Dentro de Nós - Capítulo 15

Um conto erótico de Thomaz
Categoria: Homossexual
Contém 4056 palavras
Data: 10/03/2015 18:36:48

Primeiramente, queria me desculpar pela grande demora pra postar esse capítulo. Sério, mereço ser apedrejado. Vários motivos me levaram a abandonar o site, mas estou de volta porque uma história não pode ficar sem um final. Aliás, hoje não é o final ainda, como eu havia explicado de que haverias mais alguns capítulos e tal. Bom, pra quem esqueceu o que aconteceu no último capítulo, vou colocar aqui uma recapitulação dos acontecimentos mais importantes.

No último capítulo: William havia combinado com Thomaz de passar o fim de semana com ele, na casa que os pais de Will tem na praia, para comemorar o "mêsversário" de namoro. No primeiro dia juntos e sós, ocuparam-se surfando e aproveitando do jeito deles. Quando voltam para a casa da praia, Will e Thomaz acabam cedendo ao tesão e contemplando uma noite de amor e sexo.

Ok, ficou uma bosta. Mas vamos ao capítulo de hoje.

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Logo após o ato, e algumas horas de repouso, tomei um banho um pouco demorado. Percebi um pouco de sangue escorrer pelas minhas pernas, e uma ardência na região anal, e então me lembrei de tudo o que eu tinha feito há pouco tempo atrás. Senti um peso, eu amava o Will, e queria fazer isso, e fiz. Mas depois, eu não sei. Eu nunca sei.

Quando saí do banho, me deparei com Will sentado na beira da cama, com o lençol cobrindo apenas suas partes íntimas. Ele estava com um sorriso sem graça no rosto, e eu também. Sentei-me ao seu lado, e fiquei em silêncio, olhando pro nada.

- Que foi? – pergunta ele, preocupado.

- Eu tô me lembrando do que fizemos. – digo, sem olhar para ele.

- Você gostou? Foi bom?

- Foi a melhor sensação, que eu pude sentir até hoje. Só não consigo acreditar que eu fiz isso, nunca me vi fazendo isso com outro cara, é muito louco, sabe?

- Sei, eu quero fazer isso muitas vezes ainda, é muito bom. – diz, rindo e deitando-se na cama.

- Sim, vamos fazer isso mais vezes.

- Eu não vou me esquecer desse dia, Thomaz. Nunca.

William ergue-se novamente, e toca meu rosto com a ponta dos dedos suavemente. Aproximo meu rosto do dele, e beijo sua boca por alguns instantes, com nossas línguas dançando juntas, e o calor de nossos corpos sucumbindo. Will interrompe o beijo, e avisa que vai se banhar, para que possamos dormir. Acabei pegando no sono antes do William sair do chuveiro.

Acordei cedo, antes das sete, com a cama vazia, ninguém além de mim.

- Will? – chamei-o.

Estava um silêncio mortal naquele quarto. De repente, ouço um barulho como se algo tivesse caído no chão, xícaras, por aí. Confesso que levei um pequeno susto, e levantei rapidamente da cama. Corri até chegar a escada, e me deparo com Will juntando os cacos de xícaras (como imaginei) que havia derrubado da bandeja.

- O que aconteceu? – pergunto, descendo alguns degraus até alcança-lo.

- Te acordei? Que droga! Eu ia levar isso pra você, não devia ter escada nessa casa! – diz ele, zangado.

Começo a rir, e Will me encara.

- Desculpa Will, mas você é muito desastrado.

- Ah, cheio da graça. – zomba – Me ajuda a juntar isso aqui.

Recolhemos os cacos e então ajudo Will a preparar um novo café da manhã, já que a Drica – que só serve para dar em cima do que já tem dono – não estava aqui. Preparamos uma bandeja de nuggets para nós dois, e suco. Sentamos a mesa e começamos a comer.

Pego um nugget da bandeja – na verdade três.

- Hey, guloso! – exclama, dando um tapa na minha mão, fazendo com que eu solte os nuggets.

- Will, que merda! Me dá isso agora! – me irrito.

- Se quer, vem pegar.

Will coloca um dos nuggets entre os dentes, deixando um pedaço para fora da boca. E pisca um dos olhos para mim.

- Vai pegar ou não? – pergunta, sem tirar o nugget dos dentes.

- Idiota.

Aproximo meu rosto do dele e mordo o pedaço que estava para fora, tocando meus lábios no de Will. Quando ia me afastar, Will segura minha cabeça e tasca um beijo, com ele mesmo interrompendo. Terminamos de comer e descansamos mais um pouco, iríamos surfar praticamente o dia inteiro hoje. E assim fizemos. O dia passou rápido, viemos para a casa apenas no almoço e perto de anoitecer, passando mais uma noite juntos e contemplando o prazer. No dia seguinte voltaríamos para a cidade.

Fui acordado na manhã do outro dia, por volta das oito horas, com uma bandeja sendo segurada por Will, que estava sentado ao meu lado na cama, sem camisa.

- Hoje deu certo. – diz, rindo.

- Tô vendo. – “rio” também.

Na bandeja havia sucos, pão, nutella <3 e alguns doces bem suculentos.

- Foi você quem fez isso ou a Drica? – pergunto, desconfiado.

- A Drica não vem mais pra cá. – responde.

- Ah, tá bem ruim isso aqui. – minto, e Will fecha a cara.

- Fala sério, podia jurar que tinha ficado bom.

Ele faz uma cara de desanimado.

- É brincadeira, tá uma delícia.

- Ufa. – suspira.

Comemos e começamos a arrumar as coisas para ir embora.

Desço as escadas com duas bolsas em uma mão, e o cartão que Will havia me dado na outra. Na parte da frente dizia: “Para o melhor namorado do mundo”. Iria ler quando chegasse em casa. William e eu entramos no carro do amigo dele e vamos embora.

Alisson me deixou em casa. Despedi-me do Will com um beijo e desci do carro. Entrei em casa e Heitor estava sentado à mesa.

- Bom dia Heitor. – cumprimento, ele apenas acena com a cabeça – Cadê a dona Beatriz?

- Lá em cima. – diz seco.

Dou de ombros e subo as escadas em direção ao quarto da minha mãe, e encontro-a sentada na cama dobrando algumas roupas.

- Oi, mãe. – digo, apreensivo.

- Onde você se meteu? Saiu sábado de manhã dizendo que ia ao parque, ficou o fim de semana inteiro no parque? – pergunta, indignada.

- Não, eu passei o fim de semana na praia com alguns amigos.

- E onde estão suas roupas?

- Aqui.

Entrego a ela uma sacola com as peças de roupa que Will havia me emprestado, e as sungas novas.

- Isso não é seu.

- Mãe, foi um convite de última hora, não tinha como eu vir aqui e pegar as coisas. Hã, você não vai entender.

Fui para o meu quarto, e peguei o cartão que Will havia dado para mim. Sentei na ponta da cama e o abri. Dentro do cartão havia uma foto nossa, e uma carta escrita à mão. Com a letra dele, dizia:

“Thomaz, meu amor, meu anjo. É imenso o que eu sinto por ti, impossível de medir, e às vezes difícil de expressar. Só eu sei o quanto eu te amo, e as situações por quais eu passaria para te fazer feliz. O nosso amor é aquele que está sempre vencendo barreiras e ultrapassando limites. E apesar de algumas dificuldades, da nossa fragilidade, discussões ou algo que nos distancia sentimentalmente, nós sempre conseguimos nos reerguer e nos reaproximar. Nosso amor é como uma chama que nunca apaga, amor que se supera a cada dia, amor baseado em respeito e amizade. Um amor que exige confiança um do outro para que possamos seguir em frente, firmes. Você Thomaz, transformou a minha tristeza em alegria. De ti ouço as palavras mais doces, sinto o toque mais singelo, e o beijo mais quente. A razão de tudo isso é que eu te amo, e que eu não passo um minuto sem pensar em você. Vamos realizar nossos sonhos juntos, vamos ser felizes juntos. Cada dia que passamos juntos, é o melhor dia da minha vida. Você pra mim, é o meu amigo, o meu irmão, o meu confidente, e o meu namorado. Eu serei pra sempre seu, e o nosso destino de agora em diante é a felicidade.”

Eu estava sem reação, não sabia se chorava ou se sorria. Se eu gritava ou despencava. William com certeza é o melhor namorado do mundo. Reli a carta várias vezes, e as lágrimas escorriam pelo meu rosto. Liguei para ele e então soltei tudo o que tinha dentro de mim. Ficamos um bom tempo conversando pelo celular. Após desligar, enxuguei minhas lágrimas e ajudei minha mãe a organizar a casa.

As semanas passaram quase que rapidamente, e o meu relacionamento com William se fortificava. Convidava-o para vir aqui algumas vezes, por insistência da minha mãe e da Lilly. Saíamos quase todo dia depois da aula, e nos fins de semana também nos víamos. Uma vez ou outra eu ia a casa dele. Visitei o Samuel em sua casa algumas vezes, e presenciava algumas crises que me desconfortava. Visitei também a Jade e a Jéssica, que permaneciam internadas e pareciam estar “melhorando”. Chegou agosto, setembro, outubro e enfim novembro.

Novembro seria repleto de acontecimentos. Primeiramente, pelo fato de que após várias sessões de quimioterapia, Samuel realizaria a arriscada cirurgia para a retirada do tumor. Todos estavam ansiosos para tal acontecimento que poderia salvar a vida dele, ou acabar com ela. Em segundo lugar, Lilly e Eduardo haviam adiantado a data do casamento para esse mês, já que no ano-novo se mudariam para outra casa e fariam filhinhos. O “repleto de acontecimentos” é basicamente isso, além de que William e eu completaríamos cinco meses de namoro em sigilo, apenas com o conhecimento de nossos amigos mais próximos e desconfiança de Lilly.

18 de novembro de 2011, dia da tão esperada cirurgia do Samuel.

Acordei muito mais que cedo naquele dia, o mesmo sem nem ter clareado ainda. Fiz um café da manhã reforçado para mim, e liguei para o William para acorda-lo. Após alguns toques, ouço uma voz sonolenta e rouca.

- Me deixa dormir... – diz ele.

- Nada disso, levanta, lava esse rosto e vem pra cá o mais rápido possível! – ordeno, enquanto sirvo uma xícara de café para eu mesmo.

- Thomaz, você é um estraga prazer, sabia? Bicho chato, galo nem cantou ainda.

Conversamos mais um pouco, e desligamos. Termino o café e tomo um banho. Minha mãe acorda, deseja boa sorte e volta a dormir. Visto uma roupa normal e vou para a rua esperar William, que após alguns minutos chega em um carro, com seu pai no volante. Nesse momento eu congelo. Will desce do carro e abre a porta de trás para eu entrar, e volta para o banco do passageiro.

- Bom dia, Thomaz. – cumprimenta o pai dele, sogrão.

- Bom dia, senhor Sérgio. – digo nervoso.

Will me olha pelo retrovisor com um sorriso bobo, e aparentava estar nervoso também.

- William fala muito de você. – diz Sérgio.

Gelei.

- É?

- Sim, diz que você é um cara legal, essas “parada” todas.

Will solta uma gargalhada e eu fico sem graça.

Após alguns minutos chegamos ao hospital. Despedimo-nos de Sérgio e adentramos o hospital, onde deixamos nossos dados e então nos dirigimos à sala de espera. Lá eu encontro os pais do Samuel, seus irmãos e alguns outros parentes dele. Havia também alguns amigos dele que eu não conhecia, e inesperadamente, Juliane também estava lá. Conversei com todos, e fui comunicado de que Samuel estava no quarto em repouso para a cirurgia. Doutor Pedro se aproxima de mim e me cumprimenta.

- Olá, Thomaz.

- Oi, doutor. Hã, então, como estão às coisas? – pergunto.

- Ele quer te ver. – diz.

- O Samuel?

Assente.

- Bom, então, posso ir?

- Claro.

Dr. Pedro libera minha entrada, enquanto Will fica sentado ao lado de Juliane, com uma expressão séria no rosto. Entro no quarto, e vejo Samuel deitado na cama, com tubos conectados em seu braço, pescoço, peito.

- Oi Samuel, tá preparado? – pergunto um pouco apreensivo.

- Fazia tempo que eu estava esperando por isso. – diz, soltando um sorriso em seguida.

- É, você vai sair dessa, falta pouco tempo.

- Aham, e o... Ah, como é o nome? Droga, o loirinho...

- William? – indago.

- É, deve ser. E vocês? – pergunta meio confuso.

- Estamos bem, continuamos juntos, felizes...

- Que bom, fico feliz por vocês.

Dr. Pedro faz um gesto para mim.

- Hã, Samuel, eu tenho que ir agora. Boa sorte na cirurgia, eu tô torcendo por você.

- Obrigado, Thom.

Saio do quarto, e depois de mais ou menos uma hora, o neurocirurgião que realizaria a retirada do tumor entra no quarto, acompanhado do doutor Pedro, de outros três médicos e duas enfermeiras. Estávamos tensos, foi uma cirurgia demorada. Após algumas horas, Dr. Pedro sai do quarto e retira as luvas, e com a caneta, rabisca algo em sua prancheta.

- Foi uma cirurgia arriscada, mais difícil do pensávamos ser... – ele usa uma expressão facial desanimadora.

- Funcionou? – pergunta dona Carolina.

- Ainda não sabemos. Conseguimos fazer a remoção completa do tumor, já que estava em um tamanho favorável, e esperamos que ele se recupere bem. Pode haver perda da fala por certo tempo, mas a reabilitação poderá recupera-la. Hã, ele será transferido para a UTI, e será rigorosamente monitorado por nossos médicos, nisso vocês podem ficar tranquilos. Ele vai se recuperar.

Fiquei aliviado em saber que Samuel não tinha mais o tumor, mas estava inseguro de que ele iria se recuperar. Afinal, uma cirurgia dessas compromete o corpo todo, mas mantive o pensamento positivo. Já era noite, Samuel já havia sido transferido para a UTI, e a maioria dos parentes e amigos já haviam ido embora. Eu estava exausto, assim como William, então nos despedimos e fomos para a minha casa. William dormiria lá hoje.

- Oi mãe, Lilly, Edu... Heitor. – cumprimento, abrindo a porta.

- Oi. – dizem em coro.

- O Will vai dormir aqui hoje, já disse né mãe?

- Ah, sim. – responde – Boa noite Will, fique a vontade.

- Obrigado dona Beatriz. – diz ele.

Subo para o meu quarto e pego umas roupas para tomar banho.

- Vou com você ou depois? – pergunta.

- Se quiser ser pego no flagra pode vir. – digo rindo – Trouxe suas roupas?

- Sim, as suas ficam curtas em mim. Fico parecendo uma bichinha.

- Babaca. Eu já venho.

Tomei meu banho, e em seguida Will foi para o dele. Enquanto isso, arrumei a cama, me perfumei, e tals. William saiu do banho e ficamos na sala assistindo TV e conversando com Lilly e Edu até todos irem dormir. Após isso, fomos para o quarto. Tranquei a porta, e deitei na cama ao lado de Will.

- Tem certeza que quer fazer isso aqui? E se eles acordam e pedem pra gente abrir a porta? – pergunta, tirando a camisa.

- Eles não vão fazer isso. – digo, me despindo.

Pego na mão de Will e puxo-o para cima da cama, derrubando-o no colchão. Fico por cima dele, e então dou um beijo, que ele retribui ferozmente, como se fosse me devorar. Nossos membros se roçavam, e podia sentir seu pau duro dentro da cueca. Nos beijamos até perder o ar, e então pulamos para a segunda parte. Fui descendo e dando beijinhos em cada parte de seu corpo até chegar um pouco abaixo do umbigo. Dou uma lambida no pau de Will, ainda coberto com a cueca, e ele solta um gemido.

- Vai, seu gostoso. – pede.

Arranco a cueca de Will e beijo a cabeça de seu pênis, dando leves chupões e passando a língua também. Desço minha cabeça até o meu limite, alojando boa parte do pau dele na minha boca, iniciando o movimento de vai-e-vem frenético. Will gemia cada vez mais alto, e quando ergo os olhos vejo-o com uma das mãos tapando a boca – talvez para abafar o som – enquanto a outra estava sobre minha cabeça, controlando o ritmo da chupada. Tirei o pau da boca e comecei a lamber as bolas, chupando uma de cada vez. Will me puxou e me deu um beijo, antes de deitar-se por cima de mim. Senti sua boca tocar cada centímetro do meu corpo, e a cada toque ele dava um leve chupão – e em um desses, ele deu um chupão mais forte, no meu pescoço, consequentemente ficaria alguma marca. Will deu algumas lambidas nos meus mamilos, dando leves mordidinhas e foi descendo até meu abdômen, onde beijou suavemente e então segurou meu pau com uma das mãos e começou a me punhetar. Após isso, colocou meu pau em sua boca e começou a chupar maravilhosamente. Will tinha uma boca macia e chupava muito bem, em pouco tempo eu já estava pronto para gozar, meus gemidos foram aumentando e não consegui segurar, acabei gozando na boca de William. Ele – não como das outras vezes em que isso aconteceu – engoliu todo o sêmen que escorria do meu pau. Subiu até mim, e me beijou novamente, compartilhando comigo o meu próprio gozo.

- Agora eu foder esse teu cu, seu viado. – sussurrou em meu ouvido, antes de pegar uma camisinha e encapar o pau com a minha ajuda.

Will primeiramente me penetrou com sua língua, e em seguida fez com que eu ficasse de quatro. Ele se ajoelhou atrás de mim e encostou a cabeça do seu pau na entrada do meu cu. Suspirei e então relaxei, para que conseguisse entrar em mim sem problemas. Will colocou as mãos sobre meus ombros e foi forçando a entrada, até que anunciou que estava tudo dentro. Respirei fundo e então comecei a sentir o pau de Will entrar e sair de dentro do meu cu várias vezes, lentamente. Certo momento, Will começara a estocar, e soltar gemidos quase como urros. Fiquei preocupado que alguém pudesse ouvir, mas não disse nada. Eu também estava gemendo, e muito. Will começa a meter seu pau em mim em um movimento intenso e frenético.

- Me fode gostoso Will! – falei.

- Vai seu viadinho, gosta de dar o cu pro teu macho é?

Os movimentos foram ficando mais intensos, e Will anunciou que iria gozar. Começou a meter um pouco mais rápido e deu uma última estocada, antes de retirar seu pau de dentro de mim. Estávamos completamente suados, e exaustos. Will e eu nos beijamos e dormimos abraçados, cansados.

No dia seguinte fui acordado com batidas na porta, Will continuava dormindo e nem se mexia na cama. Levantei pelado e vesti apenas uma bermuda e fui abrir a porta.

- Isso são horas senhor Thomaz? – pergunta minha mãe, com uma expressão de raiva.

Ela esfrega seu relógio de pulso na minha cara, que marcava 11h16min.

- Nossa, perdi a noção do tempo... A gente já vai descer. – digo, fechando a porta novamente.

Acordei o Will, dei um beijo nele e pedi que levantasse da cama. Era sábado, não sabia se Will ficaria aqui ou iria embora agora.

- Bom dia amor. – diz ele, vestindo-se.

- Se quiser tomar um banho pode ir que eu vou depois.

- Tudo bem. – ele pega uma cueca e outra peça de roupa e sai do quarto.

Ouço Lilly cumprimenta-lo e alguns passos se aproximarem do meu quarto.

- Então dorminhoco, dormiu bastante hoje hein. Noite foi boa. – brinca (ou não).

- Você não pode falar nada, acha que eu não vi que depois que a mãe me acordou, foi acordar você?

- Acontece que a minha noite foi boa. – ela desvia os olhos a alguma coisa e abre a boca.

- Que foi? – pergunto, tentando procurar o que ela olhava.

- Thomaz, o que essa camisinha está fazendo aqui?

Lilly junta com um palito à camisinha que Will usou na noite anterior. Fiquei com a cara no chão.

- Hã... Eu não sei o que essa camisinha tá... – não sabia o que responder, estava encurralado.

- Sem desculpas Thomaz, me fala. Fala a verdade. – ela se aproxima de mim, com um olhar sério.

- Lilly... – abaixo a cabeça.

Talvez essa fosse à hora de contar pra ela sobre William e eu, mas eu não sabia como contar. O que eu diria pra ela? “Essa camisinha é do Will e ele a usou pra me foder ontem à noite”? Lilly joga a camisinha no lixinho que há ao lado da porta do meu quarto e em seguida encosta a porta, antes de se sentar na ponta da cama.

- Você e o William, vocês... – ela tenta argumentar algo, mas não consegue falar.

- A gente tá namorando. – disse, sem hesitar.

Lilly mudou completamente sua expressão, ficou boquiaberta e ainda sem palavras.

- Thomaz... Oh meu irmão! Meu Deus, eu não esperava isso de ti, puta que pariu! Desde quando?

- Cinco meses...

- Por que você escondeu isso de mim? Eu sempre desconfiei, mas eu tentava acreditar que era apenas coisa da minha cabeça. Então quer dizer que aquela vez do ar condicionado...

- Sim, já estávamos juntos. Naquele fim de semana que eu disse ter passado com meus amigos, foi com ele. Nas vezes que você entrou no quarto, que a gente arranjava alguma desculpa, enfim, tudo isso quando eu já estava com ele.

- Os gemidos. Meu Deus, Thomaz. Você devia ter me contado! – diz decepcionada.

- Eu não sabia o que você ia dizer ou como ia reagir. Eu tinha medo de contar e ser humilhado, não queria sofrer por causa disso. – senti uma lágrima escorrer do meu olho.

- Eu confesso que, que eu estou surpresa. Mas, meu irmão, se você o ama de verdade, e está disposto a continuar esse namoro, eu apoio totalmente.

Lilly levanta da cama e me dá um abraço apertado. Ao se afastar, repara em algo no meu pescoço.

- Vou te emprestar alguma coisa pra esconder esse chupão aí. – diz, rindo.

- Eu te amo mana. – abraço-a novamente.

- Quando você pretende contar pros outros?

- Eu pretendia contar já há muito tempo, mas eu estava inseguro.

- Se você precisar de ajuda, eu tô aqui, ok? E ah, que bom que usam camisinha. – ela ri e eu também.

Will entra no quarto e Lilly solta um sorriso largo. Ele para ao meu lado.

- Vocês são lindos juntos. – diz ela, antes de levantar e dar um abraço duplo.

Will parece não entender e olha para mim com os olhos arregalados. Apenas pisco para ele.

- Cunhado, cuida bem do meu irmão, tá? – diz ela, olhando nos olhos de Will.

- Hã, que, cla-claro. – diz nervoso.

Lilly sai do quarto e Will cai na cama.

- Ela descobriu sobre nós? – pergunta ainda espantado.

- É, mais ou menos. Ela viu a camisinha e aí, não tinha como mentir, mas ela entendeu Will. Eu estou um pouco aliviado por conta disso, eu achei que fosse ser mais difícil.

- Cara eu não sei o que dizer. Me chamou de cunhado, que emoção. – diz ele, todo bobo antes de me dar um beijão.

Passamos esse fim de semana na minha casa. Will se dava muito bem com minha mãe, Heitor, Edu e claro, com a Lilly. Edu também acabou descobrindo sobre William e eu, tanto com a ajuda de Lilly, ou com alguns flagras, mas aceitou muito bem também. Alguns amigos, tanto meus quanto do William também ficaram por dentro do nosso relacionamento, através de nós mesmos.

A semana começou bem, ia para o serviço, vinha embora para tomar um banho e depois seguia para a aula, onde encontrava Will e ficávamos no jardim, o que não é novidade. Alguns amigos nossos às vezes nos acompanhavam e formávamos rodinha por lá. Falávamos sobre vários assuntos, mas o que se destacava mesmo era o nosso namoro, os planos para o futuro e etc. Dia 23 de novembro, data em que Will e eu faríamos cinco meses juntos. Trocamos declarações a 00h e logo de manhã minha mãe me acordou avisando que eu tinha visita. Fiz minha higiene e vesti uma roupa qualquer, e quando desço vejo Will sentado à mesa conversando com Lilly e minha mãe.

- Bom dia senhoras e moleque. – cumprimento.

- Oi, Thomaz. Tá a fim de dar uma volta por aí? – pergunta ele.

Will estava todo gato, com um moletom cinza e uma calça jeans que delineava o músculo da perna. Cabelo arrepiado e muuuito cheiroso.

Concordei e fui me arrumar. Demorei um pouco, mas antes tarde do que nunca. Desci as escadas e despedi de dona Beatriz e da Lilly.

- Não demorem. Will se quiser ficar aqui depois, a casa é sua. – diz minha mãe.

“A casa é sua”, até parece. Não sai de lá.

- Seu presente tá lá em cima – digo – depois você vem buscar.

Will assente.

Deixamos a casa e vejo um carro estacionado em frente ao portão.

- Não Will. Aonde vamos dessa vez? – pergunto, desconfiado.

- Calma! Você vai adorar. – diz, com um sorrisão no rosto.

Pra onde ele iria me levar?

=

Pois é pessoal, pra onde eles irão agora? Veremos no próximo capítulo. PROMETO que não abandonarei o site de novo, logo, logo estarei aqui com o capítulo 16. Obrigado pelos comentários e votos, pessoal. Abraço, e até o próximo!

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Comentários

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Que demora, já havia esquecido do conto. Mas tirando isso tá muito bom, estou adorando e acompanhando 10.

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