Os opostos se atraem... será? O Recomeço 22

Um conto erótico de Luchaha
Categoria: Homossexual
Contém 4019 palavras
Data: 31/03/2015 23:12:49
Última revisão: 31/03/2015 23:25:15

Oiii meus amores! Que saudades de vocês! Me desculpem de verdade pela demora, estarei postando toda sexta feira ate domingo no máximo as continuações. Estarei também respondendo todos os recadinhos que me mandarem, e os e-mail's que me mandarem! Tanta coisa tem acontecido, varias reviravoltas, faculdade esta cada vez mais tenso, mas estou dando conta. Muito obrigado pelo carinho de vocês! Amo demais <3

P.s- Assim que eu terminar a minha historia estarei passando a conta para um amigo que tem uma historia, digamos... Bem impressionante.

Vamos ao que interessa, também coloquei hoje 3 capítulos em um só, aproveitem!

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Eu me dirigi ate a casa de Amanda super nervoso. Apertei o interfone e logo ela veio abrir a porta para mim.

-Amanda. Me ajuda. -eu corri e a abracei.

-Luca. Calma. O que houve?

-Isso houve Amanda. Isso. - eu disse nervoso a entregando meu celular com uma notificação do Facebook.

Amanda franziu a sobrancelha e observou a tela do meu celular.

'Nao sabe o quanto te amo, espero corrigir meu erro. Até logo.' - Bruno.

Amanda sorriu e me encarou.

-E o que que tem isso ?

- O que que tem ?! - perguntei assustado. - Essa praga do inferno me deixa sair chorando da Argentina e quando eu estou bem e namorando, olha o que ele faz.

-Você esta namorando? - ela perguntou com uma cara assustada. -Luca... Acha que vale a pena ficar com alguém por... Por... Pena?

-Eu não estou com ele por pena Amanda. Eu estou gostando dele de verdade. Por incrível que pareça. - eu sorri.

-Bom, então temos um grande problema. -Amanda mordeu os labios. - Eu te aconselho a esperar. Bruno já aprontou tanto com você que eu duvido que ele vai chegar perto de tu comigo por perto. - ela riu.

-Ai ai. Só você mesmo.

-Bom. Parece que a nossa amiguinha esta passando por uma serie de problemas.

-Amanda. O que você aprontou?

-Eu não fiz nada. De verdade. Parece que os pais dela se divorciaram e ela vai ficar com o pai. Tudo indica também que ela mude para outro colégio.

-Amanda. Espera... - eu disse respirando fundo e observando a janela.

Aquele era um dia nublado. As arvores gritavam com a enorme força dos ventos e algo me apavorava.

-Se essa vagabunda for mudar de escola. A única escola da região que resta é a minha. - eu disse passando as mãos no vidro da enorme janela da sala de Amanda. Eu amava sentir o ar frio, cortante. Estava ficando meio abestado? Retardado? Talvez.

-Bom. O samba não acaba. Ele evolui. Você esqueceu o que ela fez pra você? - Amanda perguntou rindo.

-Não. Jamais. Claro que não.

-Luca. O que esta acontecendo com você? Você esta me assustando com esse jeito de... De....

-Retardado? - completei sua frase.

-Não ia dizer exatamente nessas palavras. Claro. Mas... Se isso serviu.

-Eu estou pensando em N coisas, amanhã é a cirurgia do Edu, e eu não consigo parar de pensar nisso. Eu tento dar forças pra ele. Mas eu já não tenho mais de onde tirar, entende?

-Claro que não. - ela chegou por trás de mim e apertou minhas costas, me dando um aconchegante abraço. - Não entendo, porque nunca passei por isso. - Amanda soltou uma risada gostosa que somente ela sabia dar. - Masss... Eu imagino que deve ser bad.

-Ele não quer que eu vá. Mas... Eu vou com ele. - eu encarei novamente as arvores da rua de Amanda da janela. E reparava que começara a chover.

-Eu vou com você. Amanhã eu saio da aula as 11h. Quer que eu te encontre no hospital?

-Não amiga. Não precisa. De verdade. Venha pra casa e descanse. - eu me virei para ela e agarrei suas mãos, que estavam super quentes.

-Eu vou. Já disse que vou e ninguém vai me impedir! - ela sorriu.

-Não adianta mesmo não é?

-Claro que não meu amor.

-Então vai me encontrar.

-Quero estar com você nesse momento. - ela apertou ainda mais minhas mãos.

-Obrigado. - eu a abracei forte.

-Ele ainda esta dando conta na cama? - ela perguntou.

-Amanda. Isso è pergunta...?!- eu exclamei assustado, me soltando do abraço e a encarando surpreso. Surpreso não, só a cara. Eu já esperava tudo de Amanda.

-Ué. Curiosidade. Nunca transei com cara com câncer no celebro.

-Idiota. - sorri. - Masss... Ele da conta muito bem ainda. Porem. Ele esta uma negação para as outras coisas. O medico disse que isso è normal e ele pode esquecer algumas coisas depois da cirurgia. Não coisas como pessoas, ou algo assim, mas ele não se lembrara mais de detalhes, como por exemplo, Do meu rosto, tudo não vai passar de um simples borrão.

-E as mulheres reclamando do cara que esquece datas. - ela riu. - Só as Gay pra aguentar caras esquecidos assim. - Amanda me chamou para a cozinha e colocou uma lasanha para descongelar no microondas. - Quais as chances dessa cirurgia dar certo? Estatisticamente?

-Cinquenta por cento de dar certo sem sequelas. - eu a observei. - Vinte e cinco de dar certo com sequelas. E o restante de não dar certo.

-Nossa. Que horror. - ela exclamou assustada.

-Eu acho que vou embora. - eu exclamei, observando atentamente uma formiga no chão da cozinha.

-Não. Acabei de por essa droga pra descongelar. Então se aquieta. Qualquer coisa... Minha mãe vai te levar.

-Eu preciso dormir. Deitar. Dormir ate amanhã, fazer minha oração, arrumar meu quarto. Eu realmente tenho que ir.

-Não! Vai ficar e ponto.

Eu me ajeitei na cadeira e continuei a observando, sabia que não adiantava discutir com aquela garota. Ela vencia qualquer um.

💄

Era bem final de tarde, eu e Amanda terminamos de comer e sua mãe ainda não havia chegado. Eu decidi que iria andando ate em casa, precisava disso, estava com jaqueta também. Não iria passar frio. Nos despedimos e eu me dirigi ate a rua.

'Argh. Gelou meu c* agora viado' disse aquela voz chata, que era a minha própria.

Eu a estava ignorando. A ultima coisa que eu precisava era falar sozinho ou discutir com a minha própria consciência. Realmente, estava bem frio, eu juntei minhas mãos e liguei o modo pinguim.

Comecei minha caminhada e logo escutei alguém me chamando. Não, não podia ser. Eu me virei e o encarei. não havia mudado nada, crescido alguns centímetros talvez, mas nada de tão exagerado. Seus cabelos loiros estavam ainda mais esparramados e ele estava com barba por fazer. Aquele famoso moletom da Hollister e uma bermuda preta. (nao perguntem pra mim se ele estava com frio, o que obviamente parecia que nao)O que o deixava muito charmoso.

-Olha só, quem anda por aqui na minha área. - Felipe disse se aproximando sorrindo.

-Sua área? Que foi? Virou traficante foi? - eu disse ja me irritando com seu tom de deboche.

-Vamos. Te levo ate sua casa. - Felipe disse seguindo ao meu lado.

Eu me mantive parado olhando pra cara dele.

-Você não vai me matar? Certeza? - eu ri.

-Claro que não. Só conversar. Vem, vamos la. - ele disse pegando nas minhas mãos.

Eu imediatamente assustado, puxei minhas mãos e comecei a andar.

-Tudo bem contigo? - ele perguntou enquanto nos dirigíamos a próxima quadra.

-Na verdade não. - eu disse dando um forte suspiro.

-Bruno?

-Que mané Bruno. Aquele la ta morto e enterrado pra mim, para a gloria do senhor! - rebati encarando o outro lado da rua.

- O que então?

-Não quero falar sobre isso. - rebati novamente.

-Tudo bem. - ele olhou para baixo e colocou as mãos dentro do moletom cinza da Hollister que estava usando. -Esta frio não acha?

-Sim... Estou congelando. - sorri encarando o céu. - Como voce esta de bermuda? Sua bunda e suas pernas não sentem frio?

-Outra coisa não sente frio na verdade. - ele disse sorrindo. Eu o encarei boquiaberto e fiquei vermelho. -Eu gosto do frio. - e prossegue.

-Foda-se, não perguntei. - eu sorri pra ele.

-Sempre doce como um limão não é...

-Hahahahahahaha. - eu suspirei.

Ficamos durante alguns minutos em silêncio. Estava um vento muito gelado para sequer abrir a boca.

-Na verdade meu atual namorado esta operando amanhã, e eu estou super nervoso. - eu disse do nada tentando cortar o gelo entre a gente. Ele estava se esforçando para ser legal.

-Quem é o seu 'atual namorado' ? - Ele perguntou abrindo aspas com as mãos.

-Eduardo.

-Ah, aquele garoto dos olhos claros que era novo ne? - ele sorriu. - Só. -Vai operar do que?

-Tumor.

-O que ?

-O frio esta te deixando surdo? - eu ri. - Um Tumor. No cérebro. - encarei o sol tímido que seguia ao nosso encalço.

-Nossa. Não sei o que dizer.

-Não diga nada . - eu dou um sorriso sem graça.

-Sabe que... Esse Eduardo já namorou a Dani da rua de cima? - ele perguntou me encarando.

-Isso não è normal. - eu ri.

-O quê?

-Meus namorados terem passados assombrosos com garotas detestáveis. - revirei os olhos.

-Ah, não fala assim, a Danizinha é legal.

-Nao sei porque, mas Danizinha me soa como nome de puta. - eu sorri.

-Ta, talvez ela seja um pouco rodadinha depois que eles se separaram mas... - ele pensa em prosseguir. Mas o interrompo abruptamente.

- Você não tem moral de falar com ninguém. O que vai fazer agora? Ir contar pra Tayna que eu estou bem feliz pra ela vir e armar e estragar tudo? Aquelas porra só me fodem, eles quase conseguiram acabar com o meu ano. Voce defende ela. É amigo dela. - eu reviro os olhos novamente e meu tom se eleva a um grave maior, o que o faz refletir por alguns segundos.

Felipe abre a boca e rapidamente encara a paisagem , logo depois olha para baixo envergonhado.

-Eu acho que você tem essa macumba que faz os caras terem uma vontade louca de te beijar. - ele riu meio sem graça.

-Aha. Deboche a essas horas não. - eu o encarei.

-Serio. Lembro que eu já tive vontade. - ele sorriu sem graça. -No acampamento.

-Você e sua mania CHATA de desviar assuntos. - eu bocejei e o encarei novamente.

Parecia que estávamos andando a uma hora, apesar que, estávamos indo em passos super lerdos porque obviamente nenhum dos dois queria parar e dar a conversa por encerrada antes dela realmente se encerrar.

-Para mim é meio vergonhoso falar sobre isso. - Felipe encarou novamente as casas ao nosso redor. Eu fechei a cara.

-Fale. - eu estremeci. - Eramos colegas, e ai, do nada, voce meio que passou a me odiar e a compactar com tudo que aquela garota e aquela passiva horrorosa fazia. - eu revirei os olhos.

-Bom. - ele respirou fundo e olhou novamente para os lados, me parecia algo como uma precaução de que ninguém nos escutava. - Eu vou te contar. Mas me promete, por tudo que é mais sagrado que não vai contar pra NINGUÉM? NINGUÉM MESMO? - Ele me encarou serio, obviamente aguardando eu dar minha sincera resposta.

-Ta, eu prometo. Agora, fala. - eu estava andando devagar quase parando, não queria que acabasse nossa conversa, percebi que eu sentia falta de Felipe.

-Eu dormi com o Lucas. - ele disse me encarando envergonhado. Sua pele era extremamente branca o que o deixava ainda mais em evidência, a vergonha se espalhava pelo seu corpo.

-Você dormiu com ele ? Ta, e o que tem? Dormiram, e ai? - eu o olhei e ele novamente me encarou sem reação. Eu o olhei novamente e entendi o que ele queria dizer. Não me perguntem porque , mas meu rosto queimou e de repente uma raiva se apoderou de mim, meu coração estava dolorido e eu não sabia exatamente o porquê.

-E dai o que? - ele me encarou e eu fechei a cara, logo ele se tocou o que eu queria realmente saber 'Detalhes'. -Eu estava bêbado. Ele e Tayná estavam armando mesmo, e ai que... Eu fiquei com ele escondido em uma festa, e fomos dormir na minha casa. Eu não sabia de nada do que estava fazendo na hora, não deveria ter usado aquelas drogas todas que eu usei. - Felipe engoliu em seco. - E ai que ele não sei como, tirou fotos e gravou nossas preliminares. Depois no dia seguinte eu acordei e ele estava ao meu lado, me senti terrível, podre, sujo. - ele novamente engoliu em seco. - Sinceramente, se eu fosse ficar com um garoto, o Lucas não seria o tipo ao qual eu pegaria. - ele mordeu os lábios. - Eu via outra pessoa quando transava com ele.

-Que? Quem? - eu o olhei espantado.

-Você. - eu o encarei sem reação e ele logo se recompôs e continuou. - Eu transei com ele sem camisinha. Obvio que fiquei morrendo de medo de ter contraído uma DST, e por isso duas semanas depois tratei de fazer os exames. - ele fez uma cara super engraçada.

-E ai? - eu disse rindo. - Aquilo lá é uma poc poc rodada. Cuidado. - continuei sorrindo.

-Ai que para a Graça do Senhor eu não tenho nada. - ele fez um gesto de adoração e sorriu para mim.

-Ainda bem mesmo. Você não seria transavel. - eu disse rindo.

-Você me acha 'transavel'? - ele perguntou me encarando rindo.

-Seria... Se não fosse você. - disse sorrindo.

Ele não respondeu nada. Ficamos novamente naquele profundo silêncio, ate que rapidamente cheguei na frente da minha casa. Meus pais não estavam em casa pelo jeito .

-Obrigado por ter me trazido ate aqui. - eu disse sorrindo. - Foi bom não apanhar de você.

-Eu jamais te bateria. - ele piscou.

-Nunca diga nunca. - eu sorri e apertei o botão que o portão se abre.

-Me passa seu numero?

-Ah, claro que sim. - eu o encarei e o passei.

-Obrigado. - ele engoliu em seco. - Posso te dar um abraço senhorzinho?

-Claro. Esse tipo de pergunta não se faz, simplesmente se da. - eu ri alto e dei um passo pra frente. Abri os braços.

Felipe me pegou pela cintura e me abraçou forte. Eu passei as mãos ao redor de seus ombros e exalei seu delicioso perfume. Respirei fundo e o soltei.

-Vou entrar. Tenho provas essa semana e por incrível que pareça eu não fui pra aula a semana toda, e acho que provavelmente amanha também não irei. - eu sorri.

-Tudo bem. Boa sorte pro seu... Namorado. Fique bem, a gente se fala. - Felipe sorriu e se virou.

O encarei de longe.

Era mesmo um belo rapaz.

'Quantos centímetros? 10? ' pensou meu consciente.

'Cale-se, pão com ovo safada' respondi.

'Nós'.

Bufei, fechei o portão e entrei para casa.

💞

💃

Na manhã seguinte eu me encontrava completamente apreensivo. Eu imaginava realmente que tudo daria certo. Eu estava talvez amando Eduardo e já não conseguia me imaginar sem suas gracinhas, sem seus relevantes e misteriosos olhos azuis, que pareciam que sempre queriam me dizer algo. Isso me assustava muito.

Eu tomei café e meus pais já não estavam em casa. Estava com muitas saudades deles, de nossas conversas, de nossos debates.

Eu tomei banho e olhei no relógio. 11h00. Amanda deve estar saindo da faculdade neste exato momento. Ela disse que passaria aqui e Edu disse que viria me buscar para ir junto com ele.

Logo escuto buzina de carro e Amanda desce dando tchau para sua mãe, abro o portão pequeno para ela e ela entra me encarando com um olhar que significava pura dó.

-Pare de me olhar assim. - eu disse cruzando os braços e a encarando sério ao sentarmos no sofá de casa.

-Olhar como viado? Pirou? - ela disse cinicamente. Tirando lixas da bolsa e lixando suas enormes garras. - Que horas o seu namoradinho vem? - ela perguntou me encarando e lixando ao mesmo tempo.

Olhei o horário no celular e ela me encarou novamente.

-Esta pra chegar. - eu engoli em seco e me dirigi ao mesmo sofá ao qual ela se encontrava. - Posso te abraçar? - perguntei quase chorando.

Tinha pouquíssimo tempo para fazer isso, não poderia demonstrar medo nem nada disso ao lado de Eduardo. Isso o desestabilizaria ainda mais, o que obviamente a gente não precisava.

Amanda nada respondeu, apenas se aproximou de mim, pousou a lixa de volta na bolsa e me agarrou em um gesto inesperado e reconfortante. Agradecia muito a Deus por ter ela comigo sempre, daquele jeito meio torto dela.

Logo escutei barulho de carro novamente e sai para ver quem eraEra Edu, fiquei feliz ao vê -lo e logo gritei para Amanda que era ele. Eu retorci os lábios e rapidamente fui recolhendo minha carteira e algumas guloseimas para comer.

'Passiva gorda' vociferou aquela maldita voz dentro de mim.

Estava tecnicamente habituado a ignora-la quando queria. Edu me encarou com olhar de reprovação assim que Amanda entrou no carro.

E o pior : Ela percebeu.

-Não me olhe assim não mocinho, vim para fazer companhia ao meu bff quando voce entrar naquela sala. Luca fica maluco já quando não tem ninguém para conversar com ele, imagine te esperando para uma cirurgia que pode custar sua vida? Hunf. - ela bufou e se recolheu aparentemente irritadíssima.

-É... - Edu estava super desconcertado e envergonhado por isso e sorriu. Aquele sorriso, ah, aquele sorriso. - Me desculpe. Mas planejava levar Luca pro motel antes, não sei se me entende, mas depois da cirurgia posso ficar sem sexo por um bom tempo. - ele riu, daquele jeito bobo e sem noção que somente ele sabia fazer para conseguir contornar uma situação desagradável.

-Ta. Eu te desculpo. Desaforado. - Amanda acha graça, aparentemente, na babaquice de Eduardo. -Me responde uma coisa que esta me deixando muito curiosa.

-O quê? -pergunta Eduardo parando de frente a um sinal vermelho.

-Seus pais te deixaram dirigir? Quer dizer , o que fez pra eles deixarem? - ela sorriu. - Minha mãe provavelmente estaria indo comigo numa maca de ambulância segurando minha mão, me fazendo me sentir culpada e uma ingrata com Deus. - ela se inclina para frente e nos encara. - Meio assustador tu estar indo sozinho rumo a uma cirurgia de risco e ah, dirigindo.

Eduardo revirou os olhos e logo sorriu.

-Na verdade. Eu disse a eles que essa podia ser a ultima vez na minha vida que eu poderia fazer sexo. - Eduardo mordeu os lábios e deu um tapa forte em minhas coxas. Eu o encarei serio e revirei os olhos, prestando atenção na paisagem que se seguia no meu lado direito da janela. - Eu estava brincando. Amanda, eles estarão la,so pedi para vir dirigindo para respirar um ar antes. - ele sorriu e pegou em minhas mãos.

-Presta atenção no caminho, só me faltava essa, não morre de câncer pra morrer em um acidente de carro, e o pior, quando não se esta bêbado. - Amanda diz dando um tapinha nas suas costas e me encarando com aquele seu olhar sorridente e brincalhão.

Eu não aguento segurar a risada e solto uma forte gargalhada. Eduardo também.

-Talvez tenha sido uma boa ideia ter trazido ela. - ele me encarou e piscou. - Você anda tão quieto. Não esta interagindo muito. - Eduardo faz biquinho.

-Até porque vocês não param de falar, não tem como eu dizer ' Eduardo e Amanda se calem que eu quero falar' - eu reviro os olhos sorrindo.

- Sua palavra é mandamento. - Amanda levanta os braços e me encara. - Sua vez de falar.

-Eu não sei o que falar. - os encarei vermelho de vergonha. - MEU DEUS, COMO VOCÊS SÃO INSUPORTÁVEIS JUNTOS. - eu digo colocando as mãos em minha testa.

-Amor, è a primeira vez que estamos juntos assim, tipo, interagindo. - ele faz uma nítida cara de deboche.

-Terceira na verdade. - diz Amanda novamente com nítido olhar de riso.

-Verdade. Errei na conta. - Eduardo bufa. - É efeito do câncer. Não liguem.

-Achei essa piada meio maldosa, mas estou com vontade de rir. - diz Amanda abafando o riso.

-Amor, você sempre foi meio burro mesmo. Isso não é culpa do câncer. - eu mordo os lábios e dou um tapinha leve em suas mãos ao volante.

Ele me encara com um péssimo olhar e desvia o olhar.

-O que foi? Não queria que eu falasse ? - eu ri e belisquei de leve suas orelhas.

😍

😢

Logo chegamos ao hospital.

Confesso que um frio na barriga me percorreu assim que descemos do veiculo naquele grande e assustador estacionamento subterrâneo.

-Eu tenho que sobreviver. Novo fetiche: fazer sexo aqui. - Eduardo disse sussurrando nos meus ouvidos e dando uma piscadinha leve.

Eu o ignorei e seguimos rumo ao interior do hospital.

A recepcionista disse que ele iria para o quarto de pré - internamento e ficaria la por 2 horas, ate o horário de sua cirurgia. Ele tentou debater e perguntou se poderia ficar aqui fora ate o horário certo da cirurgia ou ate minutos antes. Sem chances. Ela disse que sua cirurgia era de enorme risco e ele precisava de certa preparação. Eu o encarei nervoso e já imaginava o que era. Aquela cabelereira linda e escura dele não ia durar por muito tempo. Tentei afastar logo esse pensamento.

Eduardo dado por vencido se dirigiu ate o canto da sala e me puxou, a essa altura Amanda já tinha ido ate a cantina comprar algo para comer. Também descobrimos que a mãe de Edu já estava na tal sala de antes-cirurgia. O que me deu até certo alívio.

-Olha só. - ele piscou e me encarou serio. - Acho que chegou a hora. - ele olhou para baixo e me encarou novamente.- Eu... Não sei exatamente o que te falar, porquê... Posso não falar mais. - ele suspirou, eu ia rebater mas ele passou os dedos nos meus lábios. - Me deixa falar. Bom. Eu posso sair de la de dentro um verdadeiro débil babão e você sequer querer olhar nos meus olhos. - ele respirou fundo. - Mas realmente espero que isso não aconteça. - ele chegou ainda mais perto. - Quero realmente que tudo der certo. Com você eu... Aprendi a ser feliz. Passei a ver as coisas além de um adolescente que só pensa em curtir a vida. E... Eu queria que soubesse disso. - Eu novamente ia interrompe-lo e ele novamente me calou. - Eu te amo. Obrigado por aparecer em minha vida. E... Se eu morrer, o que não vamos negar que pode acontecer. Quero que saiba que eu amo você. E quero que você viva sua vida. - Os olhos azuis penetrantes de Eduardo começaram a se encher de lágrimas.

Eu não queria ouvir mais nada. Não queria que ele falasse mais nada, só queria senti-lo. O puxei forte e o abracei, esquecendo que ali, mesmo no canto da sala estávamos expostos. Não me importei com isso. Passei as mãos pela sua nuca e seus cabelos.

-Eu te amo. E estarei sempre com você. - eu beijei seu pescoço.

-Eu também.

-Me perdoa. - eu falei, as lagrimas já começando a descer nos meus olhos. - Se eu ah. Já te magoei ou se já te feri.

-Você me faz feliz como ninguém jamais fez. - Edu disse. Apertando ainda mais nosso abraço. Ele me soltou e encostou a mochila em sua frente. - Olha só, quero que você abra isso somente se eu morrer. Quer dizer, não abra agora nem nunca se isso não acontecer. Não quero que abra pra falar bem a verdade. - ele sorriu.

'Garoto bobo' pensei, e sorri também.

-Tudo bem. - eu peguei o pacote grande e meio pesado fiquei com ele bem preso ao meu corpo.

- Eu acho que tenho que ir.

-Tudo bem. - eu disse, me inclinei para frente e o dei um beijo terno e bem demorado, úmido também. Não sei se alguém viu. Mas pareceram não se importar.

Edu me abraçou novamente e seguiu rumo a restrita porta atrás da recepção do hospital. Eu suspirei pesado e ele me mandou um beijo de longe.

Como eu queria ver aquele sorriso novamente.

😇

👊

👀

Amanda falava o tempo inteiro ao meu lado. O que fez o tempo passar bem depressa.

Logo as horas antes da cirurgia ja estavam se esgotando e fico imaginando o quanto o tempo deve estar demorando para Edu.

Peço para Amanda guardar o pacote que ele me dera dentro de sua enorme bolsa e ela cuidadosamente faz isso, tentando não amassar o embrulho.

Logo o pai de Eduardo se junta a mim e Amanda, bem, a cirurgia deve estar se iniciando a esse exato momento. De repente todo mundo se cala, todos nervosos sobre o que vai ocorrer dentro daquela sala. Eu respiro fundo. Encaro o relógio, agora.

'Fique bem meu amorzinho' penso ao encarar os ponteiros.

Queria que o tempo passasse o mais rápido possível e que obviamente, tudo fique bem.

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Comentários

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eu morena 29 anos... 1.69 alt ...65 kl... seios fartos ...bumbum grande,MORO NA REGIAO DE CAMPINAS quero realizar a minha fantasia de ser violentamente estrupada por 6 homens super dotados para mi estuprarem , quero que todos gozen e mijem na minha cara , e-mail... rose.milane@hotmail.com ou whats 19 993038901 ROSE TRAVESTI

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Cara amo sua historia, mas amo mais ainda a Amanda ela é muito engraçada, maluca, e virgem, quero dizer ela ainda é virgem (pergunta indiscreta). Mas espero que vc não suma mas, e de continuidade sem pausa prolongada!

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Maravilhoso. Que ele tenha ficado bem. Abraços fofo.

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estou em nostalgia, que saudades de você. To feliz e triste porque não quero que nada aconteça ao Eduardo e, sei lá independente de quem você esta agora o importante é que você esteja feliz. PS: to chorando igual Maria do Bairro.

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Cara acompanho sua historia desde o início e digo que é perfeita e bem detalhada, tu é um otimo escritor e um otimo detalhista, quero que tu seja muito feliz cara ou se ja é, seja mais kkkkk abraço do Edu aqui ;)

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