Foi realmente uma noite de sexta-feira frustrante. Depois que deixei Neide em sua residência decidi que queria rodar por aí sem destino … e foi o que fiz. Rodei por tanto tempo que quando dei por mim eram mais de três da manhã. E lá estava eu: com alguns trocados no bolso, poucos cigarros, de carro e sem mulher!
Decidi que aquela noite não podia acabar daquele jeito. Afinal, eu precisava “afogar o ganso”. Precisava saciar minha vontade de trepar até não aguentar mais. Parei em um boteco e tomei um café requentado para, em seguida, retomar minha busca por satisfação.
Fui até uma avenida próxima onde eu conhecia uma prostituta que costumava fazer ponto ali todos os fins de semana; seu nome de guerra era “Lúcia”, mas como nos conhecíamos há algum tempo eu sabia que seu verdadeiro nome era Marinalva.
Marinalva era doméstica durante a semana e nos fins de semana, transformava-se em uma prostituta de calçada. Era uma negra de meia-idade, bonita e de corpo com formas generosas. Tinha peitos enormes e deliciosos e uma bunda maravilhosa … seu único defeito era o fato de possuir uma enorme dificuldade em atingir o orgasmo … defeito esse que eu consegui solucionar (mas, isso fica para outra oportunidade …).
Para meu azar, constatei que minha possível parceira havia achado algum cliente bom de bolso, pois, quando cheguei no local eu a vi entrando em um carrão e desaparecendo logo em seguida. Lamentei minha sorte, mas continuei perseverando. Retornei próximo ao Drive In onde estivera, horas atrás, na companhia de Neide, mas, novamente fui surpreendido pelo total abandono da região.
Concluí, depois de rodar a esmo por mais algum tempo, que a sorte não estava a fim de sorrir para mim, e que, mais cedo ou mais tarde, eu teria que me conformar em ir para casa, satisfazendo-me com um estímulo manual auxiliado pelo companheiro inseparável Carlos Zéfiro.
E foi nesse instante, à beira do desespero, que eu vislumbrei uma oportunidade; tratava-se de uma garota linda que vagueava por uma avenida larga, exibindo suas formas como o mais delicioso produto de ocasião. Parei o carro ao lado dela e não demorou para que ela viesse ter comigo. Perguntei seu nome e ela me disse chamar-se Estela.
Estela era um lindo travesti, jovem e de corpo bem feito; seus peitos siliconados eram, para os padrões da época, acima da média e seu rosto destituído de pelos denunciava um cuidado extremo com a aparência. Enquanto conversávamos, eu ponderava minhas opções: podia correr o risco com a bela Estela e acabar surpreendido por uma navalha no rosto e o bolso vazio; podia também desistir e voltar para casa, deixando que o tesão me consumisse até o próximo fim de semana … por fim, podia correr o risco e divertir-me com ela, desde que fosse uma boa companhia.
É claro que escolhi a última opção e depois de negociarmos o “básico”, convidei Estela para entrar no carro arrancando logo em seguida; no trajeto, Estela demonstrava sua preocupação, supondo que eu também pudesse ser um homofóbico com o intuito de rasgá-la em pedaços para, depois, jogar seus restos nas margens do rio Tietê. Todavia, seguimos com uma conversa agradável que acabou por romper aquele clima de medo e receio, nos deixando mais soltos e tranquilos.
Negociamos o programa e eu sugeri um hotel fuleiro que ficava no centro velho da cidade, próximo à Avenida Duque de Caxias, onde o preço era acessível e a qualidade duvidosa. Estela aceitou e rumamos para lá.
Subimos a velha escadaria interna do hotel, de madeira antiga e que rangia de forma assustadora. Paguei adiantado pelo quarto enquanto o gerente noturno me olhava com aquele típico olhar homofóbico, supondo que eu e Estela estávamos a fim de uma sessão de sexo bizarro. Dei de ombros, pois, afinal, era do meu dinheiro que saía o salário dele e concluí que era melhor deixar ele pensar o que quisesse.
Assim que entramos no quarto, Estela pediu para tomar uma ducha, ao que concordei. E enquanto ela se banhava, eu me despi, deitei-me na cama e acendi um cigarro. Liguei o rádio de cabeceira, sintonizando uma estação em “FM”, deixando que a música tomasse conta do ambiente. Fumei tranquilamente, olhando para o teto de madeira tosca com tinta descorada, pensando na vida, até o momento em que Estela surgiu na porta que dava para o quarto.
Ela não estava nua por completo … vestia uma calcinha de renda fina que, dado o seu reduzido tamanho, não era capaz de ocultar o volume que trazia entre as pernas … e que volume! Olhei para o meu pau e ele encolheu de vergonha (!); Estela caminhou em direção à cama e atirou-se ao meu lado colando seu corpo no meu. Sua pele era quente e macia e em nada denotava seu “lado masculino”. Seu rosto era limpo e bonito, com lábios finos e um sorriso gentil, quase inocente.
Quebrando o silêncio, ela me perguntou se também não queria me banhar; pensei por alguns e acabei por aceitar a ideia. Estava tão absorto em sentir-me a vontade que sequer me preocupei com a possibilidade de Estela aplicar um golpe, roubando meu dinheiro e aproveitando-se da situação. Pensei comigo mesmo que, o que tivesse que acontecer, aconteceria de qualquer forma … com ou sem a minha intervenção.
Entrei debaixo do chuveiro e deliciei-me com a água escorrendo pelo meu corpo; estava cansado, excitado e sentindo-me meio perdido. Enxuguei-me rapidamente e corri de volta para a cama. Assim que me deitei ao lado de Estela, ela pousou sua cabeça sobre o meu ventre e, segurando a rola com uma das mãos, passou a lambê-la como se faz com um picolé. Nem preciso dizer que fiquei excitadíssimo, com a pica tomando posição de alerta total imediatamente.
Estela passou das lambidas para as sugadas, chupando meu pau com uma destreza que deixava qualquer mulher, escadas abaixo; comecei a acariciar as nádegas da minha parceira; eram firmes e roliças, dignas de um corpo bem talhado como o dela, de cintura fina e sem barriga. Apertei e amassei aquela bunda até não poder mais.
Instintivamente, comecei a procurar o vale abaixo delas, imaginando que encontraria uma vagina, mas não demorou muito para que eu encontrasse algo “diferente”. Estela abriu as pernas, deixando que eu explorasse a região como bem entendesse … e foi o que fiz. A cada chupada dela, espasmos percorriam o meu corpo, tencionando o necessário alívio para a tensão que tomava conta de mim. Queria uma gozada que valesse aquela noite inútil e, a meu ver, Estela estava conseguindo o que uma mulher de verdade não havia atingido.
Ejaculei na boca pequena da linda travesti, enquanto dedilhava suas bolas (!). Estela engoliu tudo e depois correu ao banheiro para lavar a boca (algo compreensível); quando voltou, não vestia mais a calcinha, exibindo sua nudez andrógina, linda e excitante. Ficou arqueada ao lado da cama, pedindo que eu a fodesse o mais rápido possível. Levantei-me e, fiquei extasiado ao ver que minha rola estava prontinha para um novo embate (Ah, a adolescência e os benditos hormônios!).
Apoiei uma perna sobre a cama e segurando as nádegas pequenas de Estela, enfiei a rola com duas estocadas furiosas; Estela ameaçou reclamar, mas deixou de lado qualquer desconforto ao sentir-se invadida; pediu que eu a fodesse bem gostoso e gozasse dentro de seu cu. Eu, por minha vez, estava tão excitado e revigorado que, sem perda de tempo, passei a enterrar e sacar minha rola daquele cuzinho apertado e deliciosamente excitante.
Ficamos assim por algum tempo; um tempo saboroso e inesquecível; um tempo onde eu pude constatar o quanto era prazeroso estar com alguém que gostasse de sexo tanto quanto eu, não importando seu gênero ou sua anatomia, apenas duas pessoas querendo a mesma coisa. E foi pensando nessa situação insólita, porém de uma perfeição além de qualquer compreensão que gozei dentro de Estela, inundando seu cu com minha porra quente.
Deitamos na cama, extenuados e satisfeitos, adormecendo em seguida. E, para minha surpresa, acordei quando senti a rola de Estela endurecer contra minha coxa.
Ela estava excitada, de fato … porém de outra forma … uma forma natural e sem tabus; e eu, sem entender bem o porquê, também estava excitado! Envolvi Estela com um de meus braços, fazendo com que ela ficasse de barriga para cima, exibindo sua rola grossa e dura; era um membro e tanto; não posso negar, pois sempre apreciei a beleza da anatomia humana, e o exemplar deitado ao meu lado possuía uma anatomia digna de um Rodin.
Seguindo meu instinto mais uma vez, peguei aquela rola com a mão, masturbando-a suavemente. Estela, que até então, ressonava tranquilamente, soltou um gemido quase sussurrado, demonstrando que minha carícia a agradava. Prossegui naquela punheta inesperada e inusitada, deliciando-me com o modo como o corpo dela respondia aos meus movimentos. Estela se contorcia delicadamente, com as mãos pousadas sobre os seios siliconados de tamanho médio, cujo desenho era mais que perfeito.
Continuei até o momento em que ela abriu seus olhos, sorrindo para mim … supus naquele momento, que ela não costumava ser manejada daquela forma, entregando-se apenas ao delírio de homens cuja sexualidade ou a perversão podiam parecer duvidosas, mas que, em troca de um punhado de dinheiro, sujeitavam-na a oferecer seu corpo para o deleite alheio.
Sorri para ela, e com a mesma naturalidade com que eu havia iniciado aquela masturbação, desci minha cabeça até que meus lábios estivessem próximos o suficiente daquela rola bonita e eriçada para saboreá-la cuidadosamente. De início, lambi a glande, sentindo sua maciez aveludada e, aos poucos, fui deixando que ela adentrasse em minha boca.
Chupei a glande, fazendo Estela gemer mais alto ainda, enquanto acariciava meus cabelos. Segui em frente, até conseguir tê-la por inteiro em minha boca. Até hoje não sei explicar a sensação; apenas sei que foi algo que valeu a pena … durante toda a minha vida sempre tive uma enorme atração por todas as variações sexuais possíveis, porém aquela fora a primeira e única vez em que eu me senti dono do prazer de alguém na ponta da minha língua.
Estela me pertencia mais que qualquer outra mulher, e mesmo nos anos seguintes, quando descobri o verdadeiro prazer de fazer sexo oral em uma fêmea, curvando-me à indescritível delícia que significa proporcionar prazer a alguém apenas com a boca, a experiência daquela noite com Estela foi única e especial. Era como se, mesmo não deixando de ser macho, eu sentia Estela como a minha fêmea perfeita, dotada de todos os atributos que a natureza, simplesmente, decidiu separar em gêneros.
Enfim, chupei minha parceira até quando ela, gentilmente, disse-me que ia gozar e que não queria fazê-lo em minha boca; soltei a rola e olhei para ela, perguntando como ela desejava gozar. “Faz eu gozar com sua mão, meu lindo … vou gostar muito …”
Atendendo ao pedido de Estela, reiniciei a punheta, com movimentos mais intensos e vigorosos, espancando aquela rola com movimentos de vai e vem simulados rápidos e sincronizados. Em pouco tempo, Estela ejaculou, com jatos que se projetavam nas alturas, vindo a cair em qualquer direção. Ficamos, ambos, lambuzados com a porra dela e corremos para o banheiro, tomando uma ducha, juntos, com direito a carícias e beijos molhados.
Aproveitamos para dar uma merecida cochilada, e quando a manhã chegou saímos do hotel, parando em um boteco que acabara de abrir para tomarmos um café da manhã com pingado e pão com manteiga na chapa. Na esquina da avenida, onde meu carro estava estacionado, eu e Estela nos olhamos. Mecanicamente, pus a mão no bolso, de lá retirando as poucas notas que ainda possuía após pagar a estadia no hotel.
Estendi para Estela que, tomou-as nas mãos, separou uma parte e devolveu a outra para mim; ela percebeu minha expressão de surpresa; ela riu uma risada leve e gostosa, recompondo-se em seguida para não chamar a atenção … “você paga meu programa e eu pago o seu!”
Nos beijamos novamente, e Estela afastou-se caminhando na direção oposta à minha. Fiquei olhando até ela desaparecer. Olhei para o céu e agradeci por me sentir mais vivo que nunca!