Olá meus anjinhos... Martines meu anjo, respondendo a sua pergunta, Gustavo é gay sim. E você entenderá tudo. O primeiro capítulo está ligado ao resto da história. Obrigado pelo carinho. Feliz por estarem gostando. Um beijo no coração de cada um.
Boa leitura...
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- Vida que segue meu caro Paulo. Daqui a um mês você será um homem casado. - ele disse para si mesmo, pegando as chaves do seu carro, apagando a luz e saindo do escritório.
Como seria após a volta do Paulo? E o casamento?...
Faltava apenas três semanas para o casamento do Paulo, e os preparativos seguiam a todo vapor. A Julia não parava um segundo em casa... Era prova do vestido, escolha das flores, dos doces, do bolo, enfim... Os detalhes de praxe. Paulo estava animado. Parecia que algo havia revivido dentro dele, que o fez acreditar e aceitar que aquele passo na sua vida, seria rumo a felicidade.
Gustavo se preparava para desembarcar no Brasil. Foram longos oito meses afastado de tudo, e de lá pra cá, muito coisa havia mudado, inclusive o próprio Gustavo. O tempo em que ficou fora serviu para que ele refletisse sobre muita coisa em sua vida, e amadurecer ainda mais. Mais lindo do que nunca, ele desceu da aeronave e seguia para o desembarque, ansioso para rever a filha e a esposa. Luíza esperava inquieta pelo pai, junto com a Amanda.
- Olha ele lá mãe! – ela gritou, acenando para ele e chamando a atenção de todos em sua volta. – Paiiii! Quanta saudade eu senti de você. – disse ela chorando e o abraçando muito.
- Eu também minha princesa! Não teve um só dia que eu não pensasse na minha filhota linda! Eu trouxe vários presentes pra você. – ele se virou para abraçar a Amanda e beijá-la. – Oi querida!
- Oi meu amor. Morremos de saudades. A Luiza não me deixou em paz um só dia... Falava desse pai o dia inteiro. – todos riram e seguiram para o carro. Já dentro deste, a Luíza não parava de tagarelar.
- Pai, o senhor ta um gato. Com certeza as gringas ficaram loucas! Hahahahaha...
- Filha! – Amanda fez careta.
- Ai mãe, relaxa. A senhora também é linda, então, os dois tiveram sorte.
Eles riram tamanha era a atitude e atrevimento da garota.
- Não podemos dar ibope a esta menina. – Gustavo riu. – Tô louco pra chegar em casa, tomar um banho e dormir. A viagem foi muito cansativa.
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A VÉSPERA DO GRANDE DIA...
Gustavo se preparava para entrar no carro, rumo ao trabalho, e desta vez, ele estava mais confiante, pois assumiu o cargo de diretor financeiro e pretendia dar vôos mais altos, eis que o seu celular toca. Era o Luiz, o primo da Amanda, ao qual havia se casado quase dez meses.
- Fala aí Luiz, tudo bem?
- Oi Gustavo, tudo ótimo meu caro. Queria saber a que horas vocês irão para o casamento amanhã.
- Casamento? Que casamento? – ele não entendeu nada.
- Como assim? Daquele meu amigo que eu te apresentei no dia do meu casamento... O Paulo e a noiva dele. Como eu vi que a Julia manteve contato com a Amanda, eu pensei que... Iiiii caramba, fiz merda né? Vocês não foram convidados e eu aqui, bancando o bobão.
Quando ele disse “o casamento do Paulo amanhã”, Gustavo sentiu um frio na espinha e uma leve pancada no peito, mas não passou disso. Para ele, o que ficou no passado, não volta mais. E desejava do coração, que o Paulo fosse feliz.
- Relaxa Luiz... Eles são seus amigos. Apenas nos conheceu na sua festa. De qualquer forma, dê lembranças e saudações aos noivos por mim e pela minha mulher. Agora deixa desligar que estou atrasado para o trabalho.
- Filho da puta! Me liga pra falar de casamento. Parece que não tem o que fazer. – esbravejou ele, sozinho. No fundo, a notícia mexeu com ele.
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- Meu filho, você vai trabalhar na véspera do seu casamento?
- Eu já disse mãe! Hoje eu tenho uma reunião importante... Saio mais cedo hoje. E pelo amor de Deus, nem diga a Julia que eu estou no escritório. Se ela perguntar, diz que sair com o meu irmão. Bom, eu preciso ir Beijo mãe. Tchau.
- Vai com Deus meu filho!
Ele saiu apressado, engolindo o seu café. No trajeto, um trânsito terrível e a falta de paciência. Paulo começou a ouvir música para espantar o estresse, até que finalmente, consegue deixar o carro no estacionamento e fazer o percurso a pé, uma vez que já estava próximo do seu escritório. Por incrível que pareça o Gustavo fazia o mesmo caminho, já que ambos trabalhavam em ruas próximas do centro, e meio na correria com sua pasta na mão e de óculos escuro, quando se virou para olhar o sinal, Gustavo se esbarra com tudo no Paulo. Alguns papéis caíram no chão, mas nada foi capaz de fazê-los por longos segundos, se olharem fixamente. A adrenalina tomou conta dos dois. Um turbilhão de emoções e pensamentos circulava em suas cabeças... Depois de tanto tempo, mais tanto tempo, és que finalmente eles se reencontram. Mas como seria desta vez? Que mudou depois de tudo? E o passado estaria realmente enterrado?
- Desculpa. Eu não vi. Eu... – Gustavo baixou a cabeça e catou os documentos do chão. Não queria encará-lo mais.
- A culpa foi minha. – mal conseguia falar, o Paulo. Sua voz tremia, seu corpo suava... Como aquele homem conseguia deixá-lo daquela maneira? Ele se perguntou. – Droga! Droga!
- O que foi?
- Um dos papéis que era a pauta da minha reunião de hoje, sujou. E agora? A reunião começa daqui a duas horas...
- Venha até o meu trabalho. Eu peço para minha secretária digitar outro documento e te entrego. A Ana é habilidosa em digitação. – Gustavo tentou ajudar.
- Não, não. Eu não quero atrapalhar o seu trabalho. Eu dou o meu jeito.
- A culpa também foi minha, logo, é justo que eu ajude de alguma forma. Venha comigo, por favor. Te entrego este papel em vinte minutos.
Paulo não conseguiu recusar a ajuda dele. Sua preocupação maior na verdade não era aquele documento, e si, está tão perto dele e não conseguir resistir à tentação de beijá-lo, abraçá-lo, tocá-lo... Foram tantos meses longe dele, que este reencontro só serviu para aumentar ainda mais a atração e o desejo que ele ainda sentia pelo Gustavo. No fundo do seu coração, sentiu falta, muita falta dele, e teve noites que ele não dormia, com tantas lembranças perturbadoras que o Gustavo lhe causava.
Dez minutos e eles chegaram ao grande edifício onde o Gustavo trabalhava.
- Bom dia Cíntia! – ele cumprimentou a recepcionista alegre.
- Bom dia Sr. Gustavo!
- Querida, peça para a Ana ir até a minha sala. Preciso falar com ela urgente. Obrigado Cíntia. Ah, e adorei esta cor de cabelo. Ficou linda! – ele sabia ser gentil com as mulheres e a recepcionista delirava de amores por ele, aliás, toda mulher se rendia a beleza dele.
Os dois entraram na sala, e não demorou muito, o Gustavo passava as informações para Ana.
- Quero que me entregue em vinte minutos.
- Sim, senhor. – ela saiu da sala, deixando os dois a sós.
Paulo admirava o local e o seu tamanho.
- Você deve ser muito importante aqui na empresa; sua sala é linda!
- Obrigado! Bom, acabei de ser promovido a novo diretor financeiro.
- Parabéns! – Paulo sabia que no fundo, ele era um homem muito inteligente e dedicado. E que corria atrás dos seus objetivos.
- Quer uma água ou um café enquanto o documento não fica pronto?
- Não. Obrigado. Eu fiquei sabendo que você esteve fora do Brasil.
- Sim. Fiquei oito meses estudando em Nova Iorque!
O silêncio tomou conta do ambiente, e o Gustavo não resistiu, e fez a maldita pergunta que o incomodava e que ele já sabia a resposta.
- Eu também fiquei sabendo que você irá se casar amanhã. Parabéns! Seja muito feliz. – parecia que o seu coração queria chorar, gritar. Dizer aquelas palavras doía muito para ele.
- Obrigado. Amanhã me tornarei um homem casado, assim como você né?...
- Sabe cara, eu queria... Bem, eu queria te pedir desculpas por ter forçado a barra contigo. Somente eu que fui burro, de não ter percebido o quanto você é louco de amor por sua futura esposa e que não tinha nada a ver eu insistir em algo que...
- Não precisa se desculpar. Durante o tempo que você ficou longe de mim, eu não parei de pensar um segundo em você... – Paulo baixou a cabeça. Ele precisava abrir o seu coração. Mesmo confuso em relação aos seus sentimentos por ele e por Julia, não podia esconder para si mesmo, que sentia algo muito forte por ele.
- O que está dizendo? – Gustavo ficou perdido, sem entender.
- Que eu acho, aliás, eu tenho certeza de que... O que sinto por você, é muito mais do que uma forte atração. Eu estou apaixonado por você!
CONTINUA...
