Lago dos Cisnes cap 2

Um conto erótico de escritor da noite
Categoria: Homossexual
Contém 3063 palavras
Data: 30/03/2015 05:40:05

-Espera um pouco. - disse Jack pasmo- Você quem vai me treinar? Mas quanta coincidência -disse rindo.

-Nem foi tanta. Esse é o único ginásio da redondeza, eu vim assinar o contrato como seu diretor e a noite está perfeita para treinar um pouco. -disse meio desajeitado tentando se levantar. De prontidão, Jack lhe deu a mão para que não caísse, quando o patinador se desequilibrou. Para que ambos não fossem ao chão, Jack teve que flexionar suas perns, de modo que tivesse um equilíbrio razoável. E, para que o seu professor não se chocasse ao chão, teve que segurar firme em suas mão e com a esquerda, involuntariamente passou por sua cintura e a apertou, trazendo-a para si. Consequentemente, o corpo do atleta achegou-se ao do ator. Era a primeira vez que estavam face a face.

Jack sentiu o suor de seu corpo, mesmo que estivesse debaixo de uma roupa térmica, o cheiro inebriante que ele trazia, a maciez que descobria nele através do toque de suas mãos, a fragilidade que transpassava ao ver o desespero em seus olhos, a confiança que tomava o lugar do medo após Jack o segurar e, por fim, a respiração dele quase em sua boca, de tão colados que os corpos estavam.

Além de sentir em seu corpo as características daquele homem, Jack também sentia um enorme prazer em o salvar daquele pequeno acidente. Na cabeça do aluno, passavam vários pensamentos com o mesmo perfil 'Eu fiz a coisa certa'. Não parava de encarar aquele rosto que antes o despertava curiosidade pela velocidade dos movimentos que o impediam de decifrá-lo, agora pelas expressões que em si eram transmitidas, sem contar ainda na beleza que era. Acompanhados do cabelo negro e liso que Jack já havia reparado, estavam uma pele clara, com um nariz modelado, pincelado, e afilado, duas bochechas rosadas, olhos, nada menos que azuis, de uma tonalidade límpida, que pareciam transmitir toda a delicadeza e pureza daquele rosto, ainda um par de lábios minunciosamente planejados. Eram perfeitos aqueles lábios. Seria uma proeza sem antecedentes poder tocá-los, mas não com os dedos. Nenhum pouco exagerados, eles eram simplesmente lindos. Invejáveis. Desejáveis. Desejáveis.

Como era de se esperar, Jack começou a deslizar e a muralha de proteção que continha o patinador parecia desabar. Usando de sua reflexão apurada, que lhe rendia elogios, o esportista firmou suas lâminas no chão e tratou de salvar seu herói. Agora era ele quem observava a beleza de Jack, segurando em seus antebraços. Com o tato firme, ele pode sentir os músculos de seu espectador. Foi inevitável não apertar com mais força e sentir a rigidez daquele braço. Olhou para o dono dos músculos e imaginou seu corpo por baixo de toda aquela capa de frio. Não precisou forçar muito a mente, pois algumas cenas dele em filmes, invadiram-lhe a cabeça. Estava flutuando naquelas memórias quando notou o quão assustado que seu salvador estava naquele momento. Atreveu-se a rir.

-Falei que iríamos cair. -disse o professor.

-É, mas parece que você não conseguiu se levantar sozinho. - retrucou.

-Me pegou. -disse rindo- Valeu por ter me segurado. -disse soltando, mesmo sem vontade, os braços dele.

-Eu também agradeço.

-Que vergonha.

-Pelo que?

-Por eu ter caído na sua frente. Se fosse o George, eu, talvez, ne tivesse o emprego.

-Não liga pra isso. Acontece.

-Pior que não, essa foi a primeira vez que caí com alguém me vendo.

-Sério? -disse Jack pensando- Tenho três explicações para isso: você se assustou com a minha feiura -o patinador fez uma careta pra ele, nada muito exagerado-, você se assustou por eu ser famoso -dessa vez ele deu um empurrão leve, que fez o ator cair de bunda no chão. Rindo muito, ele o ajudou a se por de pé.

-Perdão, mais uma mancada pra minha coleção.

-E eu acho que vou passar um bom tempo em casa me recuperando.

-Nada disso, já que nos conhecemos, vamos começar logo com isso.

-Ok então, boss. Mas, tem um probleminha aí -os dois iam em direção à saída da quadra e nesse instante, o patinador parou. Virando-se com cuidado para trás disse Jack- Eu ainda não sei o nome do meu professor.

-Ah, perdão. è Kevin Petrov.

-Tem certeza que é cidadão desse país?

-Sim senhor.

-Então está bom -disse Jack andando sem olhando para o chão, tentando sair dali sem mais uma queda.

Kevin o olhava pensativo e sussurrava:

-Explicação número três: eu me encantei por você.

Após esse lapso de realidade, Kevin soltou um "merda" e deslizou sobre a pista até o local da saída. Enquanto tirava seu equipamento, ele olhou o seu mais novo aluno. Disfarçava o máximo que podia, mas pouco conseguia desviar seus olhos daquele que o atraía. Apenas quando manuseou as lâminas dos patins, ele desgarrou o olhar de Jack.

-Que tal um chocolate quente? -perguntou Jack sem o olhar nos olhos. Parecia meio nervoso com a atitude tomada. Talvez fosse por que ele tivesse medo da rejeição. Talvez pelo fato de ser a única chance de conhecer, criar intimidade com seu professor, o que traria a eles menos formalidades durante o processo e ainda afetaria positivamente no processo. Talvez por que ele tivesse interesse em estar com o patinador. Talvez?

-Seria ótimo, lá fora deve estar tão frio quanto aqui dentro, já que anoiteceu.

-Pois é.

-Só me espera tomar uma ducha.

-Claro.

Kevin deu um sorriso cativante, olhando nos olhos de Jack e deu um giro de 180 graus sem retirar seu pé direito do chão e fazendo sua bolsa flutuar junto com as mãos, além de dar os primeiros passos meio que quicando, indo em direção ao vestiário. Não sabia porque, mas estava feliz.

Jack, depois de observar aqueles movimentos e ficar vidrado em seu corpo que caminhava tranquilamente para o banho, temeu o afastamento, mesmo depois da jura feita pelo mestre. Queria estar junto a ele em cada momento. Queria poder falar com ele. Queria saber mais dele. Queria vê-lo. Queria vê-lo se banhar.Queria vê-lo nu.

Não existia lucidez na mente de Jack naquele momento, apenas uma intensa vontade de estar com Kevin. Isso explicaria a pergunta que ele estava prestes a fazer.

-Onde tem um banheiro aqui? -gritou ele.

-Tem muitos. -virando-se e apontado com a mão- Na arquibancada, na secretaria e no vestiário.

-Acho que vou com você, é bem capaz de eu me perder aqui. - disse rindo e fingindo uma corrida com dois a três passos velozes e depois reduzindo a agilidade para acompanhar o jovem.

Ao chegarem no vestiário, Kevin, mesmo conta sua vontade, foi rumo ao chuveiro, que se encontrava atrás de um extensa parede, separando a área de banho do restante. Jack fez suas necessidades e foi lavar suas mãos. Havia um brilho diferente nos olhos do ator, o movimento que ele fazia com seus punhos não tinham apenas a intenção de espalhar o líquido, mas agora, despertava um toque especial. Jack sentia naquele momento vontade de tocar o seu corpo. Fazia tempo que não tinha aquela sensação. Tocar as mãos, algo que fazia quase que todo o tempo, algo muito comum, seja para se concentrar, para cumprimentar, para fazer sons -palmas-, para desestressar, mas naquele instante, ele as massageava, uma na outra.

O prazer não estava apenas em seu toque, ele encontrava-se nos pensamentos de Jack, estes, eram voltados para apenas um lugar, uma pessoa, uma cena. Jack estava de olhos fechados, o que permitia viajar em seus pensamentos, sem que a realidade atrapalhasse. Para sua ajuda, a realidade era um som, o som de água em queda livre atingindo o solo, e fertilizava seus devaneios, atiçava sua cobiça, despertava-lhe desejo, trazia-lhe prazer. Como seria aquele corpo que admirara minutos atrás? O que aquela roupa fina escondia? A curiosidade era perversa, mas era bem utilizada, era bem compreendida, era bem demonstrada. Kevin havia aberto seus olhos, mesmo que agora fechados para imaginar o atleta, para lugares diferentes no interior de Jack, em sua memória. Kevin despertava tudo de mais doce e profano que havia em Jack. Apenas com o olhar, Kevin o excitava.

Aquele vestiário não agitava apenas os pensamentos de Jack. Atrás de uma parede na direção contrária ao lavatório que o ator estava, Kevin estava sentindo a leveza da água quente chocando-se com, e relaxando, seu corpo. Ele permitia molhar-se por completo, erguendo sua cabeça para o chuveiro e sentindo a água bater em suas pálpebras. Passeou suas mãos sobre o rosto e cabelo, retirando o excesso que se acumulava ali, em vão. Repousou suas mãos agora entrelaçadas na parte de trás da cabeça e sentiu o momento. Só não aproveitou por mais tempo, por que sua imaginação buscou a sala ao lado. Era perturbadora e delirante a vontade de sair e ver como se portava o seu aluno. Talvez nem tanto por puro tesão, mas pela necessidade de vê-lo. Estavam a tão pouco tempo juntos, menos de 15 minutos e pensar que ele se afastaria mais tarde era avassalador. Por isso, manteve suas ideias no agora. Como queria que aquele galã entrasse e banhasse-se junto com ele. Como queria que, ao sair de seu banho, o ator estivesse na sessão de armários observando-o trocar de roupas. Como queria estar em seus braços num beijo quente e molhado. Como queria poder segurar em seus rosto e mergulhar seus dedos naquele cabelo macio, enquanto suas bocas brigassem pelo mesmo espaço. Como queria passear pelo seu peitoral com a outra mão, enquanto estava em poder do seu aprendiz.

Kevin era levado pelos seus pensamentos e pela facilidade com que a água o descansava. Deixava-se ser guiado pela mente, repleta de vontades, e pelo poder de seu tato, uma vez que sua mão esquerda se desprendia da outra e contornava as curvas de seu próprio corpo. Não existia medo no patinador quanto ao flagrante do ocupante do toillet, na verdade, havia desejo para que isso acontecesse. Kevin escutava em meio ao vapor do local, as falas ditas por Jack. Lembrar de sua voz causava-lhe arrepios. Imaginar aquele tom suave em seu ouvido dava-lhe ereção. Impossível se controlar com aquele bombardeamento de imagens e sons, restou a Kevin a entrega, e a mão, que antes mapeava o corpo dele, agora se fixava em seu membro ereto, apertando-o e deslizando sobre ele, na tentativa de solucionar aquele momento de prazer. Porém, ele estava além de sensações hormonais ou corporais. Não era apenas prazer. Kevin concluiu isso quando terminou seu banho, trocou sua roupa, arrumou seu cabelo, guardou suas roupas no armário, ajeitou a camisa meio distorcida, caminhou-se para a saída do cômodo e sentiu seu coração acelerar ao ver, mesmo que de costas, seu mais novo aprendiz.

A sintonia entre o mestre e o discípulo permanecia a crescer. Kevin petrificou-se na saída do vestiário ao presenciar o pensante Jack escorado à porta, enquanto este sentiu a presença do atleta. Talvez fosse o perfume forte e gostoso que ele usava. talvez pelos passos que tirava sons do piso. Talvez pela falta que sentia e que fazia-o continuamente o procurar.

Jack virou-se para dentro do banheiro com expressão apreensiva, contudo, logo a mudou para feliz, ao abrir um sincero sorriso quando notou a presença daquela figura maravilhosa. Kevin era ainda mais lindo do que havia avaliado anteriormente. sentiu uma vontade imensa de agarrá-lo, mas se conteve a um simples "vamos?", respondido com um leve sorriso e concordando com a cabeça.

No estacionamento, os dois seguiram para o carro do ator, uma vez que Kevin ainda não havia alugado um. Jack disse para o novo professor guardar sua mala no porta-malas. E seguiram até lá. Kevin insistia que poderia levar sua bagagem nas mãos, não querendo incomodar o motorista, ao que Jack fazia questão de o convencer do contrário. O impasse se resolveu quando o ator pegou por cima do pulso dele e o olhando nos olhos, deslizou para sua mão, passando pelas costas dela enfiando seus dedos entre os dela. Para ambos era uma sensação impagável. Jack, mesmo com vergonha o encarava nos olhos com desejo. Kevin, retribuía o olhar sem sequer respirar. A cena não foi tão demorada. Segundos depois, o ator foi forçando seus dedos aos do patinador e foi lhe tomando o objeto. Rendido e hipnotizado, Kevin sentia seu coração acelerar ainda mais. Os olhos ainda se encaravam. Os corpos começavam a transpirar mesmo no frio americano. Os sentimentos se bagunçavam e refletiam em seus interiores. A mala encostava no carro causando um barulho infernal, o alarme os fazia acordar.

Jack guardou a mala e os dois foram para o tão esperado café, que na verdade foi um capuccino para o ator e um chocolate quente para o atleta. Conversaram sobre os movimentos da patinação. Kevin tentava explicar o mais simples possível como se dava uma pirueta, mas só obtinha do ouvinte um sonoro "uau" ou uma cara de assombro na face.

-Calma, não precisa fazer essa careta -disse rindo-. Vai ser mais fácil quando a gente tiver na quadra.

-Eu espero. Tenho que ter esse papel.

-Ele é importante pra você, não é? -falava realmente interessado na resposta.

-Ele é o papel mais importante da minha vida -notava-se convicção em suas palavras-. Com ele eu posso abrir caminhos, ou me afundar. Por favor, me ajuda -encarou-o com olhar de clemência.

-É claro que vou te ajudar, mas quero uma recompensa.

-Ah, sabia que essa carinha bonita escondia um ser aproveitador -brincou olhando nos olhos dele e implorando para que pedisse um beijo.

-Quero que você mencione seu professor quando receber o Oscar -disse sorrindo.

-Mas é claro que vou agradecer publicamente sua ajuda -atreveu-se a por a mão por cima da dele-. Muito obrigado, de verdade.

-Por nada -entreolharam-se por um instante-. E não é nenhum favor, eu estou recebendo por isso.

-Soviético capitalista -brincou-. Me conta de você -retirando a mão de cima da dele-. De quando você veio da Rússia.

-Palhaço. Eu realmente sou americano, de Washington, o estado.

-Como é que sua família foi parar lá? Digo, seus antecedentes russos.

-Meu avô ucraniano se perdeu por lá, conheceu minha avó e hoje eu estou aqui.

-Legal. E como descobriu a patinação? Por que não tem tradição alguma no seu estado.

-Vovô me contava histórias de sua família e eu me interessava mais quando ele falava de uma irmã dele que praticava e tinha sido campeã da competição da União Soviética na época. Para de me olhar com essa cara de quem estava certo. Eu sou americano.

-Eu não fiz nada.

-Não.

-Desculpa.

-Tudo bem.

-Sua família deve ter uma história e tanto, ainda mais seu avô, no período das guerras.

-Sim, muita história.

-Qual foi o campeonato mais marcante pra você?

-As nacionais do ano passado.

-Me conta delas, você ficou em que posição?

-Terceiro, o suficiente para poder competir na repescagem das olimpíadas.

-Sério? E quando será essa repescagem?

-Já foi.

-E então? Passou? - Kevin assentiu com a cabeça- Não acredito que eu estou falando com um atleta olímpico! -disse se levantando e o chamando para ficar de pé também. Kevin se levantou e o encarou. Sem dizer nada e, completamente eufórico, Jack o abraçou- Parabéns! Muita sorte pra você. Você merece tudo de bom.

Kevin fechou seus braços nas costas de Jack e pode pela primeira vez sentir seu calor, seu toque, seu corpo. Aquele abraço fraternal, verdadeiro, suave nem tanto, era a ainda melhor que tudo que ele havia pensado. Ele novamente fechou os olhos e deixou a cena fluir. Foi a melhor coisa que fez, ainda mais quando sentiu os lábios de seu admirador tocar levemente seu pescoço. Jack, percebendo o que fez, segurou em sua cintura e se apartou daquele abraço. Abrindo aos poucos seus olhos, Kevin o agradeceu.

A atitude de Jack o deixou imensamente envergonhado, tanto que não conseguia mais olhar o rosto de seu companheiro de café. Timidamente, com as mãos agora em seu bolso, ele sentou-se na cadeira e terminou, em silêncio, seu capuccino. Na sequência, ele voltou a falar, mas nada muito agradável.

-Tá ficando tarde.

-Pois é -respondeu triste Kevin, encarando insistentemente seu chocolate quente.

-Vou pagar e já volto -levantando-se da cadeira.

-Espera que eu também vou -desviando o olhar para encontrar o dele.

-Hoje é por minha conta. Considere uma comemoração pela sua conquista - sorriu e saiu dali, ainda envergonhado.

Jack pagou a conta, tirou foto com três ou quatro fãs e saiu rumo ao carro. Encostado ao poste, perto do carro e de costas para ele, estava o cara que ele mais admirava no momento. Abusando de seu talento, ele se aproximou de vagar e empunhado a carteira, pôs-a nas costas do patinador e sussurrou e seu ouvido com uma voz diferente:

-Fica paradinho e passa o celular, a carteira e o relógio.

Kevin retirava seus pertences, temendo por sua integridade física e ia passando ao ladrão. Não falava nada, apenas tremia. Sem olhar para trás, ele entregou tudo que foi ordenado e pode ouvir na mesma entonação de antes:

-Acho que eu mereço mesmo um Oscar.

Cinco segundos depois ele percebeu que havia sido enganado e nele criou uma raiva descomunal, que o fez virar e dar um belo soco no abdômen do ator. Percebendo que havia machucado o pobre coitado, ele prestou solidariedade, pegando em seu ombro e passando a mão por cima do local atingido, como se houvesse forma de curar.

-Desculpa Jack, não sei o que deu em mim. Desculpa mesmo. Que idiota eu sou. Perdão. Tá melhor?

Jack olhou para ele, vendo seu rosto preocupado e se derreteu pela pureza que aquele jovem transmitia.

-Não tem o que se preocupar, não houve nada. Eu que não deveria ter feito essa brincadeira boba.

-Tá melhor?

-Tô sim. Mas você bate forte, tem certeza que seu esporte é patinação mesmo? -riram e foram pro hotel em que Kevin estava hospedado.

Jack pegou a mala e deu na mão de seu admirável professor. Olhou-o nos olhos mais uma vez e por fim se despediu:

-Amanhã a gente se vê no ginásio?

-Preciso ouvir meu nome na cerimônia do Oscar.

-Obrigado.

-Por nada.

Uma última olhada e Jack saiu andando de costas até virar seu corpo, mas não seu rosto e foi para o carro. Ao ver o patinador entrar no hall do hotel, ligou seu carro e foi descansar onde estava hospedado com um indecifrável sorriso no rosto. O dia seguinte seria cheio.

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