Amor de Oficina - Parte XVIII

Um conto erótico de Nando
Categoria: Homossexual
Contém 1152 palavras
Data: 16/04/2015 12:50:16

Acordei na sexta feira muitíssimo bem. Não só por ter passado uma noite maravilhosa ao lado de Nick (Lembra do “quem foi que disse pra ta junto precisa ta perto”?), mas pelo cheiro maravilhoso de churrasco rolando na minha casa.

Levantei tomei um banho na minha suíte e desci. Alguns amigos do meu pai estavam presentes e tudo mais. Estava animado, musicão rolando, sertanejão bombando. Os amigos do meu pai eram muito animados.

Enquanto eu conversava com alguns amigos dele que eu já conhecida, lembrei de uma coisa: O pai do Théo era amigo do meu pai. E vizinho também. Comecei a ficar apreensivo.

Mandei uma mensagem para o Nick, explicando a situação que talvez o Théo fosse para a minha casa e tals. Nick imediatamente viu a mensagem, mas não respondeu. Achei estranho, ele sempre respondia minhas mensagens na hora...

Joguei um truco com meu pai e seus amigos. Ganhamos é claro, eu nunca perdi jogando truco com meu pai, nós eramos uma dupla imbatível nesse distinto jogo de cartas. Mas uma coisa estava me encabulando: Nick não respondia NENHUMA das minhas mensagens. E nem atendia minhas ligações.

Comecei a ficar meio estressado. Se ele não visualizasse, tudo bem. Mas ele sabia que eu odiava ser ignorado... Ele devia estar fazendo de propósito.

Vocês sabem como sou eu com raiva né? Eu não estava bêbado, mas ainda sim fiz merda. Muita merda junta...

Nick não respondia nenhuma das minhas mensagens... Eu já estava furioso com ele. Eu fiquei tão puto que nem me lembrei do Théo nessa hora.

Nick nunca tinha feito isso.. Acho que o álcool ajudou um pouco esse meu estado enciumado. Já era quase noite. Marina me pressionava para ir no cinema. Mandei um ultimato para o Nick:

“Nicholas, se você visualizar essa mensagem e não responder, eu vou direto para a casa da marina. EU to chapado. Não respondo por meus atos. Ok?” Deu 0.22 segundos que eu enviei ele viu a mensagem. Não respondeu.

Tomei um banho rápido, passei perfuminho gostoso e fui para a casa da Marina.

Ela já entrou me beijando. Ela sentiu que eu tinha bebido um pouco.

- Você ta bêbado?

- Não, levemente alterado... Teve churrasco lá em casa hoje...

- Poxa! Nem chama! – Ela falou triste. Eu ri, mas não respondi.

- Cinema? – Perguntei.

- Bar. Quero beber um pouco hoje.

Fui até o Pinga com Torresmo, um barzinho excelente da minha cidade. Lá estava tocando um sambinha muito gostoso. Eu e Marina bebíamos, conversávamos, nos beijávamos. Ela era muito gente boa.

Depois de muito beber, paguei a conta e fomos embora. Na hora que a gente tava na porta da casa dela, ela me disse:

- Eu to sozinha em casa, você não acha que é perigoso eu dormir sozinha?

- Acho

- Dorme comigo? – EU já imaginava que ia acontecer. Meu corpo gritava NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! Mas... Nick... Sem resposta... Loucura... Dei partida no carro e sai cantando pneu. Marina se assustou.

- Aonde você vai? – Ela me perguntou assustada.

- Desculpa. Eu não posso dormir com você!

- Por que não? Aquele dia foi muito gostoso!

- Não posso – Ela me olhou abismada.

- Você é gay? Não curte meus peito? – Ela colocou minha mão dos peitos dela. Ela era gostosa. Mas eu não queria ela.

Parei o carro na porta da casa do Théo. Desci, toquei a campainha. Ele me atendeu sem camisa, com cara de sono. Marina estava no carro ainda.

- Você é retardado, Fernando? Tá maluco?

- Tem uma menina no carro querendo uma piroca. É a Marina – Joguei a chave do meu carro para o Théo. Ele olhou assustado e eu falei:

- Só devolve meu carro inteiro amanhã... – Virei e saí andando, sem pensar em nada. Quer dizer, sai chorando, pensando em 1 bilhão de coisas, mas que se resumiam em apenas uma delas: Théo.

Théo veio atrás de mim:

- Que porra é essa?

- Um carro, com uma vagabunda querendo dar a buceta. Mais simples do que você imagina – Falei nervoso.

- Isso eu entendi! Mas por que você não quer ela?

- Por que eu sou gay, Théo. Só por isso. Eu estou, ou achei que estava, em um relacionamento estável com um cara... E por que não é justo com você...

- Comigo? – Ele não entendeu.

- É, Theodoro. Eu vejo nos seus olhos quando você olha para ela... Você curte ela de verdade. É o mesmo olhar de quando você via que sua mãe fazia lasanha no almoço. Só que intensificado... – Lasanha era a comida favorita do Théo.

- Como você...?

- Eu te amo Théo. Eu sei mais sobre você do que você imagina...

- Fer... – Ele estava sem palavras.

- Vai lá. Marina está te esperando no meu carro – Théo me olhou e sem falar nada saiu. Vi que ele entrou no meu carro e deu partida. Passou por mim e deu uma buzinada.

Fui andando, chorando até a pracinha mais próxima do meu bairro. Trem de louco, por que ela era cheio de nóia maconhado. Por sorte estava vazia essa noite. Sentei no banco chorando.

Nesse meio tempo que eu estava sentado, Nick me ligou. Pensei em não atender, mas atendi. Só fiquei escutando, não falei nada.

- Onde você está, Nando?

- Onde você estava, Nick?

- Não interessa. Onde você está?

- COMO NÃO INTERESSA? VOCÊ ME IGNORA POR UM DIA INTEIRO E DEPOIS VEM QUERER CONTROLAR A MINHA VIDA? FODA-SE VOCÊ NICK!

- Não desliga, Nando! É sério, quero conversar com você...

- Então pode falar...

- Só me responde, onde você está?

- EU TO NA PORRA DE UMA PRAÇA, BEBADO... Eu estava com Théo...

[Silencio do Nick]

- Não se preocupe. Acabei de arrumar uma namorada para ele... Não rolou nada. Mas acho que isso não faz diferença pra você mais...

- Por que você pensa isso, Nando?

- Você fala que me ama de noite e no outro dia some, não fala nada. Desaparece. Me liga bravo de madrugada perguntando onde eu estou... Isso não é atitude de quem se importa...

Nesse momento a ligação caiu. Fiquei mais puto ainda. Levantei do banco nervoso. Eu precisava andar. Não sabia para onde, mas precisava. Pensei em ir andando para a minha arvore... Mas era muito longe e no estado que eu estava.

Mas então tudo mudou:

- Eu tenho uma excelente explicação para isso tudo, Nando – Me virei assustado. Nick estava ali, atrás de mim. Pensei ser a bebida... Mas não era.

- A primeira delas é isso – Ele me deu um buque de flor. Mas não era um buque comum. Vinha com um recado:

“As 31 rosas do jardins são suas, nele há somente um cravo que é meu. Mas se você quisesse um arranjo ou um buque, meu amor, o cravo era...” Esse é um trecho da musica Dois Sorrisos, Móveis Coloniais de Acajú. Umas das minhas musicas favoritas.

- O outro motivo é esse... – Ele ajoelhou e abriu uma caixinha. Nele não tinha dois anéis. Mas tinha duas pulseiras. Não era de ouro, não era uma joia. Era um pulseira simples...

- Namora comigo?

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Comentários

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Dois dias tentando abrir o cap.17. Não consegui. Poxa, o Nando merece ficar sozinho. Mané mesmo. Tem mtos gay assim. Dps colocam a culpa na bebida, e o primeiro vadio, ou ate mesmo vadia (sim, mtos ainda ficam com mulher para reforçar a ideia de macho comedor).Seria bom o Nick ficar com o Theo. kkk

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Eu achando que o nick tinha esquecido o celular e alguem tava vendo as mensagens

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Td muito lindo, uma pena que vc já disse umas três vezes q não vai dar certo .

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Nossa, e eu pensando varias merdas que o nick estivesse fazendo, muito bom!

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Ai Nando, às vezes vc tem cada atitude q... Paciencia eim rsrs

Nick super fofo!!!!

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Nick rei demais. <3 E essa vadia da Marina, vai ser oferecida na casa do caralho... Théo manézão e tu Nando, metendo os pés pelas mãos de novo... Ainda bem que Nick tem cabeça (e se achar ruim, um cacho de banana para descascar, te adoro, mas toma as verdades).

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