Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? Desculpem esse gap tão grande (anos!) entre os capítulos mas precisei de um tempo. Estou finalizando o livro com meu editor e vou ter que fazer várias mudanças nos textos, me desentendi com o meu redator por causa de algumas revisões então estou pirando! É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, preciso ir com calma antes que eu enlouqueça de vez, então para dar um tempo de todo esse universo editorial estou voltando aqui para terminar minha história para vocês!
Gente, muita coisa aconteceu nesse meio tempo, quando comecei a história a minha vida era uma e hoje é outra, vou tentar ser mais breve e concluir tudo o mais breve o possível porque quero finalizar isso de uma vez e ainda tenho muito a contar. Por favor entendam. Agora chega de conversa e vamos para a história!
–
Era o pior hangover da minha vida, não conseguia me lembrar de quase nada da noite anterior mas me lembrava de Zac. O que tinha acontecido? Eu estava confuso e liguei para Brigitte.
– Brigitte, não me lembro de nada ontem, o que aconteceu?
– Não sei Marc, você sumiu no meio da noite, vi que você conversou com Zac, vocês estão saindo ou algo assim?
– É claro que não! – respondi instantaneamente, mas ao mesmo tempo me perguntei se realmente não tinha acontecido nada – Quer dizer, não me lembro muito bem de nada mas sei que isso não aconteceu.
– Ok, acredito em você. Ah, você perdeu, a Temple ontem estava incrível! Super divertido e todo mundo estava por lá, você tinha que ter aproveitado.
– Fica para a próxima, ontem eu não estava muito bem, você sabe.
– Sei sim, fica bem Marc! Um beijo, nos vemos depois.
– Beijo.
Eu estava com headache e super enjoado, tentei ter um breakfast mas não tinha como, não conseguia engolir nada.
Decidi sair, era 11AM e eu precisava espairecer. Mal coloquei os pés na calçada e encontrei com Zac.
– Está bem?
– Oi Zac! – respondi, completamente atordoado – Estou bem sim, o que aconteceu ontem a noite?
– Te encontrei na Temple extremamente bêbado e fiz você voltar para a casa, você precisava disso.
– Obrigado, eu acho.
– Eu avisei...
– O que? – perguntei.
– Ontem você ficou super bravo comigo, quando chamei o taxi, disse que me odiava e que não queria ir para a casa, que estava se divertindo e todas essas insanidades que bêbados falam.
– Obrigado – foi tudo o que falei, não estava com vontade de prolongar muito aquela conversa, estava constrangido – bem, vou seguir meu caminho Zac, espero que nos encontremos em outra oportunidade.
– Claro Marc – ele respondeu de pronto – quer comer alguma coisa? Tem um restaurante ótimo aqui perto.
– Não consigo comer nada, desculpe – dissse.
– Tenho o remédio perfeito para isso, vamos lá.
Eu estava cansado demais para discutir então simplesmente o segui. Ele grudou no meu ombro e foi falando um monte de coisa, e eu só ouvindo morrendo de dor de cabeça, com calor e passando mal. Não sei se era pela bebedeira, ou por estar sem comer mas comecei a me sentir tonto e quase caí no chão.
– Você está bem Marc? – ele disse, assustado.
– Só estou um pouco cansado Zac – eu disse – não dormi muito bem e não comi nada, vamos sentar um pouco aqui.
Me sentei na calçada e ele foi buscar uma água, demorou uma eternidade até voltar.
– Está aqui, desculpe mas eu não tinha dinheiro e precisei comprar várias coisas, aqui tem chocolate, vai te fazer bem.
– Eu não estou com fom...
– Não discute, coma. Açúcar faz bem para hangover.
Bebi a água, comi o chocolate que ele tinha trazido e ele quis me levar para a casa. O elevador estava quebrado e quase tive uma síncope para subir todos os degraus, estava exausto quando chegamos. Ele não fez menção de se despedir de mim e quis ser educado, então o convidei a entrar e ele aceitou. O apartamento de meu pai era pequeno e Zac parecia se incomodar um pouco com isso, mas não disse nada, ficamos na sala conversando, eu estava cansado e comecei a bocejar.
– Desculpe Zac, estou morrendo de sono.
– Sem problemas – ele disse chegando mais perto de mim – meu ombro é grande, deita aqui.
Ele me abraçou e me colocou no ombro dele, me sentia desconfortável porque nunca fomos próximos e aquilo já era demais para mim, tentei sair e ele me segurou, era muito mais forte do que eu e então aceitei e acabei dormindo mesmo.
Acordei com meu pai e Gianni já em casa, agora deitado no colo de Zac que conversava com os dois, acordei porque estavam rindo alto, eles já sabiam de todos os detalhes da cena que eu havia dado na noite anterior. Pedi licença e fui me lavar, trocar de roupa. Estava bem melhor e decidi sair para comer com Zac, que aceitou prontamente.
Ele era muito mais amigável do que eu me lembrava e me convidou para ir para a casa de campo da família dele, e eu aceitei porque não estava fazendo nada mesmo. Quando estávamos saindo do restaurante encontramos Luke, eu não consegui suportar olhar para ele e voltei para dentro do restaurante e fui direto ao banheiro e comecei a chorar, Zac veio atrás de mim e eu não conseguia falar nada. Luke logo em seguida veio atrás.
– O que você está fazendo com ele? – Luke perguntou a Zac, aparentemente bastante irritado – Você não merece respirar o mesmo ar que ele, está ouvindo?
– Não é por minha causa que ele está assim – Zac respondeu – aparentemente quem faz mal a ele aqui é você, quem deve se afastar dele é você!
Mal Zac terminou de falar isso Luke foi para cima dele e começaram a se bater, eu não sabia o que fazer e puxei Zac que estava por cima, Luke me deu um soco no rosto por reflexo e eu caí no chão, tonto e morrendo de dor. Nesse momento ambos pararam e foram ver se eu estava bem, começaram a discutir e eu não ouvia mais nada do que estavam falando, não me lembro de muito o que aconteceu depois, mas quando acordei estava em casa com Zac e Luke no meu quarto.