Olli começou a tremer, a febre não baixava, era intensa, ele delirava: Victor, eu te amo. Não me deixa, não me troca por ele.
Ele ficava cada vez pior, então o levamos para o hospital...
Passamos um dia todo alí e não havia quadro de melhora, os médicos não encontravam motivo aparente para o Olli está naquele estado, foram feitos vários exames e nada, ele só piorava, tentavam baixar a febre, mas nada resolvia.
Amanda: Será que ele vai morrer? Mãe porque ele está assim?
Eu: Amanda não se faça de burra, eu sei que você não é, você sabe muito bem o porque do Olli estar assim e qual é o seu remédio.
Ela saiu com raiva.
Já era noite, nós estávamos preocupados demais...
Eu: Vou ligar para o Victor!
Antônio: Tá maluca?
Eu: Você quer que o Olli morra? Eu sei que a presença do Vic vai mudar o quadro dele, eu tenho certeza!
Ele estava com a mão encima do cel, soltou e eu sai para ligar.
Longe dalí...
Marta narrando...
Eu estava passando por o quarto do Victor quando escuto seu tel tocar, ele não atendia de jeito nenhum então entrei no quarto.
Fui até a cama e levei um susto, fiquei transtornada, ele estava pálido, peguei nele e estava quente ainda tinha vida, os envelopes de comprimidos estavam todos vazios.
Peguei o tel tremendo, nem vi quem tava ligando, chamei uma ambulância e liguei imediatamente para Gabi, não conseguiria sozinha.
Ela: Oi Vic.
Eu: Gabi, o Victor tentou se matar, tomou um monte de remédio, chamei uma ambulância.
Ela: Estou indo ao hospital, não da tempo de ir ai, a gente se ver lá.
Gabi narrando...
Roberto havia viajado, estava sem coragem de ligar para ele para dar uma noticia dessas.
Cheguei ao hospital, estava ao tel com Marta e cheguei antes dela, vou entrando quando dou de cara com Olivia.
Eu: O que está fazendo aqui? Veio vê-lo? Quem te contou?
Ela: O que está falando? Veio visitar meu filho?
Eu: O Olli? Pera, mas o que aconteceu?
Ela: O Olli está muito mal, os médicos não sabem mais o que fazer, nem sabem a causa. Mas eu tenho quase certeza que é algo psicológico, relacionado ao Victor! Ele já estava mal a dias.
Eu: Oh meu Deus.
Ela: O que foi?
Eu: Estou esperando a ambulância com o Victor, ele tentou suicídio e sei que foi também por causa do Olli.
Ela colocou a mão na boca...
A ambulância chegou, levaram Vic as pressas, iriam fazer a lavagem gástrica.
Marta veio até mim e me abraçou, contamos sobre o estado do Olli, ela ficou muito mal, faz tempo que vivia com Olli, era sua segunda mãe.
Ela: Meus dois meninos nessa situação.
Passou um tempo, já estava amanhecendo...
Vic narrando...
Fui abrindo os olhos aos poucos, minha garganta estava doendo demais, meu estômago doía mais que se houvesse levado um soco, me sentia fraco demais, minha cabeça latejava.
Abri meus olhos com dificuldade e Gabi estava alí.
Gabi: Você está bem?
Eu: Na medida do possível...
Nossa, até para falar minha barriga doía.
Ela deu um tapa em minha perna: Como pôde fazer isso com a gente? Como?
Eu: Cadê meu pai?
Ela: Está viajando, não tive coragem de ligar e falar o que você tentou fazer.
Chorei...
Ela: Victor, existem pessoas que gostam muito de você, como você pôde fazer uma coisa dessas?
O abracei...
Eu: Desculpa, me vi perdido sem...
Ela: Sem o Olli...
Eu: Sim.
Ela saiu... Senti que tinha algo errado.
Amanheceu e já estava até melhor, já havia recebido visitas de Gabi e Marta, Marta me deu um esporro, chorou, ela que me encontrou, entendi o porque dela está daquele jeito.
Senti vontade de sair, já estava melhor, levantei, meu estômago ainda doía, quase não conseguia andar, pressentia algo, era mais forte que eu, havia algo eu só não sabia o que era, era um pressentimento.
Saí andando devagar, me segurando nas paredes, de longe vi Ariel saindo de um quarto, Antônio saiu depois, pegou ele no colo e saíram.
Fui até o quarto, cheguei em frente, abri a porta, entrei e me deparei com Olli inconsciente, ele tremia, ao mesmo tempo falava umas coisas, me aproximei mais, toquei na testa dele, ele estava quente, pude entender o que ele falava: Vic eu te amo, te amo não me troca por ele, não. Não me deixa por favor.
Eu: Olli, estou aqui, não vou te deixar, não vou.
Peguei no rosto dele, passei minha mão: Eu não vou te deixar amor, você é o único homem da minha vida, eu te amo Olliver.
Dei um selinho nele, peguei em sua mão, passava a mão na sua cabeça...
O médico entrou com uma enfermeira. - O que você está fazendo aqui? Só familiares podem entrar.
Eu: Sou casado com ele.
Médico: Você é o Victor que tanto ele chama?
Eu: Sim.
Médico: Pode ficar, talvez seja bom para ele.
Passei um tempo lá, mas meu estômago começou a doer.
Médico: Volte para o seu leito, descanse.
Eu: Depois eu volto.
Saí devagar...
Pude ouvir uma conversa de Olivia e da Gabi...
Olivia: Eu sei que o Olli está assim por causa de Vic, ele o ama demais, esses dias foram um inferno para ele.
Gabi: Mas o Vic não o traiu, tenho certeza, ele também ficou muito mal, você viu o que ele tentou fazer, suicídio.
Ela: Eu sei, realmente não acredito, mas o Olli o ama e ver aquela foto foi como um tiro.
Gabi: Eu imagino.
Ela: Foi um desgosto tão grande que olha o seu estado. Meu filho ama o Victor, tenho certeza que só a presença do Victor faria o Olli melhorar.
Gabi: Eu sei.
O Olli também estava mal por mim, também sofreu por mim como sofri por ele, já deveria imaginar.
Com um tempinho Olivia entra no meu quarto...
Ela: Fiquei sabendo que você também estava internado aqui.
Eu: Se vai me ofender é melhor sair logo...
Ela: Não. Porque você acha isso?
Eu: Desculpa.
Ela: Olha, quero dizer que... - Ela se aproximou mais. - O Olli está aqui, está muito mal, os médicos não encontram o motivo mas eu sei que é você!
Eu: Já sei, fui vê-lo.
Ela: Victor não sei se é verdade ou não toda essa história mas sei que vocês se amam. Sei que você também quase morreu por ele.
Eu: E?
Ela: Vim dizer o que sinto, não estou jugando, não estou falando quem é o errado ou o certo da história, não sou assim.
Eu: Mas a Amanda e o Antônio são.
Ela: Sinto muito.
Eu: Eu também. Pode trazer o Ariel aqui? Estou com saudade do meu bebê.
Ela: Claro!
Com uns 3 min ela entra com Ariel.
Ela colocou Ariel na cama ao meu lado e eu morri de beijar e mimar meu lindo.
Naquele mesmo dia a tarde voltei para ver Olli, fui andando devagar, não havia ninguém no quarto, cheguei próximo a sua cama, ele estava pálido, estava mal.
Impressionante, tentei me matar mas quem estava morrendo era ele. Caí na real, Olli, o amor da minha vida, não, aquilo não estava acontecendo, ele tem que ficar bem.
Abracei ele, dei um selinho, olhei para o seu rosto e ele estava de olhos abertos...
Comecei a chorar: Olli? Você acordou?
Ele: Amor? O que aconteceu?
Eu: Não sei direito, sua mãe me disse que você adoeceu, mas os médicos não encontraram a causa.
Ele: É você Victor, não consigo ficar longe de você, eu te amo...
Eu: Olli sobre o Pedro...
Ele: Não. Não quero saber, por favor esquece, vamos colocar um ponto final nisso, vamos voltar por favor, eu preciso de você, eu não sei viver sem você, não interessa se você fez isso, eu esqueço. - Olli não parava de falar estava desesperado. - Só quero estar ao seu lado, com você, sentir você, seu cheiro...
Foi alí que eu vi o desespero dele, mesmo se eu houvesse de verdade traído, ele me aceitaria.
Peguei na testa de Olli e ele ainda estava quente.
Eu: Amor se acalma, eu estou aqui, não vou sair daqui, te amo.
Ele: Jura?
Eu: Juro Olliver, eu não te traí, eu te amo! Nunca vou amar mais ninguém.
Meu Deus como o Olli estava mal, ele estava muito ferido, acreditava mesmo que eu o havia traído, me coloquei em seu lugar, se pegasse Olli com outra pessoa morreria de desgosto, eu sei que não fiz, mas ele acredita que sim e ele me ama tanto quanto o amo.
Deitei ao lado dele na cama, Olli ainda estava muito mal, mesmo agora estando consciente mas se dependesse de mim, se eu fosse mesmo seu remédio como muitos estavam acreditando ele iria ficar bom, porque não iria sair do pé daquela cama enquanto isso não acontecesse, só sairia dali quando o Olli estivesse bem.
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Beijos.
