Depois de escrever a mensagem eu dormi.
No dia seguinte acordei, escovei os dentes e desci.
Ia descendo as escadas e vi que Marta estava lá, falando ao telefone com ele.
Ela: Bem feito Olli! Eu disse que aquela bobagem não daria certo! Não sei para quê eu aceitei mentir desse jeito!
Ela o escuta...
Ela: Pois vou ver como ele está mesmo, mas por mim, estou preocupada. Eu sabia que essa história não ia dar certo! Mentir desse jeito, não sei para quê eu aceitei.
Desligou...
Eu: Marta?
Ela: Meu Filho como você está? - Me abraçou mostrando preocupação.
Eu: Que história é essa de mentira?
Ela: Ah você ouviu?
Eu: Sim.
Ela: Não é nada demais.
Eu: Ok. Não confio mais em você.
Ela suspirou: Tá, você sabe que sempre vou ficar do seu lado. Essa história da Luciana era mentira.
Eu: Oi?
Ela: Eu sempre conto para ele como você está e que você também pergunta por ele. Desculpa, eu sei que não deveria, mas quero ver vocês juntos novamente... Bem, ele me falou para a próxima vez que perguntar eu falar que está junto com uma mulher.
Revirei os olhos: Mas qual a necessidade disso?
Ela: Te colocar ciúmes, ver se você volta...
Eu: Mas eu a vi.
Ela: Ele te viu na sorveteria e chamou uma moça que estava por lá para passar na sorveteria, a mulher viu vocês e tudo saiu do controle, só estava nos planos dele passar em frente.
Eu: Não acredito!
Ela: Ele não seguiu em frente Victor, ele sempre dorme agarrado a seu travisseiro, não me permite trocar a fronha dele, já o peguei chorando várias vezes. Ah alguns dias ele me disse que sonhou com o Paulo, ele havia dito que a criança os uniria mais, para abrir o coração para a criança.
Eu: Isso foi baixo Marta, como ele pôde fazer isso comigo? Fingir que estava com outra?
Ela: Eu disse que era loucura, que bastava vir falar com você, mas ele me disse que não tinha coragem, você não aceitaria. Depois de tudo você o mandou uma mensagem, ele ficou muito preocupado, daí hoje cedo eu vim ver como você está!
Eu: Oh meu Deus, que loucura!
Meu pai aparece na escada: Venham rápido, o Ariel não está bem.
Eu subi como um furação, entrei no quarto, fui até o berço, ele estava com as bochechas vermelhas, peguei na sua cabecinha e estava ardendo em febre, sua respiração chiava, fiquei louco!
Eu: O que ele tem? - Comecei a chorar.
Meu pai apareceu com um termômetro, colocou debaixo do seu bracinho, Ariel suava...
Ele tirou o termômetro: 39 graus.
Eu: Vou me trocar, vou leva-lo ao hospital.
Pai: Eu também.
Marta: Vão depressa!
Longe dalí...
Olli narrando...
Estava no meu trabalho, conversando com alguns amigos, inclusive com o Delegado.
Meu celular vibrou no bolso, peguei, vi que era a Marta, atendi...
Eu: Oi Marta? Então como o Vic está?
Ela: Olliver estamos no hospital, o Ariel está doente!
Eu: Mas é grave?
Ela: Não sabemos!
Desliguei, o Vic deve estar louco!
Falei com todos, saí como um louco.
Fui para o hospital, entrei e vi Marta, corri para falar com ela. - Como estão as coisas?
Vic me aparece com um copinho de água na mão, nem esperei Marta falar nada, fui de encontro a ele que me abraçou e começou a chorar em meus braços.
Eu: Ainda nenhuma noticia?
Ele: Não.
Sentamos, Vic deitou em meu ombro e fiquei fazendo carinho em seus cabelos.
Com um tempo o pediatra veio e falou com a gente que estava com suspeita de bronquite e iriam fazer exames.
Passamos o dia alí, anoiteceu...
Eu: Vic, vá em casa tomar banho, eu fico aqui.
Ele: Não, daqui eu não saio.
Continuamos alí até o dia seguinte...
No dia seguinte o médico deu todos os cuidados que deveria ter apartir de agora, as receitas com remédios.
Vic: Mas o que pode ter causado isso?
Pediatra: A familia ter um histórico de doenças respiratórias ajuda, a crise pode ter dado da Mudança de tempo, poeira, evite isso tudo, alimentos muito gelados...
Eu: A familia do Paulo tem problemas sim, a irmã e a mãe tem asma.
Vic me olhou...
O médico continuou dando uma lista de cuidados.
Fomos ver Ariel, uma enfermira já havia arrumado ele, Vic o pegou nos braços e o abraçou.
Ariel se jogou nos meus braços, Vic me deu, fiquei com ele no colo, Ariel pegava no meu rosto, brincava com meu nariz, Vic olhava com um sorriso no rosto, pegou a bolça com as coisas dele e a gente saiu.
Marta já havia ido.
Ele: Quando a gente veio meu pai nos trouxe, vou pegar um táxi.
Eu: Não precisa, eu te levo.
Entreguei o Ariel e ele entrou no carro, depois entrei e a gente seguiu com Ariel brincando no colo dele.
Chegamos...
Ele: Obrigado por ter nos trasido!
Eu: Não foi trabalho nenhum.
Peguei Ariel novamente: Tchal Ariel.
Joguei ele pro alto e ele riu depois dei um beijinho na sua barriguinha.
Vic ficava nos olhando meio incrédulo.
Eu estava disposto a tê-lo novamente, sempre amei o Victor, tinha dúvidas quanto ao Ariel, mas tive um sonho com Paulo, ele me dizia para esquecer o dia da sua morte, cuidar do Ariel, nossos destinos estavam entrelaçados, e o meu distino e o de Victor era ser os pais, os protetores do Ariel, eu só tinha uma venda nos olhos, mas aquele sonho era para tirá-la.
E tirou, hoje quando peguei Ariel nos braços senti algo que jamais havia sentido antes, a cena de Paulo morto em meus braços me cegava, e o Ariel me fazia lembrar 24 horas, me atormentava, hoje vejo diferente, vejo uma nova chance de viver, ter uma vida com o amor da minha vida.
Vou tê-los de volta, vou provar para Vic que quero ser o pai de Ariel.
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Beijinhos.