Ricardo chegou na sexta-feira à noite e foi direto pra casa. Helena estava lá com Angélica e o recebeu como sempre, alegria fingida e saudade mais ainda. Nem a própria Angélica registrou a chegada do pai, entretida que estava com a casa de bonecas que Isabela lhe dera de presente. Ricardo chegou, tomou um banho e, se dizendo exausto, se jogou no sofá e mandou Helena lhe trazer uma cerveja. Ela foi buscar e trouxe uma fria, pois havia esquecido de colocar no congelador. - Que diabo de cerveja é essa, Helena? Tá fria. Você sabe que gosto de minha cerveja gelada - reclamou Ricardo. - Desculpe, querido, mas tive uns assuntos para resolver ontem (o encontro com Julia) e só pude comprar a cerveja hoje. Não teve tempo de gelar - disse ela. - Que assuntos são esses? Você está de férias, não tem nada de importante pra fazer - respondeu. - Helena, você está muito estranha. Esquece minha cerveja, já liguei para você diversas vezes e você não atende o celular, agora vem falar dessa amiga. E tem mais: que casa de bonecas é aquela da Angélica? Como você arranjou dinheiro para comprar? Aquilo deve ser caríssimo. O que está acontecendo aqui na minha ausência? - perguntou Ricardo, erguendo a voz e se levantando. - Em primeiro lugar, abaixa essa voz que não sou seus criados. Segundo, eu não comprei a casa de bonecas, foi um presente que a Angélica ganhou dessa minha amiga. E quer saber, fique aí com sua cerveja que vou dormir no quarto da Angélica esta noite. Cansei de dormir com teu bafo de cachaça - Helena estava irritadíssima e saiu da sala, mas ainda não pôde ouvir Ricardo dizer que queria conhecer essa amiga.
Na manhã seguinte, Helena acordou cedo como sempre para fazer a mamadeira de Angélica e, logo depois, Ricardo apareceu. - Não acabamos nossa conversa ontem à noite - disse ele. - Não temos mais nada para conversar. Você fez sérias insinuações que me ofenderam bastante - respondeu Helena, saindo para levar a mamadeira. Na volta, a conversa continuou. - Não fiz insinuação nenhuma. Só achei estranhas algumas coisas. Mas, se não há nenhum problema, me apresente essa sua amiga - concluiu Ricardo. Helena ficou pensativa e, ao mesmo tempo, assustada com aquela nova atitude do marido. Aproveitou que ele saiu para ir à empresa e telefonou para Isabela, pedindo ajuda. Ela a tranquilizou, dizendo que poderia ir à casa dela conversar com Ricardo. Marcaram de Isabela ir almoçar com eles no dia seguinte, domingo. Às 11 horas, ela chegou, trajada impecavelmente como lhe era de costume. Helena sentiu um tremor nas pernas ao ver Isabela tão linda e cheirosa. Apresentou-a ao marido, que também ficou impressionada com aquela belíssima mulher. - Muito prazer em, finalmente, lhe conhecer, Ricardo. A Helena fala muito em você - disse ela, caprichando na simpatia. - Muito prazer, dona Isabela. É uma alegria conhecer uma amiga de minha esposa, ainda mais uma tão bonita - respondeu. Angélica apareceu na sala e correu para os braços da tia Isa. Sentaram-se e Ricardo se derretia em delicadezas com Isabela. - Não sei se a Helena lhe falou, Ricardo, mas eu a tenho explorado um pouco. Como ela está de férias da escola, ela tem feito alguns trabalhos pra mim, como assistente. Assim, acabei conhecendo sua filha e me apaixonando por ela. Espero não ter causado nenhum inconveniente - disse Isabela. - De forma alguma. Fico feliz da Helena estar lhe ajudando. Mas, infelizmente, acho que essa ajuda não vai durar muito tempo. Ontem, conversei com meu chefe e ele me disse que há uma vaga de gerência aqui na empresa e eu poderei ser escolhido. Assim, não precisarei mais viajar e ficarei aqui na cidade. Com o salário melhor, ela poderá deixar a escola e ter um segundo filho - Helena lavava uns copos na cozinha e, ao ouvir a novidade, os deixou cair, quebrando quase todos.
Isabela tomou um susto e olhou para ela. Ricardo estava tão encantado por ela que nem prestou atenção. Ao contrário, subiu até o quarto para buscar algo para lhe mostrar e Isabela se apressou em ir até Helena, abraçando-a por trás. - Isabela, isso não pode acontecer. Se ele parar de viajar, como vou continuar os programas? E esse negócio de gravidez, ele tá louco - disse Helena, chorando. - Calma, minha querida, não fique assim. Nós vamos resolver, eu prometo. Amanhã, você e a Angie vão passar o dia comigo na mansão e nós vamos encontrar uma solução. Agora, vá ao banheiro lavar esse rostinho e se acalme - tranquilizou-a, beijando seu pescoço carinhosamente. Isabela foi embora logo após o almoço, apesar dos convites de Ricardo para que ela ficasse. No restante do dia, o casal mal se falou. Helena ainda estava muito irritada com a novidade e Ricardo pensando em Isabela e fantasiando sobre ela. Na manhã seguinte, ele viajou novamente e Soares foi buscar Helena e a pequena a mando de Isabela. Helena, no entanto, queria uma rapidinha e o levou até seu quarto. Se ajoelhou, tirou seu pau pra fora e o chupou rapidamente até ele endurecer. Em seguida, Soares a colocou sobre uma bancada do quarto e a penetrou. Não houve preliminares, ela queria sexo, pura e simplesmente. O motorista a comeu com força e tesão, injetando grande quantidade de esperma dentro dela. Com a boceta cheia, terminou de se vestir, o beijou mais uma vez e foram para a mansão. Isabela as recebeu com abraços e beijos e as levou para o jardim ao fundo, próximo ao lago. Angélica amava esse lugar, podia correr livremente.
- Lena, passei boa parte da noite, pensando naquele assunto e me veio à lembrança uma história que você me contou. Pelo que seu marido falou ontem, a decisão ainda não foi tomada e caberá ao chefe dele, o tal Tadeu, que, por sua vez, é doido por você. Acho que ele é a solução para seus problemas - disse Isabela. - Como assim, Bela? Não posso chegar para o Tadeu e pedir a ele para não escolher o Ricardo - respondeu. - Por que não? Não precisa ser tão direta assim. Use suas armas e o faça tomar a decisão sozinho - Helena fez cara de que não entendeu e Isabela continuou: - minha querida, somos mulheres, essa é nossa arma. Você vem usando essa arma há seis meses, em troca de dinheiro. Agora, use-a em troca de favores. O homem é um animal primitivo por excelência e se deixa ser dominado por seus instintos mais básicos, não esqueça. Saiba usar isso em seu favor e ele fará o que você quiser - ensinou Isabela. Helena ficou pensando como faria para se aproximar de Tadeu. Isso teria de ser algo natural, não poderia ser forçado. Então, se lembrou de que Tadeu costumava nadar em um clube chique da cidade duas vezes por semana, pela manhã. Mas, ela não era sócia, não tinha como ir. No entanto, Isabela era e lhe emprestou sua carteirinha. No dia seguinte, Helena foi ao clube e ficou rondando a piscina, como se estivesse distraída quando, na verdade, o procurava. Ele a encontrou. - Helena? Que surpresa lhe encontrar aqui. Não sabia que era sócia - disse Tadeu, lhe dando um abraço amigável. - Não sou. Uma amiga me emprestou sua carteirinha para eu vir dar umas braçadas. Estou meio fora de forma - disse ela, retirando o roupão que usava e ficando só de biquíni para deleite de Tadeu. - Fora de forma? Meu Deus, que absurdo - disse ele.
Entraram na piscina e Tadeu não parava de olhar o corpo de Helena mal coberto por um minúsculo biquíni. - Sua esposa não vem com você? - perguntou. - Não, a Sabrina quase não sai de casa por causa do bebê. Eu sempre venho só, mas agora posso ter sua companhia - disse ele. - Infelizmente, só venho hoje. Como disse, não sou sócia e acho difícil que serei algum dia, especialmente se o Ricardo for realmente promovido - disse ela. - Mas, por quê? Com a promoção, o salário dele irá aumentar e vocês poderiam vir juntos. Achei que você iria gostar da promoção - falou Tadeu. - Em outros tempos, você estaria correto, Tadeu, mas não neste. A volta do Ricardo representaria a minha prisão em casa. Teria de abandonar meus novos amigos, outros que poderia vir a ter, minha liberdade que aprendi tanto a gostar - respondeu Helena, deixando uma genuína lágrima cair de seus olhos. Tadeu se aproximou e a abraçou. Ficaram juntos assim por alguns minutos. - Me perdoe, Tadeu, longe de mim querer influenciar as decisões da empresa. Devo estar parecendo um monstro pra você, dizendo essas coisas, logo você que sempre foi tão bom para nós - disse. - Você jamais vai parecer um monstro, minha querida, jamais. Por favor, não chore, não macule esse rostinho de anjo que você tem, por favor - Tadeu enxugou as lágrimas de Helena, acariciou seu rosto e a beijou. Desta vez, ela retribuiu o beijo, abraçando seu pescoço e ficaram se beijando na piscina do clube. Foram embora e Tadeu ofereceu carona a ela. Na porta da sua casa, voltaram a se beijar. - Desculpe, Helena, mas, não consigo me controlar perto de você - disse ele. - Ninguém me beijava com tanto carinho assim há tempos. Essa é a liberdade de que falei e que vai terminar - respondeu, saindo do carro. A rede fora lançada. Resta saber se ele irá cair.
P.S. Esse conto não ficou tão erótico, reconheço, mas ele foi necessário. A partir do próximo, prometo que compensarei. Abraço a todos e muito obrigado pelos comentários e elogios.