Oi galerinha, tudo bem? Depois de ler diversos contos e séries aqui no site, resolvi começar uma série minha. Ela não é verídica, é ficcional, mas tentarei fazer o mais verossímil possível! Tentarei publicar todas as semanas, sempre aos domingos. Espero conseguir fazer isso :) Desde já peço desculpas por erros que os meus textos venham a apresentar.
Bom, vamos ao conto!
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Careful. S01E01
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Um dia pensei que isso fosse parar, mas não acreditava mais nas coisas que o meu pai me dizia. Depois de tantas vezes me confortar afirmando que seria a última vez que nos mudávamos, aqui estava eu, um rapaz de 16 anos, 1,60m de altura e com um corpo normal, cabelos ruivos, pele alva cheio de sardas e olhos de um verde profundo, mais uma vez em outra cidade, mergulhando em um universo completamente novo para mim.
Eu não estava com raiva do meu pai, ou bravo com ele. Nunca tive amigos confidentes e leais. Sempre tive colegas. Acho que ninguém gostava de se envolver muito comigo pelo fato de eu sempre ser a chacota por todos os lugares que eu passei. Assim, minha vida se resumia a apenas eu e meu pai, então estava tudo certo, desde que estivéssemos juntos. Sem contar que essa mudança poderia me proporcionar uma vida diferente, quem sabe?
Dessa vez, papai e eu viemos para o sudeste. A razão da nossa mudança tinha sido uma oportunidade de trabalho que meu pai havia recebido. Ele era um advogado famoso e respeitado e por isso possuíamos uma estabilidade financeira muito boa, que nos permitia, agora, viver em uma cobertura duplex, relativamente luxuosa, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Era um apartamento bem grande para apenas nós dois e tinha uma vista maravilhosa para o mar e para o pôr do sol.
Havíamos nos mudado definitivamente hoje, na véspera do início das minhas aulas. Papai já havia visitado a cidade algumas vezes antes, a trabalho e para arrumar as coisas para a nossa mudança, mas eu nunca havia vindo aqui e estava me sentindo, literalmente, um peixe fora d'água.
- Puxa, esse pôr do sol é realmente lindo! - falei em um sussurro para mim mesmo enquanto observada o sol da varanda do meu quarto, no segundo andar do apartamento.
- Bê! - papai me gritou da sala, me tirando dos meus pensamentos. - Vem aqui na sala! Tem alguém que eu quero te apresentar!
- Já vou papai! - respondi enquanto corria de encontro ao meu pai.
Ao chegar na sala, observei que havia uma mulher muito bonita e simples, vestida com um uniforme, um vestido preto que ia até os joelhos e um avental branco por cima. Ela era um pouco mais alta que eu, deveria ter uns 1,70m, por ai, e era muito magra também.
- Bê, essa aqui é a Simone. Simone, esse aqui é o Bernardo. - falou meu pai, nos apresentando.
- Ela será responsável por manter a casa em ordem, principalmente enquanto eu estiver fora. - papai havia me avisado que esse novo emprego envolveria viagens esporádicas, mas eu não imaginava que eu teria uma babá enquanto ele estivesse ausente.
Meu pai era branco como eu, mas era um pouco mais bronzeado. Seu nome era Ricardo e ele era bem alto, tinha 1,90m, e, para os seus 45 anos, possuía o corpo em ótima forma. Ele era um paizão super preocupado, jovem de alma, gostava de esportes, de malhar, de aventuras(coisas que eu nunca gostei) e que amava me mimar. Nós éramos muito próximos, a ponto dele saber todos os meus segredos, inclusive o fato de eu ser homoafetivo (coisa que não o incomodou nem um pouco), ou de quando eu estava com muito medo, como por exemplo, quando tinha alguma tempestade muito forte e eu corria tremendo para o seu quarto, ele deixava que eu dormisse com ele.
- Oi, Simone! - falei esboçando um enorme sorriso. Acho que eu e ela vamos acabar nos dando bem.
- Oi mocinho, tudo bem? - disse para mim, com um sorriso lindo no rosto.
Conversamos por mais um tempo até que resolvi subir para o meu quarto e deixei os dois na sala discutindo como seria a rotina da casa.
Aproveitei esse tempo que eu tinha a sós para organizar algumas das minhas coisas que eram muito pessoais e por isso ainda estavam embaladas em caixas no chão do meu quarto. Eram os meus preciosos álbuns de fotografias, nos quais haviam as únicas fotos que eu tenho da mamãe, meus livros e meu caderno de desenhos. Este último era o mais especial. Era nele que eu desenhava todos os meus sonhos e desejos. Por meio dele eu me sentia livre e eu sou a única pessoa em toda a história que já observou os desenhos naquele caderno, nem mesmo o papai sabia sobre sua existência. Não era como um segredo, era mais como o fundo da minha consciência, algo que revelaria até ao mais desconhecido indivíduo o meu eu.
Depois de organizar tudo no meu quarto, reparei que já estava bem tarde e que era melhor eu me deitar logo. Já passava de meia noite e eu já estava morto de cansaço. Não tenho o hábito de ficar acordado até tarde. Eu gosto de acordar cedo e de fazer as coisas sem pressa. Fui me deitar e fiquei pensando no dia de amanhã. Só pensava que essa escola podia ser diferente e que eu poderia, enfim, fazer alguma amizade verdadeira. E com esse pensamento eu adormeciPara aqueles que desejam, aqui está o email do conto. Sintam-se livres para me contactar por lá, se assim desejarem!
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