Carlos me comia vivo com seus olhos cheio de ódio, a sua vontade era me atacar quando me viu entrar e sentar ao seu lado.
_ Capitão achei melhor trazer a vitima para poder ouvir os dois e saber qual decisão vou tomar.
_ Delegado Borges você não vai acreditar em um veado como ele tem para falar, não acredito nisso.
_ Cuidado capitão com o que fala para não arrumar um processo de homofobia, pode falar senhor Marcelo conte tudo.
_ Bem delegado na noite em que fui atacado pelo capitão Carlos...
_ Senhor Marcelo quero saber tudo mas é desde quando vocês se conheceram até a noite do fato ocorrido.
Carlos olhou para o Borges e depois me encarou como se estivesse me avisando para não contar nada sobre nós.
_ Ok vou desde o inicio então delegado.
_ Isso tudo que você lembrar pode falar.
_ Não preciso falar que sou bissexual, antes de conhecer o capitão eu tive outros dois relacionamentos sendo o primeiro com um amigo de trabalho que não esta mais na empresa.
_ O segundo relacionamento foi com um es detento que o conheci pelo face foi depois dele que eu conheci o capitão na academia...
_ Esta vendo delegado um cara que se envolveu com presidiário traficante o senhor acha que vou me envolver com gente deste tipo por minha farda em risco delegado Borges.
_ Você teve sua vez capitão agora quero escutar ele para não ser injusto com ninguém.
Borges desta vez usou um tom de voz de autoridade falando alto e apontando o dedo para o capitão.
_ Na academia eu gostei do capitão mas não foi logo atração física ou sexual e sim pelo jeito dele tratar todos e como todos tratam ele ali dentro, com o tempo fomos ficando próximos e a atração foi surgindo até que um dia no vestiário eu estava na ducha quando ele também foi e não pude deixar de olha-lo nu na ducha ao meu lado.
_ Acabei meu banho mais rápido que o normal e fui embora na minha outra ida a academia o fato se repetiu mas desta vez tanto eu como ele trocamos olhares e o capitão começou se excitar e ficar me olhando até que ele me perguntou se eu curtia homem.
Carlos suava a cada frase minha dita ali ao seu lado, só não me atacou porque corria o risco de sair dali algemado.
_ E o senhor falou o que para ele?
_ Falei que sim delegado, então marcamos de conversarmos fora da academia no estacionamento, depois de conversarmos fomos para um motel, o capitão me falou que seria só aquela vez mas ele quem me procurou para sairmos novamente até que acabamos virando amantes.
_ Seu mentiroso sem vergonha desgraçado você vai ter que provar tudo isso ou eu te meto na cadeia por calunia seu sem vergonha.
_ Capitão Carlos tenha calma ou vou pedir para sair da sala.
_ É mentira delegado ele não passa de um safado.
_ Capitão cala a boca agora estou mandando como seu superior.
Carlos se calou contra sua vontade e Borges mandou eu continuar.
_ Durante alguns meses foi tudo muito bem entre nós, Carlos acabou virando amigo da família e eu da sua nossas esposas se tornaram amigas.
_ E o que aconteceu neste tempo que pelo jeito teve algum atrito entre vocês?
_ Ele começou a ter crises de ciúmes ao ponto de trocarmos socos numa destas brigas ele colocou a arma na minha boca mas acabamos voltando, inclusive ele me ajudou e muito quando o Alex o detento me agrediu por ciúmes do capitão agradeço muito a força que ele me deu.
_ Senhor Marcelo me desculpe mas se envolver com um presidiário e traficante, não pensou no risco que você e sua família correu estas pessoas não mudam por nada senhor Marcelo.
_ Ele ia fazer visitas intima na cadeia delegado virou puta de cela como eles falam lá dentro.
_ É verdade isso Marcelo, você ia visita-lo na cadeia quer dizer que ele estava preso e mesmo assim você aceitou ficar com ele?
_ Sim delegado mas quando o conheci ele estava na rua era feriado do dia das mães e só depois de algum tempo ele abriu o jogo comigo ai já era tarde não vou ter vergonha de falar que estava apaixonado por ele por isso me submeti em ir na cadeia visita-lo algumas vezes.
_ Certo continua com o capitão por favor.
_ Estávamos separados por causa do ciúmes dele até que um dia ele me procurou para conversar e resolvi voltar com ele, tudo ia bem até aparecer uma pessoa entre nós e conseguir nos separar.
_ E esta pessoa é algum conhecido de vocês?
_ Sim é mas prefiro não falar quem é já tem muita gente envolvida nisso tudo delegado.
_ Tudo bem vou respeitar sua vontade, agora quero que me fale tudo que aconteceu naquela noite.
_ Eu tinha saído com um amigo, na volta fui deixa-lo em sua casa no caminho tinha uma blitz policial onde o capitão comandava ao passarmos por ele percebi que ele nos olhava de maneira insistente, deixei meu amigo na frente de seu prédio e fui para a casa da minha sogra.
_ No caminha liguei para minha esposa para saber quantas pizzas e de que sabor eu encomendaria já que iria passar de frente a pizzaria.
_ Era por volta de que horas isso Marcelo?
_ Por volta das sete horas da noite delegado.
_ Continua por favor.
_ Entrei na pizzaria fia o pedido, quando eu sai tinha um carro preto ao lado do meu com dois homens encostados conversando mas até ai normal, na hora em que abro meu carro um deles encosta a arma na minha barriga e manda eu entrar sem dar alarme me pondo no banco do carona e o outro entra sentando atrás de mim, um terceiro que ficou no outro carro partiu sendo seguido por meu carro que era pilotado pelo sequestrador.
_ Eles te falaram algo durante o caminho.
_ Eu quem falei que não tinha dinheiro ai o qual esta atrás me deu um soco na cabeça mandando eu calar a boca.
_ E para que bairro vocês foram lembra?
_ Fomos para o extremo da zona sul se não me engano delegado.
_ Ok continua.
_ Paramos de frente um sobrado onde entraram com o carro, mandaram eu descer e acompanhar eles até o andar de cima num quarto e lá estava o capitão que falou para eles que quando terminasse tudo chamaria por eles.
Carlos já não se aguentava mais em me escutar falar tudo ele se remexia na cadeira fechava as mãos e em nenhum instante tirou os olhos de mim, Borges também me olhava serio mas dava atenção maior ao capitão que mal sabia que tinha um policia do lado de fora para caso ele tentasse alguma coisa o policial tinha ordem de entrar e algema-lo.
_ Dentro deste quarto o que aconteceu Marcelo?
_ Ao vê-lo pedi que me deixasse em paz que me esquecesse, mas segundo ele eu nunca ficaria em paz e que ele iria acabar comigo e com quem estivesse ao meu lado, quando fui responder ele começou me agredir com socos acertando um em minha barriga e uma sequencia em meu rosto até eu cair no chão em seguida com um de seus pés pisou em meu pescoço quase me estrangulando.
_ Por isso esta mancha rocha em seu pescoço?
_ Sim delegado.
_ Continue por favor.
_ Ele me levantou me puxando pelos cabelos me xingando de todos os modos possíveis para ofender alguém, por fim ele parou e saiu do quarto me trancando, depois de uns vinte minutos eu acho ele voltou e novamente começou me xingar de longe pude sentir o bafo de cachaça foi ai que falei já que era para acabar comigo que fosse naquela momento, percebendo que ele viria me agredir me preparei para ataca-lo foi neste momento que ele sacou a arma e falou que se eu tentasse ataca-lo ele atiraria em mim.
_ Mas antes disso vocês tiveram uma luta corporal não foi?
_ Sim foi logo em seguida que ele voltou para o quarto o momento em que ele saca a arma foi quanto ele consegue me jogar de cima dele.
_ E quando ele te aponta a arma o que o senhor faz?
_ Não pensei em nada e pulei em cima dele e ele atirou me acertando de raspão a barriga mas mesmo assim não desisti e mais um vez lutamos e consegui tirar sua arma que peguei e dei um tiro em sua coxa dando em seguida uma coronhada nele deixando-o desmaiado.
_ Depois disso peguei seu celular e mandei uma mensagem falando para eles virem e assim que eles entraram peguei suas armas fiz eles tirarem todo roupa e sai deixando-os trancados o resto o senhor já sabe delegado.
_ Vou direto a minha decisão sem perder tempo com vocês, por mais que você negue capitão eu sei que tudo que aconteceu naquela noite é verdade.
_ O senhor só pode estar de brincadeira comigo delegado, não acredito que o senhor acreditou neste sem vergonha.
_ Antes de chamar vocês aqui mandei irem na pizzaria e foi tudo confirmado inclusive uma pessoa anotou as placas dos carros e já descobri quem é o dono do carro onde estavam os três companheiros seus, no prédio puxamos a gravação das câmeras e o senhor aparece entregando um bilhete ao porteiro que esteve aqui ontem e te reconheceu...
_ Tudo bem delegado eu vou explicar tudo ao senhor.
_ Não precisa capitão eu...
_ Deixe eu explicar por favor delegado porque eu tomei esta atitude com ele.
_ É seguinte capitão tudo aqui foi gravado inclusive sua confissão agora eu poderia mandar você para a cadeia só não faço isso por ele que me fez jurar não te prender por causa da sua família, vou digitar uma carta de confissão você vai assinar e caso você se aproxime dele ou se acontecer algo com ele você vai direto para o presidio e eu vou fazer questão de contar tudo para seus companheiros de cela.
_ Mas o senhor não vai me expor depois que eu sair daqui ou vai?
_ Eu sou um homem não um lixo igual a você capitão Carlos se for para te expor faço isso agora na sua frente seu merda.
_ Me desculpe delegado não queria ofender.
Borges digitou a carta tirando duas copias mandando nós assinarmos em seguida ele também assinou, depois chamou o policial que estava do lado de fora e o mando acompanhar o capitão até a rua em seguida chamou o Omar.
_ Tenho certeza que ele não vai manchar a farda dele rapazes fiquem tranquilo.
_ Não sei como te agradecer Borges no momento obrigado cara.
_ Por nada Marcelo só tome cuidado com seus amores vê se fica com o turco porque se ele aprontar eu vou lá dar uma lição nele.
_ Ele já tá comigo Borges só que ainda não sabe.
_ Vamos para com esse assunto Omar.
_ Não precisa ficar sem graça Marcelo só falei a verdade, vichi você não gravou né Borges.
_ Claro que gravei acha que ia perder em ver o turco se declarando, deixa de ser trouxa turco gravar isso pra que.
Nos despedimos de Borges mas antes marcamos um almoço para poder brindar minha libertação do capitão e agradecer pelo o que ele fez por mim.
_ Omar não sei como agradecer você cara muito obrigado mesmo de coração.
_ Já te falei vou cobrar com juros tudo isso é só você estar totalmente curado que vou te currar como forma de pagamento safado e se prepare que eu quero uma noite toda com você.
_ Pago com prazer, mas antes vamos conversar sobre aquele papo de eu já ser seu e não saber.
_ Isso fica para depois Marcelo agora vou te deixar em sua casa que você tem que descansar.
Fim.