Prólogo
S01C00
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O vento frio cortava a minha alma...
Meus pêlos se arrepiavam a cada rajada e eu sentia meu corpo dominado pelo medo, como se meus movimentos fossem congelar a qualquer momento..
A névoa não me permitia enxergar nada que estava à minha frente, eu apenas corria. Precisava correr..
Corria tanto que podia sentir os meus ossos sendo trincados a cada pisada no chão molhado pela chuva fina que caía...
O céu estava escuro, sem lua.
Eu não podia olhar para trás porque sabia que “ele” estava atrás de mim. Sabia que estava me afastando da minha vila, mas não poderia voltar.
Minhas lágrimas quase não saíam dos meus olhos. Eu sentia que elas estavam virando pedras de gelo antes mesmo de escorrerem pelo meu rosto. O desespero havia tomado conta de mim. “Ele” estava me alcançando... Neste momento eu fechei os olhos e pedi para que tudo fosse um sonho e que eu acordaria a qualquer momento, mas quando abri os olhos novamente, fiquei paralisado. Foram os 5 segundos mais longos da minha vida.
Eu estava de frente para a Floresta Negra.
Não poderia voltar, teria de tomar coragem e fugir pela floresta... Mas sempre nos disseram que todos que entraram lá nunca mais voltaram. Diziam que ela é amaldiçoada e que se alimenta de almas.
A névoa não se atrevia a entrar lá, não existia vida lá dentro... as grandes árvores que pareciam encostar nas nuvens de tão altas, eram negras como a noite, pois mesmo durante o dia era possível ver a escuridão. Talvez porque os raios de sol não penetravam nas suas folhas densas e escuras... Alguns diziam que as árvores nos observavam de longe, esperando que algum despercebido ou metido a corajoso se atrevesse a entrar... e quando isso acontecia, elas se encarregavam do resto.
Eu estava ali, parado. Sem saber o que fazer. Se eu ficasse “ele” me pegaria e se eu corresse, entraria direto para a escuridão.
Não hesitei, fechei os olhos novamente e dei dois passos largos para frente, em direção à ela, a Floresta Negra.
Não sei o que aconteceu, mas antes que eu entrasse meu pé direito ficou preso em um galho como se alguma coisa tentasse me impedir de entrar lá, e eu caí batendo a cabeça em uma pedra... Fiquei tonto e tentei olhar para frente para saber onde “ele” estava, mas quando virei meus olhos para o alto, pude ver que estava a um passo da floresta. Tive a sensação de estar sendo observado.
Um grito ecoou lá de dentro e meu corpo paralisou, eu estava em transe... Medo e fraqueza tomaram conta de mim... perdi os movimentos do meu corpo de uma só vez, foi como se uma lâmina afiada me cortasse ao meio, ou como um raio tivesse caído em cima de mim. Nem em dez vidas eu conseguiria descrever esse grito, mas o que eu ouvi foi algo assustador. Um gemido forte, como um grunhido. E alto, como se houvesse dor, muita dor e ódio ao mesmo tempo, que poderia ser ouvido nos 7 reinos. Não era um bicho, eu tinha certeza. Mas eu estava decidido, seria melhor enfrentar aquilo que soltou esse grito, seja lá o que fosse, do que deixar “ele” me pegar.
Levantei-me, ainda zonzo devido à queda, a névoa estava atrás de mim, era como se existisse uma muralha de árvores negras de um lado e outra muralha com a névoa fria, mas elas não se encontravam, e eu estava no meio delas. Não havia estrelas no céu, apenas a escuridão de todos os lados. Eu não sabia para onde iria, mas parado eu não podia mais ficar. Virei de costas para a névoa e quando ia dar o primeiro passo em direção à floresta senti meus pés sendo quase esmagados por algo que se enrolou neles com muita força e logo veio um puxão, me fazendo cair novamente, dessa vez com a cara na terra molhada pela chuva fina, que ainda caía calma e fria.
Ao me virar para tentar tirar aquilo do meu pé, percebi uma grande sombra se aproximando lentamente, em suas mãos estava uma corda, que dava direto para os meus pés. Era “ele”. Pude ver seus olhos avermelhados como fogo me encarando enquanto se direcionava em minha direção. Eu me arrastava no chão tentando me desfazer daquela corda, mas “ele” me puxava, como se eu tivesse sido fisgado por um anzol. Pensei em gritar, mas estava muito longe para ser ouvido. Estava desesperado...
- Não, por favor! Não me leve, eu imploro!!
Ao dizer isso, percebi que “ele” estava sorrindo, pois pude ouvir um som vindo de sua boca, talvez se alimentando do meu medo, porque meus olhos estavam arregalados... eu não conseguia vê-lo claramente, “ele” era como uma sombra...
- Me deixe ir, por favor! O que eu fiz? Por que você está me perseguindo?
Ele havia parado bem na minha frente, eu não tinha forças mais para resistir. Ainda estava atordoado devido ao choque da minha cabeça na pedra quando caí a primeira vez. Eu apenas o olhava, o silêncio tomou conta de tudo. Era como se o mundo tivesse congelado, se o tempo tivesse parado.
Foi nesse momento que ele levou uma de suas mãos à sua boca e soltou um som, como se estivesse me avisando que resistir seria em vão.
- Shhhhh!
Foi a última coisa que ouvi antes de sentir um golpe na minha cabeça.
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Olá!
Primeiramente gostaria de dizer que estou muito feliz em iniciar na CDC.
Sempre fui um leitor assíduo aqui e resolvi iniciar a minha saga, pois acredito que temos muito a compartilhar juntos.
Essa estória chama-se Imortal, e teremos muitas surpresas, suspense, sexo, lutas, tensão, terror, traição, ódio, vingança, amizade e principalmente, em qualquer vida o verdadeiro amor nos leva às nossas almas gêmeas. Não importa o que aconteça, ou em que tempo estivermos, o amor sempre se encarrega de unir aqueles que foram feitos um para o outro.
Então já deu pra sentir o que virá por aí... rsrs.
Quero dizer que gostaria muito da participação de vocês, seja nos comentários, nas críticas e nos elogios também. Como é a primeira vez que estou escrevendo aqui, é claro que durante o tempo em que passarmos juntos, teremos muito o que compartilhar. E suas opiniões serão muito bem vindas para o contexto da nossa estória, e dos personagens também.
Então, aproveitem e participem.
Boa leitura a todos!!
Dansk GhostWriter