MEU CORPO É MUITO PESADO!!! 1-15

Um conto erótico de Alan Bortolozzo
Categoria: Homossexual
Contém 5022 palavras
Data: 16/04/2015 11:20:55
Assuntos: Gay, Homossexual

Sargento Garcia.

"Será que esse sentimento, era um sentimento de irmão-amigo ou sentimento de algo mais? Até então não tinha certeza.”

O que eu mais queria, naquele momento, era poder estar lá com ele. Sentia totalmente impotente do meu melhor amigo estar sofrendo e eu aqui, no meio da minha festa. Por sorte seus pais estavam no meu churrasco, pois, caso contrario, o padrasto do Burro iria brigar com a molecada e o Burro levar um castigo gigantesco por não fazer nada.

“Caralho! E o que ele vai falar quando os pais dele o virem ele sem um centímetro de sobrancelha?” – pensei.

Senti-me tão besta por não estar com ele. O “acidente” durante o jogo fora tão chato, que as meninas voltaram para o churrasco e os meninos aproveitaram o calor para nadar. Ou seja, ninguém deu a mínima importância para o que tinham feito com o garoto. Já o Murilo, que ficou sentando no alambrado o tempo todo, veio em minha direção sorrindo.

- Vamos nadar Alan? – perguntou o Murilo com ar de triunfo.

“Nadar? Como ele era cachorro, frio e sarcástico. Ele simplesmente acabou com a graça de todos e não estava nem ligando para o ocorrido” – pensei.

E eu fiz um careta, pois estava incrédulo com a cara de pau dele.

- Como você pôde fazer aquilo com ele? – eu perguntei, fazendo-o ficar carrancudo novamente.

- Que foi Alan? – disse ele colocando a mão no meu peito, fazendo para na hora - ficou com dó daquele panaca lá? Ele mereceu! Muito playboyzinho, metido a jogador. Se ele tivesse no exército teria sido linchado - disse rindo.

- Só achei que você pegou pesado demais!

- Eu peguei pesado demais? – ele riu de novo - Ele não é jogador de futebol profissional do caralho a quatro? – disse ele debochando.

- Ele joga sim cara, mas...

- Mas... então ele deve estar acostumado a levar jogo de corpo. Só que hoje ele deveria estar...menos precavido, não acha? – dizia ironicamente e rindo.

- Precavido? Você parecia um jogador de Rugby raivoso – eu disse com raiva.

- Para com isso Alan! – disse ele no mesmo tom que o meu – Então é isso, você vai defender aquele playboyzinho? – disse ele dando um soco numa árvore que estava próxima a ele.

A árvore chacoalhou fazendo inúmeras folhas cair. Aposto que se eu socasse aquela árvore daquela maneira, eu perderia todos os ossos da mão.

“Como um homem inteligente e rico, poderia ser tão bruto e ignorante a pensar por esse lado?” – pensei.

- Você o machucou! – eu disse com voz baixa.

- Machuquei? Não Alan, eu não o machuquei. Apenas esbarrei nele. Agora, se ele caiu no chão, rolou, se ralou, ai já é um problema dele. Agora, cansei desse assunto! Será que da para você calar a boca? Você é ou não meu irmão de sangue? – ele disse bravo, com cara de quem fosse me matar – Ou você esqueceu que meu sangue corre nas suas veias?

Mas um segundo depois ele abriu um sorriso gostoso e começou a gargalhar.

- Filha da puta. Achei que fosse me dar um soco – eu disse aliviado.

- Você acha mesmo que eu relaria a mão em você? Jamais! E vou te falar uma coisa. Você e meus pais são as únicas pessoas no mundo que eu jamais relaria a mão. Palavra de homem – disse ele fazendo sinal de juramento com os dedos.

- Valeu! – eu disse me sentindo especial.

- Valeu nada. Guarde bem essa data e minhas palavras. Jamais vou relar a mão em você – disse ele dando um tapinha no meu rosto.

Eu fiquei roxo com aquela declaração de amizade. Fazia muitos anos que desde a última vez que ele se declarara para mim. E vendo ele todo calmo, rindo, me vinha à tona aquelas lembranças da nossa infância. Ele rindo, tornava um homem totalmente cativante.

- Vamos voltar para o churrasco? – perguntei rindo.

- Esse é meu garoto! – ele me disse dando um abraço – Só que não tem ninguém no churrasco, lembra? Todos foram para a piscina.

- Pois é! – disse dando um sorriso xoxo.

- E nós estamos esperando o que para nos juntarmos à galera, vamos? – perguntou ele fazendo cara de bom moço.

“Nadar para refrescar as ideias seria a melhor coisa nesse momento!”

- Vamos sim Murilo, preciso me divertir – disse acompanhando ele até as piscinas.

Toda aquela história tinha me deixado triste. Mesmo estando ao lado do Murilo, eu não estava completo. A minha vontade, mesmo, era de ir até a casa do meu melhor amigo para ampará-lo.

“Coitado! Todo mundo se divertindo e ele tendo que ficar em casa sozinho e sentindo dor.”

Ao mesmo tempo em que eu pensava naquele garoto dos cabelos ruivos eu também pensava na atenção que deveria dar ao Murilo. O Murilo, com aquele corpão dele, com aquela cara de garotão, com toda aquela alegria que ele sentia por mim, a importância que ele me dava, me fazia ficar completamente dividido. Foi ai que caiu minha ficha.

“Nadar com o Murilo? Como eu sou besta! Lógico que eu queria nadar com ele. Como eu poderia ficar sem olhar para ele de sunga? Eu deveria estar ficando louco mesmo!” – pensei.

Meu peito estava explodindo na expectativa em vê-lo de sunga.

- Tá dormindo Alan? – Perguntou o Murilo dando aqueles cutucões de urso dele.

- Desculpa Murilo, o que você falou? – perguntei saindo do meu transe.

- Estou pedindo para ir ate em casa comigo para eu pôr minha sunga, vamos? Vamos não, estou mandando você vir comigo. Vem logo ursão – ele disse me puxando em direção ao prédio dele.

- Lógico! – eu respondi tão sem jeito que minha voz nem saiu. Ele fez uma cara de quem não entendeu e eu logo completei – Lógico que sim moleque. Vamos rápido pra lá – eu apontei com a cabeça e ele sorriu - Você quer que eu chame os guris?

- Não! Se eles forem para casa eles vão me enrolar demais. Vão querer jogar Playstation e sua mãe não vai ficar nada feliz se ficarmos dentro de casa – disse ele fazendo uma cara de quem não gostara do que disse.

- Hum, entendo – disse eu olhando para ele fazendo-o sorrir.

- Na verdade eu quero que você vá para eu te mostrar uma coisa – disse ele com uma risada sacana.

“Pera aí, ele vai se trocar na minha frente?” – pensei incrédulo

“Meus Leitores, imagine, se quando eu apenas pensava em vê-lo de sunga, eu já ficava louco, imagine como eu fiquei sabendo que eu poderia vê-lo nu? Desceu uma sensação estranha, como se eu tivesse perdido a força das minhas pernas. Sem falar da chaleira de agua fervendo que jogaram na minha cabeça”.

- Será que as gurias vão nadar também? – perguntou ele.

“Tomara que não” – pensei.

- Tomara que sim – eu disse para fazer ele ficar feliz.

Ele veio e passou seu braço ao redor dos meus ombros e fomos andando até sua casa, meio de abraçados.

“Meus caros leitores, gostaria de saber se vocês que são gays sente essa mesma situação estranha? Vocês já viram como os héteros se abraçam, fazem farra um com o outro, brincam de pegar no pau um do outro, dar beijinho no rosto, brinca de montinho, pega na bunda do outro, etc.? Tudo para ter contato, carnal, uns com os outros. Deveria ser uma atitude normal, já que todos héteros fazem isso. Ainda mais quando bebem e ficam alegres. Mas, quando acontece comigo, eu acho estranho! Agora não sei se é pelo fato de eu ser gay que quando vejo essas brincadeiras fico constrangido ou porque me constrange mesmo a cena de ver “machões” se relando. Ainda mais quando as brincadeiras são comigo. Eles, às vezes, vão além. Uma vez no carnaval em Ouro Preto – MG, meus amigos “brincavam” de passar pasta de dente na glande dos amigos enquanto estavam dormindo e bêbados. Eles iam lá, pegavam no pinto do amigo, retirava o prepúcio, deixando a mostra a glande e depois colocavam pasta de dente e esfregavam para arder. No dia seguinte o pau ficava todo assado. Teve uma “brincadeira” no qual, aquele que tivesse desmaiado, nós tirávamos a bermuda dele e um dos garotos endurecia o pau e colocava por cima da bunda, bem na “portinha”, “apenas” para tirar foto e mostrar para todo mundo. “APENAS”. Será que eles são tão héteros assim ou só disfarçam? Na verdade, acho até legal ver manchões se relando. Se as mulheres podem, por que os homens não?”.

Atravessamos o condomínio até chegar ao hall do seu prédio. Meu coração estava disparado. Subimos até o seu apartamento e, para minha felicidade, estava vazio. Acredito que seus pais também estavam na minha festa. Era um belo apartamento. Não economizando dinheiro, seus pais compraram dois apartamentos e quebraram as paredes para tornar um só. Era uma mansão comparada ao meu apartamento. Fomos para o quarto do Murilo. Como eu estava muito nervoso, pedi a ele que me deixasse ir ao banheiro antes ir para o seu quarto. Se o apartamento dele lembrava uma mansão, então o seu banheiro tinha que ser equivalente ao banheiro de uma mansão. Como um dos quartos fazia divisa com o banheiro, sua família quebrou a parede que fazia a divisa dos dois e transformou um dos quartos em um banheiro imenso. O chão era de enormes peças de porcelanato preto e as paredes eram revestidas com porcelanato bege. Aquelas pedras grandes dava a impressão de o banheiro ser maior ainda. Na lateral direita ficava um banco de madeira, com bambus chineses e outras plantas ornamentais. Na parede do fundo ficava uma banheira com uma ducha gigante, fechadas com um box fumê, para combinar com o piso. Na lateral esquerda, ficava a privava, a pia e um espelho que deveria ter facilmente 01,20 metros de largura por 02,50 de comprimento, ou seja, o espelho cobria toda a parede. Era engraçado mijar e observar seu pênis ao mesmo tempo.

Urinei o mais rápido que pude e voltei para o quarto na esperança que ele pudesse estar trocado, mas, para minha felicidade ou infelicidade, ele ainda procurava a sunga. Seu quarto não era tão grande comparado a casa. Quer dizer, pelo menos dava a impressão, já quarto era forrado por troféus, medalhas e seus pôsteres. Ficamos conversando um pouco sobre as medalhas dele enquanto ele mexia em suas gavetas, desdobrando e depois dobrando cuidadosamente suas peças íntimas.

- Como você é organizado? – disse olhando a forma que ele dobrava suas cuecas.

- Aeronáutica meu irmão! – disse ele me dando um sorriso – Se eu não fizer isso lá, eu levo um castigo “daqueles”.

- Em casa é a mesma coisa, porém é minha mãe que dá as ordens – disse fazendo-o gargalhar.

- Sem falar que você não parece ser um cara tão organizado – disse ele rindo e jogando uma de suas cuecas limpas na minha cara.

- Eca Murilo! – disse jogando sua cueca fora.

- Opa, meu caro Alan! Ela está mais limpa que nós dois – disse ele catando a cueca no chão.

“Por que será que ele está demorando tanto para achar essa sunga? Será que está com vergonha de mim aqui? Será que ele quer que eu saia?” – pensei olhando ele mexer nas gavetas.

Como ele estava demorando demais para achar uma sunga, decidi sair do seu quarto para que ele pudesse ficar a vontade. Eu levantei e fui em direção à porta.

- Murilo por que você nunca tira seu boné? – perguntei algo que eu queria perguntar desde que ele chegou.

Era uma boné preto que afundava toda a cabeça e não tinha aquela abertura na parte de trás.

- Posso te contar um segredo?

- Lógico!

- Mas tem que guardar esse segredo de verdade, pois pode me ferrar na aeronáutica – disse ele olhando no fundo dos meus olhos.

- King

Murilo

, você é meu irmão de sangue, lembra?

Ele tirou o boné mostrando a cabeça toda raspada, se virou de costa e, acima da sua nuca, tinha um plástico filme, pregado com esparadrapo. Cheguei perto para ver o que era.

- Viu? – perguntou ele se virando de frente.

- Na verdade não. Ta cheio de sangue e tinta – respondi.

- É porque foi feita esses dias. Quando sairmos da piscina, terei que fazer outro curativo, ai você vem aqui em casa para ver – disse ele dando um sorriso.

Ele se voltou para suas coisas.

- Murilo te espero lá na sala até você se vestir – eu disse virando meu para ir para sala.

- Por que moleque? Fica trocando ideia aqui comigo – disse ele com a cabeça dentro do armário.

- Fico lá vendo TV enquanto você se troca e depois você vai pra lá. – eu disse começando a corar.

- Não acredito que você vai fazer essa veadice comigo? Fica aqui rapaz, não tem nada que você ainda não tenha visto – ele disse com a sobrancelha arqueada.

Eu simplesmente concordei. Meu estômago estava embrulhado e meu coração a mil kilômetros por hora. Ele continuou:

- Alan, lá na aeronáutica, eu fico pelado em frente de umas duzentas pessoas quase que todos os dias. Chega uma hora que você acostuma tanto que nem liga mais para nada.

- Entendi! Apenas achei que precisasse um pouco de privacidade, já que não está na aeronáutica – disse fazendo-o franzir a testa.

- Fica aqui e cala a boca! – o mandou apontando a sua cama.

Sentei-me o mais depressa que pude em sua cama.

- E lá quando vocês tomam banho, não rola nenhum “peguinha” ou um fica olhando pra rola do outro? – perguntei automaticamente.

“Puta que pariu como eu sou idiota. Agora ele perceberá tudo e vai tirar um sarro para o resto da vida”-pensei.

- Hahahaha moleque, sabia que você iria perguntar isso. – ele disse rindo.

- Desculpa. É que eu sempre ouvi dizer que muitos homens junto, muitos dias juntos, muita testosterona, às vezes, acabam fazendo outras coisas.

- É só curiosidade? – perguntou ele arqueando novamente a sobrancelha.

- Masesquecefaleibesteira – falei quase sem ar. Estava envergonhadíssimo.

- O QUÊ? – bravejou ele rindo – Tú tá nervoso Alan?

Ele continuava a rir da minha cara.

- Até que enfim! – comemorou ele quando acabara de achar a sunga que ele tanto procurava.

- Tipo, tu tá ai rindo da minha cara. Mas...não está achando que sou veado, né? – eu disse corando ainda mais e meu coração já estava na boca.

- Não Alan, não acho! Só estou rindo de ti, porque todo mundo me faz essa mesma pergunta, todos os dias da minha vida. Você não tem ideia como todos ficam curiosos a respeito disso.

- Desculpa só queria...

- Não tem o que se desculpar rapaz! – interrompeu ele – Só estou rindo, porque ouço essa pergunta diariamente. Te juro!

- Tá! Mas não ache que eu estou perguntando isso porque eu curto homens – disse enfatizando o assunto, para que ele realmente não pensasse besteira.

- Não penso isso de você, afinal, por que teria motivos para duvidar do meu irmão de sangue? – disse ele vindo até mim e me dando um abraço de urso, com direito a vários socos na costela.

- Puts, não me lembrava da sua força! – exclamei empurrando ele para longe.

-Então, já que você não é gay e também é meu irmão legítimo, pela primeira vez vou falar a verdade. Lá na aeronáutica rola sim. Já vi garotos lá fazendo, digamos, um “peguinha”. A aeronáutica nos consome quase toda nossa energia e, às vezes, passamos semanas sem nos “aliviar”. Vou te dar um exemplo para você entender melhor. Você Alan, conseguiria ficar todo esse tempo sem se masturbar? – ele me perguntou sério.

- Não cara! Não consigo ficar sem bater duas por dia, muito menos semanas – eu disse sem graça.

“Nossa, olha o que ele esta me perguntando. Quantas punhetas eu bato?” – pensei.

- Jesus! Desculpa aí coelho! – disse ele rindo.

- Desculpa perguntar cara, foi automático mesmo. Vamos mudar de assunto - eu disse sem graça.

- Então... – continuou ele, sinalizando que a conversa não tinha terminado - A falta de masturbação ou relação sexual fora dali acumula muita “testosterona” e assim faz com que alguns procurem maneiras diferentes de se aliviarem. Acontece sempre de madrugada quando todos já estão dormindo. O pessoal vai até o vestiário e lá eles começam a trocar revistas de mulher pelada, olharzinho aqui, outro ali. Ai rola umas brincadeiras de relar, pegar, bater na bunda, uma “mão amiga”. Apenas! – disse claramente. Como se fosse à coisa mais normal do mundo.

- E da para saber quem é que curte ou não lá? – perguntei.

Pela risada que ele dera, deu para notar que eu estava curtindo aquele papo e ele também.

- Durante o banho sempre rola aquela “olhada” para o “amigo”. Tem muito guri que olha apenas curiosidade mesmo, da para notar, entende?

- Como assim?

- Sabe, aquela velha história de querer comparar o tamanho dos pintos? Na Aeronáutica tem uma mistura de idade muito grande. Tem caras de 16 até 50 anos. Ai raciocina comigo: Você tem 20 anos e do nada chega um guri de 15 anos com um pinto gigante, daqueles de dar inveja em qualquer um. É lógico que todo mundo olha.

- Inveja? – perguntei espantado.

- Quê? Eu disse inveja? – ele perguntou super sem graça.

- Disse sim.

- Quis dizer, sei lá o que quis dizer. Você me entendeu. Não me deixa sem graça palhação – ele disse todo nervoso, batendo na minha cabeça.

- Você quer que eu cave um buraco para você por a cabeça? – perguntei para tentar descontrair um pouco.

- Toma no cu, heim Alan?! Só você para deixar eu sem graça, pior se tivesse sido perto da turma – ele disse rindo.

- De boa, eu entendi que você falou – eu disse para confortá-lo.

- Tem uns que são mais atirados, sempre olham e sempre que pode da uma disfarçada só para olhar. Não é apenas o pinto que interessa, é tudo!

- Tudo? Perguntei imaginando se eles curtiam ou não ficar olhando uns para as bundas dos outros.

- Tudo eles curtem olhar. Desde pernas, braços, peito, até bunda e o resto. Como eu disse, na academia você fica muito íntimo das pessoas, tão íntimo que você acaba acostumando com os olhares e a ficar relando um nos outros – respondeu-me começando a tirar a roupa.

- Alan, temdiasquenós até... – dizia, mas sua voz foi sumindo na minha cabeça. Só conseguia olhar para aquele monumento a minha frente.

Primeiro, ele foi tirando a camisa e depois o short. Ele continuava a falar, mas, ao invés disso, minha cabeça dava lugar à imaginação.

“Juro leitores, que fiz todas as forças naquele momento para não olhar para baixo e ver seu pinto dentro da cueca. Eu mantinha olha fixo nos olhos dele para que não pudesse perceber que eu estava tenso só de ter ele seminu aminha frente.”

Ele continuava a falar e eu continuava a não ouvir absolutamente nada. Quando ele virou de costas para pegar uma roupa que estava na sua cama, e eu pude respirar normal, só que ele se abaixou para pegar uma roupa e foi onde eu quase engasguei. Eles usava uma cueca branca e estava todo suada do futebol. A cueca era tão apertada que ela grudava nas nádegas dele, fazendo-as repartir “divinamente” em duas pelotas maravilhosas. Meu pau começara a dar sinal de vida e pude senti-lo endurecendo dentro da minha cueca, arrancando um tucho de pelo cada vez que ele pulsava. A bunda dele era grande e deliciosa. Se eu pudesse ao menos ver como era sem cueca.

“Tira, tira, tira, tira. Por favor, só falta um pouco agora. Que custa eu ver essa coisa linda” – eu pensei e ao mesmo tempo ele conversava comigo e eu apenas concordava, como seu eu tivesse em um transe.

E para melhorar minha vida, ou, me dar um ataque cardíaco de vez, ele tirou a cueca e juntou com o restante da roupa.

“Meu deus!” – meu coração estava saltando para fora.

Era, sem dúvidas, a melhor bunda que tinha visto até hoje. Parecia aqueles caras gigantes dos filmes pornôs. Murilo era queimado do sol.

“Sabe aquele dourado, de pessoas que moram em praia, que só consegue com um bom bronzeamento e uma pele boa?”

A bunda branquinha dele, contrastava com sua pele dourada do sol me fazendo suar frio. Era toda peluda. Mas não era um pelo grosso, era tipo uma penugem, quase transparente, que só era possível ver sobre o reflexo do sol.

“Que delicia essa marca de sunga” – pensei.

Meu pinto já tinha arrancado todos os pelos pubianos que eu tinha. Dei uma “ajeitada” no meu pau com a mão enquanto ele não olhava voltei a olhar aquela cena. Sem falar na musculatura que era intacta. Por mais que ele abaixasse, andasse, e fizesse qualquer movimento brusco, sua bunda se mantinha intacta.

“Meu Deus, como aeronáutica é maravilhosa. Pelo amor de Deus, deixa eu dar um beijo, uma mordida nela, esfregar meu rosto naquela pele macia e tonificada enquanto você descansa de bruços”– pensei.

Por onde ele passava, eu ia acompanhando. Nunca tinha visto uma bunda linda daquelas ao vivo, ainda mais sendo do meu amigo.

-... queéum dosamigos que eu mais gostava. ALAN? - gritou o Murilo me fazendo sair do transe.

- O quê foi moleque? – perguntei com uma voz de pato.

- Você ouviu o que te disse ou ficou aí olhando pra minha bunda? - perguntou sério.

“Será que ele viu?” – pensei.

- Eu? – indaguei me levantando para ficar cara a cara – Você tá louco? Você acha que eu ficaria olhando pra essa coisa feia aí? – eu disse apontando para aquela bunda maravilhosa.

- Nunca se sabe, né? – disse o Murilo aproximando de mim e olhando bem dentro dos meus olhos.

“Nunca se sabe mesmo”.

Eu estava apavorado após perceber que o Murilo estava querendo algo. Como eu não sabia o que era, preferi manter a minha boca fechada. Já que eu não tinha coragem de xavecar alguém.

- Você sabe sim. – eu falei com engasgando e falando cada vez mais baixa.

Ele, que não parou de me encarar, estava chegando cada vez mais perto. Era o mesmo leão que atacou o Burro na quadra, mas agora ele estava num gingado diferente. Num gingado lento, mas ao mesmo tempo me parecia traiçoeiro. Meu coração disparava. Era uma mistura de tesão com vergonha. Minha respiração era descompassada, o suor escorria pelo meu rosto, minha mão estava gelada, as pernas trêmulas. Eu sentia que a qualquer momento eu pudesse desmaiar.

- Para mim, é nunca “se sabe”. Porque já conheci vários amigos que diziam que eram uma coisa, mas depois eram outra – eu disse rindo – Mas lá dentro, dizer que você é gay, é suicídio.

Cada palavra dita, ele dava um passo gingado, vindo cada vez mais perto da minha direção.

- Murilo, esse papo tá ficando estranho. – eu disse com o coração na boca.

- Você está roxo por quê? - ele me perguntou se aproximando mais um passo.

- Sei lá Murilo, esse papo me deixa, sei lá, nervoso, sabe? – disse sem graça – Você entendeu, sei lá!

- Alan, é normal ter curiosidade, ainda mais entre homens. Os homens são muito preconceituosos. Qual é o problema em ter que olhar para o corpo de um homem ou dar opinião sobre o corpo dele ou querer saber o quê que ele sente,etc? Talvez para você esteja soando um pouco “veado” demais, mas estou falando sério! Para você entender melhor, você teria que ter a vida que eu tenho.

- Eu já entendi! – disse tentando me afastar, mas sua cama me impedia de ir para trás.

- Acho que não! Lá na aeronáutica ficamos muito próximos, muito íntimos, tornamos uma família e isso inclui o carinho que nós costumávamos a receber dos irmãos ou pais. Os homens, como as meninas, tem necessidade de manter contato físico com outro homem. Não é que saímos agarrando um aos outros ou elogiando como se fosse garotinhas adolescentes, bobinhas. Estou dizendo que os caras tem necessidade de sempre manter contato físico, mesmo que seja através de um aperto de mão ou um soco ou um abraço, entende? Apenas fazemos e falamos aquilo que temos vontade e que ninguém tem coragem de fazer. E com toda essa intimidade, ninguém liga para o que você faz ou fala. É como se fossem irmãos mesmo – disse ele se aproximando cada vez mais – Vai dizer que você nunca olhou para um desses? – perguntou dando “aquela” pegada na sua mala.

Eu fique estático. Única coisa que eu sentia era meu coração batendo forte e meu pau explodindo dentro da cueca.

“Você poderia me ajudar né moleque? Abaixa logo, abaixa logo, abaixe logo antes que ele veja ou perceba” – eu falei para mentalmente para meu pênis. Legal, agora até meu pau estava conspirando contra mim. OM urilo, que estava a poucos passos de mim, ainda segurava o pinto e o balançava como se fosse uma linguiça ensacada. Pelas “balançadas” dava para perceber que seu pênis estava “meia bomba”. Olhei de volta para ele que continuava a sorrir. Minha vontade era olhar, mas tirei forças do “Além” para me manter firme. A minha respiração que até aquele momento eu tinha conseguido controlar, agora estava desequilibrada. Ele deu mais um passo, ficando apenas um palmo a minha frente. O cheiro do seu corpo inundou meus pulmões, fazendo meus olhos ficar marejados.

“Que cheiro maravilhoso!” – pensei.

O cheiro dele era a mistura de perfume amadeirado com suor. Cheiro de homem de verdade. Meu coração estava tão disparado que eu fiquei com medo de ele ver minhas artérias saltadas e pulsantes. Já me imaginei abraçado a aquele guri e aquele cheiro tão maravilhoso começou a tomar conta de mim. Meu pau estava doendo de tão duro e naquele momento eu percebi que precisava fazer alguma coisa muito rápida, se não, eu iria ter um treco.

- E você, é do time dos que vão para o banheiro na madrugada e ficam espiando os outros tomarem banho ou você é do time dos homens? – eu perguntei.

“Ótimo seu jumento, agora ele sacou tudo!” – pensei

Mas porra, se ele estivesse curtindo tudo aquilo, ia dar certo. É agora ou nunca e, sinceramente, eu estava quase desmaiando. Ele me encarou e depois deu de ombros.

- E o que você acha, que sou do time dos guris que vão para o banheiro de madrugada ou do time dos homens? – perguntou numa voz baixa.

- Eu não sei de nada – eu disse.

Ele chegou tão perto que dava para sentir o calor do corpo e a respiração funda tocar a minha pele. Bem contrario a minha reação, que parecia que eu estava em uma escola de samba ou prestes a pular de paraquedas.

“Caros leitores, eu tenho um habito de explodir quando estou nervoso e naquele momento, eu estava completamente “fora de mim”.”

E eu estava mesmo tão fora de mim, que quando ele ameaçou achegar mais perto, eu o empurrei.

- A vaza daqui moleque! – disse o empurrando e fechei a cara.

- Não acredito! Tu achou mesmo que eu ia...? – ele disse gesticulando algo que compreendia como sexo.

“Lógico que sim!” – pensei.

- Lógico que não! É que essas brincadeiras não dão muito certo – completei

“Merda! Por que diabos eu fiz isso? Por que não o deixei chegar para ver até onde ele iria?”– pensei.

- Fica sossegado que meu “negócio” é outro. – se afastou de mim com a cara amarrada.

E quando ele se virou para por a sunga, consegui ver o seu pênis.

“Pelo menos isso, né?” – pensei.

Quando eu subi os olhos, ele me encarava com cara de mau.

“Será que ele ficou cabreiro por que eu o rejeitei ou por que ele se ofendeu com o que eu disse sobre ele tomar banho com outros? Tenho quase certeza que ele queria me atacar, só que a mula aqui não deixou. Bom, pelo menos tinha conseguido ver tudo o que eu quis ver em toda minha vida, o corpão nu, a bunda linda e o pau dele.”

O pinto dele era normal, digamos, estava meia bomba e não parecia nada de anormal em termos de tamanho.

“Hoje eu sei leitores, que quando o pau tá murcho não sabemos ao certo quanto ele vai crescer. Só sei que tinha muita pele na cabeça e isso era um bom sinal”.

Era raspado ou depilado, pois não tinha nenhum pelo. Mas o que mais chamou atenção, fora o saco dele. Além de liso, ele tinha dois testículos grandes que davam a impressão de serem pesados. Ele continuou a se vestir, colocando sua sunga da cor azul céu que ficou bem justa. Parecia até que ele estava usando numeração menor só para “se aparecer”.

“Vocês lembram daquele lance da bunda dele, que a cueca dava “aquela” entrada no meio das nádegas? Aconteceu de novo com a sunga, só que agora ficava ainda mais aparente”.

E com certeza ele fez questão de demorar a por a sunga, de costas para mim, só para eu ter que ficar olhando para aquilo. Mais uma vez os pensamentos fluíam na minha cabeça, como: fazer carinho naquela bundona, encher ela de beijinhos, fazer massagem, até pensamentos mais ardentes. A cada pensamento novo que surgia, eu ficava ainda mais com raiva pelo que fiz.

“Idiota, você poderia estar aproveitando daquele garotão agora” – pensei.

Fiquei tão penetrado na cagada que fiz que mais uma vez não o percebi que ele estava falando comigo.

- Alan!Alan!Alan!Alan CA-RA-LHO! Tá dormindo velho? – perguntou-me dando um soco no meu ombro.

- Acho que bateu “aquele” cansaço. – respondi sem graça e tenho certeza que estava muito roxo.

- Nossa Alan, tu esta cada vez mais estranho. Parece que “fumou um” hoje – disse rindo.

Ele colocou um short tipo surfista e jogou a toalha pelos ombros

-Vamos logo porque as minas devem estar lá me esperando. Ahhhhhh moleque! – deu aquele grito ardido – Nós somos fodas! – e de novo segurou-me pelo braço e me puxou pra fora do quarto dele.

Fomos para a piscina. Para minha sorte e “azar” do Murilo, não havia nenhuma menina lá, na verdade, não tinha ninguém. Sorte, porque eu não ia querer ver o Murilo pegando alguma garota na minha frente e azar, por não vê-lo apenas de sunga.

- Ótimo! – disse ele ironicamente fazendo uma cara muito debochada.

- Se você quiser podemos ir para a festa e mais tarde nós voltamos - sugeri.

- Deixa disso, daqui a pouco o pessoal aparece – ele disse jogando as coisas dele em uma mesa com guarda sol – Na verdade é até melhor não ter muita gente. Da para eu dar uns mergulhos enquanto isso.

“Não ter muita gente é uma coisa, agora não ter ninguém é bem diferente, mas sem problemas!” - pensei.

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Comentários

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Piá vida, Alan, você quase chegou lá Mas tenha calma. Se não rolou, é porque ainda não era o momento. Na real, homem é Um negocio danado de bom. Acho que Os homens evitam de se pegaram justamente porque a pegada forte de um homem é de deixar o outro louco. E pode acabar evoluindo pra algo mais sério. Por isso que Um homem fica desesperado quando está diante da pissibilidade de ser gay e fica afirmando o tempo todo que não e. Fiquei excitadissimo com Esse capítulo. Queria ver o Murilo detruindo o Alan co força.

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Acho que o Murilo veio tipo a passeio aí quando ele foi embora você procurou o Biesso, tipo, se aconteceu, espero que o Biesso tenha feito você entender que ele não era apenas um estepe como você falou, e que essa paixão platônica pelo Murilo mesmo rolando algo não vai pra frente devido ao status que ele tem... enfim aguardando, e esse capítulo foi excitante!

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