Segunda Dança (Episódio 20)

Um conto erótico de leopinheiro
Categoria: Homossexual
Contém 7870 palavras
Data: 06/03/2015 06:58:00

Meus amigos leitores, depois de um longo hiato (festas de fim de ano, férias, carnaval), estou voltando aqui com os últimos 3 episódios dessa série que simplesmente AMEI escrever. Toda essa experiência têm sido maravilhosa. Segura o coração que esse final têm emoção até dizer chega. Beijo grande.

Eu quis fazer esse episódio diferente, por isso escrevi em forma de diário.

=======================================================================================================

-> SEGUNDA DANÇA (Stars - Dead Hearts. http://youtu.be/OQT2HVfxJu4)

"Hoje aconteceu algo diferente na escola. Chegou um menino novo, mas já estamos quase acabando o segundo bimestre, por quê será que ele entrou na escola agora? Será que ele foi expulso de alguma escola? A professora pediu pra que ele falasse o nome pra todo mundo, ele ficou completamente vermelho e falou bem baixinho que era Caio, a turma inteira riu da vergonha dele, mas eu não sei o que deu em mim, eu não consegui achar graça, acho que foi por causa dos olhos dele... Sim, os olhos dele, eram tão tristes..."

"Essa semana foi bem normal, tirando o aluno novo que não conversa com ninguém, foi tudo mais do mesmo, Nilson fazendo suas besteiras como sempre e Julio sempre seguindo ele. Hoje eles entraram no banheiro feminino, foi a maior confusão, a diretora virou o capeta, chamou os pais dele e tudo, depois vieram várias pessoas na sala para conversar com a gente sobre isso. Eram professores, pedagogos, psicólogos... todos falando a mesma coisa, que meninos de boa educação não podem fazer coisas desse tipo. A turma não parava de falar, ríamos, conversávamos, estávamos realmente encapetados hoje. Até que olhei para o canto e reparei que o aluno novo parecia nem ligar para o que estava acontecendo, ele estava com o cotovelo em cima da carteira, encostando sua cabeça em sua mão, com a outra mão parecia estar escrevendo alguma coisa no caderno... ele simplesmente não estava ali... ele é um pouco estranho... mas têm uma coisa que chama a minha atenção pra ele... seus olhos... eu simplesmente não consigo não ver aqueles olhos tristes..."

"Na aula de hoje, finalmente conversei um pouco com o Caio, é que a professora de inglês separou a turma em duplas para fazer um exercício. Eu comecei a ver que todo mundo já estavam se sentando um ao lado do outro, meus amigos me chamavam, praticamente brigavam pra ver quem iria sentar comigo, mas eu só consegui ver ele lá, sentado sozinho, olhando para o próprio caderno, ninguém nem lembrava que ele estava presente na sala. Eu não aguentei, me levantei e fui arrastando uma cadeira para sentar junto dele. Foi engraçado quando ele levantou a cabeça assustado e olhou para mim, eu estava com um sorriso de orelha a orelha, era pra ele ficar assustado mesmo... hehehe... falei um oi e timidamente ele me respondeu com outro oi. Ele era muito tímido e sua voz saía quase como um sussurro, tentei conversar um pouco com ele, mas não consegui muitas respostas, descobri sua idade, ele tinha 10 anos, como eu, fiquei sabendo que ele estava morando em Curitiba fazia algumas semanas. Só, apenas isso foi o que eu tirei dele. Mas foi estranho olhar para aqueles olhos tristes tão de perto, aliás, ele têm olhos verdes muito bonitos, mas como ele fica sempre olhando para baixo ninguém nunca vai reparar. Aaaaahh, descobri também que ele é super inteligente, fez o trabalho praticamente sozinho e a professora elogiou bastante. Quando acabou a aula fui voltando ao meu lugar e o agradeci, acho que vi ele dando um sorrisinho, mas rapidamente ele voltou a olhar para seu caderno... mas sei lá... achei ele legal... vou tentar apresentar ele para os meus amigos..."

"Essa semana tentei de todas as formas apresentar o Caio pra minha galerinha, ele ficou tímido pra caramba, mas pelo menos começou a andar com a gente. Ele não fala quase nada, na verdade ele não fala nada, mas seus olhos já interagem mais. Ele não têm mais aquele olhar perdido, seus olhos acompanham o que estamos fazendo, e eu já consigo ver ele rindo com os olhos. Vou combinar com o pessoal pra irmos no clube nesse final de semana, vou chamar o Caio pra ir comigo, eu não sei se ele é sócio, então ele entra como convidado meu, acho que vai ser legal, assim ele vai poder se soltar mais com todo mundo"

"Nossa!! Estou desmaiando de sono!! Hoje foi muito cansativo. Tô chegando do clube agora, são 21h, meus pais simplesmente esqueceram de mim, não acredito nisso!! Ainda bem que o Caio têm pais irresponsáveis também... hahahaha... o pai dele também esqueceu de ir busca-lo, na verdade, o pai dele esqueceu como é ser pai, foi uma comédia. Combinei com Caio que meu pai passaria de carro na casa dele às 13:30, chegamos lá o pai dele não estava, tinha saído para uma reunião, mas falou que iria busca-lo lá no clube de tardinha. Ele entrou no carro e estava levando uma mochila. Chegando no clube e meus amigos já estavam todos lá, a galera da escola já foram dizendo oi pra gente e apresentei o Caio para os outros amigos que não eram da escola. Já fomos entrando na área da piscina e todo mundo já foi tirando as bermudas, jogando nas cadeiras, mesas, espreguiçadeiras e pulando na piscina. Quando eu já estava quase pulando, olhei para traz e reparei que Caio ainda estava de roupa olhando para a gente, consegui parar e fui até ele perguntar qual era o problema, ele disse que tinha falado com o pai dele que precisava comprar uma sunga, mas que o pai dele tinha esquecido, então ele ia mergulhar de shorts mesmo, mas quando abriu a mochila, percebeu que tinha esquecido de levar outra roupa reserva, só tinha uma toalha na mochila. Falei pra ele ficar só de cueca, ninguém ia ligar, e depois na hora de ir embora era só tirar a cueca molhada e colocar só o shorts, aí ele me disse que estava de cueca branca e que ela molhada ia parecer que ele estava pelado. Olhamos um para o outro e começamos a rir... acho que foi a primeira vez que vi ele a vontade... acho não, tenho certeza... foi legal finalmente ver aquele menino se divertindo... Acabei lembrando que minha mãe maluca sempre me manda roupas dobradas na minha mochila, quem sabe ela não tinha colocado outra sunga lá, e como tínhamos praticamente a mesma altura e os corpos eram parecidos, iria servir nele... o mais incrível, ela tinha colocado outra sunga lá, foi aí que Caio e eu rimos mais ainda. Levei ele até o vestiário e esperei ele trocar de roupa, ele ficou um pouco envergonhado, acho que não queria colocar a sunga na minha frente, mas dei uma acelerada nele falando que estávamos perdendo a diversão na piscina, então ele ficou meio envergonhado, mas foi abaixando sua bermuda e cueca rapidinho. Eu não fico espiando os outros garotos, mas sei lá, com ele eu fiquei curioso, então fiquei olhando meio de rabo de olho... a bundinha dele é branquinha... ele é todo branquinho, uma pele lisinha, parecia mais um bebê que um menino de 10 anos... ele puxou a sunga pra cima e fomos então curtir o dia. Tomamos banho de piscina, jogamos futebol, basquete, sinuca, voltamos pra piscina, ficamos no parquinho, brincamos de esconde-esconde, quando vi, já eram 19h e todos meus amigos já tinham ido embora, e nada do meu pai chegar e nada do pai do Caio também chegar. Chamei ele então para ir até a cantina, estava com muita fome, só tinha almoçado e tava tudo tão legal que esqueci de comer antes. Caio olhava pra eu comendo e perguntei a ele como que ele não sentia fome, afinal, ele também não tinha comido nada o dia inteiro. Caio me olhou com a maior vergonha do mundo e disse que o pai tinha esquecido de dar dinheiro pra ele, então não tinha como comer nada. Caramba, na mesma hora falei pra ele pegar um salgado que eu anotava na conta do meu pai, os olhos dele brilharam na hora, ele devorou o salgado rapidinho. Depois de comer ficamos conversando um pouco, finalmente ele tá se soltando, pelo menos comigo, ele falou um pouco dele, do pai dele, falou que o pai dele é um empresário, que ele mora a pouco tempo com o pai dele, os pais deles ficaram separados muito tempo e ele foi morar no Nordeste com a mãe, descobrimos que gostamos dos mesmos games, também assistimos os mesmo programas de TV... enfim, eu sabia que ele era um garoto legal, ele só precisava de mais confiança. O meu pai e o pai dele chegaram praticamente juntos, se cumprimentaram, conversaram um pouco, e na hora de dar tchau foi engraçado, o Caio acabou me dando um abraço... na hora eu fiquei meio duro, mas... foi legal... gostei bastante dele, acho que vamos ser bons amigos..."

"As férias de Julho acabaram e as aulas voltaram e de repente lembrei que hoje fez exatamente 3 meses que conheci o Caio. Depois eu fiquei me perguntando porque raios eu lembrei disso... hahahaha... Essas férias foram legais porque acabamos ficando mais próximos, o pai dele acabou virando sócio do clube. No final da aula, ele veio falar comigo e me entregou um envelope pequeno, abri e vi que era um convite para o seu aniversário. Fiquei felizão e rimos muito com uma coincidência maluca, ele faz aniversário dia 10/08, eu faço diaDoideira!! Rimos disso. Ele foi entregar os convites para o resto da galera e na mesma hora comecei a pensar no que ia comprar pra ele de presente. Na verdade tenho que pensar nisso logo, o aniversário é daqui a poucos dias"

"Cheguei agora do aniversário do Caio. Fiquei triste e feliz ao mesmo tempo. Estava todo empolgado pra essa festinha dele, é o primeiro aniversário que ele passa em Curitiba, com seus novos amigos. Cheguei lá na casa dele e não tinha ninguém, simplesmente ninguém. Estavam o pai dele, a empregada, uns 3 casais de amigos do pai, sua avó, mãe do pai dele e mais ninguém. Na hora achei que tinha chegado cedo, mas vi que na verdade estava até bem atrasado. Ninguém da escola foi, ninguém. E acabei percebendo que ele ainda não fez nenhum amigo fora da escola. Meus pais perceberam a tristeza daquela festa e tentaram ser agradáveis ao máximo, logo o pai do Caio veio dar atenção pra eles. Vi o Caio saindo de um corredor e seus olhos se arregalaram quando me viu, ele veio correndo e já foi me dando um abraço. Entreguei o presente e ele nem ligou, já foi me puxando pelo braço e me mostrou a casa inteira, mostrou o quarto dele, onde ele costumava brincar, o quintal enorme, seus esconderijos. Foi estranho, mas de repente não importava que só tinha nós dois de criança na festa, eu e ele nos divertimos muito hoje. O parabéns foi meio mágico, tinham poucas pessoas em volta do bolo, mas ele segurou minha mão e me levou para ficar ao lado dele. As luzes se pagaram, as velas foram acesas, todos cantavam e batiam palmas, foi quando eu percebi que eu e Caio não batíamos palmas... ele ainda segurava a minha mão... olhei para o rosto dele e seus olhos brilhavam, ele sorria olhando para as velas. Nunca vi seus olhos com tanta vida, não lembravam em nada aqueles olhos tristes de meses atrás... Então eu sorri também e segurei mais forte a mão dele."

"O Caio saiu daqui de casa agora. Eu já tava querendo chamar ele pra dormir aqui em casa faz um tempo, mas não sei porque não tinha chamado ainda, sei lá eu achava que ele ia ter vergonha, mas na festa do meu aniversário acabou que ficamos o tempo todo juntos, já considero ele meu melhor amigo, então super normal eu chamar ele pra dormir aqui, mas aconteceu uma parada estranha. Tenho até vergonha de falar. Ontem fomos ao clube, brincamos muito lá, meu pai e minha mãe foram buscar a gente, passamos no McDonald's, lanchamos, chegamos em casa e já fomos ligando o vídeo game, na mesma hora minha mãe já foi falando que era pra ir direto pro chuveiro pra tirar o cloro do corpo. Ficamos triste porque queríamos jogar, então eu falei pra tomarmos banho juntos, ia ser mais rápido e começaríamos a jogar antes do que se tomássemos banhos separados. O Caio pensou um pouco mas logo concordou. Gritei pra minha mãe levar as nossas toalhas para o banheiro que iríamos tomar o banho juntos, meu pai chegou no banheiro e perguntou pra mim se eu não achava que estávamos grandinhos demais pra tomar banho juntos, eu respondi que era pra ser mais rápido, pra começarmos a jogar logo o vídeo game, ele olhou pra nossas caras, deu uma risada e falou: "tá certo... tá certo...". Minha mãe colocou as toalhas na bancada e foi encostando a porta, começamos a tirar a roupa rapidamente e logo entramos no box e abrimos o chuveiro. Passamos o shampoo em velocidade recorde, enquanto o Caio foi tirar o shampoo eu aproveitei e fui passando o sabonete pelo meu corpo, foi aí que... que rolou a parada estranha... enquanto passava o sabonete, comecei a reparar no Caio, pra ser exato, reparar o corpo do Caio. Fiquei olhando a espuma cair dos seus cabelos e descer pelas costas, por sua bunda... O corpo molhado dele brilhava e eu meio que comecei a viajar naquilo, quando percebi, vi que meu piru tava duro e eu tava segurando ele! Não entendi nada! Fiquei tão assustado que fui empurrando o Caio e tirando ele do chuveiro, me lavei rapidamente e já fui saindo do box. Ele não entendeu nada. Me olhou com uma cara estranha mas não falou nada, terminou o banho dele e começamos a jogar. O resto da noite foi tranquilo, mas na hora de dormir, confesso, fiquei lembrando o tempo todo do corpo do Caio, foi estranho, mas era um estranho bom, ficar lembrando dele pelado na chuveiro é... legal... O quê tá acontecendo?"

"Você não acredita no que aconteceu hoje!!! O Caio percebeu que eu fiquei um pouco estranho essa semana, é que eu fiquei com aquela parada na cabeça e simplesmente não saía. Então no final da aula ele me perguntou o que tava acontecendo, lógico que falei que nada, mas ele não acreditou, falou que desde o dia que ele dormiu aqui em casa eu tô estranho. Tentei desconversar, falei que ele tava viajando, mas ele não foi na minha onda, então ele me perguntou na lata se eu estava estranho porque fiquei de piru duro na hora que nós tomamos banhos juntos... EU FIQUEI ROXOOO!! Minhas pernas deram uma tremida na hora, dei um empurrão nele e falei que ele tava maluco, que eu não era bicha. Eu nem sei o que é ser bicha direito, mas sei que ficar de pau duro com outro garoto é coisa de bicha. Ele ficou assustado, mas saí correndo de perto dele. Eu quero ligar pra ele, mas tô com medo. Será que ele tá bravo comigo? Eu acho que eu fui um idiota, acho não, tenho certeza."

"Fui preparado pra pedir desculpas pro Caio hoje, mas ele não apareceu. Achei muito estranho ele não ter ido na aula, afinal ontem ele tava bem, tirando claro a nossa discussão. Cheguei em casa e liguei pra casa dele, a empregada atendeu e disse que ele não estava, que tinha saído com o pai e não falou que horas voltava. Agora a noite liguei de novo, falei com o pai dele, ele me disse que o Caio não se sentiu bem hoje, por isso ele o levou ao médico de tarde, pedi para falar com ele, mas o tio falou que ele já estava dormindo. Tô me sentindo estranho, saber que o Caio passou mal me deixou estranho, tô meio preocupado."

"Caio não foi na aula hoje de novo. Meu coração ficou preso na garganta. Eu precisava saber como ele estava. Acabou a aula e fiz a maior doideira, liguei pra minha mãe e falei que iria até a casa do Caio e que depois o pai dele me levava embora, ela falou que tudo bem. Nem sei como cheguei lá até agora, nunca tinha pegado ônibus sozinho. Como eu tremia quando toquei a campainha, um nó no estômago. A empregada abriu a porta e fez uma cara de surpresa, em seguida veio o pai de Caio na porta, olhou para mim e perguntou como eu cheguei ali, acabei falando a verdade, disse que menti pra minha mãe e peguei o ônibus sozinho, falei que eu precisava saber se o Caio tava bem. Ele olhou pra mim, deu um sorriso e falou: "Tô vendo que vocês vão ser daquele tipo inseparáveis...". Subi a escada correndo e fui entrando no quarto dele, ele estava deitado na cama vendo TV. Me olhou um pouco assustado mas não falou nada. Fui andando devagar e sentei do lado dele na cama, perguntei se ele tava bem, não tive resposta nenhuma. Então perguntei se ele estava bravo comigo, ele virou sua cabeça, olhou em meus olhos e lágrimas escorriam pelo seu rosto. Na hora meu estômago se contorceu, eu não sabia porque tava sentindo isso, mas ver ele chorando doeu muito. Então dei um abraço nele e pedi desculpa. Senti seus braços se mexendo bem devagar, ele então me abraçou também. Não falamos mais nada, mas na hora soube que estava tudo bem de novo."

"As aulas começaram hoje, eu estava morrendo de ansiedade, já fazia 1 mês que eu não via o Caio, ele foi passar as férias no Rio com a avó, enquanto eu fui com minha mãe, tios e primos passar as férias em Matinhos. Tava louco pra ver como ele estava, acabou que não nos falamos muito nas férias, mas queria contar pra ele das minhas férias e saber como foi a dele. Demorou um pouco mas finalmente ele chegou, logo quando ele surgiu na porta da sala, já nos olhamos e demos um sorriso um pro outro, ele estava todo bronzeado, destacava mais ainda seus cabelos loiros e seus olhos verdes, chamei ele e falei que tinha guardado uma cadeira pra ele, esse ano iríamos sentar um do lado do outro. Chegando perto de mim, nos cumprimentamos e logo começamos a conversar. Foi aí que percebi o quanto realmente estava sentindo falta dele, senti falta até da voz dele, que estranho..."

"Hoje o Caio tocou num assunto que eu achei que tinha morrido. Estamos passando as férias de Julho no sítio do meu tio. Como meus primos foram pra Disney, chamei Caio pra passar a semana comigo. Então estamos praticamente sozinhos aqui. Meu tio trabalha o dia inteiro e só volta a noite, e minha tia fica mais em casa, então eu e Caio aproveitamos muito esse terrenão aqui. Andamos a cavalo, subimos nas árvores pra pegar frutas e fomos até uma cachoeira que têm aqui perto. Claro que deu vontade de entrar, mas não queríamos depois voltar todo molhado para a casa, então Caio falou para tomar banho pelado, eu concordei e rapidinho tiramos as roupas. Caio então deu uma olhada pra mim e falou: "Só não vale ficar com o piru duro hein...". Ele deu uma gargalhada e saiu correndo pra dentro da água. Eu fiquei um pouco tenso na hora, mas então meu corpo relaxou e ri de tudo. Entrei na água também. Foi bem legal."

"Mais uma vez fomos a cachoeira hoje, mais uma vez tomamos banho pelados. Foi divertido como sempre, mas hoje senti uma coisa estranha. Uma hora o Caio se deitou em uma pedra pra pegar um pouco de sol. Eu continuei na água, mas não consegui tirar os olhos dele. Achei legal ver o corpo dele. Na verdade, achei o corpo dele bonito. Na verdade, eu sempre achei o Caio bonito. Mas... isso não é coisa de bicha? Por que eu tô achando um menino bonito?"

"Eu não sei como escrever isso. Eu não sei como falar sobre isso. Eu não tô entendendo mais nada. Fomos lá na cachoeira de novo. Pra ser sincero, eu conto os minutos pra ir até a cachoeira. Teve uma hora que saí da água e fui pegar um sol, então sentei na pedra. Olhei para o céu e fechei os olhos, fiquei sentindo aquele calorzinho do sol. Quando, de repente, eu senti algo molhado nas minhas coxas que deixou todo arrepiado. Abri os olhos e olhei para minhas pernas, me deparei com dois olhos verdes que me olhavam, parecia, diretamente para minha alma. Caio tinha deitado sua cabeça na minha coxa e me encarava, eu fiquei meio paralisado, então não sei como, nem porque, coloquei minha mão em seus cabelos e fiz um carinho. Caio fechou os olhos e deu um sorriso. Eu não conseguia parar de olhar para sua boca. Minha cabeça ficou a mil, tentei disfarçar, saí rapidinho e fui entrando na água. O quê está acontecendo? O quê está acontecendo comigo?"

"Hoje foi nosso último dia aqui no sítio, e claro, fomos mais uma vez a cachoeira. Hoje estava tudo tranquilo, estávamos brincando, conversando, rindo, até que o Caio foi chegando perto de mim e de repente me deu um abraço. Ele agradeceu por eu ter chamado ele pra passar as férias ali, agradeceu também por eu ser amigo dele. A questão é que estávamos pelados, e naquele abraço eu pude sentir o corpo dele, eu acabei sentindo o piru dele encostando no meu. Eu senti uma coisa estranha na hora, mas como já escrevi aqui, um estranho bom. Eu realmente tô confuso com algumas coisas. O Caio é meu amigo, meu melhor amigo, mas eu tô sentindo umas coisas que nunca senti antes. Não sei o que é isso, mas tenho vergonha de falar."

-> (Hoobastank - The Reason. http://youtu.be/fV4DiAyExN0)

"Minha festa de 12 anos vai ser nesse sábado, mas hoje, quinta, é o dia do meu aniversário mesmo, então chamei o Caio pra ir no cinema comigo. Combinei com meus pais que iria sozinho pela primeira vez. Minha mãe levou Caio e eu até o shopping, comprou nossos ingressos, a pipoca e falou que quando o filme acabasse que era pra ligar pra ela. Entramos na sala para ver Sem Saída com o Taylor Lautner, até aí tudo certo, dois meninos indo ver um filme de ação e aventura, mas nada de normal aconteceu hoje. A sala estava vazia, devia ter umas 5 pessoas, tínhamos comprado lugares na última fileira, as outras 5 pessoas estava na metade para frente. Ficamos então, basicamente, conversando e vendo o filme. Fazíamos piadas, zoávamos bem, até que de repente tudo se apagou e a sala ficou completamente escura. A energia acabou e não sei porque as luzes de emergência não se acenderam. Eu não sei porque mas cacei até encontrar a mão de Caio, quando encontrei ficamos segurando firmes um a mão do outro, completamente em silêncio. A energia voltou e o filme continuou de onde tinha parado. Caio e eu continuamos de mãos dadas, quando olhamos um para o outro e eu não sei o que deu em mim. Sem nem pensar duas vezes, dei um selinho nele. Ele ficou assustado, mas não falou nada, aliás ninguém falou mais nada o resto do dia. Só lembro de escutar um tchau na hora que estávamos indo embora. Eu beijei ele... EU BEIJEI ELE!! Não sei mais quem eu sou. Acho que o Caio nunca mais vai olhar na minha cara."

"Hoje foi a festa do meu aniversário. A galera da escola veio quase toda, cheia de gente aqui no play do meu prédio, os moleques tudo se engraçando com as meninas. É engraçado lembrar que ano passado ninguém ligava pra isso, hoje ficam falando varias putarias, que querem pegar aquela menina, isso é tudo muito louco. Mas louco mesmo foi o que aconteceu hoje. Teve uma hora na festa que fui no meu apartamento, quando estou no meu quarto escuto a porta fechar, tomei um susto da porra. Era o Caio, o xinguei e ele continuou em silêncio, perguntei o que foi e ele não falava nada, fui então chegando perto dele, foi aí então que tudo mudou. Ele segurou em meus ombros e me deu um selinho. ELE ME BEIJOU!! Ficamos nesses últimos dois dias fingindo que nada tinha acontecido, mas não era fingimento, era um tempo pra pensar. Quando ele terminou de beijar ele olhou em meus olhos e falou que já gostava de mim a muito tempo, mas que nunca teve coragem de falar nada porque não queria perder minha amizade, disse que eu tinha se transformado em alguém muito importante e a simples ideia de me perder já doía, mas quando eu dei o beijo nele no cinema ele falou que o coração dele pegou fogo e que ele demorou pra falar alguma coisa porque não acreditava que aquilo realmente estava acontecendo. Eu não sei o que deu em mim, mas eu então coloquei minhas mão em seu rosto e deu outro selinho nele. Sorri pra ele, abri a porta e voltei pra festa. CARAMBA!! Ele gosta de mim, a questão é... eu acho que eu também gosto dele... mas isso então, quer dizer que... eu sou bicha?"

"O Caio veio me contar que falou para o pai dele que é gay. Na hora eu tomei um susto, como assim? Gay? Ele disse que faz um tempo que ele percebeu que gostava de meninos, mas que não entendia isso direito, só que quando ele me conheceu eu percebeu que gostava de mim ele não tinha mais duvidas, ele gostava mesmo de meninos. Eu perguntei como o pai dele reagiu, ele disse que o pai dele falou que achava ele muito jovem para ter certeza de sua sexualidade mas que o apoiaria de qualquer forma. Ele falou então que disse ao pai que tinha certeza sim, porque ele estava apaixonado, por mim. EU CONGELEI!! Falei: "Como assim?! Você falou pro seu pai que está apaixonado por mim?!". Ele respondeu na maior naturalidade que sim, que tinha dito que eu também estava apaixonado por ele. Quase borrei a cueca na hora. O Caio é maluco!!"

"Fui surpreendido pelo pai do Caio hoje. Ele veio me buscar na escola, sim, ME BUSCAR. Na hora não entendi nada. Ele falou que precisava conversar comigo. Entrei no carro e fomos indo, ficamos um pouco em silêncio mas enfim começamos. Ele falou que o Caio tinha falado umas coisas pra ele, eu falei que o Caio tinha me contado o que tinha feito. Ele então perguntou se era verdade, não sei porque, mas comecei a chorar. Ele parou o carro e eu soluçava. Perguntou o que estava acontecendo e eu respondi chorando que não sabia. Falei que não sabia o que estava acontecendo comigo, eu não compreendia aquilo que estava sentindo, mas que sentia algo mais pelo Caio, mais que apenas amizade. Ele então olhou em meus olhos, colocou a mão e meu rosto e falou: "Ah meu filho, como sua vida vai ser difícil... mas não tenha medo, nunca se esqueça que você nunca vai estar sozinho, muitas pessoas te amam e sempre vão estar do seu lado. Eu achava que vocês ainda estavam se descobrindo, mas agora eu vejo que na verdade vocês já desabrocharam". Ele me deu um sorriso e me levou até em casa. O que o tio quis dizer com isso tudo?"

"Meu pai destruiu minha vida hoje!! Estava tudo certo pra eu ir pro Rio com o Caio passar as férias com a avó dele. Mas meu pai veio falando que eu não ia, que ficou sabendo que o garoto era viado e que não queria eu andando mais com ele. Gritei, esperneei, mas nada mudou a cabeça dele. Ele disse que filho dele não é amigo de viado. Que não queria mais me ver de amizade com ele. Na hora eu comecei a chorar, eu não vou poder mais andar com o Caio? Como assim? Eu não vou mais poder ser amigo dele? Como assim? Eu não vou conseguir isso, porque... eu AMO o Caio..."

"Dei um jeito de combinar com o Caio no clube, eu precisava falar com ele antes de viajar. Conversamos um pouco com nossos amigos e rapidinho demos um jeito de ficarmos sozinhos em um lugar mais afastado. Nos abraçamos com muita força. Olhei nos olhos dele e disse tudo o que estava acontecendo, que meu pai não queria mais que eu fosse amigo dele porque ficou sabendo que ele era gay. Comecei a chorar e ele me abraçou de novo. Olhei novamente nos olhos dele e disse que não tinha mais duvida dos meus sentimentos, falei que o amava, mas que não sabia o que fazer. Caio começou a chorar e me deu um beijo. Foi meu primeiro beijo de verdade, foi tudo meio desajeitado, mas nós queríamos aquilo, queríamos que nossas línguas se tocassem. Caio segurou meu rosto e também disse que me amava".

"Meu pai me colocou de castigo. Disse que ficou sabendo que eu estava de conversa com o Caio no clube. Ele falou bem alto que NÃO ME QUER MAIS COM AQUELE VIADO. Não sei o que faço. 1 mês sem ver o Caio, como vai ser depois?"

"Estava chegando na escola hoje quando vi o Caio de longe, meu coração disparou, ele veio correndo na minha direção e eu acabei indo correndo na dele. Nos abraçamos, que saudade eu tava sentindo. De repente eu fui puxado com violência. Meu pai foi me puxando e falando alto, brigando comigo, todos meus colegas estavam olhando, na verdade a escola inteira estava olhando. Caio foi correndo e falou com meu pai pra não me puxar daquele jeito, que iria me machucar. Nunca vi tanto fogo nos olhos de Caio, meu pai parou e começou a berrar com ele, berrou que não queria filho dele andando com viadinho. Eu comecei a chorar na hora, nunca senti tanto medo. Caio não sentiu medo, ele virou pro meu pai e falou que não encostasse em mim daquele jeito. Ele não batia nem no peito do meu pai, mas não teve um pingo de medo. Meu pai olhou pra ele e continuou me puxando em direção ao carro. Eu não assisti o primeiro dia de aula. Meu pai ficou berrando o dia inteiro aqui em casa que ia me tirar daquela escola. Minha mãe não sabe o que fazer. Eu não sei o que fazer."

"A diretora ligou para meu pai e marcou uma reunião hoje, não sei o que foi discutido, mas meu pai ficou mais calmo, pelo menos eu acho, ele disse que eu vou continuar na escola, mas não quer me ver andando com o Caio. O que eu faço?"

"Hoje o Lucas pediu pra eu ir na casa dele amanhã. Não estou nem um pouco no clima. Faz alguns meses que eu e Caio estamos nos falando pouco. Sinto muita falta da amizade dele, sinto muita falta dele. Temos conseguido ficar juntos só na hora do recreio e muito pouco para que não chegue aos ouvidos do meu pai. Sinto falta de beijar ele. Não sabia que o amor era tão viciante. Como dói."

"Cheguei na casa do Lucas hoje e vi que não tinha ninguém em casa. Perguntei o que ele queria e ele falou para irmos para o quarto dele. Na hora achei muito estranho mas fui. Quando entrei no quarto dele não acreditei no que estava acontecendo, Caio estava lá, sentado na cama. Nem lembrei mais do Lucas, fui correndo abraça-lo e começamos a nos beijar. Quando nos separamos olhei ao redor e vi que Lucas não estava no quarto, ele tinha nos deixado a sós. Caio me contou que Lucas viu eu e ele ficando algumas vezes, mas nunca tinha comentado nada, e quando aconteceu aquele show do meu pai no primeiro dia de aula ele se aproximou do Caio e falou que iria tentar ajudar a gente. Lembrei então do que o pai de Caio falou pra mim no carro aquela vez, acho que hoje conheci meu primeiro anjo da guarda. Caio então me deu um embrulho, olhei desconfiado e perguntei o que era, ele disse que era o meu presente do Dia dos Namorados, foi aí que me dei conta de que hoje é 12 de Junho. Olhei pra ele e perguntei: "Isso quer dizer que somos namorados?". Ele falou que somos namorados desde nosso primeiro beijo."

"Já têm quase 4 meses que o Lucas vem ajudando eu e Caio a nos encontrarmos, mas hoje era o meu aniversário e eu precisava estar com meu namorado. Pedi ao Lucas e consegui marcar de nos encontrarmos mais uma vez na casa dele. Caio chegou por volta de 14:30, eu já estava lá fazia uma hora. Lucas falou para ficarmos a vontade que ele ia ficar na sala. Fomos para o quarto dele e ficamos lá nos beijando. Então, eu não sei o que deu em mim, mas olhei para Caio e falei que estava com saudade de uma coisa, ele perguntou o quê, eu respondi que estava com saudade de ver o corpo dele. Caio ficou um pouco assustado, mas falei que não via o corpo dele desde aquelas férias no sítio, onde eles nadavam pelados na cachoeira. Falei que muita coisa já deve ter mudado, afinal tínhamos 11 anos e agora já estávamos com 13 anos. Caio olhou pra mim, deu um sorriso e foi tirando a camisa, eu tranquei a porta do quarto e fui pra perto dele. Tirei minha camisa também e ficamos olhando um para o outro, sem nenhuma vergonha passei a mão em seus peito e em seu abdômen. Em seguida ele abriu sua bermuda e a deixou cair, olhei um pouco ansioso e vi que ele usava uma cueca azul, então tirei a minha bermuda e também fiquei só de cueca. Olhávamos um para o outro, percebi que ele continuava liso, sem nenhum pelo em suas pernas, enquanto eu já tinha um pouquinho de pelos nas pernas. Ficamos um tempo parado até que ele chegou mais próximo de mim e falou baixinho para eu tirar a cueca dele. Senti um frio na barriga, mas me ajoelhei na frente dele e fui puxando bem devagar aquela cueca. Então, na minha frente apareceu um piru branco, com poucos pelos que já estava começando a ganhar vida. Fiquei parado um tempo olhando, criei coragem e toquei. Segurei nele, senti a textura da pele, segurei suas bolas, uma pele lisinha, passei a mão em suas coxas, agarrei a bunda dele, pela primeira vez na vida eu sentia o corpo do Caio, quantas vezes eu sonhei com isso. Ele me levantou e se ajoelhou na minha frente, foi então tirando a minha cueca, fez o mesmo em mim, foi sentindo com as mãos cada centímetro do meu corpo, fechei os olhos e comecei a curtir aquela carícia, mas então, eu fui as nuvens, olhei para baixo e vi ele colocar meu pau em sua boca. Que sensação incrível, na verdade indescritível. Nunca tinha sentido nada igual aquilo. Ele falou para eu deitar na cama, enquanto ele se deitou entre minhas pernas e continuava me chupando, eu sentia um arrepio por todo meu corpo, cada parte de mim estava completamente sensível. Ele chupava só a cabeça, depois ele todo, aquilo era novo pra mim e pra ele também. Foi realmente mágico. Em pouco tempo eu comecei a sentir um sensação maluca, comecei a tremer, ele perguntou o que era e eu disse que tava sentindo algo estranho, ele então agarrou meu pau e começou a fazer um movimento de vai e vem, em poucos segundos meu corpo perdeu as forças. Eu nunca tinha gozado na minha vida, que sensação maravilhosa. Caio deitou do meu lado, colocou uma perna por cima de mim e começamos a nos beijar. Foi tudo especial, tudo inesquecível. Meu primeiro orgasmo foi com meu amor."

-> (Deane Carter - Strawberry Wine. http://youtu.be/Up06CryWQpE)

"Estava no clube com o Caio hoje, desde meu aniversário descobrimos o sexo oral. Foi bem legal quando eu chupei ele a primeira vez. Ficamos um pouco safados depois disso, qualquer oportunidade estamos nos chupando. Hoje não foi diferente, entramos no vestiário do clube e fomos para uma cabine privativa, ligamos o chuveiro e começamos a nos chupar. Continuamos aproveitando o dia no clube quando de repente meu pai chegou. Ele nos viu conversando na beira da piscina. Meu pai já chegou puxando meu cabelo e me tirando de perto de Caio. Não sei o que deu em Caio mas ele se levantou e já foi berrando com meu pai para me soltar. Meu pai começou a gritar com ele e os dois começaram a discutir, o clube inteiro olhava para a gente, meu pai berrava falando que não queria o filho dele com viado. Caio gritava que era gay mesmo e que ele não tinha nada a ver com isso e que nós éramos apenas amigos. Meu pai então me deu um tapa na cara, Caio rapidamente foi em direção ao meu pai e o empurrou, as pessoas começaram a vir separar, mas deu tempo de meu pai conseguir dar um empurrão em Caio e o derrubar no chão. Dois caras chegaram e seguraram meu pai falando que ele estava batendo em uma criança. Eu não sei o que deu em mim mas fiquei maluco. Gritei com meu pai, falei pra ele ficar longe do Caio. Ele berrava de volta até que gritei pra ele que não adiantava ele querer me ver longe do Caio, porque eu era gay e amava o Caio. Meu pai ficou em silêncio, olhou fundo em meus olhos e foi embora do clube. Eu fiquei lá, acalmei o Caio, mas mesmo com medo fui embora para casa. Quando cheguei em casa não achava meu pai, minha mãe estava chorando no sofá da sala. Perguntei a ela o que estava acontecendo e ela disse que meu pai tinha chegado e contado tudo pra ela, ele queria me matar, ela não sabia o que fazer, o que pensar. Comecei a chorar também, abracei minha mãe e choramos juntos. Não conversamos sobre nada, apenas chorávamos abraçados, de repente a porta da casa se abriu, meu pai já chegou me batendo, me deu vários socos, minha mãe tentava intervir, acabou sobrando socos nela também. Não sei o que parou meu pai hoje, achei que ele fosse me matar. Não sei como vai ser daqui para a frente. Não sei mais de nada."

"Hoje fazia 10 dias que não falava com Caio, mas ele apareceu a minha casa hoje, ele é completamente maluco. Não estava indo nas aulas porque estava todo cheio de hematomas. Meu pai, por sorte, não estava em casa, minha mãe ficou sem reação mas deixou eu e ele nos vermos um pouco. Caio começou a chorar quando viu minha situação, ele queria denunciar meu pai, mas eu não deixei. Caio então me contou toda sua história. MEU DEUS! Ele foi estuprado quando era criança, sua mãe... coitados, que sobreviventes... Agora entendo toda sua força, gostaria de ter essa força..."

"Voltei do sítio do meu tio, meu pai me mandou para um lugar sem telefone para passar as férias. Descobri então que não iria mais estudar na mesma escola. Não aguentei e comecei a discutir com ele, gritava, berrava, ele estava destruindo a minha vida. Meu pai falou que ele não teria filho viado e que eu nunca mais veria o Caio. Eu gritei na cara dele que era viado e que amava o Caio e que nada nem ninguém iria separar nós dois. Meu pai me deu um soco na cara. Eu caí no chão, fui me levantando desesperado e saí correndo de casa. Eu corri sem direção, sem destino nenhum, chorava sem parar e não sabia o que fazer. Entrei dentro de um ônibus e fui para a casa do Caio. Quando ele me viu, nos abraçamos na hora, nos beijamos e começamos a chorar. Eu não posso voltar para aquela casa."

"Meu pai ontem a noite ligou para o pai do Caio e disse que chamaria a policia se eu não voltasse para casa. O pai do Caio então começou a discutir com ele e disse para ele chamar, que mostraria tudo o que ele estava fazendo comigo. Eu me senti protegido, mas com muito medo. Decidi então voltar para casa, me despedi do Caio e falei que daria um jeito de falar com ele, mesmo não estudando mais na mesma escola. Cheguei em casa e todas as minhas coisas estavam em caixas. Minha mãe chorava. Meu pai me olhou com o maior desprezo do mundo e disse que ou era morar ali ou ser gay fora dali. Comecei a chorar, a chorar. Eu não sei o que fazer, eu só tenho 13 anos."

"Minha vida está um inferno, meu pai tem bebido muito, batido em mim, eu mal consigo ver o Caio, minha mãe só chora. Não aguento mais isso."

"Hoje eu e Caio matamos aula, ficamos o dia todo na Praça do Japão. Não sei como, mas consegui me sentir em paz, consegui me sentir feliz. Só com ele eu consigo sentir o amor."

"Essa semana é o aniversário do Caio, temos nos visto uma vez por semana, tá doendo tanto essa distância. Preciso conseguir fazer algo especial pra ele. Vou falar com o pai dele, preciso ter um momento com o Caio."

"Hoje foi o dia mais inesquecível da minha vida. O pai do Caio falou para eu ir para a casa deles, nós ficaríamos a tarde sozinhos. Falei para minha mãe que iria fazer um trabalho na casa de um amigo da escola, ele topou me ajudar. Comprei um bolo na confeitaria e fui para lá. O pai dele me recebeu com um abraço apertado, disse para eu ter força e fé que isso tudo iria passar. Ele saiu e me deixou lá. Fui para o quarto de Caio e comecei a encher umas bolas e pendurar pelo quarto. Escrevi uns cartazes com frases que nos marcaram e colei nas paredes. Peguei umas fotos nossas que tinha revelado e preguei todas num quadro que ele tinha, fazendo um mural nosso. Coloquei no aparelho de som um CD que tinha gravado especialmente para aquele dia. Caio chegou chamando pelo pai, continuou chamando e foi indo em direção ao seu quarto. Quando ele abriu a porta viu tudo aquilo montado e começou a chorar, quando ele me viu começou a chorar mais compulsivamente ainda. Levantei seu rosto e comecei a enxugar suas lágrimas. Falei que aquele dia não era um dia de choro, era um dia para sermos felizes. Começamos a nos beijar de uma forma que nunca tínhamos nos beijado antes. Ele olhou tudo que eu tinha enfeitado e sorria, o mural quase fez ele chorar de novo. Sentamos em sua cama e começamos novamente a nos beijar. Não sei o que deu na gente aquele dia, mas estávamos com as emoções a flor da pele. Em minutos já estávamos nus na cama, nos amando de uma forma como ainda não tínhamos feito, sentido desejos que ainda não tínhamos sentido. Foi tudo tão natural, em alguns movimentos eu estava beijando a bunda dele, conhecendo e desvendando esses desejos ainda tão escondidos. Ele me chupava, eu o chupava. Foi o Caio quem me deitou, ele que apareceu com um lubrificante, não sei de onde ele tirou. Ele passava sobre meu pau, se posicionava em cima de mim e foi o direcionando até o cú dele. Não lembro quanto tempo foi, o tempo pra mim tinha parado, não foi fácil, ele sentia dor e parava, mas não desistia, de repente eu senti que estava tudo dentro dele. Eu nunca senti nada igual, não estou falando do sexo, estou falando do sentimento, eu me senti totalmente completo, senti nós dois fazendo parte um do outro, se completando. Foi tudo lindo, não foi prazer, foi amor. Fizemos em várias posições, rimos, gememos, choramos... Nada vai fazer eu esquecer o que eu senti naquela hora. Nada."

"Meu aniversário está chegando, Caio falou que quer fazer algo pra mim. De repente eu venho me sentindo feliz de novo. Desde o aniversário dele já transamos mais 3 vezes, cada vez está melhor, cada vez me sinto mais completo. Estou ansioso pra ser feliz com ele."

"Hoje eu cheguei em casa e meu pai estava sentado na minha cama e meu diário estava do lado dele. Não sei como ele achou, mas ele leu tudo. Nunca o vi me olhar com tanto ódio. Estou com medo."

"Meu aniversário foi ontem... Não pude fazer nada... Meu pai me espancou e não pude ver ninguém por vergonha, não consegui nem falar com o Caio... não aguento mais... simplesmente não aguento..."

"Falta uma semana pra Novembro e meu pai me chamou hoje para ir numa festa de uns amigos dele, fazia tempo que não via meu pai amoroso, será que posso crer que existe luz no fim do túnel?"

"Eu não mereço isso!!! EU NÃO MEREÇO!!! Nunca fui tão humilhado!! Meu pai me levou a festa dos seus amigos. Não consigo acreditar que isso aconteceu. Na verdade a festa não era dos amigos, ele que organizou tudo. Em um momento da festa ele me levou no meio de todos e me anunciou como o filho viado dele. RASGOU A MINHA ROUPA!! ME DEIXOU PELADO!! E COMEÇOU A ME OFERECER PARA OS AMIGOS!!! Disse que eu já tinha feito sexo, que ele leu no meu diário. Falou que se era pra eu ser viado, que pelo menos desse algum trocado pra ele dando para os amigos... Eu só conseguia chorar!! Eu não aguento mais isso..."

"Hoje só me passa uma coisa pela minha cabeça: Caio, eu amo você! EU AMO VOCÊ..."

-> (Cyndi Lauper - True Colors. http://youtu.be/LPn0KFlbqX8)

=======================================================================================================

- Prireis822: Muito obrigado por tudo. Você é especial de mais pra mim, seus comentários, sempre completos e detalhados me animam a querer escrever mais. O vestido é lindo né!! Eu acredito em redenção, Dani e Heitor tão aí pra provar. Marcos e Caio têm uma conexão maravilhosa, você vai ver. Desde o inicio a história de Artur e Caio estava escrita, pra mim uma história triste, porém linda. Beijooooo

- Safirynha: Dani e Heitor se tornaram um xodós, espere que eles ainda vão passar por uma bomba das grandes. Beijãooo

- Anjo Sedutora: Chateado com você jamais!!! Espero ter emocionado com a história do Artur, foi uma história tao querida. Beijaooo

- kaduNascimento: Quem sabe isso acontece... kkkkk... mas depois de tudo, quero saber o que achou? Beijooo

- Geomateus: Espero que você continue gostando. Beijaooo

- fran: Meu amigo, parceiro, a jornada está acabando, quero muito saber o que você tá achando. Beijooo

- BielRock: amigo, acho que você vai se emocionar, os dois últimos episódios são loucura loucura!! Beijaooooo

=======================================================================================================

Sempre lembrando que amo os comentário de vocês, então não fiquem com preguiça, COMENTEM!!! Quem quiser falar diretamente comigo é só mandar e-mail para leoleoleopinheiro@outlook.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive leopinheiro a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Nem chorei. Ironicamente falando, sabe?

0 0
Foto de perfil genérica

Oi Leo querido, boa tarde. Nossa que cap lindo. Estou emocionada agora e sim é triste mesmo. Coitado do Arthur já estou ansiosa pra saber o que aconteceu com ele. É mais um baque pro Caio que já sofreu tanto. Vou ficar aguardando os ultimos cap e já estou emocionada com isso. Não queria que acabasse. Leo vc ta planejando fazer uma segunda temporada?

Leo vc tbm é muito especial pra mim e ainda estou te esperando pra agente conversar mas pode ser por email tbm. Sim percebi essa ligação deles. De nada querido eu que te agradeço o carinho e a atenção. Gosto muito de vc tbm Leo, bjos se cuida Pri :)

0 0
Foto de perfil genérica

:) Simplesmente lindo e emocionante esse cap... Espero que a história dos dois não termine triste. Bjos lindo!

0 0