O SANTO E A PUTA

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2525 palavras
Data: 23/05/2015 08:49:34
Última revisão: 23/05/2015 08:50:49
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

AS AVENTURAS DO SANTO - PARTE NOVE

O chalé da Ordem das Irmãs de Maria Madalena era um paraíso natural, cercado de árvores frondosas por todos os lados e um mar verde e limpo à frente, mas Santo estava mal-acostumado às mordomias da cidade grande. Por ser um lugar de retiro espiritual para freiras, lá não havia TV ou qualquer aparelho de som, e aos poucos o jovem foi ficando entediado. Ligou para o seu motorista e pediu para que ele viesse pegá-lo, pois não conhecia bem o caminho de volta. Antônio chegou com duas faxineiras, que trabalharam rápido para deixar o lugar limpo e arrumado para quem fosse precisar se instalar lá, e foram embora os quatro em menos de duas horas. Jogaram o lixo na primeira lixeira que encontraram e os restos dos mantimentos levaram consigo. Chegaram à enorme casa, onde Santo agora morava, quase à noitinha. O rapaz jogou-se em sua cama grande e confortável e adormeceu quase que imediatamente...

Mas acordou-se por volta das dez da noite sentindo-se enclausurado. Procurou por toda a casa e não viu seu motorista. Não iria ligar de novo para ele, então foi até a garagem e escolheu um dos dois carros lá estacionado. Pensou em usar o importado, mas decidiu-se pelo Vectra. Já havia tomado um bom banho e vestido uma roupa esportiva leve. A calça bege e a camisa branquíssima, de tecido fino, o deixava muito elegante. Entrou no carro, deu partida e seguiu sem destino. Percorreu várias ruas do centro da cidade, até avistar um bar barulhento e cheio de gente. Estacionou em uma rua perto e encaminhou-se para lá...

O lugar fedia a fumo e bebida, e por pouco Santo não sai imediatamente dali. Mas estava disposto a conhecer a vida fora da clausura do convento, por isso resolveu ficar mais um pouco. Sentou-se ao balcão, pediu uma cerveja em garrafa descartável, destampou-a e sorveu do gargalo, observando o ambiente. Ali tinha todo tipo de gente, mas a frequência maior era de prostitutas. Sorriu satisfeito. Sempre tivera curiosidade de saber como esse pessoal se comporta. E não demorou muito a acercar-se uma ao seu lado, no balcão...

Veio com um cigarro entre os dedos e pediu fogo ao jovem. Santo não fumava, então não andava com fósforos ou isqueiro. Ela fez uma cara de desdém, mas depois olhou fixamente para ele. Achou-o jovem e muito bonito, e nunca o vira por aquelas bandas. Perguntou se ele lhe pagava uma dose e, antes mesmo do rapaz concordar, pediu-a ao garçom. Este já vinha com um copo com um líquido dourado e uns cubos de gelo, e uma garrafa de guaraná já aberta na outra mão. Santo observou-a enquanto ela pegava o refrigerante e misturava à dose. Devia ter um pouco mais de idade que ele, mas parecia bastante alcoolizada ou drogada. Não fosse a cara de chapada, seria uma mulher atraente. Cabelos curtos, pele bronzeada, corpo de manequim, peitinhos pequenos e de bicos empinados. Pernas longas quase todas à mostra pela curtíssima minissaia. Fez um brinde tocando com o copo a garrafa de cerveja na mão do rapaz e sorveu a dose com refrigerante de um gole só...

Santo pagou a dose, a cerveja e o refrigerante, e afastou-se do balcão, sem nem se despedir da moça. Ela pegou em seu braço, mas ele desvencilhou-se gentilmente, caminhando entre as pessoas que dançavam no salão do bar, ao toque de uma música Techno. Avistou uma única mesa desocupada, e foi para lá. Sentou-se, ainda sorvendo sua cerveja do gargalo da garrafa. Esteve a olhar as outras mulheres que dançavam no salão, e as que simplesmente passavam por perto dele olhando-o de maneira sedutora. Mas estava decidido a ficar sozinho, apenas fazendo hora. Aí a moça de cabelos curtos o encontrou, e se aproximou dele com uma dose na mão e uma garrafinha de cerveja na outra. Sem nem pedir licença, sentou-se ao lado do jovem e ofereceu-lhe a cerveja. Ele recusou, mas ela insistiu, dizendo ter trazido para ele. E ele não precisava pagar, pois já estava paga. Aí ele, não querendo chateá-la, pegou a cerveja. Bebeu o resto da que tinha à mão de um gole, e abriu a outra, girando a tampa. Ela sorriu satisfeita...

Santo percebeu que ela já não apresentava a mesma cara de chapada que vira antes. Tocou no assunto e ela disse que estivera fingindo. Explicou que os clientes preferem as mulheres bêbadas ou drogadas, pois acham que será mais fácil fazer todo tipo de sexo com elas. No entanto, ela não botava um só pingo de álcool na boca. Como prova, pediu que o rapaz desse um gole em sua dose. Ele experimentou-a e comprovou que era refrigerante puro. Ela explicou que o garçom faz um acordo com as putas para que elas não bebam muito. Então, simulam uma dose com bastante gelo da mesma cor do refrigerante, que vem cheio. Aí elas misturam imediatamente um pouco da garrafa na dose, que nada mais é do que o mesmo refrigerante com gelo. Com isso, o cliente paga a mais apenas pela bebida inofensiva. Elas só têm que fingir ficar bêbada, contar as doses pedidas e rachar o preço pago com o garçom. Santo olhou novamente para ela. Sem aquela cara de chapada, era realmente bonita...

Continuaram conversando sobre trivialidades, mas quando Santo perguntou o que ela oferecia a seus clientes, em termos de sexo, ela ficou muito séria. Respondeu-lhe que não fazia muito mais do que uma esposa ou amante nos tempos de hoje faz. Discursou sobre a mudança de comportamento do homem. Disse que antes eles procuravam a satisfação sexual numa prostituta. Atualmente, os clientes querem mais demonstrar seu poder diante do sexo frágil. Muitos são casados, e com mulheres bem sucedidas profissionalmente. Não conseguem subjugar a mulher de casa, como gostariam, então pagam prostitutas para serem subjugadas por eles. Ou o contrário. Que elas o subjuguem através do ato sexual com sadomasoquismo...

A jovem teceu também uma teoria interessante: disse que a sociedade atual é basicamente formada por filhos de putas. Esclareceu que era costume dos nossos bisavós manterem uma ou mais amantes, apesar de gerir de forma exemplar sua própria família. A mulher e os filhos tinham todas as regalias, enquanto que os filhos e filhas que tinham com suas várias amantes eram tratados de forma diferenciada. Alguns nem tinham direito à escola, de modo a não se tornarem melhores do que os filhos de casa. Comida tinham à vontade já que, naquela época, era vergonhoso se ter mais de uma mulher e não poder sustentá-las. E os filhos de casa não trabalhavam. Os homens estudavam até se formar e as mulheres estudavam até se casar, normalmente com alguém mais velho que ela que a pudesse sustentar e muito bem. Só assim teriam a permissão dos pais...

Mas quando esse homem provedor falecia, suas amantes - que eram chamadas de putas pelas esposas - ficavam em má situação, passando necessidades. Sem ter quem lhe sustentasse, e não havendo tido oportunidade de trabalhar pois o amante não deixava, já que seria vergonhoso para ele que sua mulher trabalhasse. Permitir isso seria uma prova à sociedade que ele não era capaz suficiente de provê-la. Essas coitadas não tinham melhor alternativa do que botar os filhos, muitas vezes menores, para trabalhar, de modo a gerar o sustento da família. Os meninos, normalmente iam trabalhar como pedreiros. Mas alguns mais inteligentes conseguiam empregos melhores. Principalmente os que conseguiram estudar. As meninas, fatalmente seriam empregadas domésticas, muitas vezes chamadas a trabalhar na casa da própria família do pai, pois era uma forma da esposa vingar-se da amante, camuflada em dizer para a sociedade que tinha pena da outra e a estava ajudando. Mas essa pobre menina comia o pão que o diabo amassou, maltratada por todos da casa, incentivados pela patroa. Então, essas amantes – ou putas, como eram chamadas pelas mulheres casadas – perceberam que o melhor era lutar pela educação dos filhos desde cedo...

E foram justamente esses filhos estudados, esses filhos das putas, que foram aos poucos assumindo as vagas nos empregos, enquanto os filhos das madames perdiam tempo em se formar, para só depois começar a trabalhar. Quando se formavam, com o diploma nas mãos, já não encontravam mais emprego, a maioria tomados por gente que começou a trabalhar logo cedo, muitas vezes crianças ainda, para sustentar suas famílias. Isso gerou uma crise de desempregos no país, com reflexo até os dias de hoje...

Santo olhava abismado para a moça. Seu raciocínio não era de uma simples puta. Mas ela logo explicou que era uma dessas filhas de amante de homem rico, que tivera que trabalhar logo cedo pra sustentar a mãe, abandonada após a esposa desse saber do romance proibido. Estudara desde pequena, trabalhava numa pequena empresa, mas tivera que se prostituir para poder pagar a faculdade, já que as gratuitas pareciam ser feitas para ricos: os melhores cursos só existiam nos horários da manhã e da tarde. Quem precisasse trabalhar, não podia cursá-las...

Enquanto contava sua história de vida, a moça estivera alisando o cacete de Santo, por baixo da mesa. Quando sentiu que ele estava excitado, abriu o fecho e colocou o membro grande e grosso para fora. Mordiscou-lhe o lóbulo da orelha enquanto masturbava-lhe o pênis bem suavemente. Então agachou-se, sem dar a mínima atenção a quem estivesse por perto, e abocanhou aquele membro duro, continuando a masturbação enquanto chupava-lhe a glande tesa. Santo sentiu-se acanhado vendo que as pessoas perceberam o que se passava ali, mas ninguém ligava pra eles. No máximo, davam um sorriso sacana e depois perdiam o interesse. O rapaz falou do seu desconforto, e ela chamou-o para irem a um lugar mais reservado, fora dali. Ele concordou, e ela pediu ao garçom uma cerveja especial. Ele trouxe uma estupidamente gelada. Santo pagou a conta e saíram abraçados do bar. Ela pediu para dirigir e ele deu-lhe as chaves do carro. Ele sentou-se no banco do carona e foi sorvendo em grandes goles a cerveja que tinha em mãos. Partiram à procura de um motel, sem o rapaz perceber que um carro os seguia...

Minutos depois, o Vectra dirigido pela moça parou na frente de um motelzinho safado, de beira de estrada. O outro carro, que viera seguindo o casal, estacionou do outro lado da rua, escondido por trás de umas sebes. O rapaz começara a ficar zonzo, mas não dera grande importância ao fato. Decerto eram as cervejas fazendo efeito. Ela exigiu que ele pagasse adiantado o motel por duas horas, já que pretendia voltar para o bar à procura de novos clientes. Não estava acertado quanto ela lhe cobraria, mas o jovem não estava preocupado com isso. A madre havia-lhe dado carta branca para se divertir. Podia gastar o quanto quisesse. Pagou na portaria e subiram até um quarto. Ele quis tomar um banho, mas ela impediu-o, dizendo que gostava mais assim mesmo. Tirou toda a roupa do rapaz e deitou-o na cama. Jogou as próprias roupas de qualquer jeito no chão e subiu na cama também. Voltou a abocanhar o membro dele, dessa vez com mais voracidade...

Santo quase não sentia a boca dela em seu pênis. Sua cabeça rodava vertiginosamente. Não percebera que a “cerveja especial” que a puta pedira ao garçom viera drogada. Depois de chupá-lo até quase fazê-lo gozar, ela vestiu-lhe uma camisinha. Tentou se levantar, mas a puta empurrou-o de volta e subiu sobre ele. Montou-o e enfiou o membro dele dentro de si. Sentiu quando lhe engoliu o pênis todo com o sexo e, com as mãos, colocou suas bolas também dentro dela. Depois o prendeu fortemente por ali e levantou-se um pouco, acocorada sobre ele, suspendendo-o também pelo pênis. Depois desfez a pressão, fazendo com que ele se desprendesse e caísse de volta na cama. Então ela repetia a deglutição do seu pênis com o sexo e voltava a suspendê-lo ao menos uns vinte centímetros da cama. Depois o soltava de novo. Continuou a fazer assim até que Santo começou a sentir a aproximação do gozo. Agarrou-se à cintura dela e ela o suspendeu novamente, dessa vez rebolando o corpo enquanto ele ficava suspenso pelo pau e pelas bolas. O rapaz teve um orgasmo intenso e demorado, mas logo sua cabeça girou velozmente e ele apagou...

A moça deu-lhe um beijinho na testa e saiu de cima dele. Foi até o banheiro, tomou um demorado banho e depois voltou para perto do jovem. Ele ressonava, sob efeito da droga que o garçom pusera na sua bebida. Ela pegou suas roupas à procura da carteira. Achou-a, revistou tudo, contou o dinheiro que havia dentro e depois pegou as chaves do Vectra. Mas deixou o celular do rapaz bem perto, encima do móvel de cabeceira. Vestiu as roupas e saiu do motel, entregando uns trocados na mão do recepcionista. Este sorriu e garantiu bater na porta no horário combinado. Depois entrou no Vectra e ligou o motor. Fez a manobra e parou ao lado do carro que a esperava perto das sebes. Entregou a carteira, junto com um molho de chaves pertencente a Santo, a um senhor sessentão que estava ao volante do carro importado, estacionado escondido pelas sebes. Este abriu a carteira, retirou todo o dinheiro que havia dentro e entregou à jovem, perguntando qual havia sido a história que ela usara dessa vez para atrair o jovem até ali. Ela disse-lhe que dessa vez contara uma história verdadeira, e ele sorriu divertido. Debruçou-se sobre a janela do carro e beijou-a no rosto, de forma carinhosa. Depois entregou um papel contendo um endereço, junto às chaves que ela tirara do rapaz, e pediu que ela deixasse o carro lá na garagem. Ela deu partida no Vectra, dizendo que gostaria de encontrar o jovem novamente, mas em outra situação. O sessentão concordou com um movimento de cabeça e ela foi embora contente...

Antônio relaxou sobre o banco do carro importado, disposto a aguardar o rapaz acordar. Seguira bem as instruções da madre superiora, não deixando o jovem sozinho nem por um minuto. Sempre estivera por perto, mas sem que Santo percebesse. Inclusive na ocasião do barco sequestrado, quando simulara ficar no povoado, enquanto Santo voltava para o chalé. Seguira-o de táxi e depois a nado até o barco, mas daquela vez não fora preciso intervir pelo rapaz. Ele mesmo dera conta da situação, o que o deixara muito contente com a atitude decisiva do jovem. Só não conseguira acompanhá-lo em alta velocidade, seguindo a corredora automobilística, mas ficou esperando-o por perto do autódromo. Relatara o ocorrido à madre, que lhe dera a incumbência de não se descuidar do jovem nem por um segundo.

O motorista boxeador iria tirar um bom cochilo, antes que Santo se recuperasse do efeito do psicotrópico que mandara colocar na sua bebida. A aventura lhe serviria de lição para estar mais esperto de uma próxima vez que quisesse estar num ambiente daqueles, como o bar onde estivera. Decerto o rapaz iria telefonar para ele, contando o ocorrido e pedindo que ele o pegasse lá no motel. Antônio daria um tempo e apareceria com a cara mais inocente...

FIM DA NONA PARTE

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