O Altruísta - Capitulo 1

Um conto erótico de DanielSP.
Categoria: Homossexual
Contém 2190 palavras
Data: 16/03/2015 08:40:16

ALTRUÍSTA: Aquele que pensa nos outros ou que pensa mais no outros que em si, solidário, caridoso, contrário de egoísta.

Ao longo do tempo, após a série de acontecimentos que relatarei ao longo deste conto, e por conta dos sentimentos que em mim foram tatuados e que carregarei para sempre, como resultado de tudo, resolvi relatar a vocês a minha história. Não viso receber milhares de comentários, e muito menos aparecer em rankings, me satisfará apenas compartilhar tudo isso com vocês, e ainda ter o prazer de receber o carinho dos leitores, semelhante ao que observo em outros contos. Vamos lá.

Fazia muito frio naquela manhã, em São Paulo. Eram apenas 7:30 da manhã, e eu o esperava encolhido na saída do estacionamento do Mackenzie. A alguns minutos atrás meu pai havia deixado eu e meu irmão na faculdade, entrei, fingi que me direcionei até a minha sala e depois saí novamente. Quem se envolve com homem casado sabe, temos sempre que estar nos arriscando e abrindo mão de nossas vidas para satisfazer a vontade daquele que amamos. A respeito de nós dois apenas meu melhor amigo João Felipe, que não se esforçava nem um pouco para disfarçar o quanto era contra a essa loucura, sabia.

Haviam 18 anos de diferença de idade entre eu Henrique quando nos conhecemos. Eu tinha 17 e ele 35. Henrique era o tipo de “macho” que enchia os olhos de qualquer um. Incrivelmente de pele bronzeada em qualquer época do ano, 1.87 de altura, cabelos castanho escuro, um corpo pra lá de atraente, pelos muito bem aparados no peitoral e na barriga, olhos claros que podiam estar verdes ou castanhos claros, dependo do dia e dono de um rosto muito bonito. Trabalhava na empresa do meu pai, formado em Direito, atuava como um dos assistentes jurídicos e, há algum tempo, se tornara melhor amigo do meu pai, George, apenas 7 anos mais velho que ele.

É impossível não me recordar até hoje, foi no jantar de aniversário do meu pai que Henrique investiu diretamente em mim pela primeira vez. Com a desculpa que ainda não conhecia o grande apartamento que morávamos nos Jardins desde que eu era criança, ele me pediu fingindo inocência que o guiasse a um banheiro, pois, segundo ele, três convidadas haviam se direcionando ao lavabo de visitas, e mulheres costumavam demorar. Ele já havia me encarado algumas vezes, e eu já havia percebido que ele tinha o habito de ficar olhando para o meu corpo. Com toda a educação o levei até o banheiro do segundo andar, e ao chegar lá ele me empurrou para dentro e fechou a porta, incrédulo e sem reação permaneci calado e ele disse:

- Até que em fim estamos sozinhos Daniel, já faz um tempo que tenho uma coisa a te dizer. – ele carregava no rosto aquele sorriso sacana que eu via estampado em seu rosto sempre que ele e meu pai conversavam sobre “gostosas”. Mas meu pai, a pesar de ser um pai jovem de dois marmanjos, era solteiro, e ele casado. Entretanto, Henrique era do tipo de homem assanhado, que não dispensava uma diversão extraconjugal. Dizendo aquelas palavras seu corpo se aproximava de mim, e sem nem um pudor ele colocava suas mãos em minha bunda – Não precisa disfarçar não garoto, eu já percebi que você retribui às minhas encaradas, há tempos que eu estou te observando.

- Henrique! Tira essas suas mãos de mim, meu pai está lá fora e sua mulher também. Para com isso! Você está ficando louco?! – Eu dizia tentando me desvencilhar daquele brutamonte, empurrando-o e lutando para fugir de seus braços, exasperado... mas sua boca já estava ocupada demais mordendo e chupando meu pescoço para responder a minha pergunta. Sua mão em minha bunda, a sua barba relando em meu pescoço suas mordidas e chupões, seguido beijo caloroso e exasperado me causavam extrema excitação, que lutava pau a pau com o meu medo de sermos flagrados por alguém.

Creio eu que aquela pegação não demorara nem aos menos 4 minutos, mas parecia ter durado a eternidade. Obrigados a para por conta da situação, Henrique pegou meu número e me disse que falaria comigo pelo IMensseger, dando as instruções de como faríamos para nos encontra nos dias seguiriam. Passei o restante do jantar perturbado, não conseguia olhar na sua cara, nem na do meu pai que mal sonhava que a pouco eu estava me agarrando com seu braço direito, e muito menos conseguia encarar a sua mulher que sempre tratou a mim com toda a educação e simpatia possível.

João Felipe, me conhecendo muito bem desde criança, percebeu minha inquietação paralela a irritação que eu sentia sempre que estava nervoso. Mas eu desconversei quando ele me perguntou o que havia acontecido, e hoje me arrependo de telo até mesmo tratado com certa rispidez. Ele era meu amigo desde estudávamos no Danti Alighieri, e em menos de um mês de aula após eu ter sido matriculado no colégio, já dormíamos um na casa do outro e passávamos horas e mais horas dos fins de semana brincando juntos. Todos se surpreendiam em como nos dávamos bem, afinal éramos o oposto um do outro, até mesmo fisicamente. Ele era mais alto, moreno claro, mais forte, mais esforçado nos estudos, mais humilde, mais responsável, pé no chão e maduro. Um rapaz lindo, e de uma índole maravilhosa. Já eu era de estatura mediana, branquinho, marrento, mimado, preguiçoso e irritadiço. Sem dúvidas aquele ser humano foi o mais paciente comigo em toda a minha vida. O tal era também, 1 anos mais velho que eu, apesar de sempre termos estudado juntos.

Dois dias após o jantar, recebi às nove da noite uma mensagem de Henrique, “Amanhã às 14:00 horas esteja na esquina do seu prédio me esperando. Vou estar desocupado neste horário. Seu pai vai estar entrando em reunião nesse horário, então você só precisa dar uma desculpa ao seu irmão. Fico maluco só de pensar em pegar nessa bundinha sua novamente”. Durante o tempo que havia se passado eu tinha decidido que iria, por prudência, repelir ele se viesse atrás de mim novamente. Tentativa fracassada. No dia seguinte, ainda na hora do almoço, tomado por uma súbita loucura e excitação respondi a ele confirmando. Henrique foi meu primeiro homem, e eu fiquei viciado em seu corpo, e em como ele me pegava, em como fazia. Seu membro razoavelmente grande mas muito grosso arrancara sangue de mim, quando ele me penetrou, com sua brutalidade habitual. A mancha vermelha que marcara o lençol branco do motel em que ele me levara foi pra ele um troféu, como se ele tivesse orgulho de ter me desvirginado. Durante toda a transa ele me comida dizendo coisas do tipo “você nunca vai se esquecer de mim, eu fui o seu primeiro macho”, “seu cabacinho agora está no meu pau”, “você chegou aqui apertado, mas vai embora arrombado igual uma vadia!”...

Nem de longe minha primeira vez foi como eu sonhei, ou imaginei... mas sem dúvida o prazer que eu senti por ser comido e dominado por aquele homem másculo, viril e extremamente safado pouco me deixa lembrar da dor que eu senti quando ele iniciou a penetração enfiando o seu pau todo em mim, sem nem uma preocupação em ser cuidadoso. Henrique era assim, me tratava como um vagabundo na cama, mas não parava de me foder enquanto não via meu corpo tremer até eu gozar.

No inicio de tudo foi bom, não demorou e eu estava perdidamente apaixonado por ele. Apesar de nunca se quer ter ouvido uma única suposição dele de que um dia ele largaria sua esposa, eu sonhava em ter aquele homem só para mim. Sonhava com o dia em que moraríamos juntos, e que viveríamos felizes. Mas no fundo eu tinha a plena consciência de que isso nunca iria acontecer. Nossas transas eram inesperadas, em lugares inusitados, motéis, hotéis, no carro, ousávamos transar até mesmo em nossas casas, quando surgia alguma brecha, oportunidade. Era tudo em seu tempo, de acordo com a sua disponibilidade. Eu tinha que me adaptar.

Ao longo do tempo Henrique desenvolveu dois sentimentos em relação a mim, além do tesão. Um deles não identifiquei até hoje, se era amor ou paixão, ou uma simples obsessão, o outro, sem sombra de dúvida era um ciúme extremamente doentio, desmedido, que quando aflorado o tornava um cara violento e estúpido. Ele passou a querer me controlar, dizia onde eu podia ou não podia ir, determinava quem podia estar perto de mim, e dava palpites em toda e qualquer decisão que eu fosse tomar que pudesse de alguma forma impedi-lo de me ver, de matar seu tesão.

Envolvido pela situação e perdidamente apaixonado por aquele homem, eu abaixava a cabeça e deixava de lado todo e qualquer orgulho e vestígio de dignidade que eu ainda carregava comigo. Percebendo minha submissão total ele se aproveitava de tudo e impunha sempre as suas vontades. Quando contrariado me ofendia, gritava e nos últimos meses da relação torta que mantínhamos, ele até mesmo me agredia fisicamente, com empurrões, apertões no braço e tapas no rosto. Sua personalidade revelou uma certa bipolaridade, depois das brigas se sentisse que eu estava desistindo de continuar com ele, o idiota chorava, me pedia perdão, dizia que não podia viver sem mim, e de certa forma se transformava na vítima da relação, me fazendo sentir culpado, o culpado da situação. Por alguns dias se tornava o Henrique do início, mas era só eu pisar um dedo fora da “linha” demarcada por ele, e tudo voltava a acontecer.

Foi no segundo mês em que começamos a ficar que João Felipe descobriu tudo. Eu, distraído como sempre, havia me esquecido de mudar a senha do iphone, e ele a conhecia. Em um dia que estava em minha casa, foi transferir fotos do meu celular para o seu bem na hora em que Henrique me mandava mensagem dizendo que no dia seguinte sua mulher viajaria para o interior e que a noite era para eu dar um jeito, pois ele viria me buscar. Sua reação foi de incredulidade, João ficou pasmo, paralisado, e eu quando olhei para ele fiquei desesperado, já imaginando o que ele supostamente havia visto. Ele passou o resto do dia carregando em seu rosto uma expressão de incomodo, decepção. Repreendeu-me, falou que aquilo não era certo. Me avisou que eu iria me machucar, e eu tosco e burro disse a ele que não era mais pra tocar nesse assunto e que eu sabia o que eu fazia da minha vida. Era verdade, eu sabia o que estava fazendo, o único problema era que não sabia onde eu estava me metendo. Depois que Henrique começou a me agredir, João começou a perceber as marcas deixadas que eu tentava esconder, mas que por um descuido as vezes ficavam a mostra. Ele se revoltava, brigava comigo, e até mesmo me ameaçava que iria contar para meu pai tudo que estava acontecendo se eu não me livrasse daquilo tudo. Mas no fundo eu sabia que ele não teria coragem de tomar uma atitude que pudesse destruir nossa amizade. Ele gostava demais de mim.

Já estava próximo a completar um ano que eu havia entrado em beco que na época eu não tinha consciência de que não tinha saída. E agora eu estava ali, matando aula para vê-lo. E com medo, muito medo do que iria acontecer. Naquele dia Henrique estava nervoso comigo porquê João acabara dormindo na minha casa depois de fazermos um extenso trabalho dois dias antes, e meu pai contara a ele na empresa sem ter conhecimento de que estava levando seu filho a sérios apuros. E era de João que Henrique tinha mais ciúmes, era dele que ele tentava por tudo me afastar, pois enxergava um sentimento de João em relação a mim que eu, por carregar algum tipo de burrice dentro do corpo, nunca havia percebido.

Foi então que eu vi seu Classe A preto e de película escura para do outro lado da rua. Segui tremulo sem deixá-lo esperando se quer um segundo. Eu já sentia vontade de terminar tudo de vez, de me livrar dele, das agressões. De tudo aquilo. Mas eu estava preso pelo sentimento descontrolado que ainda carregava por ele, e, sobretudo pelo medo do que ele poderia fazer comigo, pois em alguns dos seus ataques de fúria eu já havia recebido ameaças pesadas. Não demorou, mas durante os passos que dei para chegar até ele refleti sobre aquela situação. Eu, garoto de 18 anos, 1.70 de altura, branco, olho claros, um corpo em muito bom estado por conta da prática de exercícios físicos , nascido em uma das famílias mais conhecidas e respeitadas de São Paulo, de altíssimos poder aquisitivo, e estudante de uma das melhores universidades do país, estando em uma situação rasteira como aquela, se comportando como um flagelado. Alguém que jamais havia se submetido a vontade nem mesmo do pai, mimado por natureza e que sempre tivera tudo que quis, estando daquela forma, totalmente humilhado. Sinceramente, era tão absurdo que até aquele momento ninguém nem ao menos chegara a desconfiar.

CONTINUA!

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Comentários

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Perfeito, na minha opinião você tem sorte. Sonho em ser submisso a um cara controlador e dominador como o Henrique.

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Formidável teu conto, carinha! Uma situaçao tensa, mas espero que encontre soluçao para ela. Virou um amor obsessivo, desequilibrado. Será que vc deu um basta nisso? Continue! Adorei ;)

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Nossa cara muito seu relato! Q situação tensa essa sua, ja estive numa situação parecida e sei como e difícil sair. Espero q continue

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