Não.. não tinha sido dela.. hahaha
Na verdade, tinha sido um cara qualquer.. e pra tentar tirar isso da cabeça, resolvi ficar e deixar de lado esses pensamentos...
Vou dar um pulo nessa história pra 2 semanas depois, quando finalmente consegui a vaga no escritório. Como éramos poucos funcionários, me entrosei rápido com as meninas, a já tão falada bianca e a tati.
Lógico que assim que soube nome e sobrenome, voei pro fb pra ter mais notícias sobre a bia. Vi que estava em um relacionamento sério :( mas não dizia com quem. Isso foi instigando minha curiosidade e passei a investigar tudo.. queria uma pista, uma confirmacao, uma prova do pq ela me tirava tanto o sono. Mas o perfil era limpo como água. Nada nada...
Assim resolvi continuar a investigação somente com observação mesmo. Ela dizia mt sobre sua relação, conturbada
Problemática.. Quando fui pegando intimidade, ela me confessou que a relação tinha virado amizade há tempos mas que os dois nunca se davam conta disso.
- isso pra mim quer dizer problemas na cama, certo? - perguntei
- é, começa mesmo por aí.
- e acaba onde? Tu acha que essa pessoa pode te trair?
- não, não tem chance. Luisa nunca faria isso.
Olhei p bia fingindo naturalidade. Pelo menos pensei que tinha feito assim.. Bia me olhou com olhos de desaprovação.
- Mari, na verdade, isso diz respeito a mim. Nossa, vc arrancou td da minha vida em tão pouco tempo.. que loucura. Peço perdão, não quero te meter nessa história, nossos chefes não sabem e assim espero que permaneça, ok?
- Claro bia. Não te preocupa com isso. Pode confiar em mim, nunca faria nada pro seu mal.
E assim ela saiu. Me deixando chocada, perplexa.. desculpe se o texto até agora estava um pouco direcionado ao encantamento que senti por ela, mas até verdade é que eu não fazia a menor ideia do que isso era.. na minha cabeça não passava de uma admiração.. Mal sabia o que estava acontecendo..
Lidamos bem com esse episódio, não alterou em nada nossa aproximação. Tudo acontecia aos poucos: desde olhares silenciosos, sorrisos discretos até os arrepios fora de hora, até que indiretas começaram a ser lançadas. Aos poucos, bastava um simples toque dela no meu braço e aquelas velhas borboletas voavam em todas as direções no meu estômago. Com certeza não foi somente 1x que ela percebeu o quanto que eu me arrepiava nesses contatos. Até que um dia conversando, ela jogou a real p mim:
- Sério cara, tu me deixa extremamente confusa com esse teu jeito. Me diz logo, tu é lésbica ou não?
Eu meio em choque com a pergunta, respondi sem pensar:
- Não Bia. Não sou. Ou não era até te conhecer.
- Não sei o que responder em relação a isso. E raramente fico sem palavras.
- Faz assim, não fala nada, só me ajuda a descobrir.
- Vc ta esquecendo que eu sou comprometida? Não posso te ajudar em nada.
Aquilo foi um golpe no estômago. Lembrei que ela realmente não poderia me ajudar. Mas quem poderia? Quem iria me fazer sentir tudo aquilo que eu tava sentindo por ela? Respondi:
- Desculpa Bia, realmente. Não sei onde eu tava com a cabeça. Esquece o que eu falei, ok?
Bia respondeu que tudo bem. Que era pra eu relaxar e que ia procurar alguma amiga pra me apresentar. Eu, que não perco os maus costumes, apenas respondi:
- Não precisa, meu problema é exclusivo com você. Mas passa.. Tirando isso, me viro muito bem sozinha.
E assim ela me deixou sem resposta. Nada que eu não tenha merecido, admito kkkk
Nessa noite tive uns sonhos malucos... sonhei que chupava seus peitos e a ouvia gemer chamando meu nome, pedindo pra eu não parar. Em certo momento ela me puxou pra mais perto e desceu a mão na minha buceta. Senti aqueles dedos me tocando e... Acordei. Puta da vida, mas acordei. Tava tão excitada que não pude não desejar cada segundo daquela mulher. E como só tinha eu, foi eu msm.. gozei maravilhosamente pensando na cena!
O dia seguinte era sábado. Não veria a Bia e tava um pouco aliviada por isso, não sabia como iria a encarar depois da última noite. Passei a tarde bebendo com uns amigos, e aparentemente ela tb, porque as 19hrs recebi a seguinte mensagem:
- Quer saber? Eu quero te ajudar.