A verdade dói! -3
- não tem nada que deixar pra lá, você já está bem grandinho e pode muito bem me falar o que está acontecendo, além de seu pai eu sou seu amigo, não sou?
- é!
- então trate logo de me contar e não enrola, voce sabe que eu sou direto e gosto que sejam também comigo.
- eu gosto dele, mas ele não gosta de mim pai, isso só prova que ele pode muito bem mentir, eu não confio mais nele e esses dias ele me provou que não merece minha confiança.
- gosta como? Assim de amigos, claro que ele gosta de você, sempre gostou filho, o que ele aprontou com você?
- pai você sabe muito bem do que eu to falando.
- mas vocês já pararam pra conversar sobre isso ou tiveram apenas uma discussão inútil como duas crianças, você já é quase adolescente filho, embora eu não queira admitir isso, você já é, pode muito bem resolver seus problemas com uma conversa civilizada – meu pai parecia bem compreensivo, via acolhimento em seus olhos, ele sempre foi um grande homem e um grande pai.
- tá pai, agora eu quero ficar sozinho pra pensar um pouco no que eu devo fazer.
- mas filho, não pense demais porque se não vai incendiar a casa, rsrsrs, e não tome nenhuma atitude precipitada que depois você irá se arrepender.
- obrigado pai.
Ele saiu e eu fiquei horas e horas pensando no que eu deveria fazer. Primeiro: será que ele está falando a verdade quando diz que me ama?; Segundo: ele iria deixar os amigos dele falarem de mim se me ama de verdade?; Terceiro, quarto, quinto, e muitos outros pensamentos que podem parecer bobos e inúteis me rondaram até a hora do jantar, eu fiquei o tempo todo no meu quarto.
“Breno é um rapaz decidido, lindo, perfeito, mas como me falaram ele está namorando e é um galinha, primeiro passo é ter certeza do sentimento que ele sente por mim”. Tomei banho, coloquei uma roupa leve, desci e meus pais estavam na sala de jantar esperando por mim, Breno nunca jantava conosco, sempre na cozinha ou fora de casa, mas naquela noite ele estava presente na mesa e ainda no meu lado. “Affs, o que querem que eu faça, me atire pra ele?” Só pode por terem chamado pra jantar e se fosse ainda no outro lado, mas justo do meu, isso só pode ser coisa do meu pai”. Desejei uma boa noite pros meus pais, uma “Boa noite” sem sal pro Breno e me sentei. O jantar transcorreu bem e o assunto principal foi minha ilustre pessoa, sempre me jogando pro Breno, como tinha imaginado, meu pai queria que eu me acertasse logo com ele.
Narrado por Breno.
Depois que me declarei pro Anderson e ele conversou com seu pai alguns minutos, senhor Carlos disse que queria ter uma conversa séria comigo, achei novamente que ele tinha contado sobre o imprevisto da escola, mas não.
- meu filho me contou que vocês um desentendimento mais sério daquele que ocorreu aqui em casa, ele parece muito magoado com você, o que tem a me dizer – contei todos nos mínimos detalhes, ele sempre me apoiou quando precisei, foi como se fosse meu pai, ele pareceu não se irritar tanto pela minha idiotice, pois eu achei que aquela seria a última vez que iria pisar naquela casa, me enganei.
- desculpe a palavra, mas você foi um tremendo idiota ao deixar seus amigos zoarem o meu filho, se eu não soubesse de tudo o que você fez pra estar do lado dele, já estaria no olho da rua agora, mas em compensação eu espero que vocês se acertem e não aja mais assim.
- eu prometo mas tem mais.
- o que, você deixou fazerem alguma maldade com ele?
- não, eu amo ele desde quando voltei pra cá, mas eu nunca imaginei que eu não conseguiria esquece-lo em tanto tempo, tentei de tudo, a minha forma fria de lidar com ele era porque eu não queria o amar mais, mas isso não foi possível.
- se você realmente gosta dele, prove. Assim vai ser mais fácil do Anderson se convencer e se ele puxou a mim, só provando mesmo, mas estou disposto a te ajudar.
- sério? – naquela hora meu coração pareceu dar sinal de vida, uma pontinha de esperança brotou dentro de mim.
- sim, desde que descobri que meu único filho é gay, eu tentei sempre o proteger do mundo, mas isso nunca foi possível e acho que não vai ser, tenta pensar comigo, se você ama realmente ele, vai conseguir ficar com ele, e eu vou ajudar porque é melhor ele estar com alguém que eu conheço e confio, do que com qualquer um que poderá fazê-lo sofrer, e ai de você se fazer alguma coisa que o magoe, nunca mais chegara nem perto dele.
- ta ta bo bom senhor. – nunca achei que teria seu apoio, mas é melhor assim, ele nunca vai encontrar ninguém que o ame como eu e estou disposto a fazer qualquer coisa pra fazer ele feliz.
Conversamos e acertamos muitos detalhes (dicas) pra amolece-lo, como pai dele, o senhor Carlos conhece melhor que qualquer um seu filho, e os conselhos foram de muita utilidade. A primeira coisa foi que eu iria sentar do lado dele na mesa do jantar e o senhor Carlos o empurraria pra cima de mim.
No jantar ele apareceu depois que nós estávamos sentados, cumprimentou seus pais com uma doçura e carinho, mas foi como se mudasse de vez quando foi me cumprimentar, uma “Boa noite” sem sal, desalegre. Jantamos e durante o jantar, como combinado senhor Carlos o empurrou várias vezes, mas ele pareceu nem dar bola, depois que terminou, ele saiu logo e eu vi que seria a hora perfeita de conversar com ele.
Narrado por Anderson.
Sai da mesa e fui pro meu quarto, cheguei lá, peguei meu not e sentei na cama, logo depois ele entra e se senta do meu lado.
- posso falar com você?
- acho que sim, fala logo!
- eu te amo e estou disposto a te provar que ninguém nesse mundo vai te amar como eu te amo.
- e como você fara isso?
- assim ó!
Me agarrou e grudou sua boca na minha, no primeiro momento fiquei com a boca fechada por causa do susto, mas depois de tanta insistência de sua parte, abri e deixei rolar, queria ver no que dava, sua língua quente dançava sincronicamente junto com a minha explorando cada canta das nossas bocas, meu coração disparou a mil, começou uma sensação estranha no meu peito e só aumentou, estava muito calor peto dele, me joguei e curti o momento, nunca achei que seria tão bom o seu beijo, sempre sonhei com isso, mas na realidade é bem melhor.
- satisfeito!
- um pouco mas ainda não, você está namorando, não está?
- não.
- como que você quer que eu te perdoe se você já começou mentindo pra mim?
- eu não estou, te juro.
- você quer que eu acredite mesmo? Eu sei que você está namorando uma guria lá da escola e por cima sei até que ele é muito chata.
- a gente só está ficando.
- e irão continuar?
- claro que não, se você me perdoar e aceitar, eu quero namorar com você e todos irão saber, não vou esconder e muito menos continuar com ela. – nessa ele me pegou, gostei muito da resposta. Ele tentou me beijar mas eu o afastei.
- você esta enrolado, quando sua situação estiver resolvida eu vou pensar se deixo você me beijar.
- você se faz de difícil mas não resiste a mim.
Por um lado ele estava certo, mas eu não irei ser burro, o amor pode cegar as pessoas, elas muitas vezes não enxergam o que as outras fazem de errado e não querem acreditar quando as outras alertam, mas como eu não sou tão trouxa assim, nada contra aqueles que ficam, pois não merecem, mas eu não irei nem por um decreto ficar cego. Se eu aprendi uma coisa nessa vida, foi que tudo o que queremos temos que correr atrás e não desistir no primeiro obstáculo, somos capazes de ir além disso, só devemos parar quando todas nossas metas traçadas foram cumpridas, todos os caminhos terminados e aí sim, parar e olhar pra trás, mesmo sabendo que errou ou não, aprender com tudo o que viveu até onde foi.
“Eu vou ter ele pra mim sim, mas quando ter certeza de eu ele poderá ser só meu, sem mais ninguém entre a gente, quando eu acredite no que ele fala, pra não sofrer depois, vou arranjar um jeito de saber da vida dele na escola, nas baladas, sei lá, aonde ele for, quero saber tudo o que ele faz, fala com quem se relaciona (lista de amigos), se é pra me entregar que seja de corpo e alma e a pessoa que também irá se entregar a mim, não apenas de corpo, mas também de alma, meu querido Breno, se você me quiser, me conquiste (se for possível ser conquistado pela mesmo pessoa duas vez), mas pelo menos tente e me prove”.
Dormi muito bem, acordei no outro dia e meu pai não pode me levar pra escola, Breno já tinha ido com não sei quem, mas alguém veio busca-lo, minha mãe estava em casa e o motorista dela vai me levar [Obs: minha mãe tem um carro só dela e dirige super bem, nem parece mulher (ó o machismo), mas as vezes ela gosta de posar de madame, então sai sempre com o motorista, em alguns casos de emergência mesmo, ela sai sozinha (ou com meu pai do lado, segundo ela, meu pai não toca em seu carro porque se não vai arranhar, fazer um monte de coisa que tem no dele que ela não quer no dela, coitado do motorista dela, tem que seguir regras, kkkkk coisa de mulher acho euContinuaQuero agradecer a todos os leitores, um grande abraço e comentem que seu comentário será bem utilizado se bom, para a construção do contoMARTINES: valew, eu fico muito feliz que tenha gostado, obrigado pela dica, é meu primeiro conto e será bem vinda, a honra é toda minha. Bjsss lindo.
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DARK: valew cara, não sei o que deu, li depois do seu comentário e não tinha nada, deveria ser coisa no site mesmo, mas ainda tem muito pra acontecer entre eles, abração.
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NICK: valew, fico feliz que tenha agradado.
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Seus comentários me incentivaram a voltar aqui cada vez mais feliz por saber que tem alguém que vai ler e ainda por cima esta gostando.
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Não levem a mal se não gostarem da resposta dos comentários, eu não so muito bom nisso. Bjssss atodos.