(História Real / As apresentações são a partir do desenrolar do conto)
Nessa história contada em 11 partes, vocês irão me conhecer melhor, conhecer a minha vida, a minha intimidade e tudo sobre aquele fim de semana, naquela casinha de campo. Vamos ao conto!
Nós três ali, observando o céu... Nós três sempre fomos muito ligados, e, independente de qualquer coisa, nós três sempre vamos ser o trio.
Eu – A gente nunca vai deixar de ser o trio, né?
Gaba – Independente de qualquer coisa, sempre seremos o trio!
Rafinha – Somos melhores amigos pra sempre!
Nós três – Amigos para sempre.
(TRÊS SEMANAS ANTES)
Na minha sala de aula, uma coisa que eu acho linda é a união que nós temos. Lá é um lugar onde todo mundo se ajuda, onde todo mundo conversa, onde todo mundo é amigo. Mas o que eu acho mais bonito ainda é o meu trio. O trio dos irmãos! Gaba (Gabriel), Rafinha (Rafael) e eu, Pablo. Engraçado é que nós três nascemos no mesmo mês e no mesmo ano. Todos com 18 anos. Eu sou branco, o Gaba é um japinha ruivo e o Rafinha é moreno. Eu tenho o olho azul, eles têm o olho verde. Eu sou baixinho e eles são altos. Tenho o cabelo loiro e o deles é preto. Somos diferentes, mas somos irmãos de coração. Nós três sempre estamos juntos na mesma situação, no mesmo lugar, na mesma sala da escola e até no mesmo bairro. Essa amizade toda nasceu no colégio, onde estudamos a vida toda juntos, e sempre fomos assim: Unidos! Mas sabe quando tudo muda de uma hora pra outra? Foi isso o que aconteceu. Tudo mudou. Mas vamos do começo.
No fim do ano, minha turma do terceiro ano do ensino médio da escola já estava terminando a festa de formatura, pois isso é uma tradição em qualquer escola ou turma de terceiro ano. A festa já estava quase toda pronta, pois começamos a organizá-la no começo do ano. Para depois da formatura, estávamos planejando a nossa viagem para Fernando de Noronha, onde iríamos curtir uma semana em um hotel luxuoso e divertido.
Durante uma aula chata, eu e meus amigos estávamos conversando e a partir daí surgiu uma idéia genial, ou não.
Gaba – A nossa formatura é daqui a duas semanas, a nossa viagem é dois dias depois da nossa formatura... Eu tive uma idéia ótima.
Rafinha – Qual? Conta ai mano.
Eu – Diz ai Gaba.
Gaba – Por que a gente não organiza uma festinha na casa de campo da sua família? Só os meninos. Daí a gente liga pra umas gatinhas irem pra lá, e elas levam as suas amigas...
Rafinha – Boa, gostei!
Eu – Cara, essa é uma ótima idéia. Mas não sei se meu pai vai ceder a casa. Faz um tempão que eu não o vejo...
Gaba – Liga pra ele, e se ele deixar, você avisa pra a gente. Eu levo as bebidas, você leva o som (apontou pra mim) e você, Rafinha, leva as drogas e a iluminação.
Eu – Essa vai ser uma festinha e tanto.
Rafinha – Certo. Eu chamo algumas pessoas da sala.
Gaba – Só os meninos. Essas meninas nunca que vão se envolver nisso.
Eu – É verdade.
Aquela idéia foi ótima! Quando a aula acabou, eu saí da sala e fui até o banheiro. Lavei meu rosto e minhas mãos, depois de “me desapertar”. Peguei meu celular e liguei pro meu pai.
Eu não tenho mãe. Ela se foi quando eu nasci. Eu moro com minha a vó, que é a pessoa que eu mais amo. Ela me da muito amor, e dinheiro, pois ela é bem rica e tem várias empresas... Mas não ligo pra isso. Só queria ter amor de pai, mas não tenho. Não muito. Meu pai sempre me deu presentes pra recompensar o amor, mas na verdade tudo o que eu mais gostaria era de ter tido ele presente na minha vida. Mas aquele fim de semana me preparava várias surpresas. O meu pai atendeu ao telefone e ficou surpreso ao receber um telefonema meu, pois raramente eu lhe telefono.
Eu – Pai?
Meu pai – Oi filhão. Que saudades!
Eu – Eu também pai. Eu posso lhe pedir um favor?
Meu pai – Claro filho. Diz ai.
Eu - O senhor vai usar a casa de campo esse fim de semana?
Meu pai – Não filho. Não vou. Você quer a chave?
Eu – Quero sim. O senhor pode me dar? Por que eu e meus amigos queremos fazer uma festinha com o pessoal da sala... Amanhã à noite. No sábado a casa vai tá limpinha e a chave eu lhe entrego.
Meu pai – Claro. Como amanhã é sexta, eu vou à sua escola e lhe entrego.
Eu – Nossa, pai, obrigado mesmo.
Meu pai – Filho, eu também posso te pedir um favor?
Eu – Claro pai. Pode falar!
Meu pai – Será que você pode passar um dia comigo? Eu sinto sua falta.
Como já disse eu sou muito carente de pai, mas mesmo assim eu o amo muito, sou capaz de dar a minha vida por ele, e tudo o que eu mais queria era ter um dia, um momento, ou até mesmo uma hora só pra mim e pro meu pai. Eu fiquei tão feliz com aquele pedido dele...
Eu – Claro pai, eu ia gostar muito. Sinto muito a sua falta!
Meu pai – Então vamos fazer assim filho: no sábado você e seus amigos arrumam a casa e eu vou pra lá de manhã.
Eu – Certo pai.
Meu pai - Eu te amo filho. Até amanha.
Eu – Eu também pai. Muito.
Eu fui falar com meus amigos e contei pra eles a novidade. Eles acharam o máximo. Na sala, eu chamei alguns amigos e eles confirmaram presença. Passamos o resto do dia planejando as coisas.
No outro dia, o meu pai foi lá como combinamos. Ele me deu um abraço e a chave da casa. Como o Gaba tem carro, nós fomos pra um supermercado e compramos a bebida e a comida. O Rafinha conseguiu as drogas. O Gaba me levou pra minha casa e eu almocei e arrumei minhas coisas.