“O Príncipe” (do criador de O ninfeto).
- Eu não consigo entender como o Arthur consegue se tão patético, Pai Valentim- Exclama Alessandro bufando de raiva.
- Não fale assim do seu irmão Alessandro- diz Valentim
- Você quis dizer meio irmão. Aquele idiota não tem o meu sangue- Diz ele revirando os olhos- Acredita que ele colocou uma cobra sobre a minha cama ontem à noite?
- Eu vou ter uma conversa com ele. Ok? Não conte sobre isso para o Alexandre. Você é o filho preferido dele. Então, eu não quero confusões por aqui, tudo bem? - Diz ele.
Alessandro fica em silêncio.
- Ale, eu to falando com você, filho- diz Valentim.
- Tudo bem, Pai. Mas mantenha ele longe de mim.
- Esse é o meu garoto- diz Valentim bagunçando o cabelo do pequeno príncipe.
- Olá amores da minha vida- diz Rei Alexandre se aproximando e dando um selinho em Valentim.
- Oi Papai- diz Alessandro.
- Tudo bem, meu filho? Aconteceu alguma coisa? – Pergunta o Rei.
Valentim e Alessandro se encaram. A vontade dele é contar tudo para o pai. Ele sabe que o Rei brigaria com Arthur, mas, um sentimento de pena lhe aflige e ele é incapaz de o dedurar. Afinal daqui a alguns anos o mesmo será o sucessor do trono.
- Está tudo bem Papai- diz ele dando um sorriso.
- Tem certeza? Porque se tivesse acontece...
- Sim pai, eu tenho. Não se preocupe. Agora eu preciso ir se não vou me atrasar para a minha aula de letras- Diz ele saindo do aposento real.
Ele desce as escadas. E observa o treinamento de guerra que está ocorrendo entre os soldados, mas, apenas um realmente lhe chama atenção. O Arthur, como ele consegue ser tão perfeito lutando com a espada, o sorriso, os seus olhos, o seu corpo suado. Apesar de odiá-lo. Ele reconhecia o sex appeal do mesmo e a capacidade de sedução dele. Todas as garotas do reino babavam por ele. E ele sempre estava ficando com muitas delas. E isso incomodava o pequeno príncipe.
“Como alguém consegue ficar com ele? Ele é tão babaca”- Diz em pensamento revirando os olhos.
- O que você está olhando? – diz Isabel sua irmã.
- Na..na..da- diz ele gaguejando.
- Você estava olhando para o Arthur? Né seu depravadinho- Diz ela sorrindo.
- Não, eu não estava- diz ele.
- Quando vai confessar para si mesmo que gosta dele?- pergunta ela.
- Nunca, porque eu não gosto. Deixa de besteiras e vamos logo antes que nós cheguemos atrasados na aula- Ele a puxando pelo braço.
Já dentro da carruagem.
- Não mude de assunto, meu irmão- diz ela.
- O Arthur me odeia. Nunca aconteceria nada entre nós.
- Vocês formariam o casal mais fofo do mundo e Ele não te odeia- diz ela sorrindo.
- Porque? Ele disse alguma coisa sobre mim? Ele...
- Calma. Não, ele não me disse nada, mas, eu sinto essas coisas. E o jeito que ele te olha denuncia o sentimento dele. Ele inferniza a sua vida porque ele gosta de te irritar e chamar sua atenção. Será que você não percebe seu bobo- diz ela me dando uma tapinha na testa.
- Ele não se importa com os sentimentos das pessoas. Ele é um egoísta, egocêntrico, chato, irritante. E não, ele não gosta de mim e nem de ninguém.
-Isso é verdade. Ele não te merece. Você é tão lindo meu irmão. Porque você não fica com nenhum garoto do reino? Maior parte deles babam por você. Confesso que tenho até um pouco de inveja as vezes- diz ela sorrindo.
- Isso não é verdade e você sabe que o papai não deixa nenhum garoto se quer aproxima-se de nós - diz Ale desviando o olhar.
- Ele não precisa saber- fala com um sorrisinho.
Descemos da carruagem. E aquele pensamento ecoa na minha mente. Ultimamente eu me sinto tão sozinho. Eu sinto a necessidade de ter alguém ao meu lado. Para amar, beijar, compartilhar experiências, mas, não sei onde encontro. Entro na sala e aula parece já ter começado. Depois da minha conversa com Isabel a minha mente está vagando. E eu não consigo me concentrar no que o mestre está explicando. As horas voam. E quando percebo as aulas terminaram.
Eu pego meus pergaminhos e sigo caminho para fora do prédio com a Isabel tagarelando ao meu lado. E de repente, eu vejo o Apolo se aproximando de nós. Ele abre um sorriso.
- Olá Meu príncipe e minha princesa- diz ele nos reverenciando.
Apolo é um dos garotos mais lindos do reino. Ele tem os cabelos loiros e os olhos verdes como a duas esmeraldas verdes escuras. Suas bochechas são vermelhas assim com seus lábios. Seus dentes completamente alinhados, uma marquinha no queixo o que o dava um charme a mais além de sua barba ruiva. Eu nunca tive nenhum sentimento por ele apesar de ele ser incrivelmente atraente.
- Eu estava pensando se...se... A nobreza pudesse me ajudar com báskara e pitágoras. Eu sou péssimo em matemática e a Princesa Isabel me disse que você era muito bom. Então eu pensei.
- A princesa Isabel disse isso? - Eu pergunto.
- Sim- ele sorri mostrando suas covinhas.
- Um momento – digo puxando a Isabel para longe.
- Porque você fez isso? Você é louca- Eu digo furioso
- Ah... Não é tão ruim assim. Olha como ele é lindo. O cara perfeito para te fazer esquecer o Arthur.
- Você não tinha o direito Isabel. Agora você vai agora mesmo lá com ele e vai desfazer tudo isso.
- Está bem Desculpa – Diz ela – Vamos ele está esperando.
Nos aproximamos do Apolo e...
- Então, Apolo...- Eu sou interrompido.
- Alessandro, adoraria o ajuda-diz Isabel.
“Eu vou matar a vaca da minha irmã”- Penso.
- Obrigado meu Príncipe, Não sei como agradecer- diz Apolo com os olhos brilhando.
- Eu já estou de saída. Tenho um compromisso agora- diz Isabel saindo.
- Isabel, volta aqui. Isabel- Eu a chamo, mas, ela me ignora.
- Então quando começamos? -Ele pergunta ansioso.
- O que? Ah sim - Eu exclamo.
- Podemos começar agora? - Ele pergunta.
Arhh... A Isabel me paga.
- Por mim tudo bem, podemos ir para a biblioteca. Lá é bem silencioso- digo.
Eu pego um pergaminho de Telos. E começamos a estudar.
Algum tempo depois...
- Sim, a partir disso você começa a usar formula Delta= -b^2-4.a.c
- Não, meu príncipe. A formula é delta=b^2-a.c. Isso porque potência elevada ao expoente par fica positiva. Se não ocorresse isso a raiz seria negativa e não teria resultado real- diz ele.
- Eu pensei que você não sabia- digo surpreso.
- E que... que- Ele gagueja
- Porque você mentiu pra mim? – Pergunto desconfiado.
- Desculpa, meu príncipe. Eu essa foi a única forma que eu encontrei de me aproximar- diz ele.
- Você não precisava mentir para mim- digo.
- Eu sinto muito – diz ele abaixando a cabeça.
- Está bem, pelo menos eu pude deduzir que eu sou péssimo em matemática e que sou eu quem precisa de aulas- sorrio para ele.
- Você não está zangado? - Ele pergunta surpreso.
- Não, eu não estou. Então será que você poderia me ajudar? - Eu pergunto.
- Será uma honra- ele diz.
Em poucos minutos de estudos. Eu pude ver que ele é um ótimo professor. Além de um garoto educado, paciente, de boa índole.
- Porque você queria se aproximar de mim?- eu pergunto.
- Porque eu gosto de você, príncipe- diz ele ficando vermelho.
- Gosta? - Eu exclamo arregalando os olhos.
- Desde de quando éramos crianças nas aulas de leitura- diz ele desviando o olhar.
- Eu não sei o que dizer- digo meio perturbado.
Ele se aproxima de mim e toca no meu queixo. Um arrepio percorre o meu corpo. Quando sinto sua boca tocando a minha. Sua língua invadindo a minha e sua barba por fazer me fazendo cocegas. Eu sinto como se estivesse nas nuvens quando ele toca a minha cintura e me pressiona na parede.
- O pai vai adorar saber disso
- Arthur – Eu exclamo.
- Apolo se considere um homem morto e Alessandro você está em prisão perpétua dentro do seu quarto- Ele diz sorrindo e saindo de lá.
- O que vai acontecer? – Diz Apolo assustado.
- Não precisa ficar com medo. A gente se fala depois- digo saindo.
Eu corro atrás do Arthur.
- Arthur, Volta aqui, Arthur- Eu grito.
- O que é que você quer, Ninfeto?
- Não conta pro nosso pai, eu te imploro- digo ajoelhando.
- Por que eu não contaria?- Ele pergunta.
- Porque você é meu irmão- digo
- Isso não basta, príncipe Alessandro- diz ele debochando.
- Porque se você contar. Eu me faço de vítima. E o papai vai acreditar em mim como sempre seu babaca –digo.
- Quer apostar?- Ele pergunta
Continua...
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Oi vou fazer um especial de 5 capítulos. Boa noite espero que tenham gostado.