Síndrome da pica roxa
(*) Texto de Aparecido Raimundo de Souza.
(O que todo homem necessita saber para não ser surpreendido por essa enfermidade).
DESCOBERTA ORIGINARIAMENTE em pelo médico português Joaquim Manoel Dias Mangueira Grossa, a síndrome da pica roxa (ou pica defeituosa) se caracteriza por alteração na coloração do pau, principalmente na ponta esquerda direita da cabeça. A glande fica pequena e amarela, o saco verde e as bolas se dilatam e se escondem no escroto, com medo de serem chutadas. A pele que encobre o saco se torna pálida como um defunto, depois escurece e, enfim, perde o volume natural.
Tais mudanças podem durar duas horas ou minutos, dependendo do tamanho e da duração da felação (chupada) recebida e do modo como a parceira flexiona o brinquedo (vai e vem) para que o seu macho atinja o gozo e ejacule, comumente espirrando no rosto - não da mulher - mas de algum bichinho de estimação, tipo gato, cachorro, etc...
A doença, em si, faz o cidadão andar de ré, para trás, feito caranguejo menstruado, porque, na verdade, a coisa toda resulta de uma diminuição no fluxo do sangue nos vasos que fazem a pica ficar literalmente ereta. Pequenas pedras do tamanho de uma melancia com bico de papagaio se condensam nos capilares e nas mais finas ramificações do órgão reprodutor masculino, desencadeando uma espécie de entupimento ou engarrafamento dos vasos, o que acarreta no paciente, uma aversão ao frio, tanto da natureza, como do ar-condicionado e, até de um ventilador ligado no mínimo. Pode ser provocada pelo uso de (camisas de Vênus) popularmente conhecidas como preservativos, toquinhas ou camisinhas, sem falar na ingestão de remédios contra gripe, tiróide, pressão alta e, agora, a gripe suína.
Já foram constatados betabloqueadores, exposição a vaginas mal lavadas, ou com perfumes baratos nos grandes lábios; vaginas cabeludas demais, clitóris com pisca pisca histérico e vulvas dilatadas por objetos estranhos, ou, ainda, expostas a solventes químicos com polimil; alcool, detergente, soda cáustica ou traumas de trabalho tipo operações de britadeiras, digitadores de retos furiculares, cantores de ópera e emoções negativas fortes. A síndrome da pica roxa ataca igualmente caralhos que enfrentam excessos de trepadas, como garotos de programas, rapazes que vendem o corpo a preço de banana, com a banana junto e conseguem, num só dia, levar para a cama, em média, umas dez ou quinze mulheres, nem que seja para contar para elas histórias da carochinha. É comum essa síndrome em homens que trabalham como ajudantes de coveiro e catadores de latinhas de refrigerantes.
O mecanismo é simples e funciona da seguinte forma: no momento em que os vasinhos do pau se fecham, a pele da cabeça perde a cor normal. À medida que passa a faltar oxigênio, ela se torna roxa; e, quando os vasos se abrem novamente, fica preta como um tição, em conseqüência da “inundação” do local, não pela porra, mas pelo sangue. De acordo com as estatísticas americanas, o fenômeno atinge 50% a 100% da população. Manifesta-se em homens de todas as idades, no entanto, é mais freqüente em idosos com mais de 125 anos.
Pode haver, quando ocorre o ataque, ligeira diminuição da sensibilidade na hora de endurecer, ocasião em que a pica fica literalmente estática, perde o viço, a energia, e se queda, sonolenta, a ponto de, nem com uma boa chupada nos colhões, uma mulher (de fechar o comercio ou por mais experiente que seja em matéria de sexo), conseguirá reverter o quadro fazendo com que o bilau volte ao tamanho normal. A síndrome da pica roxa, às vezes, é presságio de doenças outras, como picartrite reumatóide da próstata (inflamação do tecido que recobre as articulações mucosas do pênis); lúpus eripicatematosos (moléstia em que o próprio pinto produz anticorpos que podem atacar outros órgãos fundamentais como rins, coração e também o envoltório que reveste as pregas do anus e outras articulações, como a língua, por exemplo); polibundamiosite (inflamatório dos músculos que cobrem a pescoço da pica); dermatomiocusite (lesões na epiderme e nos músculos causados pela fricção na hora da introdução numa vagina pouco umedecida); fibrocumialgia (dores generalizadas no escroto acompanhadas de uma fadiga inexplicável na hora em que a companheira tenta bater uma punheta e o pau, automaticamente, pende da banda esquerda para a direita, pensa no Lula e na Dilma ao mesmo tempo ) murcha, perde o tesão de vez e se esconde; e escleropicadermia (doença que se caracteriza pelo enrijecimento do tecido do saco, na hora em que a fêmea, no ápice de chupar e engolir o caralho com os bagos juntos, de uma só vez, passa a língua ou morde o ponto nevrálgico de maneira imprópria, melhor descrevendo, deglute, sorve, traga inopinadamente aquele circulo concêntrico situado entre a ligadura (base do pênis) com as pregas da entrada do Canal do Panamá. Nesses casos, recebe o nome de “fenômeno da pica ausente”. Quando a síndrome não tem nenhuma moléstia aparente, é denominada “doença da pica cansada”. A doença da pica cansada, em geral, assusta, mas é benigna, isto é, não causa transtornos de envergadura ao portador; basta que ele tire algumas horas, tome um banho morno, de assento, solte uns bons peidos dentro d'água e, depois, procure um grelo sem grilo para se esfregar.
Já o "fenômeno da pica ausente", ao contrário, é mais complicado, porque pode fazer parte de uma inquietação mais nociva, entre elas, a escleropicadermia grandulal tubular, que às vezes provoca feridas em toda a extensão do membro, ainda que a denominação dele seja a Universal. Se o pau se contamina com bactérias de uma vagina não higienizada com certos critérios, se se mistura a uma boceta menstruada, ou pior, se, sem querer, o ferro do infeliz entra em contato direto com o cu (ainda que somente numa rápida pincelada em torno da portinha), esse delicado, mas, ao mesmo tempo impensado gesto, poderá elevar o quadro clínico a patamares gravíssimos, e, em decorrência, o cidadão, dependendo do caso, correr o sério risco de até vir a amputar o pau, com saco, escroto, próstata e bexiga.
Prevenção, evidentemente, é a melhor alternativa. Sempre. Se o prezado leitor é portador da síndrome da pica roxa, pode evitar que a coisa reapareça ou se manifeste de forma irreversível. Para isto, deve seguir algumas medidas básicas. Proteja o pinto de tomar frio. Pinto com frio, não sobe. Dorme, sonha, e, às vezes, até ronca. Envolva-o com cuecas ou mantas de lã. Evite cigarro, que colabora para o agravamento sistêmico da crise. Não enfie, em hipóteses nenhuma, a sua ferramenta de trabalho numa boceta que você não conheça a procedência. Fuja das piratas, notadamente das que vem com tapa olho sob a calcinha. Lembre-se: é melhor bater uma punheta no banheiro de frente para uma foto do Lula vestido de terno preto com a faixa de presidente da república no peito, ou, se preferir, iniciar um cinco contra um pensando no rabo poposudo da Bruna Surfistinha ou da mulher do delegado Protégenes, da Policia Fedemal. É recomendável, outrossim, que qualquer cidadão com sintomas estranhos procure um médico ginecologista, perdão, proctologista, ou mastrologista, e, de preferencia, que o paciente assim que chegar no consultório, agarre com força no mastro do doutor e não o solte nem por reza braba.
Existem bons especialistas nessa área também no serviço público. Uma alternativa, são os PAs e as universidades federais e estaduais existentes nas capitais e, em muitas cidades grandes. O único inconveniente nesses locais, notadamente nos Postinhos de Pronto Atendimento, é que o paciente precisa levar uma latinha de vaselina, para a consulta, pois o médico, na hora de enfiar o dedo no seu rabo, pode não ter o material apropriado e a sua bunda ficar irritada ou ardida e até vir a sangrar depois de tomar a dedada.
É bom lembrar ainda que o diagnóstico começa com o estabelecimento de um histórico do paciente. A partir daí, é possível fazer alguns exames para diferenciar a doença do fenômeno. Um deles é a picalaroscopia, que consiste no médico dar umas marteladas com um martelinho de ferro em forma de picareta, no pênis e depois enfiar o que restar do pobre coitado numa boceta de plástico, visando analisar se os vasos capilares estão injetando sangue o suficiente para manter a pica em ereção constante durante uma relação penis-vagina.
Em paralelo, é necessário, igualmente, fazer exames de sangue específico para o diagnóstico das moléstias auto-imunes. São os marcadores, substancias que permitem saber, se a síndrome é sintoma de alguma doença mais grave que precisará ser tratada. Quando não existe nenhuma, deve se manter aquecida as regiões alvo e evitar que o frio e outros desencadeadores, criem vida e forma. Bocetas não lavadas adequadamente é sempre bom repetir, ou com corrimentos, sapinhos, ou suadas e fedendo a bacalhau devem ser literalmente evitadas. Cu nem pensar, em vista dos vários tipos de fungos e parasitóides que se entrelaçam no reto e se propagam para as pregas.
Alguns remédios podem ser usados para dilatar os vasinhos do pau quando este é muito grande e o sujeito não dispõe de um buraco seguro para meter. A doença é controlável, dando ao portador, se detectada a tempo, boa qualidade de vida com futuras e excelentes trepadas, seja com sua esposa, companheira, amante ou namorada.
(*) Aparecido Raimundo de Souza, 62 anos, é jornalista.