Mãe dele: Como assim filho?
Ele: Isso mesmo que vocês ouviram, meu filho.
Pai dele: Mas como assim seu filho? Engravidou alguém? Sim porque ele eu sei que não foi porque tenho certeza que nunca nem beijou uma mulher, é viado!
Ele: CALA A BOCA!
Eu: Olli pelo amor de Deus vamos embora, para com isso, não responde! - Falei baixo.
Pai dele: Explique essa história direito! Como assim filho com esse baitola?
Todo mundo estava olhando, eu estava com Ariel no colo, morrendo de vergonha, não queria que meu filho tão pequeno presenciasse algo do tipo.
Ele: Já falei para calar a boca, exijo que respeite meu filho e o amor da minha vida!
Pai dele: Não fale isso desse viado!
Eu: Olli por favor!
Ele: Já disse para não falar assim do Victor. - Falou mais alto.
Comecei a passar mal, não podia continuar alí, dei Ariel a Marta e corri para o banheiro.
Passei água em meu rosto procurando me acalmar, peguei papel toalha e me sequei.
Ele entra... - Você está bem?
Eu: Mais ou menos.
Ele: Foram embora.
Eu: Olli você precisa ir falar com eles e explicar tudo, não quero que o Ariel cresça em um ambiente como este.
Ele: Desculpa. - Me abraçou.
Eu: Isso não é sua culpa!
Ele: Eles são meu pais.
Eu: Mas você não tem culpa de serem assim amor.
Beijei ele. - Agora vai.
Saímos, não fiquei mais nem um minuto alí, eu e Marta fomos direto ao carro e ele pegou um táxi.
Cheguei em casa, tomei um banho e fiquei esperando-o, estava nervoso, ficava andando de um lado para o outro, Martinha apareceu...
Ela: Ariel dormiu. O que você acha que vai acontecer?
Eu: Não sei.
Ela: Como ele ficou quando você contou o que fizeram antes com você?
Eu: Não contei.
Ela: Como não?
Eu: Não tive coragem Marta, o que você queria que eu fizesse? Contasse lá para o escândalo ser maior? Estava morto de vergonha, o Ariel estava lá...
Ela: Você tem razão.
Eu: Como está o joelhinho dele?
Ela: Tudo bem, não foi nada!
Com um tempinho ouvi barulho de chave na porta, era ele...
Eu: Como foi?
Ele: Eles querem participar mais da vida do Ariel.
Eu: Como?
Ele: Querem ficar vendo ele, mas não querem nada com você, nem conversa.
Eu: Deixa eu ver se entendi direito... Querem ter a relação de direito com o meu filho, de avós, mas não querem nada comigo? Não querem me ver, como se eu não existisse?
Ele: Sim.
Eu: Pois eu não aceito.
Ele: Sabia que você ia dizer isso.
Eu: Não vou aceitar meu filho perto de pessoas preconceituosas que ensine a ele que nossa relação é errada, criança da idade do Ariel é uma esponja que absorve tudo e não quero que meu filho cresça preconceituoso, com nojo de nós igual a seus pais.
Ele: Eu sei amor, eu também disse não.
Eu: As vergonhas que seus pais me fizeram passar junto ao Ariel, Ariel tem só um ano Olliver, pelo amor de Deus...
Ele: Como assim as vergonhas?
Olhei sério para ele.
Ele: Victor você está me escondendo algo, fala logo.
Marta aparece: Chegou a hora Victor conta tudo, ou eu conto!
Contei tudo que os pais dele haviam feito a mim e ao Ariel, quanto mais falava, mais ele se transformava de ódio. Os olhos do Olli ficaram vermelhos.
Ele: Como você pôde me esconder uma coisa dessas?
Eu: Só achei que você tinha acabado de voltar a ter uma boa relação com eles amor, não queria que brigassem novamente por minha causa!
Ele: Victor quantas vezes mais vou falar que não tem essa de ser por sua causa? Estou cansado de falar, você e meu filho passaram por isso sozinhos e você não me falou absolutamente nada!
Eu: Desculpa!
Ele saiu com ódio, bateu a porta com força, Marta me abraçou, e eu chorei um pouco no colo dela.
Levantei e fui até o quarto, abri a porta mas ele não estava lá, foi dormir no quarto de hospedes.
No dia seguinte acordei, Marta já havia dado banho no Ariel, cheguei a cozinha e Olli estava lá, fui dar um beijo nele e ele desviou.
Ele: Martinha vou indo.
Deu um beijo no Ariel e saiu.
Suspirei.
Ela: Calma, ok? Tudo vai se resolver.
Eu: Vou na instituição novamente, quer ir comigo?
Ela: Sim. Quero conhecer.
Nos arrumamos e saímos. Levei alimentos como havia prometido.
Chegando lá dei de cara com Joana.
Ela: Oi, você veio mesmo!
Eu: Não disse que viria de novo?
Entramos, deixei o Ariel com Martinha enquanto ela conversava com Joana e fui pegar as sacolas no carro, uns caras foram me ajudar.
Entramos...
Eu: Marta cadê o Ariel?
Ela apontou - Alí brincando.
Ariel estava andando segurando nas coisas.
Fui preencher a tal fixa de novo.
Quando saio vejo Olivia com Ariel no colo junto ao marido e Marta querendo pega-lo.
Eu: O que está acontecendo aqui?
Pai dele: Estou vendo meu neto.
Eu: Seu neto coisa nenhuma, até alguns dias atrás ele era alguma criança que estava cuidando como babá.
Pai dele: Você não vai me afastar do meu neto, quem você pensa que é?
Eu: Pai dele! E como você falou antes um viado não? Sinto muito mas vou sim afastar vocês dois, seus preconceituosos do meu filho. Ele não vai crescer ao lado de pessoas como vocês!
Fui pegar ele de Olivia, mas ele me afastou.
Eu: Me dá meu filho agora!
Ele: Eu já disse que você não vai nos afastar dele!
Eu: Me dê meu filho!
Ele: Deixa de baixaria, só poderia ser assim mesmo, baixo.
Eu: Eu sou o baixo aqui? Tem certeza? O senhor arma escândalos sempre e eu sou o baixo.
Ele: Cala a boca!
Eu comecei a andar de um lado para o outro enquanto a mulher dele estava com o Ariel no colo.
Marta: Calma querido!
Eu: Me dá ele ou eu chamo a policia!
Ele: Que é o meu filho!
Eu: Vamos ver de que lado a lei está!
Marta foi até ela e tirou Ariel a força, peguei Ariel.
Eu: Vamos Marta.
Estavam todos olhando enquanto a gente saía.
Entrei dentro do carro e saí dalí, tive que parar em um lugar, eu tremia, respirei fundo e comecei a chorar.
Marta: Calma!
Eu: Não. Quem eles pensam que são? Me tratam como se não fosse nada nem ninguém e querem me tomar o Ariel.
Marta: Você acha que seriam capaz disso?
Eu: Sim Marta.
Fomos para casa.
Alguns dias se passaram, Olli continuava sem querer falar comigo, certo dia acordei tarde, Marta me deixou um recado falando que havia levado Ariel para tomar sol, Olli foi ao trabalho.
Fui a cozinha tomar meu café... De repente Marta entra pela porta...
Eu: E o passeio foi bom? Cadê o Ariel? Quero dar um beijo no meu bebê.
Ela me olhou com espanto.
Eu: Marta me fala!
Ela: Estávamos no parquinho, Ariel estava brincando e...
Eu: Pelo amor de Deus Marta, fala!
Ela: Ele sumiu.
Eu: Como assim sumiu?
Ela: Eu não sei Victor...
Eu comecei a me desesperar. - Liga para o Olli.
Meu Deus meu filho...
Comecei a chorar, andava de um lado para o outro, o mundo começou a girar e não vi mais nada.
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Beijos gente.