No dia seguinte, a família pela primeira vez em meses tomou o café da manhã juntos e a conversa girou em torno de vários assuntos. Com o final da férias da faculdade, os três irmão seguiriam para seus destinos... Catarina estudava na USP, Saulo voltaria para a Academia Militar (AMAN) e Rômulo seguiria para seu último semestre na UnB.
_ Pai, eu tava pensando em dar uma festa de final de férias aqui em casa, seria isso possível? Perguntou Catarina cheia de expectativas.
_ Por mim ta liberado, filha. Lidia, o que você acha? E Horácio olhou para a esposa que estava se servindo de mais um pedaço de melão.
_ Acho justo. Os meninos já foram a todas as festas em casa de amigos. Qual o dia escolhido?
_ Tava pensando no sábado a partir das 09:00 h da manhã.
_ De hoje até o dia D, teremos apenas cinco dias para organizar tudo...
_ nada disso mãe, a Catarina ta planejando essa reunião entre amigos aqui em casa desde o dia em que a Paulinha Mota não a chamou para a festa na casa dela... E Saulo começou a rir da cara da irmã.
_ Garoto, você é um nojento... E mostrou a língua para o irmão mais novo que continuava a zoar cm a sua cara.
_ Quero saber quantos amigos cada um de nós poderá chamar... Falou Rômulo.
_ Tava pensando justamente nisso... Que tal vinte para cada um de nós e papai e mamãe convidam a turma deles de sempre? Perguntou Catarina a todos.
_ Em relação aos amigos que temos, acho pouco a quantidade de convidados... Falou Lidia.
_ É justamente por querer uma reunião mais íntima, mãe, que limitei o numero de convidados. Retrucou a moça já meio aborrecida.
_ Minha querida já que você é a organizadora da festa, eu concordo plenamente com sua ideia. Disse a mãe.
_ Ela ta fazendo isso mãe, porque não quer que a Paulinha seja convidada... Só que minha irmãzinha você gostando ou não, ela será uma de minhas convidadas... Falou Rômulo já levantando da mesa...
_ Ei rapazinho, onde você vai?... Toma seu café direito meu filho.
_ Mãe se eu comer mais alguma coisa tenho certeza que vou estourar. E respondendo a sua pergunta, estou indo ao clube com os amigos. Tchau e bom dia a todos vocês. Você vem também, Coronel? Era assim que ele chamava o irmão caçula.
_ Apareço por lá mais tarde... E eu ainda não sou Coronel, Rômulo... Cadete, beleza?
_ Quanto a você, Catarina? E olhou pra irmã.
_ Já tenho você demais no meu pé...
_ Também te amo... Amo todos vocês... Fui.
A certeza de logo mais voltar a ver o novo amigo Arthur Freire, lhe fez praticamente voar pro carro e seguir direto pra sua casa, já que iriam juntos.
Quando Rômulo chegou à casa do amigo já que não sabia como deveria lhe considerar depois do ocorrido no dia seguinte, teve que esperá-lo enquanto ele terminava de se arrumar. Arthur, o pai d amigo e Sandra, sua mãe ficaram lhe fazendo companhia...
_ Então meu rapaz, você esta de férias. Onde estudas? Perguntou Arthur Freire.
_ Tô na UnB e quando retornar, cursarei o último semestre em Administração.
_ Nosso filho estuda Economia na Federal de Minas. Parece que vocês estão na mesma área. E seus pais, quando terei o prazer em conhecê-los?
_ Em breve, Sr. Arthur. A festa de encerramento das férias será no próximo sábado em nossa casa. Sintam-se convidados.
_ E como se chamam seus pais, filho?
_ Horácio e Lidia Lemos. Ele toma conta de uma empresa no ramo da pesca com filiais em alguns lugares do Brasil e no Exterior e mamãe preferiu cuidar dos filhos a trabalhar fora.
_ Então aguardaremos ansiosamente esse encontro. Disse a Dra. Sandra.
Finalmente Arthur Filho, Luciana e Rômulo saíram com destino ao clube.
_ É um crime papai e mamãe irem trabalhar num dia tão lindo como esse. Disse Luciana.
Ao chegarem no clube vários eram os amigos que lá já se encontravam e Danilo veio falar com os recém chegados...
_ Até que enfim vocês dão o ar da graça. Beleza, Rômulo? Olá Luciana tá uma gata... E você Arthur, beleza?
E após os cumprimentos os amigos souberam como aproveitar o dia. Tanto Arthur como Rômulo eram os mais visados pelas amigas e claro que pra não chamarem a atenção para eles mesmos, deram toda atenção a todas e a nenhuma em particular. Quando tinham algum momento juntos não deixavam dúvidas de que quem os visse, veriam apenas uma dupla de amigos em conversas e risos.
...
Lidia saiu de casa na companhia do marido Horácio, precisava ir ao banco e depois ao shopping.
_ Você quer que mande o motorista vir de pegar, amor? Perguntou Horácio.
_ Não precisa. Vou passar no banco primeiro e verificar algumas aplicações pessoais. Beijo meu amor.
Fazer compras em algumas lojas e encontrar com outras duas amigas estava nos planos de Lidia Lemos. Ela estava falando com o Gerente da Agência quando um homem entrou em seu campo de visão. Era alguém que com certeza conhecia e que jamais pensou que veria novamente. Os dois trocaram um rápido olhar e por alguns momentos nenhum dos dois conseguiu dizer uma palavra sequer...
_ Boa tarde, senhora.
Ela nada conseguiu dizer e imediatamente encerrou o que tinha vindo fazer no banco e tentou sair apressadamente, só que suas pernas não queriam obedecer a seu comando...
_ D. Lidia, a senhora está bem? Posso mandar trazer uma água...
_ Eu quer sim, obrigado Walter por toda essa atenção.
O Gerente saiu momentaneamente e os dois ficaram sozinhos...
_ Quanto tempo, né mesmo Lidia?
Ela apenas olhou com um ódio mortal e nada disse...
_ Você não mudou nada, continua uma mulher muito bonita e pelo visto sua vida mudou muito.
_ Pode ter certeza, Arthur que a minha vida mudou muito nos últimos vinte e três anos.
_ O que aconteceu para que você sumisse da minha vida? Lembro que voltei pra faculdade e na primeira oportunidade que tive de voltar em casa, não mais a achei por lá e alguns amigos disseram que você havia se mudado. Até seus pais sumiram da cidade... Desculpa falar mas, voc~e deve lembrar que nunca deixei nada pendente na minha vida...
_ Isso já não importa mais. O passado já não mais existe e o que trouxe dele para a minha vida foram os momentos bons e as alegrias que vivi. Boa tarde. Lidia praticamente coreu para um lugar seguro, só que esse lugar não mais existia, não depois de voltar a ver o homem que lhe trouxe tanto dissabor.
Quando o Gerente voltou não mais a encontrou a sua espera e muito menos o Superintendente Regional Arthur Freire.
Lidia simplesmente andou pelo shopping como se fosse um zumbi. As amigas Marta e Miriam ainda ligaram para seu celular e ela não atendeu as ligações. Seu pensamento em fugir parecia ter virado um mantra para seguir sobrevivendo, só que ela estava totalmente perdida. Depois de muito andar pelas ruas e avenidas da pacata cidade que vivia com sua família, lugar onde todos a conheciam como D. Lidia da Maia Lemos, uma mulher da alta sociedade local e do Estado, ela entrou nas dependências da empresa do marido e praticamente correu a seu encontro.
Horácio estava falando ao telefone quando ela praticamente invadiu sua sala.
_ Me ajuda, Horácio... Pelo amor de Deus me ajuda.
Horácio apenas a envolve nos braços e gentilmente lhe perguntou o que estava acontecendo...
_ O passado meu amor, ele veio cobrar a fatura que esta em aberto nas contas da minha vida ou simplesmente veio terminar o que não conseguiu.
O marido nada entendeu de suas palavras e esperou o momento em que ela lhe daria algum tipo de explicação pelas palavras enigmáticas que havia pronunciado.
...
Assim que Luciana disse que iria pra casa de uma amiga almoçar, Arthur teve a ideia de chamar o amigo para irem para sua casa já sabendo que seus pais chegariam tarde do trabalho... Rômulo aceitou na hora por estava louco pra beijar o agora namorado.
Durante o rápido trajeto falaram da grande vontade que tinham de ficarem o maior tempo possível juntos. O carro de Rômulo dessa vez ficou estacionado na garagem da casa d amigo e os dois praticamente correra para quarto de Arthur, após pedirem as empregadas que não interrompessem pois os dois iriam fazer um trabalho da faculdade.
_ E o senhor não vai querer nem lanche, seu Arthur?
_ Se der fome a gente desce e você prepara alguma coisa pra nós.
Assim que a porta d quarto foi fechada os dois se entregara novamente a um longo e delicioso beijo.
_ tava cheio de vontade lá no clube, cara... Falou Rômulo.
_ Pois ata a tua vontade, fera...
As roupas rapidamente foram tiradas de seus corpos e ao se olharem no espelho da parede viram pela primeira vez o quanto que se pareciam... Altos, sarados, loiros, mesma cor dos olhos, alguns sinais no corpo, até a maneira pausada de falar, dando a vez ao outro...
_ Você parece comigo, na verdade poderia ser a minha cópia... Disse Rômulo.
_ Deve ser por isso que te quero cada vez mais...
A cama foi desfeita e os dois souberam como fazer para mais uma vez sentirem no peito a emoção de fazerem amor com quem valia a pena... Os corpos suaram na medida certa e o desejo entre os dois só crescia e era uma combinação perfeita entre o prazer, o querer e o desejar.
Demoraram muito no sexo oral que fizeram. seus corpos foram explorados com cuidado e carinho. Marcas invisíveis foram deixadas em cada curva e reta que possuíam e quando Arthur foi possuído por Rômulo sentiu o corpo vibrar incontrolavelmente... As sensações eram muitas e o prazer que estava sentindo só lhe deixou c mais vontade ainda...
_ Fode sem pressa ou medo... Sou te fera. Caralho, você é delicioso... Tô me sentindo completo como jamais me senti antes...
Rômulo ao possuir o corpo do amado sentiu algo diferente pois ali não estava ocorrendo um ato mecânico igual quando fazia sexo com Murilo, seu coração sentiu uma calma que nunca havia ocorrido antes e ele teve certeza que o amor tinha acontecido na sua vida... O rosto de Arthur foi virado e sua boca foi invadida pela língua de Rômulo... Era incrível a receptividade do garoto e ambos souberam explorar isso muito bem...
Rômulo foi colocado de frango assado e enquanto era devidamente preenchido pelo namorado, teve seu peito mordido e chupado por ele... Seu corpo se moldava a luxúria de Arthur perfeitamente... Quando seus olhares se encontraram, Arthur disse:
_ Para e me ouve, porra... Nunca me manda embora, eu te amo Rômulo... Tenho certeza que te amo...
E a dança de seus corpos evoluiu para uma simbiose entre o amor e o querer e ais uma vez o gozo foi incrivelmente intenso.
O relógio marcava pouco mais de 17:40 h quando desceram e apenas um suco foi tomado na copa da casa sob as vistas das meninas que lá trabalhavam. Antes de sair Rômulo perguntou:
_ É verdade o que você disse? Você me ama mesmo?
_ Sim, eu te amo... Não me pede explicações pois não saberia te dar... Sei que te conheço a pouquíssimo tempo, mas pra mim não importa... Só sei o que sinto e quer continuar a sentir... Tem uma coisa que não sei dizer... É como se você já fizesse parte de mim há muito tempo... Pra você isso não é a mesma coisa, é isso? É por isso que você ta me perguntando isso como se tivesse dúvidas?
_ Não, cara. Eu sinto o mesmo por você... É que tenho medo de que alguma coisa faça com que a gente se separe, entendeu?
_ Vamos com calma então... O difícil foi achar você... Acredito que será mais fácil te ter a meu lado. Estamos juntos então?
_ Pro que der e vier, não é assim que diz o ditado?
_ Com certeza. Não me deixa sem notícias. Tchau.
Assim que saiu da casa do namorado, Rômulo foi pra casa se sentindo o cara ais feliz do mundo.
Quando estacionou a sua vaga de gare e entrou e casa viu a mãe chorado abraçada ao pai...
_ O que aconteceu, mãe? Pai, por que ela ta chorando?
Os dois olharam o filho que tinha uma expressão sofrida no rosto...
_ Filho precisamos conversar... Falou Horácio de Holanda Lemos.
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Amigos, saibam que esta sendo muito bom escrever essa trama... Que cada um de vcs me falem das suas conclusões a partir de agora. Que o domingo esteja sendo bem aproveitado por todos... Um grande beijo, Nando Mota.