Só quem mora por essas bandas da cidade sabe o quanto aqui fica sem sequer uma viva alma durante a noite. Trabalho até as nove da noite e, pra chegar em casa, tenho de obrigatoriamente passar por lá. É bem iluminado até, e vez ou outra dou uma paradinha pra olhar aqueles azulejos portugueses.
O abandono do centro histórico da cidade fez com que ele se tornasse ponto de encontro noturno para dependentes químicos, sem-teto e pessoas à procura de sexo ao ar livre (à luz da lua, melhor dizendo. Tudo muito romântico.)
Até poucos dias, eu só havia visto maltrapilhos e gente do tipo por lá, nunca gente fazendo sacanagem. Mas pra tudo tem sua primeira vez.
Lá estava eu, pensando no quanto a minha vida é exatamente o que eu havia planejado que fosse, quando vi, de costas pra mim, um casal gay se pegando. Eles estavam sentados num dos bancos que são iluminados por um postes bonitinhos.
Embora a imagem dum cara grandão e barbudo pegando um novinho bundudo e safado fosse algo incrivelmente excitante, o que me fez ficar de pau duro mesmo foram os estalos daqueles beijos e o barulho das palmadas que o ativão dava no rabo do novinho.
A princípio, fiquei onde estava. Eles certamente não notaram minha presença. Até que outra pessoa, vindo do trabalho como eu, passou por eles.
Os dois pararam com a pegação, disfarçando, e olharam ao redor, a procura de mais testemunhas. Me viram.
Dei meu sorrisinho mais amistoso e o grandão voltou a beijar o novinho, dessa vez me olhando nos olhos enquanto sua boca se aproximava da de sua presa.
Mais estalos, mais tapas, mais risadinhas do novinho, mais sussuros do barbudo.
Percebendo que aqueles dois não davam a mínima pra minha presença, decidi me aproximar. Sentei-me num banco em frente ao em que eles faziam a coisa toda.
O novinho, agora percebendo mais minha presença, afastou a boca do companheiro pra olhá-lo nos olhos como quem quisesse saber sua opinião sobre um estranho testemunhando aquilo tudo. O ativão só deu uma risada e voltou a devorar os lábios carnudos de seu viadinho.
Meu pau quase estorava dentro da calça, assim como o dos dois. A diferença era que agora o ativão-comedor-de-novinhos tinha aberto o zíper da calça e colocado a rola pra fora.
O novinho sorriu o sorriso das crianças que ganham um presente que há tanto esperavam e ajoelhou-se pra chupá-lo.
Estando o ativo sentado no banco e o passivo na frente dele, o chupando, eu só via mesmo era os movimentos da cabeça do novinho em frente à virilha do seu macho. Percebendo que eu não via nada, ele se levantou e ficou de lado, possibilitando que eu visse sua rola em riste.
O passivo, de joelhos, engolia a piroca toda, que era bem acima da média, aliás. Segurando o passivinho pelos cabelos enquanto ele dava uma de guloso, ele forçava ainda mais a rola dentro da garganta de sua presa quando ela tentava engolir a rola inteira. E conseguia.
Eu acho garganta profunda um negócio muito difícil, mas talvez a prática ou alguma pré-disposição genética tenha feito com que aquele anjo caído tivesse tamanha habilidade em engolir aquele instrumento de 20 centímetros.
Era lindo vê-lo se engasgar e então se afastar do macho, tirando a pica da boca, olhando-o nos olhos, olhos lacrimejantes, um fio de baba pendendo da pica até sua boca.
Como um espectador que assiste a um suspense no cinema, eu não tirava os olhos daquela cena.
Depois da mamada caprichada que aquele vida deu pro seu macho, babando aquela jeba toda, ele se virou, ficando de quatro no banco, de rabão pra cima, pedindo pra que o ativo melasse bem seu buraco pra então fodê-lo.
Como um devoto que se ajoelha diante da imagem de um santo, ele se ajoelhou diante daquele rabão. Duas nádegas enormemente redondas, enfeitadas com buraquinho rosa. Longos segundos admirando-as, só olhando, certamente pensando em quão sortudo era por ter aquilo tudo só pra ele.
Daí ele caiu de boca.
O ativo rosnava, como um animal selvagem, certamente ameaçaria qualquer um que tentasse se aproximar, tal quão um cão selvagem que não quer dividir sua presa com ninguém. Rosnava, com aquele carinho raivoso que só os machos têm. O passivo só arfava e gemia mais alto conforme a linguada do seu parceiro adentrava seu buraquinho.
- Isso, garanhão! - o passivinho gritava.
Dando um tapa na bunda do pequeno safado, o ativo anunciou que iria enfiar. Obediente, o passivo ficou de quatro no chão, de lado, mais uma vez possibilitando uma visão privilegiada pra mim.
Dessa vez quem se ajoelhava era o ativo, a piroca mais dura do que nunca. Se ajoelhou diante do rabão do novinho, seu pau mirando o buraquinho melado. Estava prestes a enfiar a mangueira quando um barulho de carro de polícia foi ouvido, longe ainda, luzes vermelhas iluminando o local, e interrompendo a peça. Os dois se vestiram e eu saí andando apressado, de barraca armada.