Depois da briga Olli e eu passamos dias em completa paz, eles realmente desistiram, foram embora nos deixando.
Ficava triste por o Olli, mas sei que este realmente foi o único jeito, ele tinha que escolher.
Passaram-se 6 meses na completa paz, Olli e eu vivendo dias de completa felicidade, Ana com um barrigão enorme me exigia participar de tudo, todo exame, e escolher o enxoval, ela e Paulo haviam casado, moravam em uma casa toda decorada e o quarto do bebê já estava lindo, só esperando, estava muito feliz por ela!
Naquele momento eu estava indo fazer mais compras com ela, para o bebê.
Eu: Teimosa, tem que ficar em casa, descansar.
Ela: Me sinto maravilhosamente bem. Vamos.
Fui com ela, era hilário, Ana não dava um passo sem mim, acho que participava mais da vida do bebê que o pai.
Entramos na loja para bebês, ia ser um menino, compramos tudo azul, branco e verde, chegando lá dei de cara com sapatinhos lindos...
Eu: Own olha. - Coloquei nos dedos e simulei andarem sobre o balcão. - Vou levá-los.
Ela: Olha aquela roupinha!
Eu: Linda! A calça jeans é a coisa mais fofa!
A gente comprou mais um monte de coisa...
Paramos em uma sorveteria, ela ficou desejando um sorvete, compramos e sentamos para conversar.
Ela: Eu estou enorme!
Eu: Você está linda, tem uma pessoinha importante aí dentro, e essa barriga é ele. Não reclame.
Ela: Você é maravilhoso Vic.
Eu: Você que é. Ana, porque essa loucura toda para que eu participe de tudo?
Ela: Você é importante para mim, quero que esteja sempre na vida dele! Você vai ser o padrinho.
Eu: Sério?
Ela: Claro! Já era óbvio né Vic?
Eu a abracei... - Que lindooo...
Colocamos as coisas no carro...
Ela: Que tal irmos a uma pracinha, andar um pouco e conversar?
Eu: Ok!
Paramos, andamos até a praça, sentamos em um gramado, ela deitou no meu colo, fiquei fazendo carinho em sua barriga.
Ela: Você é uma das pessoas mais importantes da minha vida Victor, se eu e o Paulo morresse-mos hoje, deixaria meu filho em suas mãos sem pestaneijar.
Eu: Nossa Ana, Obrigado pela confiança. Eu também tenho uma confiança enorme em você, te amo de verdade.
Nos abraçamos, conversamos bastante, o céu estava lindo, quando estava anoitecendo fomos embora.
Chegando em casa Olli já havia chegado, agarrei ele e dei um beijo.
Eu: Compramos tanta coisa linda para o bebê!
Ele: Foi mesmo?
Eu: Sim. Deve ser lindo ter um filho assim sabe? Fico me perguntando se um dia vou ser pai.
Ele: Victor, outra vez essa história? Eu já disse que não quero ser pai nem tão cedo! Esqueça estes instintos de pai, ok?
Fazia alguns meses que não falava em outra coisa, a gravidez da Ana mexeu comigo, mas o Olli corria longe quando eu tocava no assunto.
No dia seguinte fui a faculdade, dei de cara com Ana.
Ela: Oiiii.
Eu: Como vai meu afilhado?
Ela: Comendo demais, estou sofrendo muito com esses desejos!
A gente foi assistir as aulas, depois saímos para o intervalo, sentamos.
Eu: Vou pegar um lanche para a gente!
Ela: Ok.
Saí, fui a cantina, pedi, esperei, peguei e saí...
Quando chego perto vejo Ana com a mão na barriga e uma cara de dor, tinha algumas garotas ajudando-a, o Ro também estava lá. Derrubei tudo no chão e corri para acudí-la.
Eu: Ana, o que você está sentindo?
Ela: Contrações.
Eu: Tem certeza?
Ela: Sim, a ginecologista explicou como é. Tenho certeza.
Eu: Vamos.
Ro: Para onde?
Eu: Para o carro ué? Vou leva-la ao hospital.
Ela: Mas pode ser alarme falso.
Eu: E pode não ser.
Ajudei ela a andar até o carro, Ro ajudou também, todo mundo nos acompanhava, estavam preocupados.
Coloquei ela no banco do passageiro e entrei logo após...
Fui correndo para o hospital enquanto ela gritava de dor e fazia aquela respiração cachorrinho, honestamente, estava achando mesmo que meu afilhado estava prontinho para vir ao mundo, alarme falso coisa nenhuma.
Entrei com ela, a enfermeira correu com a cadeira de rodas, antes de sentar água escorreu em suas pernas.
Ela: É agora, liga para o Paulo!
Eu: Ok.
Peguei meu cel tremendo, procurei o nome de Paulo na agenda e disquei...
Ele: Oi Vic?
Eu: Paulo? Você vai ser pai, corre para o hospital.
Ele desligou imediatamente, uns 10 minutos depois ele entra com Olli, ambos fardados.
Eu: Vai, ela precisa de você, procura os enfermeiros, anda, vai!
Ele entrou desesperado...
Olli: Não é cedo ainda?
Eu: O bebê resolveu fazer a viagem mais cedo!
Olli: E não é algo para se preocupar?
Eu: Deixa de pensar besteira!
Esperamos.
O parto foi tranquilo, foi o que nos falaram...
Com um tempo podemos vê-la.
Entrei no quarto...
Eu: E aí?
Ela: Bem, nasceu de 8 meses, mas já ia completar os nove, ele está bem, me deixaram tranquila. Levaram para mais exames.
Eu: Foi normal corajosa!
Ela: Só queria acabar logo com isso e vê-lo.
Eu a abracei e a Paulo também, Olli fez o mesmo.
Com um tempinho a enfermeira entra com ele nos braços...
Ela anda até a cama dela...
Ela: Eu e o Paulo já pegamos pela primeira vez, agora eu quero o Victor!
Eu: Mas...
Enfermeira: Cuidado com a cabecinha...
Ela o ajeitou e meus braços e eu o peguei, tão pequeno, tão lindo...
Branquinho, pequeno, estava com os olhinhos fechados. Olhei sorrindo para Ana: É lindo Ana!
Ela sorriu para mim.
Ele começou a chorar nos meus braços...
Enfermeira: Ele está com fome, a mãe tem que amamentar.
Ela o pegou e entregou a Ana, que ajeitou tudo e o pequeno logo soube o que fazer.
Olli: Vocês já pensaram no nome?
Ela: Ainda não escolhemos.
Eu: Sejam rápidos.
Continuamos conversando alí naquele dia mágico, enquanto aquela nova pessoinha recém chegada as nossas vidas se alimentava, eu já o amava, como se fosse meu.
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