- Namora comigo? - Olhei sem entender direito. Meu coração derreteu.
- Sim. É claro! É só você que faz uma coisas dessas para mim, Nick! – Ele me beijou.
- Hoje eu sumi sim. O dia inteiro eu não dei uma noticia se quer para você... Mas é por um bom motivo. Olhe as pulseiras... Peguei as duas. Nelas estavam escritas:
“Aqui se nasceu o amor” e “Aqui se tornou eterno”. Chorei com essas frases. Nas frases estavam minhas iniciais e na outra as iniciais do Nick. Ele colocou as que tinha inicial dele no meu braço.. E as minhas iniciais no braço dele.
- Eu queria que fossem anéis.. Mas chamaria muita atenção... Pulseira é mais comum... Ainda mais essas simplesinhas que você acha em qualquer lugar...
- Você comprou elas em qualquer lugar? – Eu perguntei zuando. Eu não ligava para a origem delas, ligava apenas para o que elas representavam.
- Bitch, please. Se eu tivesse comprado eu não tinha te ignorado o dia inteiro... Eu que fiz elas...
- Você? – Eu não sabia desses dotes artísticos do Nick...
- É.. Quando eu era menor, minha mãe me obrigou a fazer aulas de artes platicas, musica e tudo mais... Isso é uma das poucas coisas, que curiosamente eu realmente aprendi e nunca mais esqueci como se faz...
- Que fofo.. Não sabia que você sabia sabia fazer esse tipo de coisa...
- Poucas pessoas sabem...
Eu e Nick ficamos sentados conversando na praça até o dia quase raiar. Somente nesse momento ele me propôs ir para um lugar mais reservado. Eu, obviamente, aceitei.
Entramos no carro dele, mas eu fui de motorista. Eu já sabia para onde nós iriamos. Não, não era um motel.
Dirigi até a minha arvore, ou o mais próximo dela. Nick fazia piadas sobre eu ser um estuprador que iria matar ele depois de comer ele... Eu só ria da cara dele.
Assim que chegamos lá, Nick já me puxou para um beijo apaixonado. Observamos o nascer do sol. Eu não imaginei que fosse tão bonito essa cena vista dali. Paramos de nos beijar e ficamos só vendo o nascer do sol.
Depois de ver o sol nascer, nós sentamos debaixo da minha arvore e ficamos só nos beijando ali. A gente não transou nesse dia, mas ficamos ali por um bom tempo.
- Eu queria poder parar o tempo agora... – Ele me falou, gostoso no meu ouvido.
- Você não precisa parar o tempo – Eu respondi.
- Ah não?
- Não. Basta ignora-lo... – Nick riu e me beijou.
Ficamos li um bom tempo. Quando o dia clareou, fomos para minha casa. Meus pais não estavam acordados ainda.
Minha família? Foda-se... Depois eu pensava em algo.
Arrumei um colchão no chão do meu quarto para o Nick. Tranquei a porta do meu quarto e dormimos agarradinhos. É claro, dei uma mamadinha antes de dormir...
Acordei no outro dia antes dele. Fui até a cozinha e minha mãe me deu um puta esporro por causa de beber e dirigir. Ela mal sabia que meu carro não estava em casa...
Mas eu avisei para ela que um amigo meu havia dormido em casa. Ela me perguntou quem era e eu contei que era um amigo que estava na cidade e tudo mais. Eu só omiti que eventualmente nos transavamos e que era meu namorado. Nada demais.
Subi para o quarto e novamente tranquei a porta. Acordei Nick com um beijo.
- Assim eu apaixono... – Ele me falo com cara de bobo.
- Ah é? E se eu fizer isso? – Falei baixinho mordendo o pescoço dele.
Nick deu uma gemida baixinho.
- Para se não eu não aguento... – Parei. Mas só por que ia dar muito ruim a gente fuder ali.
Descemos para tomar café.
Mãe é foda. No tempo que eu falei que tinha visita até a hora que fomos para a cozinha, brotou uma mesa de café super chique. Frutas, pães, leite, iogurte, café.
- Ai, desculpa! O Fernando não avisou que você vinha hoje! Não deu tempo de preparar nada direito! – Olhei para aquela mesa toda arrumada.
- Nossa, Dona Maria, não precisava de nada disso! Na verdade eu só dormi aqui hoje por que o Nick insistiu muito. Eu vou ficar na casa de uns parentes que eu tenho aqui...
- Não meu querido, pode ficar a vontade aqui em casa! Vocês são da mesma sala?
- Não, não! Eu sou da mesma equipe de baja que o Nando..
- Ah, entendi. Crianças, fiquem a vontade...
Minha mãe deixou a gente e eu sentei na mesa com Nick. Tomamos café e depois voltamos para o meu quarto. Nick tomou um banho, sem mim, diga-se de passagem. Não tinha como né...
Almoçamos com minha família em um restaurante. Meus pais adoraram o Nick. Ele torcia pelo mesmo time do meu pai... Só isso já é motivo suficiente para ele gostar de alguém. Era inteligente e minha mãe o julgou uma boa influência.
Depois do almoço, eu sai para dar uma volta com Nick. Sentamos no açaí que eu já falei para vocês, aquele que tem uma vista bonita da cidade...
- Nick, onde você vai dormir?
- Eu realmente tenho uma tia que mora aqui... Mas vou ficar em um hotel. Algum para indicar?
- Sério? Fica lá em casa.
- Não. Não dá... Sua mãe ia achar muito estranho...
- Ela te adorou...
- Mas ia achar estranho de mesmo modo.
- Mas por que não na sua tia?
- É que... Eu tenho um primo meio babaca. Não gosto dele...
- Ah, saquei.
- Mas vem cá? Cade o seu carro?
- Long story.
Contei toda a história da noite anterior. Nick até riu em algumas horas. Deu alguns palpites sobre o que eu deveria ter feito. Mas no fim ficou bem.
- E quando você vai pegar seu carro? – Ele me perguntou.
- Saindo daqui... Você vai para sua tia e eu vou para a casa do... Théo... – Na hora que eu falei do Théo, ele entra no recinto. Assim que ele me viu, só fiz um rápido “não” com a cabeça. Acho que ele entendeu, pois fingiu que não me conhecia. Mas o FDP sentou na mesa do meu lado. God que perfume delicioso ele tinha.
Depois que terminamos nosso açaí, eu e Nick fomos embora.
- Me deixa em casa, Nick. Depois a gente conversa mais.
Trocamos um rápido beijo no carro. Rápido mesmo, para ninguém ver. Na hora que eu entrei na garagem de casa eu vi uma coisa e pensei: FUDEU. Meu carro já estava na garagem. Aquilo me deu um sentimento ruim... Sabia que vinha chumbo grosso no meu cu.
Entrei em casa e minha mãe, sentada na poltrona de casa perguntou, com a voz sombria:
- O que ta rolando entre você e o Nick, Fernando?