- Marcus, não está gostando da comida? - ele perguntou olhando para mim, meio preocupado.
Estávamos em um Café, ele tinha pedido algumas coisas para comer, eu pedi o mesmo que ele. Ainda estava pensando se deveria ir embora, não conseguiria mais aguentar ele.
- Nada. – estava olhando para o meu prato
– Eu conheço você desde pequeno e sei que você adora comer, e não tocou em quase nada, você sabe que pode confiar em mim, ok?
– Eu sei, mas é algo muito pessoal.
– Tem haver com aquele cara que estava falando com você quando liguei para meu pai?
– O nome dele é Rafael, está aqui também passando as férias com a namorada dele, Amanda. Tivemos um desentendimento na faculdade, meio que contei para ele que não gostava de garotas, que foi meu erro, ele não gostou de saber disso, e para o espanto nosso, fomos sorteados ou escolhidos para fazer um trabalho, eu não estava dando corda para ele, e ele também estava serio em relação ao trabalho, ele fez o pai dele ir na direção para pedir uma outra dupla para o filho, e foi onde a Amanda entrou. – falei pegando meu copo de chocolate e tomando um pouco.
- Mas não é por isso que você está desse jeito ne? – ele perguntou com um olhar sério.
– Hoje de manha, ele perguntou se você era um namorado meu, eu disse que não, e foi outro erro meu, deveria ter deixado falando sozinho, daí perguntou se você sabia que eu era Gay.
– E também não é por isso que você está bravo certo? Você é mais forte do que isso. Você aguentou muito mais do que um mauricinho metido a besta falar besteiras para você. Se você quiser que eu converse com ele é só pedir.
– Não precisa, eu sei me cuidar, é só que... – eu respirei fundo e olhei para ele – eu estou cansado de tudo isso, eu ser gay, não muda nada na vida dele, ou de ninguém, não sei porque as pessoas se preocupam, não é porque eu gosto de homem, que todos que eu ver vou me jogar em cima. – coloquei a xicara na mesa.
– Eu entendo o que você quer dizer. E sinto que não deve se preocupar com esse babacas, você sabe que é melhor que eles, e tem que entender que não é todo mundo que pensa assim, olha para mim, eu não fiquei bravo com você quando me contou, fiquei feliz por confiar uma coisa intima a mim. – ele falou dando um sorriso sincero.
– Eu sei, tem certeza que você não é gay?
Pedro começou a rir.
– Sim, acho que tenho certeza, você provou isso para mim, na minha festa de aniversário, quando me beijou.
– Melhor trocarmos de assunto, nã quero recordar disso.
Na festa de 16 anos de Pedro, fiz uma coisa que tento esquecer, como ele sempre foi bom comigo, eu achei que ele estivesse afim de mim, e resolvi beijar ele.
– Minha folga da manhã acabou, pego você a noite para sairmos e beber alguma coisa. – ele disse se levantando.
Eu me levantei e fomos embora. Cheguei no hotel e subi para tomar um banho que precisava, queria esfriar minha cabeça.
Dali 1 hora uma pessoa iria chegar para nos levar para o Hidrelétrica.
Tinha um carinha moreno, gostoso na sala do hotel, pelo que percebi ele iria junto também.
A vam chegou, e entrei e sentei no fundo na janela do lado do motorista. E para minha surpresa ele também sentou do meu lado.
Olhou para mim e sorriu, retribui o sorriso.
E para acabar Rafael também sentou atrás e cumprimentou o cara do meu lado, mas não me olhou.
Comecei a conversar com o cara, pensei, não vai ser um lunático que não aceita eu viver minha ida do jeito que quero que vai estragar minhas férias.
Descobri que o nome dele era Igor, e tinha 23 anos e estava em um dos quartos no andar de baixo do meu. E iria ficar uma semana ali. Descobri que ele também curtia o que eu curtia.
Conversa vai conversa vem, nos beijamos.
Foi quando o Igor me soltou. E vi que o Rafael está segurando ele.
– EI, SERA QUE PODE TER A PORRA DO RESPEITO, NÃO SOU OBRIGADO A VER ESSA NOJERA.
Valeu pelos comentários e assim, tento postar amanhã.