Subi para o meu quarto e fiquei lá escutando meu pai e minha mãe discutirem e tudo mais, depois que pararam minha mãe apareceu no meu quarto e disse que o meu pai não iria fazer mais nada pra separar a genteMeses depoisTudo estava perfeitamente bem, meu amor por Lucas aumentava a cada dia que eu o olhava e estava ao seu lado, meu pai sempre que nos vá junto desviava ou evitava da gente se cruzar dentro de casa, nossas mães planejaram uma viagem no meio do ano, fomos com nossos pais e lá meu pai se mostrou não se importar mais tanto com a gente, mas não trocamos nenhuma palavra, passamos três dias na praia e depois voltamos.
Estava em casa, no meu quarto quando meu celular apita, sinal de mensagem, pego e vejo que é do Lucas.
“Desculpa amor, não aguento mais você, estou indo viajar hoje e espero que quando eu voltar você já tenha me esquecido, pois isso eu já fiz, te esquecer, nunca mais me procure.”
Fiquei chocado com tamanha frieza, liguei pro celular dele mas estava dando fora de área, liguei pra mãe dele que disse que ele havia saído pra vir me ver. Passei as horas mais longas da minha vida tentando localizá-lo, nada, nem ninguém sabia dele ou tinha o visto, a única pessoa que viu foi um velho mendigo que disse que um garoto foi golpeado na cabeça por trás e arrastado pra dentro de um carro preto por três homens encapuzados.
Fiquei furioso pois já sabia quem seria o mandante disso tudo, e se ele acha que vai conseguir tirar o Lucas de mim, está muito enganado. Liguei pro hospital e a secretaria dele disse que ele estava, marquei umas horinhas com ele e fui voando pro hospital, disse que era urgente, obvio. Cheguei lá e fui direto pra sala dele, ele não estava lá, mexi me seu computador mas não encontrei nada, entrei no meu e-mail, arrumei pra enviar para três delegados diferentes, um policial meu amigo, um promotor de justiça, e o juiz, como eu conhecia todos e estava sempre em contato com eles ou seus filhos que são meus colegas, foi super fácil, esperei um pouco até que ele entrou.
- o que você pensa que está fazendo aqui?
- querendo conversar, SENTA AÍ E ME ESCUTA.
- quem você pena que é pra falar assim comigo?
- eu sou aquele que vai te colocar atrás das grades se em cinco minutos o Lucas não der sinal de vida e aparecer bem aqui na minha frente.
- do que você está falando?
- os senhores delegados, Armando, Júlio, Norberto, o senhor Fernando, policial federal, o senhor promotor Antunes e o senhor juiz Fabio, eles estão a poucos segundos de receber meu e-mail com todos aqueles papeis que eu encontrei na sua mesa, com fraudes, rolos, desvio de dinheiro.
- você está me chantageando? – veio para perto de mim mas eu logo evitei que chegasse mais.
- pode ir parando por aí e senta lá naquela cadeira, mais um passo e eu envio para todos e ainda o acuso de sequestro, quer experimentar?
- o que você quer?
- eu já disse, o Lucas sem nenhum arranhãozinho sequer aqui na minha frente em cinco minutos.
- eu não sei porque você acha que eu estou com ele, eu não seria tão burro de mandar matar o namoradinho do meu filhinho.
- você acha que me atinge com seu jogo emocional? Eu já disse e não vou repetir.
- você acha que eu vou ter medo de você?
- se vai ter não sei, mas deveria.
- moleque atrevido.
- nem mais um passo.
Peguei uma cópia e mandei pra impressora, depois que imprimiu, peguei e joguei em cima da mesa pra ele ler.
- está satisfeito? CADE O LUCAS?
- eu não sei, não sei, porque você tem a mania de achar que eu iria me importar em pegar um traficantezinho de araque.
-seu tempo está acabando, restam apenas 5 segundos. – me ajeitei pra enviar quando ele me chama.
- está bem, quanto você quer pra não enviar esses documentos?
- o Lucas, e que você nunca mais encoste em um fio de cabelo sequer dele.
- só isso, aguarde um momentinho.
- está bem, os únicos que você terá em liberdade.
-alo, Teodoro?ele está bem?eu quero que você traga ele até a porta do hospital e mande ele vir até a minha sala que quer ficar vivonão tem mais nada, é isso que eu to mandando fazerligeiro porque se eufor. Preso você vai junto e nunca mais vai ver sua filhinha com vida.
- você é pior do que eu pensava.
- olha o projeto de bandido falando.
- você já sabe o que acontecerá se o Lucas estar machucado.
- ele não está, mas o que você vai fazer com esse e-mail?
- eu irei apagar, mas não ache que eu não tenho várias cópias desses documentos com várias pessoas que se imaginarem que você fez alguma coisa comigo ou com Lucas, serão enviados para esses oficiais que eu te falei.
Apaguei o e-mail, esperei muito bem sentado na cadeira dele, enquanto o ficava encarando com uma cara de cínico, em torno de 10 minutos, Lucas estava na minha frente, pálido, todo sujo, mas por sorte bem.
- meu amor você está bem?
- estou sim, o que aconteceu?
-um acerto de contas entre mim e meu pai, não é?
- sim, vocês podem ficar tranquilos que eu não irei mais atrapalhar a vida de vocês.
- espero que dessa vez seja definitiva, não como a outra, porque não haverá mais uma chance de você ficar livre, mais uma e eu nem venho falar com você, esse papeis irão direto pra delegacia.
- ok.
Nos beijamos e saímos de lá sem chamar muita atenção por Lucas estar sujo, levei ele pra minha casa, dei um banho caprichado, dei uma roupa minha pra ele vestir e arrumei um lanche pra ele, passamos o resto do dia juntos e eu sempre cuidando pra que ele ficasse o melhor impossível. Lucas me contou tudo em detalhes, e ainda disse que o cara pretendia até matar ele. Naquele dia não tranzamos, Lucas estava cansado e indisposto.
Levei ele até sua casa, falei pra mãe dele não deixar ele sair sem me avisar, quando, pra onde iria, nenhum lugar sem estar comigo junto, voltei pra casa e conversei com minha mãe, arrumei emprego, pra começar estaria ótimo. Minha mãe comprou um apartamento perto da faculdade, era grande e lindo, compramos a mobilha e ficou da hora, me mudei ainda na semana que ficou tudo pronto, comprei alianças e planejei pedir Lucas em casamento.
Era umas 17 horas e eu tinha arrumado tudo no meu ape, igual a de Chicago, passei em sua casa e ele estava lindo.
- amor, pra onde vamos?
- é uma surpresa.
- me fala, eu não gosto de surpresas.
- mas essa você vai gostar.
- o que você está tramando?
- uma pequena surpresa que você vai adorar, chegamos!
- que lugar é esse, não tem cara de motel, nem de restaurante, muito menos de bar.
- mas não é.
- porque parou aqui então?
- porque é aqui que a gente vai ficar, vamos?
- então tá!
Estacionei o carro e saímos, o guiei até o elevador, subimos ate o 7º andar, parei na porta do quarto e pedi pra ele fechar os olhos, depois abri a porta e entrei levando ele comigo. Conduzi até a sala e mandei ele esperar eu passar a chave na porta, voltei e como ele é muito obediente, ainda estava de olhos fechados.
- porque você ainda está com olhos fechados? Pode abrir!
- nossa, agora eu me lembrei da nossa primeira vez em Chicago, essa não vai ser a primeira e nem a última, espero.
Fomos para a mesa de jantar e estava tudo preparado, depois jantamos. No final eu me levanto e pegou a caixinha no meu bolso.
- senhor Lucas, por acaso você aceitaria um humilde homem apaixonado ao seu lado, para viver todos os dias de suas vidas juntos, pra compartilhar momentos bons, ruins, pra ser feliz ao lado da pessoa que te ama, Lucas você aceita se casar comigo? – ele ficou boquiaberto, paralisado como se fosse uma estátua – Lucas? Lucas? Você está aí?
- sim eu estou.
- e aí, eu quero a minha resposta e não aceito um não em troca.
- claro que eu aceito, mas eu só não entendi uma coisa.
- o que?
- porque você me trouce até esse apartamento maravilhoso pra pedir isso?
- porque este apartamento a partir de hoje será nosso lar, você aceita morar junto comigo?
- vou pensar, te responde quem sabe daqui uns 100 anos, o que acha?
- que até lá eu já morri de tanto esperar.
- seu bobo, é claro que aceito.
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Continuagrande bj a todos os leitores.
