- Ricardo necessito que venha até o hospital pois seu pai está internado, passou mal e o trazemos.
Saímos dali urgente e fomos em direção ao hospital que não era distante de onde estávamos, chegamos lá estava Seu Carlos, Dona Ludmila, Camila e o Caio e a Srta sua esposa.
Gabriel era apresentado a todos e na hora de Caio se recusava em estender a mão, o mesmo fez Bruno e Yan, um clima chato no ar e fui em direção a Uti onde estava meu “velho’.
Chegando vejo uma cena, ele todo entubado, ruim e já debilitado, perguntei o que tinha acontecido e eles me disseram que havia se sentido mal e foi trazido e seu quatro se agravou.
No corredor o médico me dizia que infelizmente era os últimos momentos dele, pois devido à idade e seu estado de saúde não lhe garantia melhoras, meu choro era real e ali seria o pior dia da minha vida, Gabriel sempre ao meu lado, cuidando de mim e todos daquela família também a quem não guardo rancor, apenas decepção amorosa.
Peço ao médico para acompanhar meu pai, com sua permissão fico ali na cama, ao lado dele. Gabriel ficaria comigo e Bruno e Yan estavam indo em casa buscar algumas coisas pra gente. Seu Carlos e a família iriam dormir na empresa e me pediu pra ligar se caso necessário.
Meus amigos trouxeram roupa pra gente e cobertores melhores, ali naquele quarto, mesmo sendo um apartamento era melhor os nossos cobertores, ficamos eu e Gabriel cuidando do meu pai.
Ouço me chamar.
- Filho!!!
Começo a chorar, pois a sensação era ruim, com voz falha ele começa a falar comigo.
- Saiba que te amo muito e que neste momento te aceito do jeito que é.
Lagrimas começam a correr sobre o meu rosto e o do Gabriel.
Ouço o respirador parar e vejo seus olhos fecharem; a pior cena da minha vida e começo a me desesperar, era muito ruim perder meu protetor, quem me ensinou tudo e me fez ser o que sou, suas palavras me deixava respeito, saudade e acima de tudo sabedoria.
Gabriel me abraçava e juntos choramos, me levando pra fora do quarto e chamando os enfermeiros, era triste, era carregado e dopado pelos médicos, pois não conseguia se quer parar de chorar e gritar o nome do meu “velho”.
DEZ DA MANHÃ estava eu deitado numa cama de hospital e Gabriel do meu lado, Bruno e Yan ali também todos me consolando, lembro de tudo e não consigo me conformar, eles me pedem forças, assim como Seu Carlos e sua família que logo chegam me dando os pêsames.
NO VELÓRIO minha situação era de desespero, ali estava todos, Demétrio, Diego, Dona Benedita, alguns funcionários da transportadora e pessoas desconhecidas, ele foi velado na capela da cidade, eu estava em prantos.
NO ENTERRO era o último momento, Gabriel sempre ao meu lado e eu se despedia, sem muito o via ser coberto por terra, chorei muito e ao fim agradeci a todos, mas fui levado pra casa por Gabriel que me colocava pra deitar e com todo carinho me fazia cafuné pra mim dormir.
Era hora de refletir, recomeçar e honrar os ensinamentos do meu pai, assim fazer a diferença, mudar as coisas, agradecer a aquela família por tudo e acima de tudo me renovar.
NO OUTRO DIA somos acordado por palmas, Gabriel resolve atender e ouço discussão, me levanto pra ver o que estava acontecendo; noto Caio e ele quebrando o pau na porta, separo ambos e peço calma e assim Gabriel diz;
- Esse palhaço veio botando banca e me perguntando o que estava fazendo aqui.
Novamente peço calma e noto Caio exaltado querendo avançar no meu príncipe que de braço quebrava o magrelo no meio, mas apenas mantinha a calma.
- O que você quer aqui? Posso saber? Ficou alguma coisa pendente?
Ele dizia:
- Podemos conversar a sos?
Eu iria ouvir a mesma lorota de sempre e então era hora de reagir e me neguei a falar somente nos dois.
- Gabriel é um cara diferente, sempre esteve ao meu lado, me provou ser honesto e honrado e não um bundão igual a ti, que prefere se esconder em um casamento, em uma gravidez por uma merda de empresa. Por gentileza saia.
Ele não acreditava nas minhas palavras, dizia que me amava e que fez aquela escolha por mim, sem muito Gabriel parte pra cima dele com um belo soco na cara, tentei segurar mais não deu.
- Cara! Tu some daqui seu filhinho de papai que te parto no meio. Dizia Gabriel
Caio saia com a cara toda rasgada, nariz sangrando e eu não poderia o ajudar, na mesma hora chegava de carro Bruno e Yan e buscava se situar na briga. Caio entrava no carro sem falar nada.
Os garotos estavam chocados e eu ali atordoado com tudo aquilo; entramos e conversamos a respeito, era muita falta de respeito a reação daquele moleque em querer vir em casa e tirar satisfações e se achar no direito de ser dono da verdade.
Gabriel novamente me mostrava seu jeito protetor, ia em direção a cozinha preparar um café da manhã pra gente, enquanto Bruno tentava me alegrar, e ainda hoje eu estaria de emprego novo, era recente diante da morte do meu pai, mas necessário recomeçar.
Tomamos nosso café e fomos assinar o contrato na sede do jornal e lá estava seu Henrique que veio lamentando a dando pêsames com relação ao meu pai, agradeci e resolvemos assinar o contrato com direito a foto que sairia na edição seguinte e no jornal eletrônico também, por hora estava todos a comemorar, aplausos e boas vindas, abraços e mais abraços.
(Nesse momento algumas pessoas deve estar questionando o porquê estar aqui, afinal perdi meu pai recentemente o enterrando ontem. Quero esclarecer que faço esta parceria em memoria a ele, o grande professor da minha vida, a quem tem meu respeito e sempre me ensinou a ser honrado e a trabalhar com honestidade. Por este motivo e em sua memória me dou o direito de o homenagear e lutar por dias melhores)
Gabriel novamente ali ao meu lado e me abraçava, me dando os parabéns e falando no meu ouvido.
- Aceita se casar comigo?
#Continua
Autor Escritor Danyel
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