estava realmente olhando diretamente para ela. Não tinha tendências homossexuais, apesar de que já havia praticado sexo grupal e fora lambida até ao gozo por uma, enquanto era penetrada no ânus por seu parceiro. Mas nunca tivera a oportunidade de repetir a experiência, e nem sequer pensava sobre o assunto. Foi aí que reconheceu a loira sensual...
Tratava-se da advogada novata para quem perdera uma causa pela manhã. Devia estar de peruca loira, pois lembrava bem que seus cabelos eram negros e mais curtos, no tribunal. Amarrou a cara, ainda chateada com a derrota que tivera de engolir. E ficou ainda mais emburrada quando viu se aproximar da loira um coroa velho conhecido seu: o juiz que mediara o julgamento pela manhã. Mona pediu mais uma dose ao garçom, e fez de tudo para esquecer o casal próximo a ela. Mas era difícil não perceber a avidez do juiz em beijar e apalpar a loira, que parecia não estar muito à vontade. Sempre afastava as mãos do coroa de entre suas pernas, e o empurrava gentilmente, afastando-o, quando ele tentava beijá-la na boca. E não tirava os olhos de Mona, chegando até a piscar-lhe um olho. Mona virou o rosto para o outro lado, e começou a se sentir incomodada. Levantou-se e caminhou em passos inseguros até a toalete...
Fez xixi, asseou-se e ficou diante do longo espelho ajeitando a maquiagem. Daria só mais um tempo no clube, até ser chamada para dançar, e depois iria embora. Ainda não dançara, e não sairia do local enquanto não fizesse isso. Aliás, adorava dançar, e viera ao clube para isso. Pena o namorado ter ido embora. Colocava o batom, com o rosto bem próximo ao espelho, quando viu a loira entrar no toalete e caminhar diretamente para ela, cumprimentando-a. Mona agiu como se não a tivesse reconhecido, respondendo a saudação de forma bem impessoal. Inadvertidamente, a loira aproximou-se por trás de Mona e a abraçou. Mona deu-lhe um empurrão firme, realmente zangada. Disse-lhe claramente que seu negócio era com homem, e não com xoxotas...
Aí, para sua surpresa, a loira levantou a minissaia, baixou um pouco a calcinha e retirou de dentro um pênis enorme, mostrando-o a Mona e perguntando se era aquilo que ela desejava. Mona ficou embasbacada. Até então não havia pensado que a loira era um travesti. Apesar da voz grave, detinha todos os trejeitos femininos. Conseguia enganar muito bem, já que Mona não escutara nenhum comentário maldoso, e na sua profissão seria muito comum todos já estarem sabendo de um advogado travesti. A notícia se espalharia com muita rapidez, por mais novato que ele fosse. Mona fez uma cara de desdém, recusando-se a olhar para aquele pau ereto saindo da calcinha bem feminina. Mas a loira não estava disposta a desistir fácil, e aproximou-se mais de Mona, pegando sua mão e colocando sobre o membro pulsante...
Mona sentiu um misto de desejo e repulsa, mas sua libido falou mais alto. Segurou aquele pênis duro e masturbou-o com leveza, querendo sentir seu volume e sua temperatura. Mas recusou os seios que a loira lhe oferecia, durinhos, bem próximo ao seu rosto. Concentrou-se em apalpar aquele pênis de tamanho médio, mais para grande, mas não muito grosso. Tinha uma cor estranha, bem rosada, como se lhe tivessem arrancado a pele. Mona sentiu curiosidade e abaixou-se, querendo olhar aquele membro mais de perto. Foi quando teve sua maior surpresa do dia...
Logo abaixo daquele pênis, onde deveria haver os testículos, havia uma abertura. Sim, Mona reconheceu como uma vagina. Arrepiou-se toda, pois nunca vira um hermafrodita. Lera diversas vezes sobre o assunto, mas nunca conhecera nenhum pessoalmente. Estava ali o segredo do juiz: devia ser um enrustido, e fazia uso daquele pênis estranho, por isso fora o tempo todo dominado durante o julgamento. A loira devia fazer chantagem com ele sobre sua homossexualidade. Mona ainda pensava nisso quando a loira a segurou pela cabeça, forçando-a a encostar a boca naquele pênis estranho. Mas Mona já estava mesmo curiosa em saber que gosto tinha aquele membro tão diferente, e não impôs resistência. Abocanhou suavemente a glande quase pontiaguda, e degustou seu sabor. Era doce e cheirosa, e muito mais quente que um pênis comum. Mona masturbou aquele pênis com os lábios, sentido um enorme prazer em ouvir os gemidos femininos da loira. Depois se levantou e beijou-a na barriguinha, umbigo e foi subindo até um dos seios, percebendo que o corpo em nada diferia do de uma fêmea. Já não sentiu repulsa quando a beijou...
Trocaram um beijo fogoso, enquanto Mona segurava o pênis com uma mão e enfiava dois dedos da outra dentro da vagina logo abaixo daquele sexo diferente. A loira estremeceu de prazer, colocando a mão na vulva de Mona também. Parecia saber cada parte onde tocar, pois Mona logo começou a sentir o orgasmo se aproximando. Não demorou a gozar a primeira vez, e ansiou por aquele pênis estranho na sua vagina. Recebeu-o de forma gentil, em uma cópula lenta, suave, como só as mulheres e uns pouquíssimos homens mais experientes conseguem. Depois de ter o terceiro orgasmo consecutivo, Mona virou-se de costas, querendo aquele membro no seu traseiro. Ele entrou sem nem precisar de lubrificação, escorregadio e mais quente que um pênis normal. Mona sentia todo o corpo tremer, antecipando um intenso orgasmo múltiplo. Espalmou as duas mãos no espelho à sua frente e empinou mais a bunda, sentindo um jato forte de esperma dentro de si. Urrou alto e desfaleceu, dobrando os joelhos...
Acordou com um bando de gente em volta dela, tentando reanimá-la. Ainda zonza, perguntou o que acontecera e explicaram que ela havia tentado se levantar e dobrara as pernas, caindo perto de onde estivera sentada. Como permaneceu caída, correram a acudi-la. Havia demorado mais de cinco minutos para voltar a si. Mona pediu para que conseguissem um táxi para ela, mas uma voz grossa disse não ser preciso. Voltou-se para onde viera aquela voz e viu a loira advogada. Sorria-lhe ternamente, e dizia que a levaria em casa. Mona tentou recusar, mas ela insistiu e outras mulheres que a acudiam também insistiram que ela deveria aceitar. Mona finalmente cedeu, e caminhou devagar para fora do clube, ainda zonza, amparada pela loira sempre cuidadosa. A loira abriu-lhe gentilmente a porta do carro e rodeou até o lado do motorista, entrando em seguida. Sentou-se ao lado de Mona, deixando ver duas belas pernas longas e grossas saindo da minissaia de tecido leve. Mona seguiu todo o caminho de olhos fixos entre aquelas pernas, tentando adivinhar se ali realmente existia um par de sexos tão gostosos. Nem ouviu quando a loira disse que passariam primeiro na casa dela, pois ela queria mostrar algo a Mona...