Alguns dias se passaram com tudo na mesma, estava triste por o Olli, queria te-lo, queria uma familia, meu sonho é nós dois juntos cuidando do Ariel.
Ariel já estava com 5 meses, lindo.
Estava só em casa, meu pai tinha ido trabalhar...
Ariel estava dormindo de repente tocam na porta e vou atender, era o Olli.
Ele avançou em mim, me beijando, passando suas mãos grandes por meu corpo...
Eu: O que é isso?
Ele: Estou morrendo...
Eu: Quer que eu volte?
Ele: Sim.
Eu nem acredito, estava vibrando, tinha o amor da minha vida comigo novamente.
Ele: Eu não vivo sem você. Mas quero te pedir uma coisa em troca!
Eu: O que?
Ele: Abra mão do Ariel por mim.
Naquela hora meu mundo caiu.
Eu: Você está mesmo me pedindo uma coisa dessas Olliver?
Sentei no sofá, fiquei meio atordoado.
Ele: Eu abri mão de muitas coisas por você!
Eu: Você tem noção da crueldade que está me fazendo?
Eu comecei a chorar. - Olli meu sonho era ter uma familia com você, nós dois cuidando do Ariel, juntos! Eu te amo tanto.
Ele: Eu também, abri mão da minha familia...
Eu: Também abriria, se a minha fosse homofóbica e não te aceitasse... Olli você e Ariel são os dois amores da minha vida, são amores diferentes, será que você não entende? Ariel é só um bebê Olli, eu o amo como um filho e gostaria que você também o amasse, seria perfeito demais para mim, nós três felizes juntos em uma casa!
Ele: Victor...
Eu: Olli, eu não posso. - levantei, peguei em seu rosto. - Tudo que eu sonhei caiu por terra agora. Não posso abrir mão do Ariel, sofri demais na minha vida sozinho e abrir mão dele vai contra tudo que acredito. Nunca na minha vida vou amar ninguém como te amo.
Saí dalí, ouvi quando ele fechou a porta.
4 meses se passaram, Ariel já cantarolava algumas palavras. Adorava quando começava: "Papapa". Para dizer papai.
Engatinhava, os dentinhos já estavam nascendo.
Marta sempre me falava dele, meu pai dizia que não era saudável para mim, mas queria saber como estava, era mais forte que eu, o amo demais.
Ela me disse que ele anda saindo a noite.
Estava na casa brincando com o Ariel e ela estava comigo.
Eu: Me fala!
Ela: Escute seu pai, não é bom ficar lembrando do Olli.
Eu: Você não quer me falar.
Ela: Ele anda saindo com uma tal de Luciana.
Baixei minha cabeça. - Ele seguiu em frente.
Ela: Detesto essa Luciana, não vou com a cara dela. Ele não te esqueceu Victor, ele te ama. Siga em frente também, mostre para ele.
Eu: Não. Tenho o Ariel agora, não vou ficar com alguém só para colocar ciúmes em quem amo, tenho que ser responsável.
Ela: Victor, estou orgulhosa de você meu lindo, você amadureceu demais.
Eu: Vi minha melhor amiga morta e ela me deixou seu filho. Acho que isso é o bastante para qualquer um amadurecer.
A tarde ela foi embora, resolvi sair com o Ariel, fui para uma sorveteria com ele.
Sentei na mesa com ele no colo, já estava preparado para a lambuseira que ele iria fazer, comecei a dar o sorvete a ele, estava morrendo de rir, ele botava a mão, lambusava a carinha, claro que muitos haviam parado para ver a cena linda. Meu filho era muito bonito e chama atenção.
Quando de repente quem vejo passando? Ele, com uma mulher loira, alta, corpo de modelo.
Aquilo me deixou sem jeito, desconsertado. Ela parou onde estavamos. - Ow que lindo.
Eu: Obrigado.
Ela: O pai e o filho são lindos.
Eu ri.
Olli: Lucy porque parou ai?
Ele me viu.
Ela: Para ver essas duas fofuras.
Ariel começa: Papapa.
Eu: O que foi meu amor?
Ele começou a rir.
Eu olhava para Olli sem jeito.
Peguei um pano e limpei suas mãosinhas, depois seu rostinho.
Ela: Posso pegar?
Eu: Claro!
Ela pegou ele no colo.
Eu: Você fica com ele enquanto vou ao banheiro?
Ela: Claro!
Saí dalí sem jeito, entrei no banheiro e soltei o ar, meus olhos ardiam mas não ia chorar. Molhei meu rosto, de repente abrem a porta, era ele... Foi ao mictório. Eu peguei um pouco de papel toalha, me sequei, ele foi até a pia, lavou as mãos e foi seca-las. Me dirigi a porta, quando ele pega no meu braço.
Eu: O que foi?
Ele: Não me culpe por estar com ela, você escolheu assim.
Eu sorri, baixei minha cabeça. - Não Olliver, você me fez escolher assim. Por mim eu estaria com os dois.
Ele me olhou, me puxou mais, colidi em seu corpo, pegou em minha cintura e nos beijamos. Que saudade que eu tava dele, da boca, do corpo, do cheiro, de tudo.
Me soltei dele... - Porque você faz isso comigo? Eu não fiz escolha nenhuma Olliver, mas você fez, escolheu ficar longe de nós, escolheu outra, então porque me castigar assim?
Ele: Porque te amo.
Eu: Se me amasse mesmo não ficaria longe, estaria com a gente. Se escolheu ela, não faça mais isso, não me dê mais esperança.
Saí dalí como um furação, ela estava com o Ariel no colo brincando.
Eu: Vamos amor? - Peguei ele. - Obrigado por ter ficado com ele.
Ela: Não foi nada. Ele é um doce.
Saí com o Ariel, cheguei em casa e meu pai estava lá.
Eu: Pai fica um pouco com o Ariel?
Ele: O que foi?
Eu: Não estou muito bem.
Ele: Tá, fico sim.
Pegou Ariel...
Eu: Dá um banho nele, dei sorvete e ele está todo preguento.
Subi, tirei minha roupa, entrei no banheiro, liguei o chuveiro, sentei debaixo, abracei minhas pernas e chorei.
Eu amava o Olli demais. Porque a vida tem que ser tão triste? Poderiamos estar cuidando juntos do Ariel, poderiamos ser uma familia agora.
Me sequei, vesti uma roupa, peguei meu cel e mandei uma mensagem para ele:
"A Ana morreu por não aguentar ficar longe do Paulo, ele morreu e a deixou só, não havia mais volta. Você no entanto está vivinho Olli, está bem, e me priva da sua companhia, me afastou, queria formar uma familia com você, queria ter você comigo, por você faria a mesma coisa que a Ana fez pelo Paulo, mas não vou fazer, tenho o Ariel agora, não posso deixa-lo só como a Ana fez. Te amo, mas te deixo livre, vou tentar viver minha vida, viva a sua. Seja feliz meu amor.
Beijos Vic."
Enviei.
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Obrigado pelos comment's.
Beijokas.