Voltando com mais frequência, assim que der estarei de volta...
Vamos lá?
Ela me segurou e me beijou com vontade e perguntou:
-podemos ficar mais um tempo aqui rsrsr – ela falou com uma carinha tão fofinha que nem tem como recusar, e por que eu faria ao contrario. Nos amamos muito nessa manhã.
Ai ela disse do nada - Vamos malhar?
Sente minha cara de passada – Podemos fazer isso aqui mesmo- ela me olho com aquela cara de quem adorou a ideia.
-Podemos tomar café da manhã antes?
-Humm – fiz aquela carinha de duvidas.- É ne!
Comemos e o clima estava ótimo como se já soubéssemos o que vinha. Ela não me esperou terminar me puxou pro quarto, mas não malhamos como previsto mais ficamos apenas trocando carinhos ate a hora dela ir trabalhar. Pra mim o mais interessante é vê-la mudar quando coloca uma roupa mais social pra ir trabalhar, calça preta de linho e uma camisa de mandas muito nem engomada que era a farda do trabalho dela.
Cheguei a minha casa não tinha mais ninguém e liguei pra minha mãe pra avisar que eu já estava em casa e ela me deixou com uma lista de tarefas pra fazer por causa da festa do meu pai. Chamou e ela não atendeu.
Depois de um tempo ela me ligou – Oi mãe bom dia ( minha mãe me chama de mãe, é uma forma carinhosa eu acho fofo)
-Bom dia mãe? Que lista é essa na minha porta?
-Você pode quebrar esse galho pra mim não é – ela riu.
- Posso sim...
-Dormiu no Augusto de novo foi?
-Foi sim, fui deixa-los em casa e acabei ficando por lá.
-Filha o que está acontecendo, você quer me contar agora?
-Acho melhor quando chegar da faculdade mãe conversamos pessoalmente acho melhor.
- então tudo bem, mais tá tudo bem né ?
-Está mãe fique tranquila. Beijos ate mais tarde.
-Beijos Mãe ate.
Eu sinceramente não sabia qual seria a reação da minha mãe ela é uma tranquila sobre essas coisas, inclusive uma das melhores amigas dela é lesbica e elas nunca tiveram problemas nenhuma enquanto a isso, mas o que ela sempre frisou era em relação ao respeito e o bom senso que devemos ter em com isso por que nem todo mundo entende nem aceita e agi agressivamente com preconceito, então ela me dizia sempre que achava elegante a forma que essa amiga dela se comportava um relação isso por que ela sempre não aparentou e também sempre namorou muitas mulheres mais não ficava se agarrando com nenhuma dela e nunca deu espaço pra que falassem um pio da vida dela.
E eu terei que agir da mesma forma com minha vida, por que já vi que teria problemas com isso por que nem todos aceitam, mas a vida é minha e sou eu que faço minhas escolhas e eu que tenho que lidar com elas e esconder da minha família não nunca fez parte dos meus pensamentos. E não tem por que eu esconder, pois pela primeira vez na vida eu não me sentir oprimida em relação a isso por que eu sempre pensava o que eu faria se eu me deixasse apaixonar por um mulher o que aconteceria, não vou negar que desde nova sentir muita atração por mulher, mais a juventude e todo mundo sempre me dizer que isso é errado, acho que me fez recuar e pensar nisso como um bloqueio, mais com ela todas as minhas duvidas se acabam e é impressionante o que eu sou com ela, a felicidade é a única coisa que faz parte o resto tudo se torna um mero detalhe.
Chegando em casa organizei meu quarto como sempre depois fui no centro que não era longe da minha casa pra comprar o que minha mãe pediu. Conseguir comprar quase tudo e encomendar o que ela pediu também. Passei o dia trocando mensagem com ela.
Cheguei em casa quase na hora da faculdade tomei um bom banho comi descansei um pouco e fui pra aula coloquei o fone de ouvido no ônibus e na playlist tocou uma musica de nação zumbi que eu amo que em determinado momento dizia assim:
“não sei se eu sonhava o meu sonho o se o sonho que eu sonhava era seu” me arrepiei todo com aquelas palavras por que eu estava sonhando, pois eu já tinha me apaixonado antes, mas nada parecido com o que eu estava sentindo agora e em meio ao caos que a musica relata o sonho que é realidade ou não!
Trocamos mensagem durante toda a aula e ela ficou de me pegar na saída da faculdade o Rodrigo até estranhou quando me viu indo embora e não fui com ele.
Liguei pra ela, tinha me mandando uma mensagem dizendo que estava na frente da faculdade me esperando mais eu não vi.
-Gio to de carro!
-Onde?
-Esse preto ai na sua frente.
-Esse amor? – tinha um carro preto 4x4 cabine dupla, uma S10. Entrei e ela me deu um beijo daquele mesmo. Deu partida no carro e foi.
Eu-De quem é esse carro?
-é mais ou menos meu!
-Como assim mais ou menos?
- Do trabalho mais eu sou quase dona da loja esse carro ou fica com meu avô ou comigo, mais ele mesmo é pra fazer entregas mais simples ai fica na empresa, eu tinha um carro, mas vendi.
-Por quê?
-Pra juntas um dinheiro e é menos gastos... Quero ir morar na Austrália.
-hã?
-é sempre quis ir embora daqui e lá parece um bom lugar, tenho amigos que moram lá, já passei até um mês de férias lá, me apaixonei por aquele lugar.
-E eu... você fala isso na maior naturalidade e não pensa na gente – ela me olhou meio perdida como se realmente não tivesse pensando nessa possibilidade.
-Eu só estava compartilhando um sonho com você!
-Sonho não Gabriela você já estar ate juntando dinheiro pra isso. Quando você pretende ir? – eu não conseguir conter a indignação e frustração na minha voz.
-Gio não sei... é que ...
-Por isso que você queria que fossemos de vagar?
- não é isso, vem comigo pronto...
-E minha vida? Você acha que é assim deixar tudo pra viver o seu sonho, pensei que construiríamos sonhos juntas...
-E vamos!
-como? Eu aqui e você lá do outro lado do mundo?
-Eu realmente não parei pra pensar nisso tudo foi acontecendo tão rápido com a gente que eu não pensei quando falei, mas eu pretendia que esse sonho se tornasse nosso sim. Por que não?
-Por que eu tenho minha família, minha vida, estudos, eu ainda estou construindo minha vida Gabriela, você fala como se fosse fácil deixar tudo.
-Eu não quero brigar Giovana... por favor por isso não.
- E quando vamos falar? Quanto você estiver de malas prontas e eu ter que ficar aqui com a esperança de não sei o quê?
-Não Giovana... – ela parou o carro na frente do meu prédio.
-É melhor paramos por aqui não que me magoar mais que eu já ouvir. – ela segurou meu punho.
-Você não pode fazer isso com a gente. – ela falou com o semblante totalmente diferente.
-Você que fez. –tirei minha mão dela e desci do carro.